Zita é mais rápida no regresso a casa. O trabalho fica para trás a cada quilómetro das dezenas que faz, seis dias na semana. À frente, já só vê os filhos: a «coisa» mais maravilhosa que tem na vida. À noite, mete-se no meio deles, na cama, uma mão sobre as pernas pequeninas dos dois filhos. E eles adormecem com a cara encostada à mãe.
Zita tenta compensar o tempo perdido, longe de quem mais ama. Se ela soubesse como, escreveria um hino aos seus filhos… Como não sabe, diz-lhe que os adora, todas as noites, e aborrece-os com tantos beijos.
A paz que a envolve ali sentada entre os filhos dormindo, é uma paz que reanima, que reabilita, que lhe dá forças para o dia seguinte.
Maria, esta simplicidade é muito dificil. Tão dificil. Mas este texto quando lido com o sentir lembra-me que na minha infancia quando nos sentíamos MUITO BEM diziamos este disparate:
– Hoje em dia, actualmente, um gajo bebe duas copaneiras…. Fica cá com uma peitaça…
Nunca soube o que queria dizer talvez porque os sentires não se expressam.
Obrigada, Zé Maria