Menos um


José Hermano Saraiva (1919-2012).

Fotografia de Abril de 1969

Comments

  1. palavrossavrvs says:

    Não foi isso que me passou pela cabeça quando nos faleceu o enorme Miguel Portas.

    • Eu estava em 1969 em Coimbra, Joaquim. Eu vi. O Miguel Portas nunca foi ministro, nunca teve responsabilidade em tiros e cacetadas sobre estudantes. Não inventou uma vida ao Camões que o desgraçado nunca podia ter tido (e quem arrasou o JHS foi sobretudo a minha FLUC, por via de gente muito de direita).
      Se não percebes a diferença entre um ministro de Salazar, para mais mentiroso compulsivo, e um político do qual podes ou não discordar, será melhor ires até Paris verificar a realidade histórica Joaquim.
      O Crato paga-te a viagem, acho que vinha incluída no teu subsídio de férias.

      • António Fernando Nabais says:

        JHS podia ter uma figurinha simpática de avozinho contador de histórias, mas foi cúmplice e actor de eventos sinistros. Como historiador, era também um bom contador de histórias. Como especialista em Camões, era, ainda, um bom contador de histórias, como demonstrou magistralmente Vítor Manuel Aguiar e Silva, outro homem de direita.

      • palavrossavrvs says:

        Compreendo, José. Mas pronto, está morto. Tinha 92. Estava formatado para reprimir e porventura vinculado a fazê-lo dada a merda cultural do Estado Novo, como nós para virar isto do avesso. Costumo celebrar o passamento de criaturas más, daninhas e sinistras num grau superior de sarna, acima dos sessenta por cento. JHS, quanto a mim, estava nos trinta a quarenta, para te fazer a vontade.

        São os meus critérios, o que me fez rejubilar cristãmente com a morte de Leonid Ilitch Brejnev ou outro tirano qualquer. Percebes isto?

      • JoaoDoPovo says:

        O Salazar foi eleito pelo povo como o maior portugues de sempre. E as vidas que Salazar poupou com a neutralidade na
        2ª guerra? De onde é que vem este ódio todo a Salazar? O seu governo teria concerteza aspectos negativos,mas os tempos eram outros e comparativamente com outros paises europeus podemos dizer que tivemos sorte. De referir: o carácter sanguinário dos intelectuais e poiliticos comunistas da altura, JHS paz à sua alma um homem de uma grande inteligência e humanismo (sem ser de biblioteca).

        • Quem aprendeu estorinhas com o defunto escreve assim. O problema é mesmo esse.

          • JoaoDoPovo says:

            Que belo argumento cientifico! Já vi que consigo não posso contar com qualquer honestidade intelectual, por isso não vale apena falar mais, camarada veja se cura esses ódios, a ditadura em portugal foi das mais pacificas e menos violentas da humanidade, e como tal o própio povo português o reconhece como uma figura nobre na nossa história por muito que isto lhe custe… e isto são factos (vindos da realidade), espero como bom cientista que proclama ser, os aceite. Passe bem.

        • Eu também gosto muito das ditaduras pacíficas, com natas e chocolate.

          • Maria do Céu Mota says:

            João, apetece perguntar:se dizes «menos um», já estarão todos? Falta alguém? Já estás satisfeito? JHS ainda não foi o «último»?

          • Com as honrosas excepções de Adriano Moreira e Veiga Simão, que se souberam converter à democracia, vale para todos os ministros da ditadura.

