Um Primeiro-Ministro Herético

O que é que o socialismo português inventou? Caciquismo e dependências, rendimentos mínimos ou máximos em troca de um voto fidelizado e da protecção ao mais alto nível para toda a forma de corrupção ao mais alto nível. Passos gosta de mandar farpas polémicas e mandou mais uma, na tomada de posse do Conselho para o Empreendedorismo e a Inovação. Não é mentira que, havendo incentivos à ociosidade, o que mentalmente impere seja a ociosidade passiva, derrotada, e não o risco e o sentido de oportunidade, como o de alguns que, do dia para a noite, se atiram à Inglaterra e hoje fazem quase mil euros semanais, no duro, enquanto por cá vegetavam e certamente vegetariam. Isto não funciona para todos, mas é toda uma mentalidade sem rede a fazer a diferença para si mesmo, derrubando a vaca de todas as certezas precárias no abismo dos possíveis.

Ao contrário de alguma Esquerdalhada Pudibunda, que rasga as vestes e declara sacrílegos os bitaites de Passos Coelho, concordo que precisamos de mudar de mentalidade e de aprender a não desconversar, sobretudo se para a História ficará o, a todos os títulos pernicioso para Portugal, currículo socialista, do manso Guterres ao matreiro filho da puta parisiense. Os socialistas amestraram a sociedade para desdenhar do trabalho [enquanto, ao mais alto nível, contratos assassinos e boas comissões com PPP e outras comissões noutras patranhas equivalentes são prova de que uma carreira fora da política é cagativo. Já quanto a trabalhar, só se não se puder roubar largo com o biombo da Política] e fomentaram o facilitismo grosseiro no que respeita aos estudos porque tinham um projecto de mediocrização e acriticismo social como garantia da sua perpetuidade no Poder através de dependências, gratidões votantes, esquemas, sinais ambíguos dados à sociedade e que nos trouxeram a isto, após uma década sem crescimento.

O problema máximo do nosso tempo é o desemprego: a mecanização extrema de tudo gera, e gerará, mais e mais desemprego. Robots e sistemas suprem largamente pessoas. No entanto, o desemprego enfrenta-se e vence-se. Temos de lutar para que nos não vença a começar por dentro: isto é um facto. O desemprego é uma realidade que vitima quem dele não tem culpa nenhuma. Em geral, não são os pobres os culpados de passividade, os culpados da falta de risco e de sentido prático na procura de alternativas. Culpado tem sido o veneno socialista que consistiu em incentivar a preguiça dos miseráveis, dando-lhes peixes mínimos em vez de canas de pesca máximas. Também me parece que dificilmente este Primeiro-Ministro, herético para este socialismo ronceiro, reeducará toda uma sociedade induzida em erro por quase duas décadas de um engano ledo e cegoinvestimento público modernizador com o dinheiro que não há.

A Passos mais lhe valia estar calado e não vir com estas frases muito dadas a leituras raivosas e sobretudo ao apagamento da memória dos antecedentes da nossa desgraça, quando a Falsidade se passeava eficaz de púlpito em púlpito sem dizer merdas desastradas como as que Passos diz e sem produzir gaffes explosivas nos media, insultos ou ofensas, como os que produz Passos [segundo o PCP e este cabrão ainda assessor oficioso e passional do filho da puta parisiense também ele agora daquela Esquerda Recente, repleta de moral, lata e falta de vergonha]: essa Falsidade venceu duas eleições e, de caminho, faliu o País, mas era eficaz no gatilho charlatão da comunicação, coisa em que Passos falha ingenuamente. As massas, segundo a Esquerdalhada Torquemada que se supõe apascentá-las, não gostam que alguém venha perturbar com heresias as águas do seu pântano. Ninguém agite e perturbe a excelsa fonte de moscas, na sua merda radiante de felicidade!

Comments

  1. Fernando says:

    Tem razão Passos Coelho devia ficar calado, fica mal a quem nunca trabalhou na vida dizer que o desemprego é um oportunidade, para não serem piegas e para emigrarem.

  2. joao says:

    “Não precisamos de exortações ao espírito empreendedor da população, meras histórias da carochinha para adultos. Não precisamos de mais empresas sem escala nem competências. Precisamos de melhores empresas e, sobretudo, de melhor empreendedorismo orientado para o desenvolvimento de actividades inovadoras e geradoras de emprego qualificado.

