Este ano, para além do ano da contestação (ou resignação se acreditarmos no feeling do Sr. Gaspar), pode ser também o primeiro ano em que colectivamente, como país, começamos a pagar as nossas dívidas ao exterior.
De forma muito simplista isso só será possível quando começarmos a vender mais do que compramos e é isso que parece estar a começar a acontecer.
O gráfico abaixo publicado pelo Banco de Portugal mostra-nos já com um saldo 0 ao nível do ano e com uma tendencia aparentemente positiva.
É verdade que o pico costuma ocorrer por esta altura mas se mantivermos o mesmo padrão anual já teremos um resultado global incomparavelmente melhor do que a habitual taxa de cobertura de 80% dos tempos da pre-troika.
Regozijemos portanto.
esse saldo não chega nem para os juros. é uma quimera. e é fruto da recessão. queda abrupta de importações muito mais que aumento de exportações. não é sustentável: para crescermos teremos que importar: máquinas, ferramentas, matérias-primas…
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Então se os portugueses deixarem de comer e consumir, se morrermos todos, à exceção dos trabalhadores das empresas exportadores, então é que será uma maravilha para esta puta taxa de cobertura da balança da merda.
Falou e disse, Amadeu!
Porque esta “boa” notícia é, na realidade, uma péssima notícia!
como é que numa economia globalizada onde os ganhos fogem para paraísos fiscais e as sedes mudam-se para a holanda com tanta facilidade se pode pensar em termos tão simplistas?
Então se os portugueses deixarem de comer e consumir, se morrermos todos, à exceção dos trabalhadores das empresas exportadores, então é que será uma maravilha para esta puta taxa de cobertura da balança da merda.DESCULPAI AMADEU – copiei o que escreveu – não plagiei-COPIEI-COPIEI-COPIEI- estão na sic os mesmos a dizer as mesmas cagafonias (21:30H)
Devia ter lido a tabela colocada por baixo do gráfico no pdf do Banco de Portugal. As exportações estão em quebra há mais de um ano. O facto das importações terem uma quebra maior é o que faz com que o saldo seja positivo, mas na verdade é um desastre.
Caro Silva, Vítor (não é da família daquele outro Silva, o do sorriso das vacas, pois não?):
Eu sou um dos que contribuem activamente para baixar as importações. Sou doente crónico, e como as minhas receitas foram drasticamente reduzidas, e o governo do senhor Pedro de Massamá me retirou o benefício que era suposto haver para todos os doentes crónicos, vi-me forçado a reduzir a dosagem da medicação importada, mesmo sem ouvir o médico. É provável que em breve deixe de todo de contribuir para o agravamento das importações – mas então também terei deixado também de ser um forçado “generoso” contribuinte.
Da próxima vez que lhe ocorrer uma loa a esse bando de imbecis que assaltaram o poder, pense nos milhares, ou milhões, de concidadãos que está a insultar.