Sexta-feira 13 dos Professores, mas ainda mais das Escolas e dos alunos

Estou há horas para começar este post, mas os dedos teimaram em não responder.

Hoje, vi as escolas como nunca tinha visto

Depois de um dia fantástico, o de ontem, nas ruas da Lisboa antiga, do Rossio ao Parlamento,eu não merecia um dia assim. Nós, os resistentes, não merecíamos um dia assim!

E nem falo por mim.

Tenho dificuldade em colocar em palavras o que aconteceu.

Há de tudo: diretores que chamam os professores, tipo centro de saúde com o povo todo na sala de espera.

Há quem mande por correio, quem ordene um telefonema. Também há quem recorra ao mail e, é verdade, por SMS:” Caro colega, ao abrigo da Legislação em vigor, venho a informar que não temos componente letiva para si”.

Eu já tinha ouvido falar em despedimentos por mail, agora por sms!!!

Queria conseguir explicar isto aos leitores do Aventar que não são Professores, mas não é fácil – acham normal que professores “efectivos” há mais de vinte anos estejam sem horário para o próximo ano? E aos milhares?!!

São Directores de Turma e Coordenadores, professores do 1ºciclo, do secundário, educadores de infância e professores do básico. São de matemática e de línguas, de expressões e de história. No litoral e no interior…

Não há post algum que possa receber a raiva que se viveu hoje nas escolas públicas portuguesas.

Foi, de facto, uma verdadeira 6ªfeira 13 para a Escola Pública.

E Nós só queremos que nos DEIXEM ser Professores!

Só isso!

Comments

  1. artur says:

    A escola pública está a ser destruída e o pais anda entretido com a licenciatura do Relvas. Por vezes pergunto-me: sou o único pai que está preocupado com a educação dos filhos? Ninguém vê o que se está a passar? Que este pais está a tomar uma decisão muito mais cara que todas as PPP’s? Que Pais é este? Como é que deixámos as coisas chegarem aqui?
    Hoje é um dia de luto e nas nossas televisões ninguém deu por nada…

    • Pedro Marques says:

      Os Professores que não se esqueçam, a escola não começou a ser destruída agora com o Passos e com o Sócrates!

  2. Teresa Veloso Mália says:

    Enquanto milhares de professores resistiam nas ruas de Lisboa…..quinta-feira 12…..eu vivi numa Escola Secundária a revolta indescritivel do processo de matricula da minha filha no 12º ano…… Um professor ( por acaso de Filosofia ….os professores de Filosofia não deviam questionar mais ) esteve pelo menos das 15h às 19h numa sala de aula a entregar papeis aos encarregados de educação, e depois a conferir o que estes escreveram! Mais grave….depois disso os encarregados de educação desciam para uma fila sem fim , porque o funcionario da secretaria estava a conferir o que o professor tinha conferido!!!!!!!!!!! Mas isto é normal??? Ser professor hoje é isto?????? E os professores não questinam??? não se revoltam??? Não é isso que quero que a minha filha aprenda….ser submissa…..ser autista…..ser derrotista !!! Mexam-se pá!!!!!!

    PS : aqui não está em causa o referido professor…estão em causa todos os professores que ontem fizeram o papel que ele fez sem contestar… e tiveram oportunidade ontem!! Havia um pré-aviso de greve a salvaguardar!!! Tenho dito

  3. isabel magalhaes says:

    …enquanto decorria uma ação…professores iam chegando à sala com lágrimas nos olhos…engolindo os soluços que tentavam sufocar na garganta…tinham sido dispensados…não havia mais lugar para eles!
    E todos prosseguíamos a ação em surdina…comovidos…
    Foi dramático e indígno!

    • Maria Oliveira says:

      Pois, eu também fui uma dessas professoras, que ao chegar à escola para presidir a uma reunião de departamento, fui chamada à diretora para me informar de que não existia horário para mim e, que portanto teria que concorrer.
      Fiquei atordoada, não queria acreditar no que tinha acabado de ouvir.
      Sou professora nesta escola há 32 anos e lecciono há 37 anos.
      Nunca mais vou esquecer o que senti

  4. É uma tristeza, não só o que o governo está a fazer, mas também o que a classe está a deixar que façam!

