Ao meu amigo FMS

Enquanto jantava e mastigava uns telejornais, ocorreu-me isto: Miguel Relvas era um aldrabinho, tipo chegar a deputado e escrever que está no 2º ano estando no 1º (compreende-se o trauma de caloiro mas não lhe conheço uma posição pública contra as praxes), e tantas outras de gravidade ínfima mas que somadas dão um aldrabão.

Politicamente quem mentiu na Assembleia da República não merece a confiança política de nenhum primeiro-ministro que se preze, e ponto final.

Ora estava eu a cafeinar, e tinha dado o trocadito entre aldraba, adrabinho e aldrabão como perdido, porque como pensava ter deixado em letra legível esta tarde quando os desmemoriados do planeta tentam apagar a sua orfandade ao domingo com um assunto onde quem tem vergonha está calado, não me meto mais no assunto, quando o meu amigo Fernando Moreira de Sá me faz este favor. [Read more…]

Caro JJC:

O JJC é uma instituição na “blogocoisa”. O JJC é dos meus bloggers preferidos. O JJC é um gajo a quem gosto de chamar “Amigo”. Por isso, para criticar algo que o JJC escreve eu tenho de pensar duas, não, três vezes antes de começar a dar à tecla.

Ora, com a moral de quem tanto criticou Sócrates no passado sem nunca ter cavalgado a onda da questão da licenciatura e tendo, até, contado a velha história aprendida com o meu Pai sobre o tratamento de “Doutor” nesta terra de Drs (relembrando: o meu Pai, farmacêutico, detestava ser tratado por Dr e sempre recordava que os seus pais não o baptizaram com o nome de Doutor mas de Renato e com ele aprendi essa lição) digo o mesmo ao meu companheiro de Aventar: com tanta coisa que podes (e seu que o fazes como poucos) criticar o Governo, surfar a onda da licenciatura é fraquito.

Olha, vê lá tu, eu até critico o Miguel Relvas: por ainda não ter apresentado o modelo de privatização da RTP; por não ter escolhido o Melchior Moreira para presidir ao Turismo de Portugal depois do excelente trabalho que fez e continua a fazer no Turismo do Porto e Norte; por não defender a Regionalização e, já agora, para alegrar a conversa, por não ser Portista.

Foram algumas as vezes que me cruzei com Miguel Relvas e nunca lhe vi tiques de peneirento, daqueles que gosta que o tratem por “Dr” (desconfio sempre dos que fazem gala de serem tratados como tal). Um tipo absolutamente normal, afável e sempre a trabalhar. Uma vez encontrei-o numa estação de serviço na A3, já ele era Ministro. Partilhava mesa com o seu motorista. Sem peneiras. Tão diferente de outros políticos que conheci e conheço que não partilham mesa com “motoristas” nem com o comum dos mortais.

Agora, é a história da licenciatura. Ontem foi a das pressões e amanhã outra qualquer será apresentada. Para muitos ele cometeu o pecado maior: querer privatizar a RTP. Já não tenho qualquer dúvida, vão obrigar a que pague pela ousadia de mexer em poderes instalados…

Meu caro JJC, que nunca te falte teclas para malhar no Governo (neste, no anterior e nos futuros). Nunca. Só espero que, como em 99,9% das vezes, escolhas os verdadeiros motivos e não tretas de silly season.

Um forte abraço e saudações Portistas!

Convite

ADÃO  CRUZ – VAI O RIO NO ESTUARIO

EVA  CRUZ – CORCONTE

Caros amigos

Estes são os dois livros que vamos apresentar na nossa casa das Figueiras, em Pinheiro Manso, Vale de Cambra, no próximo dia  07 de Julho de 2012,  Sábado,  pelas 16 horas.

Ao fim de uma vida, cada um tem o seu património. Um património de relações de vida, tecido com as mais diversas texturas. E é esse rico património que queremos saudar, com amizade.

Por isso, a todos os amigos que nos queiram acompanhar, lembramos que a sua presença é, para nós, um enorme prazer.

>>>>>> O Vale de Cambra  >>>>>> O Pinheiro Manso  >>>>>> O Figueiras

Telem.:  914736641  e  919673380       e-mail:  adaocruz@oniduo.pt   e   orlandoeva@sapo.pt

Palmas para o simpático

Algures pelo norte do país, ali a cair para o centro, aconteceu história!

Tomaram posse as Comissões Administrativas Provisórias  dos novos mega-agrupamentos, algo a que ninguém queria pertencer, mas cuja exclusão é agora motivo para reclamações e afins. Nada que espante.

