Soube da morte do professor pelo JJC no post Menos Um. Tinha a TV desligada.
Morreu hoje de manhã…
Uma figura muito querida. Tenho por ele uma grande admiração.
Um dos portugueses que mais amou o seu país, através do conhecimento que tinha da História de Portugal. Contava-a com tal paixão na RTP 2.
Sim, JJC, ele é «menos um» dos grandes.
Não esquecerei as suas mãos, o seu movimento, a sua alegria ao comunicar a História das cidades, dos reis e rainhas portugueses. As coisas que ele sabia… As coisas que ele descobriu e partilhou. Estudou Portugal até ao fim. É essa a lição que aprendo com ele.
Merecia mais reconhecimento em vida. Muita porcaria ofuscou a qualidade dos seus programas. Merecia apresentar o seu programa «A Alma e a Gente» no horário nobre. Nem todos os jovens o conheceram. Uma pena.
Os meus sentimentos à família.
A parte dele ser fascista também lhe emocionava a alma?
Eu também gosto muito de ilusionistas. Enganam-me, sei que me enganam, e gosto.
O teu problema Céu, é que nem sonhas quanto foste enganada com uma estória que muito poucas vezes coincidia com a História de Portugal. Não nego os seus dotes de comunicador, e que levou muita gente a gostar de História. Estou mesmo muito à vontade para falar nisso, como perceberias se tivesses lido o que já escrevi nos comentários ao meu artigo.
Não podia estar mais de acordo… Já estava a preparar-me para um brinde com Moët&Chandon quando dei conta que tinha aberto a última garrafa quando becou o Manuel Fraga Iribarne. Assim, teve que ser com uma Tsingtao…
Assino por baixo. Grande português .rip
Maria……….do céu…………(benze-se).
Era, talvez a par de cavaco e silva, o maior português vivo, agora morto.
Falava com a voz, sim, mas ao mesmo tempo falava com as mãos, com os olhos, com as expressões faciais, vergava o corpo para frente e para trás.
Nunca gostei muito de História, pelos menos dessa que realatam nos livros, cheia de remendos e incoerências, e que continuam a ensinar às criancinhas como sendo uma verdade inquestionável. Mas quando o prof. Hermano Saraiva contava, com toda aquela afinada orquestra de palavras, gestos e expressões, a história de reis e rainhas, de vilas e aldeias, eu ficava a ouvi-lo, enlevada, como se estivesse a ouvir contos de encantar na longínqua infância!
Sim, eu também não o esquecerei facilmente!
Um bom comunicador e contador de estórias, sem dúvida.
Quanto à História, eu lia noutras fontes.
Falava com a voz, sim, mas falava também com as mãos, com os gestos, com as expressões, vergando o corpo para a frente a para trás ao ritmo da importância dos acontecimentos que narrava. Narrava-os vivendo-os! E eu gostava de o ouvir.
Nunca gostei da História que se relata nos livros. Está pejada de remendos e incoerências, de pontos acrescentados que justificavam actos menos gloriosos, e de pontos retirados que apontavam para factos que requeriam explicações incómodas e de difícil e aceitável explicação, tudo isto para que permaneça politicamente correcta; e continuam a ensiná-la às criancinhas como se de uma verdade inquestionável se tratasse (afinal uma mentira repetida muitas vezes…).
Mas quando ouvia o Prof. Hermano Saraiva, com toda aquela bem afinada orquestra de palavras e gestos e expressões, falar de reis e rainhas, aldeias e vilas, eu ficava enlevada, e ouvia-o com o mesmo interesse e expectativa com que ouvia, na infância longínqua, os contos de encantar contados antes de adormecer!
Sim, eu também não o esquecerei facilmente!
o Fernando Mendes também é um sucesso com o concurso o que não faz dele um intelectual
É personagem que nunca fez parte do meu quotidiano.
Isabel,
O penúltimo parágrafo do teu texto não é lá muito abonatório, tens de concordar.
Uma coisa é saber, outra é ficar-se “enlevada”.
Mas tudo bem, compreendo.
🙂 A sério, Dora, eu ficava mesmo enlevada ao ouvi-lo. Ainda me lembro de uma vez que contou a história do Conde Andeiro. Fosse ou não fosse verdade, fosse facto histórico ou não, ele contou-a com tal paixão, com tal vividez, que quase me parecia que estava a ver as cenas ao vivo e a cores!
Com a habilidade que ele tinha, ainda lhe contava a Historia da Carochinha e metia a dita dentro de uma panela de pressão, depois a Isabel ficava lavada em lágrimas
Há comentários que não merecem comentários.
Eu também não esquecerei nunca este HOMEM! Podem dizer que foi do Antigo Regime. Mas soube sempre ser um Historiador à altura, com fibra, com entusiasmo, com paixão. Tenho algumas (infelizmente nem todas) cassetes editadas pelo Circulo de Leitores/RTP. Revejo-as muitas vezes. Nunca me cansei de o ver na RTP Memória. Se não consegui ver de manhã, tinha obrigatoriamente de ver à noite, mesmo que já conhecesse o documentário de cor e salteado. Portugal perdeu mais um vulto enorme da sua cultura. Perdemos todos afinal. Paz à sua alma. Descanso eterno para o seu cansado corpo. Pêsames à família enlutada. RIP.
O Antigo Regime, em maiúsculas, deve fazer parte da ignorância que o defunto espalhou.
Pois é – era fascista ?’ e o que seriam os “aventar” se tivessem nascido no ano em que ele nasceu – ou os comentadores de agoar que não são nada na maioria e até desapareceram e ficaram apenas os que acham que tornam mais vivo o aventar – e o governo do hoje não é mais do que fascista ?? E o governo de hoje não é mais do que fascista ? e o governo de hoje não é mais ainda do que fascista ??
Há sempre algo de negativo e nada se salva de positivo que um homem fez, mesmo fascista como se o país democrático tivesse nascido só agora e não tivesse história – quem não tem 100 anos como ele tinha em que socieddae – e país – se tornou adulto ?’ e com capacidade de análise e crítica ?? Consta que Hermano aldrabava a história que transmitia e tinha interpretação muito pessoal – mas o que é a história – científica ?? sim pode ser – se se for à origem dos documentos que existem escritos ao longo de séculos, e cartografia e mapas – estão todos na Torre do Tombo ? Gostava de ter lista de todos os historiadores portugueses do século XX – já nem recordo o historiador em cujo livro estudei no colégio durante 3 anos e ainda escreveu sobre Timor – agora tive uma branca na memória – antes branco do que preto
Ó Celeste, sabes quem teve o Hermano como irmão mais velho? às vezes nem pareces ter a idade que tens.