O CDS-PP fez do rendimento mínimo (agora chamado de rendimento social de inserção) uma bandeira.
E, se me permitem o abuso, caras e caros leitores, antes de continuar a mostrar a demagogia da velha direita, sugiro uma visita ao site da segurança social para ficar a saber mais sobre os 189 € / mês que os malandros recebem.
Paulo Portas, a cara da velha direita, não tem qualquer problema em se chegar à frente nas críticas ao RSI. Muitas delas, justas, mas como em quase tudo, o problema não está no conceito, mas na sua aplicação. Esta forma de apoio social é fundamental para que algumas pessoas, em situação de exclusão total consigam ter o que comer. E, quanto a isso, não vejo qualquer problema. Há abusos? Claro que sim. Então que se garantam as condições para que a fiscalização seja eficaz.
Mas, vamos a contas: na contabilidade do CDS foram depositados 1.060.250 euros, isto é, mais de 56 mil meses de RSI. Nas contas do Ministro, em média o RSI teve a duração de 22 meses. Fazendo as contas, os depósitos do CDS dariam para 2549 pessoas receberem o RSI durante 22 meses.
Os últimos dados indicam que há 330 mil pessoas a receber RSI, o que daria, se todos recebessem o valor máximo, qualquer coisa como 62 milhões de despesa mensal para o estado.
A despesa com o BPN corresponde a quantos meses de RSI? A mais de sete anos completos.
É por isso, profundamente demagógico o comportamento do governo que coloca este tipo de questões no espaço mediático, quando, financeiramente, o seu impacto é nulo. E socialmente é pouco mais que nada. Ou alguém acredita que o Governo vai conseguir, ao mesmo tempo que corta na fiscalização e nos funcionários públicos, colocar esta gente, tradicionalmente marginalizada, a trabalhar em museus e bibliotecas? A apoiar os centros de dia?
Nas escolas aqui à volta, há ciganos que vão à escola para que os pais possam receber o RSI. No entanto, aposto o meu subsídio de férias deste ano que o Governo não vai conseguir colocar um único a limpar as ruas ou no centro de dia. Querem apostar?
O CDS tem uma boa forma de resolver o assunto que tanto engulho lhe coloca, o exemplo vem dos EUA
Um fulano que recebia da Assistência, teve azar e levou com 46 (quarenta e seis) tiros de 6 policias, menos um a extorquir o estado
O BPN pode vir a custar-nos 8300 milhões…
Não esquecer também que mais de metade do dinheiro emprestado ou a ser emprestado pela Troika vai directamente para os bancos – o que é muito mais que 8300 milhões de euros…
Este tema deixa-me sempre arrepiada!
Os considerandos dos senhores governantes sobre os beneficiários do RSI, parecem-me a mais rasteira, a mais mesquinha inveja daqueles que não tem nada e que nada deveriam ter, nem sequer a migalha que representa o RSI!
Claro que há abusos. Sempre houve e sempre haverá, mas não é com penalizações e humilhações aos mais pobres que eles acabarão!
Para não falar no rombo de submarinos, pandur´s e helicópteros…
É ir aqui ao site de Eugénio Rosa, para se saber quem rouba quem: http://www.eugeniorosa.com/default.aspx?Page=1050
Infelizmente as pessoas não estão muito viradas para este tipo de leitura… a tv é muito mais importante.
Mas isto é talvez, a maior bandeira da direita populista. Não há ninguém que eu conheça (de direita) que não fique “titilado” com esta caça às bruxas, deixando transparecer racismo e pedantismo social (os que dizem sempre: coitadinhos dos pobrezinhos). Com o resgate iminente de Espanha e com a nossa catástrofe social e financeira cada vez mais perto, acho imensa piada às prioridades escolhidas por este governo fantoche – esmagar os fracos – pela mão de um partido pequeno nas ideias e no tamanho, com um enorme fétiche pela “glória” do antigamente, sejam eles ditadores ou monarcas.
Eis um pequeno exemplo da competência e honestidade dos que escolheram a carreira política para colher dividendos fáceis:
EXEMPLO 1
Ora atentem lá nesta coisa vinda no Diário da República nº 255 de 6 de Novembro:
No aviso nº —- (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.
Para um cargo de “ASSESSOR”, cujo vencimento anda à roda de 3500 euros).
Na alínea 7:… “Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na
“… Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato.”
EXEMPLO 2
Já no aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 450 EUR mensais.
Método de selecção:
Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.
A prova consiste no seguinte:
1. – Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. – Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. – Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
4. – Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
5. -Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
6. – Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar, se o candidato tiver:
– A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
– O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
– O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
7. – No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.
Elucidativo, não acham?
verdadeiramente elucidativo!
Não vamos mais longe, caro Magriço.