          • Tito Lívio Santos Mota says:

            Veiga Simão foi muito amigo de meu avô (e homónimo), cujo não pode ser confundido com qualquer amigo do salazarismo ou do marcelismo.
            Veiga Simão consultou vários amigos, democratas, antes de aceitar a pasta do Ensino. Entre eles o meu avô.
            Veiga Simão acreditou na veracidade da “Primavera Marcelista”, mas foi já com sérias dúvidas que consultou os amigos sobre a oportunidade de assumir funções no quadro de tal regime.
            Sei que meu avô lhe disse mais ou menos isto : “se acha que tem latitude e meios para levar a cabo a reforma…”

            Temos que levar em conta que o regime levava já 40 anos de existência e que a reforma escolar esperava desde o Marquês de Pombal. E que o seu fim parecia de veras problemático em 1967.
            Diga-se em defesa de Veiga Simão que fez uma boa reforma.
            Quanto aos arranjos que fez com o regime para a levar a termo, são coisas que apenas a sua consciência e a História poderão julgar.
            Quanto a Adriano Moreira, já explicou sobejamente o que disse a Salazar sobre o que previa iria acontecer com o Ultramar.
            Ambos merecem uma “leitura” história pacífica e livre de paixões.

        • Patrícia Marinho says:

          Para o “João do Povo” (e bem que dizem que o povo é ignorante) os “de cor” não devem contar, ou de história só sabe a contada pelo Hermano….. Então o Estado novo era pacífico? Podia ter sido muito pior? Deve ser mesmo isso que (por exemplo) as 400 pessoas que foram massacradas/violadas/torturadas no massacre de Wiriyamu e os seus familiares devem pensar. Pode estar quase a fazer 40 anos, mas não será branqueado por pessoas como você. Tenha vergonha na cara antes de falar bem do Estado Novo e (já que faz tanta questão de defender os mortos) respeite as vítimas deste.
          http://www.savana.co.mz/home/921-40-anos-apos-o-massacre-que-chocou-o-mundo-atrocidades-em-wiriyamu-continuam-por-esclarecer.html

          • JoaoDoPovo says:

            Lamento essas mortes, a minha opinião foi tendo em apenas a conta a estatistica obviamente que cada número é a morte de uma pessoa real infelizmente, estava apenas a fazer uma análise racional (livre de emoção) dos números que na minha opinião nos podem dizer muita coisa. Que tendo em conta a destruição que grassou a Europa, Salazar soube defender-nos com uma diplomacia impar com a qual os meninos diplomatas de hoje em dia deviam tentar aprender qualquer coisa, e não era corrupto como toda a gente sabe. Os governos que se seguiram ao estado novo abandonaram Timor deixando os à mercê do genocidio perpretado pelos indonésios e assim ficaram impávidos e serenos não souberam mexer uma palha durante quase 30 anos, Salazar sempre soube manter a presença portuguesa em Timor e enquanto estivemos lá desenvolvemos a ilha, por isto também não acha Mário Soares um assassino?

          • Lá está, a ignorância. Salazar não evitou a entrada de Portugal na guerra coisa nenhuma. Muito simplesmente não dava jeiti a nenhuma das partes ocupar a península, o que obrigaria a deslocar uma força naval para posterior defesa marítima que fazia falta noutros lados. Eu sei, o JHS preferia glorificar o criminoso a que chamou santo. Hagiografias.

          • Patrícia Marinho says:

            A diplomacia do Salazar consistiu principalmente em poder vender urânio para todos. Na minha opinião dar a independência a um país não é abandoná-lo é deixá-los seguir o seu caminho embora, com a responsabilidade e dívida que Portugal (enquanto País colonizador) tem para com esses Países, deva fazer de tudo para os apoiar. Mas obviamente que não posso comparar o não entrar em guerra contra um país, com um exército como o Indonésio, (já que se tentou por via diplomática acabar com a ocupação Indonésia de Timor – a ONU é que tinha outras prioridades) com o massacrar directo de mulheres, crianças e idosos.
            Aliás, ainda me há de explicar como é que considera que, por um lado, o Salazar foi um Santo por não entrar na guerra e, por outro, o Soares é assassino por também não querer entrar numa….