  5. maria celeste ramos says:

    O que “a classe” e classes estão a deixar que façam

  6. André says:

    Alguém se lembrou de ver se as escolas realmente tem alunos para leccionar? É que não é novidade nenhuma que a taxa de natalidade está em queda há décadas, e que como consequência natural a procura por professores há 30 anos não é o mesmo que o actual.

    Ou será que todos nós deveríamos pagar os salários a professores para ficarem o ano lectivo todo sentados na sala de professores a ver o tempo passar?

    • Andrea says:

      Caro, André, parece-me que não leu com atenção o comentário do João. E realmente é preciso perceber porque é que estas medidas estão a ser implementadas… E quais são as suas consequências.E por isso tente perceber melhor.

    • Nádia says:

      André, baixe o nível da sua ignorância antes de colocar estes comentários idiotas. Antes de falar, saiba do que fala. Os professores são dos únicos profissionais que levam constantemente trabalho para casa QUE NÃO É PAGO. A natalidade não tem nada a ver com o que se passa. Informe-se e deixe de fazer figuras tristes.

    • Fátima Santos says:

      Lamento informá-lo meu caro sr, que é exatamente isso — pagar aos professores para não fazer nada — que acontece com os professores do quadro que vão ficar sem componente letiva, ou seja, sem dar aulas. Sabe (isto é, sei que não sabe, caso contrário não abria a boca para dizer parvoíces) é que como esses docentes pertencem aos quadros estão vinculados ao ministério, que por sua vez tem obrigação legal de lhes pagar o vencimento como sempre. Logo, dita a lógica que estes ‘trabalhadores’ serão pagos para não fazer nada! Agora diga-me se isso não o revolta?? Pois os professores que se encontram nessa situação ESTÃO REVOLTADOS!!!
      Futuramente sugiro que se informe minimamente sobre os assuntos que tem a infeliz ideia de comentar.

  7. João Paulo says:

    Meu caro André, aqui no Aventar estamos habituados a argumentação um bocadinho mais sólida… O que se está a passar não é resolver um problema de mais ou de menos. Trata-se tão somente de acabar com disciplinas, fechar escolas, retirar horas para as diferentes dimensões do trabalho e depois sobra gente claro… Experimente definir por lei que o seu clube deixa de poder jogar com guarda-redes. Fica logo com um profissional a mais… Tenho dúvidas é dos resultados que vai alcançar, mas como se calhar mudaria de clube, talvez para um privado… Percebe a ideia????

  8. mais um português de merda says:

    Os professores não são os culpados pela destruição deliberada da educação que o governo leva a cabo. Os portugueses é que são os culpados pela destruição do país que o governo leva a cabo. Votaram nesta cáfila que está no poleiro para encher os bolsos aos ricos e aos alemães e agora se não os quiserem lá vão ter que ir para a rua lutar, como fazem o Gregos e os Espanhois.

    • Carlos Alberto Carvalho says:

      Já deviam ter ido para a rua. Qualquer dia já não há nada para fazer. Estes incompetentes estão a destruir tudo.

  9. André says:

    Caro João Paulo,

    Não está em causa que escolas estejam a fechar ou que haja reformas a serem implementadas. Isso está a acontecer. No entanto, é necessário perceber porque razão essas medidas são implementadas. Enquanto há gente a criticar na ignorância o encerramento de escolas, é preciso ter em conta que as escolas que são encerradas ora não tem alunos, ora tem apenas meia dúzia deles. Da mesma forma, critica-se na ignorância o despedimento de professores, enquanto as escolas ora não tem alunos, ora esses professores nem sequer tinham qualquer horário lectivo. Nesse cenário quem é que acredita que é boa ideia manter abertas escolas sem alunos e renovar contratos para gastar os nossos 23% de IVA e subsídio de férias e de natal a pagar funcionários públicos que nem sequer tem trabalho para fazer?

    Fica-se com a ideia que as críticas são todas feitas na ignorância ou, pior, assentam em formas de mentira talhadas para propaganda. E assim não se esclarece ninguém nem pode haver progresso.

    • Ana Pinto says:

      Caro André,
      Com toda a certeza não está dentro do assunto porque de outra forma não falava assim. Aconselho-o a informar-se e depois então opinar com conhecimento de causa.

