Estado vende ao estado. O contribuinte paga.

A venda por parte da CML dos terrenos do aeroporto, do CCB e de mais uns anéis ao estado central é uma miserável vergonha. Vejam bem, algo que já é do estado, nós, passa para outra secção do estado, nós, numa operação que envolve a transferência de vários milhões de euros do estado, nós, para outra parte do estado, nós.

Estaremos perante um milagre como o das rosas mas no qual se gerou dinheiro? Naturalmente que não.

O dinheiro que saiu do estado central para tapar as dívidas da CML saiu dos nossos impostos e, para tapar o buraco lisboeta, outro buraco no orçamento de estado é criado. Puxa-se a manta para tapar o rabo e destapa-se a cabeça.

E sabem de onde vem o dinheiro para tapar os buracos do orçamento de estado, não sabem? Se estiverem com dúvidas é de ler a notícia de hoje no Público, edição impressa, “FMI vê margem para mexer mais no IVA e financiar corte amplo da TSU”.

Mas não poderia a CML sanear as suas dívidas de outra forma? Será que não poderia acabar com a infindável lista de empresas municipais? E não poderia conter-se quanto a obras inúteis como o Terreiro do Paço, como o futuro  elevador no Arco da Rua Augusta e como alterações à rotunda do Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade? Será que não poderia baixar custos diminuindo o número de chefias intermédias e com menos benesses de serviço como carro, comunicações pessoais e cartões de crédito? Será que todas as actuais áreas de actividade são mesmo precisas? Não podia, portanto, a CML gastar menos dinheiro? Poder, podia, mas não era a mesma coisa.

E repare-se bem nas movimentações partidárias. Um governo PSD/CDS entra num esquema com uma câmara PS e sem que os restantes partidos levantem ondas. Parabéns contribuintes, a vossa carteira vai novamente entrar em acção. Mas claro está, a culpa é da Merkel.

Imagem via Pinto r Lopes

Comments

  1. Que conversa demagógica da treta. Por ti Lisboa ficava na mesma, vazia, podre, pobre, mas contente. O conceito de “investimento” não te passa pela cabecinha.

    • jorge fliscorno says:

      Gosto muito do conceito de investir com o dinheiro do contribuinte. Significa que o contribuinte vai receber dividendos desse investimento?

      • Exactamente. Chamam-se bens públicos, bens em que o estado investe para fornecer serviços a custo zero ou abaixo do de produção. Como o SNS.

        • jorge fliscorno says:

          Bens públicos? Ah está bem. A nova rotunda do marquês é um bem super maravilhoso.

          • nightwishpt says:

            Quando tiver doente vou ao marques a ver se me passam uma receita.

  2. Então que gastem o dinheiro dos lisboetas!!!! Estou farto de ser ROUBADO pela capital…o resto do país que se lixe!! As beiras, trás-os-montes, Algarve, Minho…etc. que se lixem e que paguem as obrinhas e as dividas nojentas da capital!!!!!

  3. maria celeste ramos says:

    Quem neste país tem tal criatividade ? uma pessoa normal nem pode entender talta malvadez, inde`cência, atrevimento, falta de vergonha, quem me ajuda a adjectivar – não há palavras como diz o senor entrevistado por causa do fogo que lavrou como nunca e leva tudo deste país empobrecido pelos mais incompetentes de todos os tempos – no algarve já não há mais nada para arder – tanto autarca – tanto governante – tanto deputado – o que farão de sua competência nos territórios que nem conhecem nem lhes interrsa nem as pessoas sequer – olivaira e sobreiro e amendoeira e tudo ardeu mais do que em 2004 em que houve o grande incêndio a que assisti desde a praia da Rocha – mais intenso e até matio consumiu – não há bombeiro que chegue – a quem pedir responsabilidade – aos incendiários – quem são ?? as pessoas cheias de indignação – nada de nada funciona no país – nada de nada – há 4 dias em Tavira tudo arde – arderam mais de 20 mil hectares – deitem fora todos os governantaes e autarcas e deputados que só falam barato e para tanto me roubam para terem o que têm – são miseráveis TODOS

  4. FILHOS DE PUTA …CONTINUAM A GOZAR-NOS

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