A Infâmia…

… a selvajaria e a barbárie nunca desgrudaram da pele do ser humano, apesar dos séculos, dos museus, da “cultura” e da tecnologia.

Agora encontraram uma nova frente, este parvalhão é o seu arauto e merece o mais veemente e claro dos repúdios.

Mas condenemo-lo com cuidado e alguma auto-critica enquanto povo e país. É que, se o homem e seus seguidores não deixam de ser uns obscuros idiotas fundamentalistas, nós, por cá, também não respeitamos lá muito o património colectivo e até da humanidade.

E isso, queiramos ou não, correndo o risco de parecer forçar a analogia, não abona grande coisa a favor da nossa imagenzinha civilizada e assim tão distinta da barbárie.

Comments

  1. Ora isto é que é “dar a mão à palmatória” com responsabilidade e sensatez!

    Adorei o seu texto, caro Pedro, e partilho as “palmadas”!

  2. MAGRIÇO says:

    “Parvalhão” é um termo adequado que, se pecar,é por defeito. Não deixa de ser preocupante que se assista a uma evolução quase meteórica da tecnologia enquanto as mentalidades parecem estar a sofrer uma regressão. Há gente que, pela sua atrofia racional, parece acabada de sair das cavernas. São os fundamentalistas dos mais variados credos, desde os crentes em deuses implacáveis e vingativos até aos crentes compulsivos da sua (deles!) igreja futebolística.

  3. Frederico Mendes Paula says:

    Completamente de acordo com o teu post, Pedro. É revoltante assistir à destruição deste património por um bando de atrasados mentais, ainda por cima que agem em nome da religião. Diria que há dois aspectos particulares que me chamam a atenção neste teu artigo. Um é o da questão de princípio em si, ou seja, o da destruição do Património. E aqui existem factores subjectivos que nos levam a ficar mais chocados com a destruição “bárbara”, como é o caso da realizada pelos chamados “fundamentalistas”, apenas para marcar uma posição e intimidar os seus oponentes, enquanto aceitamos mais facilmente a destruição “civilizada”, como é aquela que se faz de forma mais ou menos legal, em nome do “desenvolvimento” e com a conivência das autoridades e dos media. Outro aspecto, pouco falado nas notícias, é o do ódio dos obscurantistas “islâmicos” pelo Islão tolerante e em particular pelo Sufismo, que é no fundo o seu grande inimigo. E se existe alguém que é prejudicado pela acção destes fascistas são as populações locais cujos direitos e liberdades são restringidos. Também convém não esquecer outros contornos relevantes neste conflito, como os interesses do tráfico de drogas, principalmente cocaína, transportadas de países como a Guiné-Bissau para a Europa através do Sahara por grupos ligados à Al-Qaida, ou a luta dos Tuaregues pelos seus direitos, que põe em causa interesses económicos na zona. Mas uma coisa parece certa no despoletar deste processo _ uma manifesta falta de sentido de oportunidade por parte da UNESCO ao classificar este Património neste momento, sem prever as consequências dessa decisão, nem tomar nenhuma medida para garantir a sua eficácia.
    http://amush.org/forum/23-patrimoine/740-des-islamistes-detruisent-le-patrimoine-architectural-de-tombouctou.html#740
    http://www.publico.pt/Mundo/islamistas-que-controlam-o-norte-do-mali-estao-a-destruir-os-mausoleus-de-tombuctu-1552783

  4. Pisca says:

    E eu a pensar que depois terem tirado de lá o outro a Libia já era um paraíso ? Tal como andam e criar mais ali na zona

    Devo andar distraído concerteza, aliás tal como os media-informadores nem piam sobre o assunto, ou falam sem dizer onde é mesmo

    Coisas

  5. Zé Carioca says:

    Ai, não é no Douro? Por momentos pareceu-me ver um gajo meu conhecido, que é dali de Tralhariz ao pé do Tua, engano meu com certeza. Eu gostei mais de o ver quando foi lá aquele tipo que dizia(m) betão, betão muito…..

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