  10. Fernanda says:

    Reforço o conselho já dado ao André: informe-se melhor. É o André que está a fazer críticas na ignorância. Não ouviu falar no aumento do número de alunos por turma, por exemplo? Basta isso para, numa escola como a minha onde o número de alunos até continua elevado, reduzir o número de turmas e, consequentemente, o número de professores com horário. Agora pense nas vantagens que isso traz para os alunos (?). E há muito mais…

  11. Obrigado por ter voltado a comentar André,

    registo uma enorme divergência – “nem pode haver progresso”. Isto é, associa progresso a encerrar escolas e a despedir professores. Eu associo a outras dimensões. Vou voltar a escrever porque é capaz de não me ter entendido bem: numa escola há 101 (cento e um) meninos pré-inscritos para um curso profissional do secundário. A administração Cratiana impede a abertura do curso. Consequência que o André tira: estamos a progredir porque serão precisos menos Professores. Eu diria estamos a regredir porque estamos a impedir 101 portugueses de continua o seu percurso. Nesse país de progresso que está a sugerir estão a ser dispensados professores de matemática e de informática. Estou certo que vão ser trocados por professores da Lusófona…
    Está a ver a ideia, André? Não se trata de gente sem fazer nada, nem de escolas sem alunos?
    Trata-se de reduzir a oferta da Escola Pública! E contra isso. usarei todas as minhas forças!
    JP

  12. Helena says:

    Há pessoas que só entendem quando o problema lhes bate à porta! O André, ou não tem filhos em idade escolar, ou não lê e ouve as notícias, ou …como me parece o caso gosta de comentar sem se informar. O nº de alunos por turma aumentou de 22 para 28 (no mínimo). Para abrir um curso eram preciso 15 alunos…agora só com 20 alunos é que se abre uma turma do secundário ou profissional. No próximo ano não vão abrir muitos cursos do profissional que estavam previstos. Deixa de haver Formação Cívica no ensino básico …para já não falar de outras mudanças a nível da componente letiva e nº de horas que cada professor tem que lecionar. Toda esta “reforma” é igual a aumento do nº de desempregados, e neste caso não somente os contratados mas também professores efetivos há algumas décadas!
    Deu para entender? Não estamos a falar no encerramento de escolas por falta de alunos!!! Estamos a falar na extinção de postos de trabalho por causa desta pseudo-crise.
    Como li algures se a Educação fosse um Banco…estava salva!!!

  13. “professores há mais de 20 anos”???

    Negativo. Há muito mais de 20 anos!
    O cúmulo dos cúmulos no meu agrupamento é o caso de um colega de Educação Tecnológica que já pediu a reforma (mas não há meio de vir) e vai ter de concorrer a DACL, pois nem “repescado” será, com certeza!
    O outro que lhe sucede na lista graduada (34 anos de serviço) idem, terá de concorrer a DACL.
    Para além dos demais, de todos os outros grupos disciplinares, de que desconheço os números totais, mas imagino.
    Só no grupo 300 (Português), de entre 24 professores, foram informados de que têm de concorrer a DACL 10 professores.
    Numa disciplina transversal, num agrupamento com 230 professores… Estranhas contas andam por aí!

  14. Carlos Manuel says:

    Porrada no André, já!!! Está mesmo a pedi-las!!! Senão vejamos:
    – Se o Estado precisa de militares, abre concurso para o n.º desejado e só forma esses, mesmo que hajam muitos milhares á espera de virem a ser militares;
    – Se o Estado precisa de polícia, abre concurso para o n.º desejado e só forma esses, mesmo que hajam muitos milhares á espera de virem a ser polícias com vocação;
    – O Estado precisa de professores, tem milhares deles já á espera. Porquê? Porque os cursos superiores pululam por todos os cantos, as universidades dão diplomas a toda a gente, tenham ou não mérito para tal, mas é preciso para não perderem clientes no negócio que se tornou o ensino.
    Entendo o drama dos que perdem o seu sustento, mas os meus impostos não podem sustentar tudo. Na ânsia de procurarem uma colocação, esqueceram-se de fazer filhos (alunos), logo não são precisos professores. Por isso, porrada no André, e em mim, que já não escapo da vossa ira. Mas eu comecei no campo, sei um pouco de tudo, logo não vou morrer de fome se me tirarem tudo. Mas terminei na cidade. Para isso estudei, repito, estudei para alcançar o meu objectivo. Nesse tempo as universidades eram muito longe. Hoje, são ao virar da esquina. Não acham excessivo estarem todas a “fabricarem” doutores para o Estado sustentar? E a vossa inciativa em serem patrões? Porque é que õs universitários só querem um bom emprego, em vez de quererem iniciar o seu próprio negócio. Quem é que será obrigado, mesmo tendo dinheiro, darem-vos emprego? Toda a ggente ouviu falar em oferta/procura. Agora é a vossa vez de procurarem fazer-se á vida.