Também não gosto de ciganada a usar o RSI para abastecer os carrões por forma a alimentar o tráfico de droga e a venda de Iphones e malas de marca na rua. Também não gosto de malta que prefere estar o dia todo no café a encher o bandulho sem querer trabalhar. Mas isso não me tira o respeito por quem REALMENTE precisa do RSI e não o tem.
Eu, licenciada, desempregada depois de estar dois anos em trabalho temporário on/off e sem direito a subsídio de desemprego (o gasóil para o Audi do Ministro Lambretas está caro…) estou a concorrer para dois concursos públicos de emprego, os únicos deste semestre que admitem como candidatos pessoas sem qualquer vínculo à função pública. O que é o meu caso.
No Aviso 10590/2012, Procedimento Concursal Comum para preenchimento de lugar de Assistente Técnico (categoria mais baixa) numa universidade pública, os que passarem à fase do exame público vão ter de estudar o seguinte:
11.2 — Temáticas da prova de conhecimentos e legislação/ bibliografia
necessárias à preparação da mesma:
a) Código do Procedimento Administrativo;
b) Constituição da República Portuguesa;
c) Regime jurídico das instituições do Ensino Superior (Lei n.º 62/2007,
de 10 de setembro);
d) Estatutos da Universidade de Lisboa (Despacho normativo
n.º 36/2008, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 148, de
1 de agosto de 2008);
e) Estatutos da Unidade Instituto de Orientação Profissional (IOP);
f) Estatuto Disciplinar dos trabalhadores que exercem funções públicas
(Lei n.º 58/2008, de 9 de setembro);
g) Estatutos da Carreira de Investigação Científica, aprovado pelo
Decreto -Lei n.º 124/99, de 20 de abril, alterado pela Lei n.º 157/99, de
14 de setembro;
h) Regime da Administração Financeira do Estado (Decreto -Lei
n.º 155/92, de 28 de julho);
i) lei do Orçamento de Estado para 2012 (Lei n.º 64 -B/2011, de 30
de dezembro);
j) Lei de Enquadramento Orçamental (Lei n.º 52/2011, de 13 de outubro,
que alterou e republicou a Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto);
k) Portaria 83 -A/2009, de 22 de janeiro, alterada pela Portaria
145 -A/2011, de 6 de abril, que regulamenta a tramitação de procedimento
concursal;
l) Regime de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores
que exercem funções públicas (Lei n.º 12 -A/2008, de 27 de
fevereiro);
m) Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas e respetivo
regulamento (Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro);
n) Regime de férias, faltas e licenças dos funcionários da Administração
Pública (Decreto -Lei n.º 100/99, de 31 de março, com a última
alteração da Lei n.º 64 -A/2008, de 31 de dezembro);
o) Sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na administração
pública — SIADAP (Lei n.º 66 -B/2007, de 28 de dezembro).
Por sua vez, no Aviso 11203/2012, também para a categoria mais baixa na biblioteca de uma faculdade pública, exigem que os candidatos que passarem à fase do exame escrito marrem:
APDIS, BAD, INCITE—Código de Ética [Em linha]. Disponível
em:
http://www.apbad.pt/Downloads/codigo_etica.pdf
ECO, Umberto. A Biblioteca. Lisboa: Difel, 1983
Instituto Politécnico de Leiria — Glossário de termos biblioteconómicos
[Em linha], [Consult. 7 Jul. 2012]. Disponível em: http://www.
ipleiria.pt/portal/sdoc?p_id=96901
Escola Superior de Educação de Lisboa — Gestão de Sistemas Documentais
II. Tema 3 — O registo [Em linha], [Consult. 7 Jul. 2012].
Disponível em: http://www.eselx.ipl.pt/curso_bibliotecas/documentaisII/
tema3.htm
E isto, quando os requisitos para se candidatar ao cargo não estão feitos à medida daquela pessoa que por acaso está lá há uns tempos a recibos verdes e até merecia, coitadinha, passar para os quadros…
Ou seja, se o Relvas Podres é licenciado, então eu estou a caminho de ser doutorada!
Minha cara, uma licenciatura perde sempre para o cartão do partido! E, possivelmente, a sua licenciatura nem sequer tem a chancela dos créditos e das equivalências. Como vê, está em manifesta desvantagem.
Sem ironia, desejo-lhe sorte na sua épica tarefa de conseguir colocação.
Pelo menos não sou uma senhora de má vida política. O dormir de consciência tranquila dona da minha independência de pensamento e de que a minha dignidade está intacta é muito importante para mim. Isto foi-me ensinado pelos meus saudosos avós.
Não percebem que o trabalho trás a liberdade, como disse o querido líder Portas?
O pior é que está tão difundida a ideia que se recebe uma fortuna de RSI que o própio povo roubado pelos artistas de gravata, injuria e revela um grande ódio por quem benefecia do RSI.
esta é uma questao idelógica o estado neste momento e´um instrumento ao serviço do grande capital e nao haja ilusoes ,so´a revluçao socilista rumo ao comunismo acabara com isto