          • JoaoDoPovo says:

            A diplomacia que Salazar exerceu afim de equilibrar com os interesses de Inglaterra, Espanha e Alemanha na 2ª guerra mundial é inquestionável e está bem documentada, basta pesquisar no Google. A diplomacia que Salazar exerceu para evitar mortes desnecessárias de soldados portugueses, foi exactamente a diplomacia que Soares não exerceu para evitar o genocidio do povo timorense, dado que pela sua definição de auto-determinação basta voar do pais e está o pais desconolizado, obviamente que uma desconolização feita dessa maneira não pode dar bom resultado, e Portugal (Mário Soares) é em parte responsável assim como a ONU (dada a sua conivência), EUA (Pelo fornecimento de armas) pelo genocidio timorense. Visto isto, e respondendo à sua pergunta, penso que Soares não entrou em guerra, nem exerceu qualquer diplomacia de maior, pore simplesmente se estava a marimbar para os timorenses, não fosse o Bispo Belo e Ramos-Horta e já não existia a raça timorense. Salazar não entrou em guerra para evitar a morte de soldados e civis portuqugueses. Não digo que Salazar era um santo, até porque santos não existem, mas os tempos eram outros e penso que é desonesto analisar a repressão existente na altura, á luz dos paradigmas actuais. Já agora: D. Afonso Henriques era um assassino ?

          • Não uso o Google para conhecer a História da diplomacia portuguesa, por enquanto prefiro livros. A diplomacia salazarista pró-Berlim é sobejamente conhecida (o nosso cônsul Veiga Simões foi a sua primeira vítima), e acreditar que foi pela decretada neutralidade que um país da dimensão de Portugal escapou à guerra é legítimo, mas no campo da fé.
            Já a forma como Salazar, esse grande pacifista, evitou uma guerra colonial em 3 frentes, poupando os soldados portugueses a mortes desnecessárias é sobejamente conhecida.
            O problema da História é que em primeiro lugar se faz com factos. Depois cada um fará as suas leituras, mas convém não os esquecer.
            Já agora, raça timorense refere-se a alguma variedade de cães ou será de cavalos? desconhecia.

          • JoaoDoPovo says:

            Por exemplo a grécia e a sérvia foram ocupados e têm a dimensão de Portugal, não percebo realmente essa sua mania que tem em ignorar a história que não lhe dá jeito, a diplomacia de Salazar e o jogo de interesses que ele soube manter entre o eixo e os aliados foi decididamente essencial à nossa neutralidade.

            Todos nós seres humanos (animais mamiferos) temos uma raça, seja ela qual for, existe de facto a raça timorense a qual foi alvo de genocidio pela indonésia. A guerra colonial , foi alimentada pela Rússia , EUA e pela ONU ( e assim foi continuando mesmo depois da descolonização) Salazar como agora é pouco comum, não se vergou e defendeu os interesses de Portugal. E quem foi para a guerra e conheço varios homens que lá estiveram, foram com o sentido de dever e deram o seu melhor e derramaram o seu sangue pelos interesses do seu país, Portugal. A História não é uma história que você gosta de contar, você como bom esquerdista, tenta encaixar a história do mundo no guião pré-fabricado marxista do opressor e do oprimido, a história real já descartou esse guião há muito.

          • Claro, a Sérvia e a Grécia têm a mesma localização estratégica que Portugal, são igualmente o ponto de passagem marítimo entre o norte e o sul. E o estado espanhol não existe, não está entre Portugal e a França, o Hitler nem sequer tinha de pasar por lá.
            E é claro que morrer a combater Hitler era uma chatice, mas a defender o colonialismo foi uma coisa heróica. E a raça portuguesa, concerteza. contra a raça dos pretos apoiada pelos russos e pelos americanos, esses comunas.
            Pensando bem no assunto, com defensores ao seu nível, ignorante, fascista e colonialista, JHS nem precisa de ser atacado. Os seus fiéis demonstram a inabalável firmeza da pulhice que sempre defendeu e de que nunca se arrependeu.

