Bem, se é um professor de história do secundário, não posso pedir que conheça contributos como os de Solow, Kondratiev ou Mises, não é? Por isso, só lhe peço o seguinte: antes de comentar este tipo de tópicos, pelo menos faça um esforço por conhecer as variáveis para ler o post e compreendê-lo. Se quiser acrescentar conhecimento, leia aqueles e outros autores ou então abstenha-se de escrever trivialidades ou de ser ofensivo.
Entre outras há três razões que me levam a abandonar uma discussão:
– não discuto as convicções religiosas alheias, sobretudo quando funcionam em regime de seita;
– não se discute com crianças, embora se deva ensiná-las
– sendo verdade que presunção e água benta cada um toma a que quer, quando passa à presunção do que o outro sabe ou desconhece e se invocam teólogos, misturando Kondratiev com Mises, ultrapassa-se o limite do razoável.
O Ricardo Campelo de Magalhães, além da incapacidade de distinguir ciência de religião, conseguiu acumular as três razões. É obra.
É isto que responde quando não sabe mais o que dizer, quando fala de um assunto em que nem conhece as variáveis?
Fraquito…
Nem merece post de resposta.
Um analfabeto que desconhece os curricula de uma licenciatura em História merecia realmente outra resposta, mas não vou descer a esse nível.
Deixe-se de meias-respostas e diga lá em que é que conhecer as cadeiras da licenciatura de história torna menos grave não conhecer sequer as variáveis dos assuntos que aborda.
E tente não usar o insulto fácil, se for possível.
Mas quem é que não conhece as variáveis dos assunto que aborda? eu? que na sua cabecinha não conheço Kondratiev, que nada tem que ver com a sua afirmação completamente disparatada e ideológica “O problema da crise actual não é a redução da população empregada” ? mas acha que vou discutir com quem à falta de argumentos tenta descalçar a argolada que escreveu invocando autoridade académica?
E analfabeto não é insulto, é constatação de um facto.
Quem não sabe ler um gráfico, não percebe a diferença entre população absoluta e população activa, não entende porque se usa normalmente o indicador desemprego e não o indicador emprego, e me vai buscar dados de 2012 para justificar um gráfico da evolução histórica do emprego durante 60 anos, é um analfabeto.
Quem olha para um gráfico que demonstra o aumento do desemprego e se sai com a sua afirmação é um analfabeto. Quem escreve população empregue, é um analfabeto.
Já agora, quem cita Mises como referência não é um economista, é sacerdote de uma religião. E não discuto a fé alheia, não vale a pena.
Claro que não conhece as variáveis. Quem disse:
“Em História Económica e Social há que ter em conta a evolução da variável social. Explicando-me melhor: não posso saber, só com este gráfico, se foi calculado tendo em conta:
– a população total dos EUA (o que seria tolo).”?
Sobre o desemprego, nada se pode afirmar a partir daquele gráfico, pois não é possível isolar os efeitos das variáveis taxa de desemprego e taxa de actividade naquele rácio. E isto é simplesmente análise estatística.
Sobre eu user Sollow, Kondratiev ou Mises: todos eles tiveram contributos importantes para a Economia como um todo (referidos no meu artigo). Mesmo que não concorde com Mises, como aparentemente não concorda, terá de reconhecer a importância do contributo sobre a não-neutralidade da moeda.
Sobre o senhor me chamar “sacerdote”, “analfabeto”, “burro de palas nos olhos”, já reparou que o senhor pretende demonstrar ser especialista num assunto sobre o qual nem compreende as variáveis (peça a alguém que lhe explique porque é que nada pode ser dito sobre a taxa de desemprego a partir dos dados daquele gráfico…) e eu não uso classificações para si? É porque sou bem-educado, algo que o senhor já perdeu a oportunidade de ser…
Sim, o total da população é tolo. É tolo porque não tem em conta variáveis sociais (e outras, mas esssa para o caso chega). Porque hoje é sábado, já lhe faço um desenho.
O problema do Sollow, Kondratiev e do Mises é que não têm nada que ver com este assunto. Separo o Mises dos outros não apenas por razões de ordem teologia/vs ciência, mas porque os ciclos de Kondratiev se ensinam em História, no secundário, muito por alto mas lá aparecem.
Quanto aos epítetos, quem reagiu ideologicamente sujeita-se, tal como quem anda à chuva se molha. E não lhe chamei burro, que fique bem claro: palas nos olhos muitos humanos as têm, e por acaso não me apareceu a fotografia de um cavalo. Quando erramos, convêm reconhecer que erramos. Sempre saímos da chuva, é menor a molha. E partir de um gráfico de população empregada para a afirmação de que o emprego não é um problema desta crise é um erro de palmatória, por acaso só possível por completa insensibilidade social, mas isso é o mínimo.