A produtividade dos feriados e a indústria portuguesa

Francisco Beirão Belo queixa-se, sobre os feriados:

Um feriado numa terça, quarta ou quinta, que implica a paragem de uma fábrica, significa que essa mesma fabrica tem que reiniciar as maquinas e reiniciar produções duas vezes na mesma semana. Em muitos casos, esse arranque de maquinaria é quase equivalente a um turno de produção.

Eu, que não percebo nada da indústria portuguesa, fiquei a saber que, em muitos casos, as nossas fábricas ocupam a segunda-feira a arrancar a maquinaria, ocupando nisso quase um turno de produção.

Assim não vamos lá.

Afinal I Don’t Like Mondays era um um hino empresarial português. Ainda assim as minhas desculpas, há pouco pop pior do que o dos Boomtown Rats.

Comments

  1. Isso é uma palermice.
    Fábricas que funcionam com processos contínuos desse tipo não encerram nos feriados, simplesmente pagam mais aos trabalhadores nesse dia ou dão ponte se houver pouco trabalho.
    A supressão de feriados é simplesmente uma forma de pagar menos aos trabalhadores, não tem nada a ver com produtividade.
    Produtividade é fazer mais com menos recursos, trabalhar nos feriados é trabalhar mais para obter o mesmo resultado, até piora a produtividade.

  2. É por isso que digo que o aumento da produtividade deve ser feito através do incremento tecnológico, é que as nossas máquinas estão velhas, demoram muito tempo a aquecer. LOL!

  3. Isabel G says:

    Por experiência própria, afirmo que há muito de verdade no que diz o Francisco Beirão Belo. O processo de “shut down” e “start up” em fábricas com linhas de produção é moroso e prejudica a produtividade.

  4. Isabel, isso toda a gente sabe, mas acontece em fábricas de laboração contínua. Uma indústria que às segundas precisa de iniciar um processo tão moroso, bem pode fechar já.

  5. Pois, João José, mas em questões como estas não há que generalizar!

    Além do mais, parece-me é que a generalização e a “tudologia” são factores bem mais geradores de improdutividade do que os feriados!

  6. Aliás, são também geradores de inércia em matéria de soluções!

  7. Tito Lívio Santos Mota says:

    esta de “lançar a maquinaria” às segundas e depois de feriados, é um LOL, tão grande que tenho que a contar ao meu pai, irmã, cunhado e sobrinhos engenheiros.

    Uma boa risota nunca fez mal a ninguém.

    Quem é o anjinho que confunde a Cimpor ou a Petrogal com uma fábrica de cuecas?

    E há quem acredite nisto?

    Enfim, a diante…

  8. Tito Lívio Santos Mota says:

    para qualquer empresa a única coisa que conta é a produtividade horária e não semanal, mensal ou anual, dum trabalhador.
    O que é anual são os salários.
    E é essa anualização que os patrões querem e não um qualquer aumento de produtividade.
    Toda a gente sabe que a maior produtividade se obtém com horários reduzidos e não com as 45 horas semanais que teremos de novo na prática a partir do ano que vem.
    A maior produtividade na Europa foi atingida na França em 2002 graças às 35H semanais (7h por dia).
    Já em matéria se salários, a poupança é substancial com empregados com apenas 15 dias de férias, e horários de 45 horas semanais.

    Para nos venderem uma baixa generalizada dos salários e o aumento do tempo de trabalho, vêm-nos com esta da produtividade.

    Há políticos economistas em Portugal ou apenas gestores do ISCTE?

    (…)

  9. maria celeste ramos says:

    Não sei afinal como é que o país progrediu tanto arranjou casa para quem a não tinha e escolas e saúdo e progredia – e eu com o país – de repente os dias santos é que lixam – creio que muitos que aqui comentam ou não trabalharam ou são muito novos sem memória e com muitas bocas e a branquear os “jamé” – e se têm pais e vós perguntem-lhe como se vivia – Viegas diz que Sasseti diz que fica um vazio na música – José Luis Tinoco (filho de amigo que conheci no Hot)
    Tinha a paixão da música e fotografia e cinema – queria mais para o mundo – paixão pura pela música – era arte em geral – os 3 pianos – perda para a cultura musical – genial – liguagem lírica – deixa páginas admiráveis de musica portuusa e percorreu todo tipo de música filho de eruditos da música – caíu de uma falésia do Guincho tinha 41 anos – esteve sempre a reinventar-se – a 24 junho faria 41 anos————— crise política na Grécia ——— Syrisa recusa coligação ———- da esquerda radicam e com sermão da alemanha ——— agitação dos mercados ———- ai desde 2008 que isto não pára ——–

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