          • JoaoDoPovo says:

            De facto fui ao google e não existe raça timorense, existe uma identidade timorense mas esta é composta por diversas raças. Peço desculpa pelo erro e obrigado de facto estava equivocado.

            A sua argumentação é simplesmente composta por insultos, tem tanto conhecimento de história e o máximo que produz são insultos ?

            Sabendo um pouco de história a questão é que o colonialismo em Angola e Moçambique foi pacifico até certo ponto: em que a ONU começou a pressionar os países para desconolizarem e aí sim a Rússia e os EUA começaram a agitar forças afim de expulsar Portugal das provincias ultra-marinas, Angola por exemplo só é um pais devido á lingua portuguesa e à restante cultura que Portugal passou aos nativos, Portugal criou o conceito de Angola, logo não fazia sentido um movimento de independência dado que Angola não existia anteriormente a colonialização de Portugal.

          • Sabendo algumas estórias pode-se afirmar que existiu colonialismo pacífico algures no planeta. Existiram povos praticando o masoquismo, adorando ser ocupados, explorados e escravizados. Você tem uma imaginação prodigiosa.

          • JoaoDoPovo says:

            Acho que você tem preconceitos calcados que precisa seriamente de rever, eu revejo diariamente os meus

          • Patrícia Marinho says:

            Vai para aí tanta barbaridade que até duvidei em responder (há certas imbirrices que não vale a pena). Mas vim pelo menos prestar alguns esclarecimentos: Esclarecimento um – Não há raças humanas. Existe no máximo ancestralidade, e são só 3 – Africana, Europeia e Asiática. Antes usavam-se os termos, correspondentes , Negróide, Caucasiana e Mongolóide, mas já nem estes se usam já que foram considerados incorrectos (claro que os poderá encontrar no Google, mas em livros recentes já nem por isso). A maioria das pessoas são, geneticamente, “misturas” dessas ancestralidades – o que se pode verificar e estudar pelos marcadores genéticos correspondentes (não vou, por razões obvias explicar isto aqui, mas sempre pode arranjar uns livros sobre a matéria e estudar, ou então peça-me umas fotocópias). Para curiosidade até lhe digo que nem sempre os marcadores genéticos de ancestralidade, mais evidentes (em maior “quantidade”) correspondem ao fenótipo (aspecto exterior da pessoa analisada) que seria de esperar. Por exemplo uma pessoa aparentemente “branca” pode ter mais marcadores “negros” do que outra pessoa aparentemente “negra” ou mais “negra” – isto aconteceu com frequência, por exemplo, em estudos realizados no Brasil.
            Esclarecida esta parte da “raça”, passemos ao seguinte: Para já considero o Mário Soares uma pessoa que não só não está no meu quadrante político como fez muitas asneiras, mas, por razões obvias, não o considero um assassino, pelo menos do mesmo calibre que foi o Salazar e os seus acólitos. Fique sabendo que houve várias tentativas de Diplomacia para com as faccções de Libertação nacional das ex-colónias, levadas a cabo por chefes militares portugueses (que viam os seus homens chacinados e obrigados a fazer chacinas) que foram recusadas pelo Estado Novo – mais pelo Marcelo do que pelo Salazar, já que este já tinha “caído da cadeira” quando a maioria das tentativas foram levadas a cabo. Portanto houve uma escolha em continuar a sacrificar a vida aos bravos portugueses que foram mandados para lá à força (na sua grande maioria) e com uma completa ignorância do que era o mundo e os seus interesses. Quanto à segunda guerra mundial, como já disse, o que interessava ao Salazar era vender urânio e afins para todos os que estavam envolvidos na guerra, sabendo que a posição geográfica de Portugal não tinha grande interesse para o Hitler, mantendo também grande amizade aqui com o hermano Franco. Enfim, o que interessava era manter o status quo das famílias importantes de Portugal e assegurar os interesses nas ex-colónias (já que a 2ª Guerra também se espalhou “para baixo”), não seria proteger o povo de alguma ameaça de invasão (que nunca chegou a existir – e existindo seria mais da parte dos Aliados, só que nem isto interessava muito como já tinham problemas que chegassem).

