O primeiro ministro inglês enviou ontem, num fórum para “dirigentes económicos” à margem do G20, um recado a François Hollande a propósito da vontade deste último taxar as grandes fortunas e rendimentos em França. E que recado foi esse? Precisamente o recado da direita, das grandes fortunas e do capital à escala global.
Numa fase em que o capitalismo mundial se reorganiza e se livra dos direitos e garantias que foi obrigado a conceder aos trabalhadores, Cameron, alto e bom som, advogando uma harmonização fiscal global (pela bitola da City londrina), veio dizer a Hollande que se deixe de veleidades porque o capitalismo não está para brincadeirinhas redistributivas.
Implícito nas palavras de Cameron está isto: a esquerda que se entretenha em conferências mais ou menos inócuas como o Rio+20 ou em reuniões “alternativas” como o Fórum Social Mundial que, se alguém tem de empobrecer, não são seguramente os ricos.
Ou dito de forma mais clara: empobreçam os pobres, os trabalhadores, os desempregados, os reformados e toda essa traquitana, que os ricos não se podem dar a luxos desses.
—- que os ricos não se podem dar a luxos desses e que só seráo ricos deixando como consequência esses “desperdícios” sociais e humanos sem os quais nunca serão ricos – pois que sem eles não existem – são o seu subproduto – mas um dia lixam-se não para que haja mais ricos mas porque os lixados acordarão mesmo sem “cgtps” – ainda agora o mundo começou a ser “global” e nada volta atrás
os palhaços ricos vão deixar de rir – seráo só palhaços
desde 1981 que, cada vez que a esquerda chega ao poder em França, nos vêm com esta lamecha.
Só que o engraçado da história é que, precisamente, é quando a direita está no poder que há mais evasão fiscal.
Ou seja. A questão não é o do nível de imposição mas sim o de nível de compadrio na imposição.
Tudo isto já o povo francês compreendeu há um par de anos.
como disse o ministro francês do orçamento :
Um tapete desenrolado por cima do Canal da Mancha, vai meter água com certeza 🙂