Como também não estanho os aplausos – tal como se leu no Aventar, as Escolas tinham que comunicar aos serviços centrais, até dia 6, quem eram os docentes que teriam horário zero. Como o senhor secretário deu mais uma semanita, os senhores e as senhoras presentes aplaudiram efusivamente! (Informação direta de alguém que assistiu ao acontecimento)

Ai… o Campo Pequeno!

Relvas pagou quantos anos de propinas?

Universidade processa aluno por estudar rápido de mais.

Basta que saibam ler e escrever

Luiz Inácio Lula da Silva

Descobrem-se coisas fantásticas, talvez ainda mais fantásticas que uma nova partícula. Por exemplo: a licenciatura RVCC de Miguel Relvas é perfeitamente legal, e as suas mentiras sobre habilitações ficam-se afinal por umas cadeiras que disse ter feito mas parece que não fez.

Pela parte que me toca, além da fascinante observação de que muitos dos que discutiram outra licenciatura dizem agora o contrário numa finta de camaleão digna da pátria dos vira-casacas, e não me querendo misturar com quem tem da crítica política a noção de que vale tudo incluindo fechar os olhos, quero deixar aqui bem claro como me estou nas tintas para as habilitações enquanto parte sequer interessante na apreciação de um político de carreira (já o conceito de carreira política me irrita um bocado, mas isso é outro assunto). [Read more…]

A paranóia normativa e a permissividade escandalosa

Santana Castilho *

1. Voltámos ao tempo das torrentes de legislação selvagem na Educação. Vale tudo para impor o reformismo louco de Nuno Crato. Menorizar as actividades físicas e desportivas da juventude em idade escolar é intelectualmente retrógrado, factualmente estúpido e pedagogicamente criminoso. Pôr os alunos do 1º ciclo a fazer exames no início do 3º período é demência pedagógica. Que vida terão no 3º período os professores e os alunos que já fizeram exame e já “passaram”? Prolongar por mais um mês o ano-lectivo para os alunos que vão “chumbar”, depois de durante o ano se terem retirado recursos para resolver problemas específicos de aprendizagem, é masoquismo pedagógico. Quem assim decide saberá em que condições chegam ao fim do ano professores e alunos? Pensar em novos “cursos de ensino vocacional” para crianças de nove ou dez anos de idade é darwinismo pedagógico, que anseia pela próxima etapa: ferrá-las no berço. Ordenar aos directores que indiquem a componente lectiva dos seus docentes, de dois a seis de Julho, quando tudo o que é necessário para a calcular não é ainda conhecido, é aldrabice pedagógica.

A última pérola da paranóia normativa do ministro, as metas curriculares para o ensino básico, foi apresentada em conferência de imprensa. Nuno Crato, definitivamente convertido ao “eduquês”, disse que se destinam “a definir com clareza o que se quer que cada aluno aprenda” e que são “objectivos cognitivos muito claros para professores e alunos”. Oh, se são! Tão claros (especialmente para alunos) como se depreende dos nacos que transcrevo, a título de exemplo (os três primeiros de Português e os dois últimos de Educação Visual): [Read more…]

Ministério da Educação – nomear Conselhos Gerais?

Tomam hoje posse as novas Comissões Administrativas Provisórias dos Mega-agrupamentos.

E o MEC continua a mentir:

“O processo de agregações ocorreu através de um amplo diálogo em que a maioria dos intervenientes manifestou o seu acordo. Os agrupamentos criados têm uma dimensão racional, e têm em conta as características geográficas, a população escolar e os recursos humanos e materiais disponíveis.”

Podiam estar caladinhos porque mentir assim:

a) amplo diálogo – nem diálogo, nem amplo! Duas mentiras!

b) manifestou o seu acordo – MENTIRA! A maior de todos. Tirando as pessoas do partido (PSD) ninguém disse que sim!

c) Dimensão racional – mentira!

d) têm em conta… – mentira e anedota!

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Os livros não são caros

Os livros não são caros.

Os livros são-nos caros, excedem em muito o valor real, são-nos queridos. Estimamos os livros: «Cuidado com o livro», «não rasgues», «não risques os livros», «não escrevas no meu livro», «não empresto a ninguém», etc.

Pegar num livro, abrir um livro e lê-lo com atenção, é um acto de magia e um “acto de amor” como escreveu, Manuel A. Pina. Entrar no livro, dar a mão ao seu autor ou à sua autora deixando-nos guiar, é qualquer coisa. Não há dinheiro que pague essa magia, esse tempo «perdido», esse tempo que dispendemos a ouvir alguém, a sua alma. Alguém que já não está entre nós, muitas vezes e que se torna imortal através dessa «coisa» que é o livro…

Digo isto a propósito do livro que comecei a ler ontem à noite. Duma assentada, li sessenta páginas.