    Padecemos de um excesso de empreendedorismo do tipo errado. Em contrapartida, o empreendedorismo do tipo certo não floresce em Portugal porque as empresas que dispõem dos indispensáveis recursos se dedicam a actividades de extracção de rendas económicas, enquanto as restantes não têm acesso ao financiamento de que necessitam para poderem expandir-se com a necessária rapidez. Cuide-se dessa deformidade, que o empreendedorismo cuidará de si próprio.”

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=555265&pn=1

  3. joao says:

    “A promoção do empreendedorismo heróico individual é um anacronismo, que serve apenas para culpar os desempregados da sua própria infelicidade. O empreendedorismo relevante, que gera inovações úteis e desenvolvimento, é, no mundo contemporâneo, um fenómeno essencialmente colectivo. Steve Jobs nunca passaria de um amável biscateiro se não beneficiasse das invenções do Centro de Palo Alto da Xerox, se não dispusesse de uma plêiade de engenheiros formados por grandes universidades, se não houvesse um mercado de milhões de pessoas cultas e qualificadas ansiosas por utilizar os seus produtos e se não tivesse acesso a fontes de financiamento adequadas às necessidades de uma “start-up”.

    Por outras palavras, o que distingue as sociedades progressivas é a sua capacidade de orientar os instintos criativos dos cidadãos para actividades socialmente úteis e economicamente valiosas, pondo ao seu alcance um acervo de recursos humanos, tecnológicos e financeiros de grande nível.”

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=555265&pn=1

  4. joao says:

    Uma dica de empreendedorismo para jovens:

    Inscrevam-se numa JOTA

  5. patriotaeliberal says:

    Quando a direita se junta à esquerdalha:

    http://oinsurgente.org/2012/05/12/a-proposito-de-oportunidade-passos-coelho-perdeu-uma-de-estar-calado/#comments

    “Anda por aí muita falsa indignação com as declarações de Pedro Passos Coelho sobre o desemprego. O que é pena, porque o que não falta nelas (ou pelo menos, naquilo que delas as televisões deram a conhecer) são motivos para que essa indignação fosse genuína. Consta que o Primeiro-Ministro terá “pedido aos portugueses” que adoptassem uma “cultura de risco” e que encarassem o desemprego “como uma oportunidade de mudarem de vida”. Percebo o que Passos Coelho quer dizer. E teria toda a razão em dizê-lo se Portugal se pudesse orgulhar de uma economia, como se diz agora, “dinâmica”. O problema é que não é esse o caso.

    Em Portugal, na conjuntura actual, perder o emprego não abre qualquer oportunidade. Cria, apenas e só, dificuldades. O problema do desemprego em Portugal só com muita má vontade poderá ser descrito como um de uma série de gente com “falta de iniciativa” que prefere ficar em casa a “arriscar”, recebendo subsídios em vez de um salário. Na realidade, com empresas a fecharem, dificuldade em contratar, e uma incerteza quanto ao dia de amanhã maior do que as contas bancárias, encontrar um novo emprego não é uma questão de vontade e “iniciativa”, é quase um milagre. E claro que algumas dessas pessoas poderiam “arriscar” abrir o seu próprio negócio. Mas por muita “cultura de risco” que se possa ter, para abrir um negócio é preciso também dinheiro. E quem é que vai conseguir obter um empréstimo nas circunstâncias actuais? e que perspectivas é que há de que esse negócio possa ser bem sucedido?

    Para além de que realmente muita gente não tem qualquer possibilidade de “arriscar”. Seria importante que Passos Coelho não se esquecesse de que, quando fala do desemprego em Portugal, está a falar em grande medida de uma série de pessoas que não viram apenas o seu emprego a desaparecer – antes viram desaparecer toda e qualquer perspectiva de de exercerem qualquer actividade. Pessoas que trabalhavam em indústrias que perderam por completo toda a sua competitividade com o exterior, que se tornaram obsoletas, que nunca mais regressarão ao nosso país; e pessoas que não têm (no horrível termo burocrático dos nossos dias) “competências” para procurarem empregos noutras áreas; ou que por terem 40, 45, 50 ou mais anos, são consideradas demasiado velhas por “empreendedores” como os que enchem os discursos de Passos Coelho; que, pura e simples, foram deixadas para trás pelo andar da carruagem. Essas pessoas, mudaram mesmo de vida. Mas essa mudança foi efectivamente uma tragédia para elas, e não lhes abriu qualquer oportunidade.

