“Pingo Doce”: sabe bem adoecer muito

O Aventar soube que, nas clínicas Walk’In Clinics, os pacientes poderão sair com mais doenças do que aquelas com que entraram não pagando mais por isso. Na verdade, os accionistas do Pingo Doce souberam dar uma nova dimensão à frase de Afonso da Maia: “Num país em que a ocupação geral é estar doente, o maior serviço patriótico é incontestavelmente saber curar.”

Se é certo que o facto de o nome das clínicas estar em inglês provocou inicialmente algum desconforto, foi possível apurar que isso faz parte de uma estratégia para que os clientes possam aprender aquela língua, como bónus inteiramente grátis. Está para breve uma campanha com a participação de Miguel Relvas, em que este declarará: “Hi! My name is Michael Grasses and I took my PhD thanks to the brain medication of Walk’In Clinics. Walk in and get better!”

Finalmente, fonte próxima da sociedade detentora das clínicas adiantou que está para breve a publicação de uma tabela de descontos. A título de exemplo, uma consulta de otorrinolaringologia dará direito a 50% de desconto numa embalagem de cotonetes marca “Pingo Doce”.

Comments

  1. José Antunes says:

    Essa entrada no blog reflecte que apesar de uma pulsão imensa para criticar, como não se encontra qualquer motivo para fazê-lo então o desespero obriga a inventar disparates. Então lá vem patetices do tipo sugerir que uma ida a essas clínicas traz o risco de apanhar doenças misteriosas, criticar o nome por ser em inglês, e para terminar uma tentativa de piada sobre uma hipotética campanha de descontos.

    Um ódio cego como esse não é natural, nem fará bem à saúde.

  2. Este comentador José Antunes parece um capataz da JM.
    Espero que lhe paguem bem para estar aqui a vociferar palermices

  3. Luis says:

    Eis um documentário feito por cá que sugere soluções.

    http://youtu.be/Skm57inNCZo

    abraços e boa continuação 🙂

  4. Carlos says:

    É mais do que óbvio que as políticas que têm vindo a ser implementadas no sector da saúde, nos últimos dez anos têm objectivamente aberto o caminho para que a saúde em Portugal se transforme num negócio chorudo. Alguns dos maiores grupos empresariais do nosso país lançaram-se nessa área de negócios tão sensível. Sendo que a saúde é um bem extremamente caro, que poucas pessoas podem pagar fora do SNS, especialmente o tratamento de doenças graves, crónicas ou de cirurgias como transplantes. Por isso a estratégia tem sido a de deteriorar progressivamente a oferta do SNS, a sua qualidade, aumentando as taxas moderadoras ao mesmo tempo. Isto torna o SNS mais caro e menos eficiente e logo abre caminho ás clínicas e hospitais privados. Seria muito ingénuo pensar que isto sucede não sendo parte de uma estratégia pensada para o efeito. E implementada sucessivamente pelos governos do bloco central. A crise, infelizmente, acelera todos estes processos de exploração.

  5. “The reason this happens so much in health economics is clear: the realities of health care — especially the complete absence of free-market success stories and the evident superiority of public systems at cost control — are just not supposed to happen in the conservative world view. Hence the temptation to make stuff up, to seize on stories that are what right-wingers think should be happening and pretend that they are what really happens.”

    Right on my man!

  6. edgar says:

    Quantas clínicas, laboratórios de análise e outros serviços privados de saúde só sobrevivem por causa das convenções, ou seja, porque é o Estado o seu melhor cliente?

  7. Ainda me lembro que a cura era o Cobra (Stalone).

  8. chatice says:

    Eis uma piada que tem muito que se lhe diga, parabéns pelo artigo.

  9. Maria says:

    http://www.walkinclinics.pt/homepage.aspx

    Informa-se antes de escrever disparates….

    • António Fernando Nabais says:

      Antes de comentar, pode também olhar para as categorias de cada texto (vêm no fim do texto, a seguir a “Tagged with”). Já leu? Já descobriu lá a palavra “humor”? Pronto, não tem nada que agradecer.

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