    • livas says:

      Mas foi o caso quando *bateu a bota*
      o Stalinista Álvaro Cunhal . . .

      • O Álvaro Cunhal foi responsável pelo assassinato de quem? Tenho todo o respeito pelos meus adversários políticos. Nesta foto estão inimigos políticos, criminosos, assassinos. Todos ficaram a dever muitos anos à campa onde espero bem que não repousem.

        • licas says:

          Ainda pergunta?
          Dos muitos e muitos milhares de naturais das colónias,
          servindo o Exército Português, foram massacrados nas
          prisões ou executados imediatamente cujas identidades
          *sopradas* pelos tais militares progressistas portugueses
          (Comunistas / Stalinistas) tiveram essa *sorte*.

        • Alvaro Mendes says:

          O Cunhal só não apoiava as revoluções de veludo…

        • André says:

          O PCP interveio e participou numa boa dose de operações de sabotagem e guerrilha na guerra do ultramar, juntamente com os muchachos da união soviética. Estamos a falar no PCP de cunhal, o mesmo que tomou de assalto em alto mar navios de abastecimento da república portuguesa, assassinou toda a tripulação e extraviou os mantimentos. Ou será que casos como o Angoche nunca existiram?

          Parece que estamos a criticar alguém com acusações de aldrabar a história enquanto que padecemos do mesmo problema.

          • Tito Lívio Santos Mota says:

            O revisionismo histórico estando de moda, não admiram certos comentários.
            Faz parte dos métodos dessa gentinha, o de misturar alhos com bugalhos, e, sobre tudo, o de lançar calúnias sobre figuras históricas com a simples base naquela do “se não fez era capaz de o fazer”.
            daí virem com aquela do Álvaro Cunhal a matar gente, a redução dos movimentos de libertação a mera manobra soviética, etc.
            Eduardo Mondelane, agradecerá a comparação “soviética” de lá onde para, ou paira.
            Assim como o FLNA etc.
            Assim, estamos conversados. Podem gostar à vontade do Saraiva que ele era da vossa pinta.
            Rigor histórico para quê, quando se considera que a História apenas serve para fazer “demonstrações” mais ou menos empíricas para fins políticos cujos nem sequer se ousa assumir?

            Morreu no mesmo dia Helena Cidade Moura. Mas que importa a esta malta a morte de tal pessoa?
            Quanto à memória de Hernâni Cidade… quem era esse gajo?

            Continuem assim que vão longe.

        • Participou no caso Angoche? provas? você delira. Mais um bom discípulo de JHS.
          Já quanto a apoiar os movimentos de libertação que combatiam a mesma ditadura, só pode merecer aplausos. Ou você defende a ditadura e o colonialismo?

      • licas says:

        Há por aí um ror de gente cuja ambição máxima era
        ser Comissário Político numa Empresa Nacionalizada . . .
        Não se faz nada e espia-se se o pessoal se mantém
        na *linha* que o Comité Central determinou.
        Quando o agora General Ramalho Eanes travou o PREC
        (Processo Revolucionário em Curso) o Cunhal que tinha
        nos militares progressistas, (dizem eles) a coisa pôs-se
        mais inviável para o seu sonho — transformar isto numa
        república popular — de que seria o Presidente Perpétuo..
        Agora a estoirar no inferno (se existe) há-de pensar na
        burrice em que teimou levar a cabo.

  2. Bravo says:

    «Menos um» parece-me um título de desprezo para com uma vida humana que deixou nas atuais gerações a marca do que é Portugal… oxalá muitos pudessem fazer o mesmo! a mim deixa saudades.

