Resultados da eleição na Grécia

A coligação Syriza esteve perto de ganhar a eleição grega. Um governo de maioria clara juntaria a Nova Democracia com a Syriza mas o líder da segunda já fez saber que não está interessado. O que não surpreende. É muito mais fácil continuar a fazer oposição do que governar. Mas assim continuando, a instabilidade não há-de demorar a chegar de novo e, talvez então, cheguem novas eleições e, com elas, a hora de governar. Nessa altura as questões da solução colocar-se-ão novamente.

Comments

  1. Tozé says:

    porque raio há de o syriza juntar se a quem levou a grécia ao colapso. a hora do syriza ainda não chegou. o poder vai cair lhes nas mãos sem qualquer esforço em breve.

    • jorge fliscorno says:

      É uma perspectiva. Outra é participar para mudar.

      • Não creio que a corja que ocupa os “centrões” por essa Europa fora tenha algum tipo de susceptibilidade a ser influenciada de alguma forma.

  2. Tanto que se critica a falta de palavra dos políticos, mas quando alguém mantém a palavra e recusa participar num governo cujo programa será o cumprimento do memorando de entendimento, exactamente aquilo que a Syriza sempre disse que rejeitava inteiramente, aparecem críticas destas.

    • jorge fliscorno says:

      O programa será o cumprimento porque no governo não existe nenhum outro contrapoder. Convenhamos, o que está em causa nesta recusa é a certeza de que, continuando na oposição, tem margem para aumentar a base eleitoral. Puro calculismo político.

  3. nightwishpt says:

    Fácil e irresponsável é fazer parte de um governo que só faz aquilo que manda o líder do império e roubar algum para o lado. Como o Sr Coelho.
    Difícil é assumir que dentro uma Europa em implosão não somos nós a pagar para ela continuar a manter a ilusão da sua existência.

  4. Entre um partido que defende “uma coisa” (a continuação da política criminosa que levou a Grécia ao desastre) e outro que defende “outra coisa completamente diferente” (a começar pela paragem imediata do desenvolvimento da política que tem vindo a ser seguida) entende o sr JF que se deveriam coligar pois assim haveria uma maioria clara…
    Isto pelos vistos faz sentido para o sr J.F., !?!?
    Felizmente existem outros escribas neste blog…

    • jorge fliscorno says:

      Tem razão, devo reconhecer. Mais vale esperar pela ruína total e reinar sobre as cinzas. Sim, acho que é isso,

      • Não, caro JF ( e nem sei se espero que v/ saiba isso muito bem e esteja apenas a ser não sério, ou que pense mesmo o que escreve e seja destituído) .
        O que leva à ruína é a continuação da política criminosa seguida até aqui.
        No entanto essa foi a opção escolhida pelos eleitores gregos (indecentemente pressionados e condicionados) de acordo com o sistema “democrático” em vigor.
        Por muito que o “outro” partido quisesse mudar o estado de coisas, tal não foi a escolha dos eleitores gregos.
        Partir daí para entender que se teria criado alguma obrigação de o partido não vencedor se tornar cúmplice da continuação do crime, só pode ter origem em burrice ou em falta de seriedade.

        • jorge fliscorno says:

          Cara Neri, não conheço a realidade grega como a Neri parece conhecer. Não faço ideia como é que a Grécia foi à falência. Mas que o foi antes das troikas de lá aparecerem, foi. Suponho que o povo de lá saiba melhor do que eu e, permita-me, do que a Neri o que melhor lhe convém. Justificar a escolha do povo com pressões e condicionamentos é passar-lhe um atestado de burrice. Mas seria ainda um povo burro se a escolha fosse outra? Faz-me isto lembrar a repetições de referendos até dar o resultado desejado.

          Claro que a Syriza não tem obrigação alguma de participar com a ND num governo. Se o fizesse poderia intervir activamente nas decisões que venham a ser tomadas. Mas optou por não o fazer. E, cruamente, isso tem um nome: calculismo eleitoral. A Syriza antevê que com a ND a situação se continuará a degradar e que mais tarde poderá vir a ser governo.

          Deixar as coisas piorar para depois chegar ao poder. Grande sentido de estado.

          • Tozé says:

            o amigo anda às voltas a tentar justificar as suas próprias contradições. falta de sentido de estado seria participar num governo contra natura.

          • jorge fliscorno says:

            Tem a certeza que as contradições estão do meu lado? Falta de sentido de estado é ver o país a afundar-se e nada fazer. “Ah e tal são eles os culpados”. Pois.

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