  15. Adélia Santos says:

    conheço escolas que telefonam ás pessoas para se irem inscrever em cursos só para garantir a formação de turmas para os profs terem vencimento. Mas o certo é a grande maioria que se inscreve, faz isso apenas para fazer número, porque não estão interessadas em irem ás aulas e muito menos se não lhes pagarem. E isto só se passa em Torres Novas e Entroncamento??? Tirem o cavalo da chuva. E o Zé que não pode fugir ao pagamento de impostos a encher os bolsos a estes rapazer e raparigas que querem ser apelidados de doutores e alguns são perfeitas anedotas.

  16. Estou parva,,,,, o André não sabe o que diz. Obviamente se enfiarem com 50 alunos em cada turma ficam professores sem nada para fazer…. Mas é isto que vocês querem????
    É esta a qualidade que pretendem????
    Se for isso, é muito fácil: fico com os 50 na sala, passo filmes, dou nota positiva a todos e não me chateio. Assim só pagam o ordenado a uma, em vez de 2 e fica tudo feliz!!!!

    ora, batatas!!!!

  17. sandra says:

    Fora de tópico!??
    Este ano tinha cerca de 170 alunos, no próximo ano se tiver colocaçaõ (sou contratada há 17 anos!!!) vou ter mais de 200. Será que o ensino tem qualidade?

  18. Pedro Marques says:

    E o que é que os alunos aprendem com este acordo ortográfico que teima em utilizar e defender?!

  19. teaspoon says:

    Não consigo perceber como é possível que certos Velhos do Restelo venham aqui obstinadamente falar com suposto conhecimento de causa daquilo que desconhecem! Sempre ouvi dizer que a ignorância é muito atrevida e tenho aqui a prova provadíssima disso mesmo! Senão, vejamos…Certos portugueses partem do preconceito de que funcionário público não trabalha e como professor é funcionário público, então são eles, os supra sumos da integridade e os salvadores da pátria quem nos paga o ordenado com os seus impostos. Cúmulo da arrogância, acrescido e agravado pelo cúmulo da hipocrisia! É que os professores trabalham, pagam os seus impostos também e geram com o seu trabalho a maior de todas as riquezas humanas… o saber, a aquisição de competências, a autonomia do conhecimento, a criatividade e até mesmo a genialidade. Mas não se vêem, nem se apalpam estas mais valias… fossem elas notas, medicamentos, comida/bebida ou calçado/roupas e outro galo cantaria! Às vezes, quanto mais conheço os pais, maior empatia jorra de mim pelos filhos… Para muitos pais, os professores não são pais… aliás, parecem ser até uns quaisquer aliens vindos do espaço, assexuados, carrancudos e maus, que só existem para fazer mal aos seus alunos e para sugarem o dinheiro dos impostos que eles pagam, porque eles é que trabalham. Mais… são uma classe corporativista os professores, carregada de regalias e com ordenados milionários… são eles que deitam o país a perder! Não entendo então como é possível que gente deste calibre e com tamanhas regalias esteja a ser despedido em massa, tal como os trabalhadores das fábricas que declaram insolvência, sem apelo nem respeito, com base em pressupostos que molestarão toda a população, sobretudo as camadas mais jovens, porque está em causa e a soldo a formação dos nossos jovens por esse país fora. Falso problema esse de que não há crianças e jovens nas escolas para assegurar os postos de trabalho dos professores… estão a ser-lhes recusadas matrículas nas áreas que desejam e com as disciplinas que escolhem, porque não são em número mínimo de 20. Estão a ser obrigatoriamente colocados em turmas de 28 e 30 alunos, não podem escolher os cursos profissionais que lhes interessam… apenas os que o ministério deixa que abram. Alguns destes alunos ficarão à deriva, sem saber qual o sentido do seu norte. Outros ocuparão as escolas privadas e outros ainda aquelas que parecem públicas, mas que são, na verdade privadas, uma vez que escolhem os seus alunos a dedo e com fita criteriosamente métrica, só que são pagas na íntegra com os dividendos dos nossos impostos. É, portanto, esta a realidade do que vai nas escolas do país… as medidas governamentais estão a lançar no desemprego milhares de professores dedicados, competentes e com 20 e 30 anos de serviço, com provas de qualidade e profissionalismo sobejamente dadas! E a malta a ver os políticos – esses sim, coitadinhos – irresponsáveis, incompetentes e corruptos a passar e a decidir sobre as vidas da gente sem moralidade, nem justiça, nem decoro… triste país este em que habito!