Há tempos fiz referência ao Diário 1941-1943 de Etty Hilesum, uma escritora holandesa de família judia que morreu em Auschwitz em Novembro de 1943 com apenas 29 anos. Comprei-o ontem de manhã. Esperei por ele vários dias. Finalmente chegou o e-mail da livraria: «pode vir buscá-lo». Peguei nele, sopesei-o, cheirei-o. À noite, comecei a lê-lo, «enfim sós»:

(…) querem o nosso extermínio. (…) Não vou incomodar outros com os meus medos (…) e acho a vida prenhe de sentido, cheia de sentido apesar de tudo, embora já não me atrava a dizer uma coisa destas em grupo. (…) tenho de viver a minha vida tão bem e tão completa e convincentemente quanto possível até ao meu derradeiro suspiro, para que o que vem a seguir a mim não precise de começar de novo nem tenha as mesmas dificuldades.

Estas palavras estão escritas numa página apenas de um volume com mais de 300 páginas. Valem ouro, quanto a mim.

A descobrir. Da Assírio & Alvim (colecção Teofanias), com prefácio do padre Tolentino Mendonça.

Aventação de Amor

Chamo-me Joaquim. Quando prospecto amigos, dou tudo por eles. Amigo é qualquer coisa de incondicional e que não verga, mesmo se cheiramos mal da boca em dada hora ou se nos foge a dor para as palavras mais acres que o léxico segregue. É bonito quando dizemos o que pensamos e alguma arte nos assiste no processo. Mais belo ainda quando gritamos não gostar desta ou daquela gente, de coisas, de estados emocionais negros que englobam hoje tantos portugueses.

Chamo-me Carlos também. Amigo é um milagre de autenticidade que não se traveste de dúbia mudança, consoante a opinião dominante ostracize e menoscabe o outro, porque conceituar o outro forja-se caso a caso e sob o máximo de proximidade. Nessa medida, nada mais rochoso que um Amigo. Ora, se há território-pátria onde hoje me reencontro-língua e me faço feliz, em décadas de prospecção, vitórias e derrotas, é este, do Aventar. Quando ainda não aventava, sentia-me já próximo, muito próximo, deste modo plural de ler a nossa realidade e de exigi-la mais justa.

Agora que avento, dou por mim a amar cada um dos meus companheiros, não por pensar como eu ou dardejar verbo como eu, mas pela maravilha de ser cada qual como é, enriquecendo-me de saberes e de afectos gratuitos, incondicionais-rocha. Por falar em pedregulhos, poderá cair o Carmo e a Trindade, eu amo-os e verterei todo o meu sangue, hiperbólico e real, por eles.

Prostituição versus Pornografia

Um dia vai ser de Lei: a EDP governará Portugal. Por agora, comanda apenas algumas autarquias.

Em defesa da liberdade de expressão – Protesto contra os poderes soberanos

Sempre que ouço falar no crime de difamação, sou invadido por uma alergia mental. A repressão penal das palavras é algo que não consigo conceber num Estado Democrático, sendo este facto, no nosso país, , agravado por uma magistratura que, a espaços, demonstra não conseguir compatibilizar de forma adequada o direito à honra com o minimo de liberdade de expressão que se exige a uma democracia.

É evidente que o direito à honra merece protecção. Não é disso que se discorda. A discordância surge apenas e só quando alguém tem que responder criminalmente por palavras que proferiu.

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Júlio César


Documentário sobre Júlio César, um dos mais importantes líderes do mundo romano. Governou como um verdadeiro Imperador.
Sobre Júlio César, está disponível um excerto de 7 minutos, legendado em português, do clássico de 1970. Um excerto que retrata o seu assassinato no Senado.
Tema 1 do Programa: Das sociedades recolectoras às primeiras civilizações
Unidade 2.2. – O Mundo Romano no apogeu do Império

Se o Ministério da Educação fosse uma pessoa, seria viciado em drogas duras

O João Paulo, recentemente, chamou a atenção para o facto de que não é aceitável ou compreensível uma empresa da dimensão do Ministério da Educação não ter, ainda, o próximo ano lectivo completamente organizado.

O Paulo Prudêncio, nas centenas de textos que já escreveu sobre gestão escolar, ainda não se cansou de repetir que um ano lectivo tem de estar preparado com vários meses de antecedência, continuando, ainda, a insistir na importância de um valor como a estabilidade, nomeadamente no que se refere à produção legislativa. [Read more…]

Israel, sempre com classe

Soldado agride criança palestiniana