    • A marca do que nunca foi Portugal. Não me puxem o pé para o chinelo, que tenho mais que fazer do que elaboarr um pequeno inventário dos disparates que este juristas escreveu sobre a História de Portugal.
      E estou muito à vontade para isso: que não era um historiador disse-lho na cara. Isso não me impediu de colaborar pro bono com a Videofono num trabalho onde me pareceu mais importante a divulgação que os erros.

      • Tem toda a razão, não nos podemos pintar sobre tamanha figura que a única benesse foi o interesse que suscitou sobre história e nada mais, muitas vezes história falaciosa, nem podemos agora, após a morte, aclamá-lo como grande português quando ele foi um dos rostos do estado novo e da repressão aos estudantes. Os portugueses têm a mania de apagar o passado mau, principalmente após a morte.

    • Patrícia Marinho says:

      Chama-se honestidade. Já ouviu falar?.. e Liberdade de expressão, conhece?… Ou agora não se pode ter a opinião (e expressá-la) de que um fascista a menos é bom?
      A sorte do Hermano Saraiva é que o inferno é uma historieta como as que ele contava…

  3. Passaroco says:

    Não é de homem e muito menos de democrata, exultar-se assim com a morte de um vulto da cultura ( quer se gostasse quer não ) se calhar mais democrata do que a maioria dos democratas.
    A fotografia do Che não faria diferente.
    Os revolucionários qwue temos tido até terão sido, se calhar, os maiores destruidores de Coimbra no melhor dos complexos cívicos e civilizacionais que representou ou representa, por sinal.

    • Vulto da cultura? mas você estudou onde? em Coimbra não deve ter sido, pelo menos na FLUC. Porque se fosse teria lido Aníbal Pinto Castro, um homem muito, mas mesmo muito de direita, dizendo deste vulto o que maomé não teve tempo de dizer do toucinho.

    • luis says:

      homem da cultura? o que é que ele fez pela cultura?

    • Patrícia Marinho says:

      Pouco democrata, Sr. Passaroco, é não “autorizar” a livre expressão dos outros. Ficou triste? Chore, vá prestar homenagem, faça o que quiser… (agora é livre para o fazer e olhe que não é graças ao Hermano e sus muchachos)… Mas tem de reparar numa coisa: A LIBERDADE dá para os dois lados, são os “defeitos” da Democracia.

  4. Nascimento says:

    Honra lhe seja feita, morreu em coerência com a sua vida e pensamento,facho ,hirto e firme.
    Olhando-se ao espelho, nunca precisou de cuspir na imagem que aparecia na sua frente ,tentando apagar com cuspo ,o passado,sem reparar,que apenas escarrava na imagem do presente.
    Não era desse exterco ético e moral….
    Morreu Salazarento, e pronto.
    Paz á sua alma (se é que existe uma….).

    • alice goes says:

      mas foi um HOMEM e morreu como tal!, O que falta aos traidores de Portugal.
      Se há coisa mais ordinária no carácter de um homem e o ataque vil contra que não se pode defender, um acto cobarde e abominável

  5. Passaroco says:

    João José Cardoso, terei sido um tanto assertivo, é certo. Mas não seria preciso recorrer a muita doxa para sabermos perfeitamente do valor enorme do Prof.HS como comunicador, também jurista, e o imenso Professor do Liceu Passos Manuel que foi. Especialmente não aceito aplausos a mortes, nem tenho palavras.
    Sim, sou e estudo em Coimbra. Sou estudante de Coimbra. E vejo em 1969 ( e às suas continuações ) uma coisa muito contraditória e heterodoxa, em relação ao que se diz que foi.
    Saudações democráticas.

    • A distinção entre adversário e inimigo político fi-la uma vez aqui, e para lá remeto:
      http://aventar.eu/2011/07/18/fernando-pinto-de-sousa-rip/
      Foi mais do que isso? foi. Mas sabia muito bem que hoje o político vai ser branqueado. Muitos foram enviados para a guerra colonial por responsabilidade directa de JHS. Se bem me recordo alguns morreram. Antes de acabarem o seu curso.