  20. Fernando Manuel Santos lopes says:

    Os Professssores enviados para DACL pelo Agrupamento de Escolas de Pedome, de que sou Diretor, foram todos ouvidos individualmente para que se lhes explicassem as razões da decisão. Claro que para efeitos de confirmação da decisão e prova de notificação se envi…ou a cada um deles, a seguir, uma carta do Agrupamneto que terminava, reconhcendo o seu esforço e profisionalismo em prol do Projeto de Escola e do seu empenho em alcançar os nossos Objetivos como Agrupamento, agradecendo-lhes por isso. Pode não ter sido muito ou de pouco poderá ter valido! Mas uma coisa é certa: cumprimos a Lei e tratámos os Colegas como pessoas que têm direito ao respeito e à honra. Connosco é assim! Damos a cara; não nos escondemos atrás da impessoalidade dos SMS ou da frieza dos e-mails como somos, isso sim, nós tratados pela Administração Educativa muitas das vezes.
    De resto que se podia fazer? Não leram o camado Decreto dos Concursos? O seu Artº 18º +e bem explícito que para quem não cumprir o caminho é a instauração de um processo disciplinar com vista à demissão e à exoneração.

    • Louvo a sua atitude: não resolveu nada para os colegas atingidos, mas atenuou a dor, com certeza.
      No meu agrupamento, os colegas nestas condições foram todos contactados pelo telefone e os poucos que resolveram dirigir-se à escola para solicitar esclarecimentos adicionais, lamentam ter-se deparado com uma direção embrenhadíssima no preenchimento da aplicação informática, sem disponibilidade para olhar para eles nos olhos.
      Não houve mais nada, nem carta, nem qualquer outro documento que faça prova da notificação, por exemplo.
      A fazer fé nos testemunhos dos colegas, não se pode dizer que tenha havido impessoalidade, já que o telefonema foi pessoal. Apenas uma certa… insensibilidade, parece-me.

    • Rosalina Simão Nunes says:

      E, Fernando, não pensou em demitir-se?

      Diga-me, qual é a diferença entre ir a DACL e passar, posteriormente, à mobilidade, porque é isso que se vai passar com muitos dos colegas a média e longo prazo, e ser já exonerado porque não se concorra? Fica-se nos dois casos sem dinheiro para poder (sobre)viver.

      Já o disse noutro sítio e repito aqui:

      “Os diretores são professores. São colegas. Como é que é possível estarem a assumir a responsabilidade de “despedir” os seus pares?! Porque é essa a competência que a tutela lhes passou para cima dos ombros. A responsabilidade é deles. E é um facto que todos, mas todos, sem exceção, o estão a fazer. E quando faço estas afirmações não é minha intenção dividir. Passar para o lado a responsabilidade ou sequer culpar. Trata-se apenas de identificar um facto a partir do qual se poderia começar a fazer resistência. Porque os diretores são professores.”

      Imagine se os diretores tivessem agido dessa forma, todos. Estaríamos aqui a discutir, neste momento, outro assunto. E não estaríamos da exoneração de ninguém.

      Os diretores são professores.

  21. Vai boa a discussão, obrigado por terem dado vida ao post mais complicado de escrever… Obviamente, no momento presente vivemos uma situação delicada: os conseguimos manter a Escola Pública ou não! É simples!

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