    Mas se Passos Coelho quer realmente que os portugueses vejam o desemprego como uma oportunidade, tem bom remédio. Porque é dele e dos seus colegas de Governo que isso depende. A única forma de o desemprego deixar de ser, para muita gente, algo de permanente, mas apenas algo de temporário, e dee as pessoas procurarem aproveitar as oportunidades que lhes possam surgir e criar as que não estão imediatamente ao seu alcance, é o Governo realizar uma série de reformas que até agora ainda não passaram do papel, ou nem sequer nele foram escritas. Quando for mais fácil contratar, quando as empresas e as pessoas puderem canalizar as suas receitas para o investimento em vez de para o pagamento de impostos, quando criar uma empresa deixar de ser um pesadelo e a economia for realmente “dinâmica” o suficiente para o risco que as pessoas correm possa valer a pena.

    Mas para isso, o Governo terá de, em vez de se limitar a fazer discursos, realmente fazer essas reformas. Até lá, as únicas oportunidades que existem são as que Passos Coelho perde de estar calado.”

  6. nightwishpt says:

    Este senhor faz parte do largo conjunto de pessoas pelas quais não terei pena nenhuma quando o desemprego e a miséria lhe chegarem.

  7. Duarte Oliveira Joaquim says:

    a serio? pra kem? só se for pra kem fax assaltos.. ontem por volta das 4 da manha tava kuase a dormir kuando ouvi uns passos e depoix alguem abriu as frestas da portada do meu quarto, só ke eu dei um salto da cama e comecei a gritar e depoix fugiram.. ontem se kalhar foi por pouko ke nao me apanhavam a dormir e me faziam a folha a mim e ao meu pai.. a sorte é ke eu inda tava acordado se nao tava lixado

  8. Duarte Oliveira Joaquim says:

    o problema de gajos como o passos coelho é ke tao sempre com as costas-quentes, tao sempre com guarda-costas atrás, se for preciso té mesmo kuando dormem, mas se eu tiver em risco de ser assaltado e telefonar pra GNR demoram-me cerca de 3 ou 4 horas a xegar

  9. Duarte Oliveira Joaquim says:

    se o governo ker aumentar a natalidade ke comece por dar mais autoridade à policia pra lidar com criminosos a serio e violentos, como poderem usar as armas sem terem ke tar sujeitos a constantes penalizaçoes e/ou a tarem com a vida em risko, armas melhores e mais coletes à prova de bala, em vex de apenas dar autoridade à policia pra agredir manifestantes e jornalistas, porque se nao kalker dia mais vale um gajo arranjar uma arma mesmo ke nao tenha porte.. ao menos um gajo ser lixado por ser lixado mais vale ser lixado à sua maneira.. axo ke este mundo é cada vex mais inseguro pra se trazer crianças ao mundo.. cada vex sou mais a favor do porte livre de arma

    • nightwishpt says:

      E ainda há quem fique preocuapdo com a esquerda…
      Facto: O crime nunca foi tão baixo como no mundo moderno.

  10. Duarte Oliveira Joaquim says:

    se kerem aumentar a natalidade comecem por aumentar a segurança do cidadao, ou seja, a quantidade de agentes ke poem nas manifestaçoes pra baterem na malta e nas estradas pra multarem as pessoas, metam nas ruas pra protegerem os cidadaos.. e comecem também por tirar as armas aos ciganos, nao é os ciganos andarem armados como, kuando kerem e bem lhes apetece e os cidadao honesto e trabalhador nem se ker ter uma arma pra se defender dessa escumalha

  11. Duarte Oliveira Joaquim says:

    ja ke os ciganos sao os unikos ke podem usar arma sem porte da mesma eles ke contribuam pra natalidade, porque ao menos têm como defender os seus descendentes ao contrário do cidadao honesto e trabalhador

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