      • André says:

        Não faz bem à saúde ter tanto fel a correr pelas veias. Há coisas muito mais saudaveis de se fazer do que perder o tempo a tentar arrastar pela lama o nome de um homem morto, ainda mais quanto o corpo ainda esteja quente. Se é essa a maneira escolhida para tentar acusar o defunto de ser um diabo então talvez dê mais a conhecer do crítico do que do defunto.

        Talvez seja melhor meditar sobre isso, sobretudo quando se está assim tão investido para acusar os outros de serem homens maus. Os outros.

    • Patrícia Marinho says:

      Pois é… mas em Democracia tem de aceitar os aplausos, assim como eu tenho de aceitar os choros e votações estúpidas e ignorantes sobre o “maior português”…

  6. E já agora, um esclarecimento: menos um reporta-se directamente aos fotografados. Convém não esquecer que o hoje falecido morreu a defendê-los com unhas, muito talento, dentes e todas as mentiras, fingindo-se um imparcial “historiador”.
    Esquecer isso é precisamente o maior insulto que podemos fazer à História e a Portugal.

  7. Luís Pontes says:

    Quem diz de um morto “menos um” é como o burro que finalmente pode ir dar o seu coice no leão moribundo, ou seja, um filho-da-puta mesquinho, cobarde e azedo.
    Que alguém um dia diga dele (do fdputa) : R.I.P. Filho-da-Puta

  8. Dora says:

    Um bom comunicador e contador de estórias, sem dúvida.

    Quanto à História, eu lia noutras fontes.

    Não subscrevo o título do post. Se me permite a sugestão, a imagem, só a imagem, ficaria bem melhor.

    Sem mais nada.

  9. Manuel Correia says:

    Menos um. Concordo. Menos um vulto da nossa História. Pergunto apenas: Alguém foi preso, torturado, encerrado, deportado por culpa deste Homem? Era Fascista? E quantos não são os ex-fascistas que agora repousam nas cadeiras desta podre Governação? Quantos são aqueles Fascistas que agora escrevem quanto querem, onde querem e sempre que querem, alardeando-se de Democratas ferrenhos? A parte política deste Homem nunca me feriu a sensibilidade. Era Salazarista? Foi. Trabalhou no antigo regime? Trabalhou! E daí? Veio algum mal ao nosso pequenino Mundo por causa disso? Lavem as vossas consciências primeiro, antes de porem ao sol a corar as consciências dos outros…

    • Veio muito mal à vida de muita gente. O Manuel Correia escreve Coimbra 1969 no google e talvez aprenda, História. E repito: incorporações forçadas na tropa colonial deram em mortes. Quanto a tortura, você é dos que acha a Pide uma casa de bons costumes?

  10. Eduardo Silva says:

    Meu caro Cardoso. Já não somos meninos, e lá de vez em quando até pensamos na morte. Como homens comuns desapareceremos, e mais década menos década, até ninguém mais se lembrará de nós.
    Aqui atrasado tivemos um pequeno “arrufo” por causa da porcaria do bairro da Aleixo, e até me confundiu com um “gaijo de direita”.
    Mas onde é que eu quero chegar?
    Continuo a ficar espantado com a falta de diluição desta treta esquerda/direita, pois todos concordamos com a visão histórica dos malefícios, e no nosso caso, do estado novo. Agora não consigo ver os homens de “esquerda” a libertarem o mundo dos malefícios cometidos por esse mesma “esquerda”, quando nos reportamos por exemplo ao terror comunista por todos conhecido.
    Já era horas de ninguém escrever “menos um”, pois muitos estão a pensar o mesmo de sí, para quando chegar a sua hora e a de milhões, que quase iam dando oportunidades a certas personagens bem mais sinistras de termos páginas bem mais negras na história da humanidade.
    Pense…

    • As ditaduras não são um diluente, meu caro. Matam, torturam prendem. Fico mesmo muito preocupado com a forma displicente com que democratas andam hoje a prezar a vida dos que morreram por responsabilidade deste homem.

  11. Amadeu says:

    Odiava-o como fascista.
    Adorava-o como contador do amor que tinha pela história.

  12. Tito Lívio Santos Mota says:

    Alexandre Dumas violou a História e fez-lhe lindos filhos.
    Este fascista violou-a para criar abortos.

    Nem sei como o Passos não pensou nele para Secretário de Estado da incultura nacional.
    foi lapso ou o velho traste já tinha os dois pés virados para a cova.

    • Bravo says:

      Que comentário idiota.

      • albanocoelho says:

        Acho que a segunda hipótese é a correta: “o velho traste já tinha os dois pés virados para a cova”.

  13. Eduardo Silva says:

    Caro Cardoso, ainda sobre a resposta que me faz, não fique muito preocupado, até se calhar bem pelo contrário, pois a julgar pela força do seu ódio não terá já tempo para perceber, os que como eu, e fizemos exatamente o mesmo percurso de vida, até eu ter tido a clarividência, de conseguir olhar para os dois lados, e aí, sendo voçê como eu um homem de História, percebe perfeitamente que será inevitável a diluição da tragédia histórica que foi o percurso que o mundo tomou ao abraçar com tanto ódio, a que eu chamo treta esquerda/direita, da qual ainda hoje não nos conseguimos para mal do mundo libertar.

  14. Pedro Leite Ribeiro says:

    Um título que diz tudo acerca do famoso humanismo da esquerda. Existe para aqueles que pensam como nós. Para os outros, aqueles que têm pensamento próprio e diferente do nosso, há “campos pequenos”. De qualquer forma, trata-se de vanglória do piolho sobre o leão que morreu de velho. De facto, quem é o autor deste blogue? Um zé-ninguém com o qual acabei de tropeçar por ter clicado num link de outro blogue. Quem o conhece? Estou aqui a escrever e nem sei o nome do autor da pobre postagem.

  15. maria celeste ramos says:

    Não acordem os mortos antes que incarnem

  16. maria celeste ramos says:

    PCoelho será incarnação de algum democrata de direita ?? até parece

  17. Só sei que todos os lados querem poder e dinheiro. E quem governa quase 5 décadas e não se governa, não pode ser comparado com os tipos auto-entitulados defensores da liberdade, que aburguesaram sem o mínimo de vergonha.
    Deixam o país endividado por 25 anos? Não me parece minimamente digno… Parece-me mais um crime.. Não é a mesma coisa que dar um tiro, mas também destrói vidas, famílias e não são só algumas centenas.. Acho que ninguém consegue dizer quantas vitimas estes últimos anos de governação fez e ainda fará por mais alguns anos. As consequências ainda não chegaram todas..
    Também odeio a separação de classes que havia antes do 25 de Abril, mas vejo que agora existe uma forma mais sofisticada de fazer o mesmo. Quando poderemos ser nós o povo, os verdadeiros herdeiros deste país? Por exemplo, quando poderei comprar uns poucos metros de terra e saber que são mesmo meus e não ter que pagar para sempre uma renda ao bom estilo feudal/comunista..? Quando poderei ser livre para trabalhar e perseguir de forma honesta a minhamfelicidade? Quando poderei levar para casa mais do que 30% do meu suor? Tanto quanto sei, no tempo da ditadura, havia muito menos impostos..

    Não gosto de pessoas que olham para os regimes como preto e branco, não vejo assim, acho que não há pessoas, nem partidos, nem empresas perfeitas, porque a perfeição é algo utópico por definição. Já agora, se fizéssemos um referendo a perguntar se deveriam ser castigados os que nos levaram à bancarrota, tenho a sensação que o povo votada num claro SIM. E afinal não era o povo que mais ordenava? Ou é só quando dá jeito?

  18. Não falta o «não» fiquei contente, João Paulo?

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