Até quando?

(aos meus amigos do Aventar que hoje estiveram na rua a exprimir, livremente, as suas ideias)

Hoje, antes mesmo das manifestações, escrevi e expliquei (nas redes sociais) o motivo porque não iria. Agora, com mais tempo e espaço, explico o motivo de não ter ido.

Não, não fui. Respeito imenso todos aqueles que foram. Compreendo bem os motivos de muitos amigos que foram. A liberdade materializa-se de muitas formas e uma delas é a liberdade de expressão e participação em manifestações. Foi a forma escolhida por muitos milhares de portugueses. Mesmo muitos. Eu sou militante do PSD, do PSD que não desvaloriza a força de um movimento popular como aquele que hoje se viu um pouco por todo o país e em especial no Porto e Lisboa. Para mim é tão ou mais significativo os cerca de cinco mil manifestantes que estiveram em Braga como os 500 mil que participaram em Lisboa.

Escrevi nas redes sociais que não usaria a desculpa de estar a trabalhar para me escusar (mesmo sendo verdade que estava a trabalhar). Não, não foi por isso. Foi, como disse antes, por ainda ter esperança. A esperança de quem ainda acredita no Pedro Passos Coelho que conheci antes das directas, com quem tive o privilégio de debater ideias em encontros de bloggers, no Pedro Passos Coelho que a ouvia a opinião de tantos e tantas que agora talvez estejam adormecidos(as). Ainda quero acreditar. Não tanto por mim. Pela minha filha, pelos meus sobrinhos que acabaram de entrar na universidade, pela minha mãe e pela minha sogra que são reformadas. Pelo meu país.

Eu percebo bem, se percebo, os motivos que levaram tantos milhares de pessoas a ir para a rua. Percebo e conheço a realidade dos funcionários públicos e as razões que assistem a boa parte deles, daqueles que lutam diariamente com brio e profissionalismo em prol do bem comum, sem o devido reconhecimento e que, nos últimos anos, desde a chegada da troika, são tratados como se fossem parasitas da sociedade. Eu percebo bem, se percebo, a revolta dos trabalhadores do sector privado ganhando cada vez menos e trabalhando cada vez mais na permanente angústia de perderem o seu posto de trabalho por via da crise económica na empresa onde trabalham. E percebo, ó se percebo, o desespero de tantos e tantos empresários ameaçados de impostos, num verdadeiro esbulho fiscal, que limita o investimento e agrava a saúde financeira das empresas. E o números pornográfico de desempregados em Portugal? É verdadeiramente assustador.

Porém, também percebo que o caminho trilhado por Portugal a partir, sobretudo, dos anos noventa e agravado nos últimos anos, obrigando a uma intervenção externa humilhante por parte da chamada troika, nos obriga a mudar de vida. Penso ter moral para, hoje, escrever tudo isto. Apoiei Pedro Passos Coelho, sou militante do PSD, escrevi, pouco depois da tomada de posse deste governo que era preciso ter cuidado para não matar o doente com a cura. No primeiro aniversário do mesmo, voltei a escrever sobre o doente e a cura. Por várias vias, que não apenas estas, procurei chamar a atenção para diversos factores (RTP, QREN, política fiscal, Turismo, Economia, etc.). É essa moral que me obriga a sublinhar que o meu PSD não desvaloriza o que se passou hoje e só o PSD de gente fora da realidade o poderá fazer.

A mesma moral que me faz sublinhar que este caminho, em termos de política fiscal, nos pode conduzir à ruptura, ao abismo. Que não se pode tomar decisões políticas duras sem as explicar muito bem. Mesmo muito bem. De forma a que todos percebam os motivos, as razões e a fraqueza de eventuais alternativas. Que não se pode seguir um caminho que mais do que nos levar à pobreza nos levará à profunda miséria. Que não se pode exigir aos trabalhadores, à classe média e às PME medidas duras e, ao mesmo tempo, continuarmos, todos, sem perceber o conteúdo das famigeradas parcerias público-privadas e accionar os mecanismos legais que obriguem quem prejudicou o país a responder perante a justiça. Que nos expliquem o que se passa com o QREN, dinheiro que nem sequer é nosso, que está completamente parado e sem pagar a quem deve. Que não se mudam as regras a meio do jogo sem respeitar os direitos daqueles que não tiveram culpa nenhuma.

Eu quero lá saber do que diz Manuela Ferreira Leite, o que não diz Paulo Portas ou da lata daqueles que nos conduziram a esta desgraça e agora gritam contra a troika, a mesma que nos apresentaram como os salvadores da pátria. O que eu quero, o que a maioria dos portugueses desejam é ver soluções. É saber se temos responsáveis governativos que conhecem o mundo real e que não estamos perante fantásticos professores universitários, profundos conhecedores do pensamento dos diferentes teóricos da economia e das finanças mas que, para desgraça nossa, nunca geriram nem um simples condomínio quanto mais uma empresa. Será pedir muito? Será assim tão exigente pedir um pouco de senso comum, uma simples descida ao mundo real? Será assim tão difícil perceber que nenhum país sobrevive sem uma classe média minimamente forte? Será que não reparam que estamos a destruir a nossa classe média e que, dessa forma, se vai destruir o país? É isso que quer a troika? Para quê?

E quero, já agora, que tudo isto nos seja devidamente explicado. Sem amadorismos comunicacionais como aqueles a que temos assistido nos últimos dias. Em suma, eu quero política mesmo.

Hoje não fui. Não por considerar, e até considero, que uma crise política neste momento é o fim. Não. Eu não fui porque ainda tenho esperança. Ainda quero acreditar que o Pedro Passos Coelho que conheci, que ouvi, ainda existe neste corpo de Primeiro-ministro que os portugueses lhe vestiram.

Quando a esperança morrer, serei o primeiro a ir para a rua e lutar. Com muito mais força do que a utilizada quando foi preciso combater as políticas do anterior governo. De braço dado com aqueles amigos que hoje estiveram nos Aliados, com quem não estive nesta hora.

Por agora, quero continuar a ter esperança. A desesperar por ela. A acreditar em Portugal.

Comments

  1. moimeme says:

    “Eu quero lá saber do que diz Manuela Ferreira Leite, o que não diz Paulo Portas ou da lata daqueles que nos conduziram a esta desgraça e agora gritam contra a troika, a mesma que nos apresentaram como os salvadores da pátria. O que eu quero, o que a maioria dos portugueses desejam é ver soluções. É saber se temos responsáveis governativos que conhecem o mundo real e que não estamos perante fantásticos professores universitários, profundos conhecedores do pensamento dos diferentes teóricos da economia e das finanças mas que, para desgraça nossa, nunca geriram nem um simples condomínio quanto mais uma empresa. Será pedir muito? Será assim tão exigente pedir um pouco de senso comum, uma simples descida ao mundo real? Será assim tão difícil perceber que nenhum país sobrevive sem uma classe média minimamente forte? Será que não reparam que estamos a destruir a nossa classe média e que, dessa forma, se vai destruir o país? É isso que quer a troika? Para quê?”

    Só uma perguntinha… quem apresentou a troika como salvavidas não foram precisamente os que agora nos desgovernam??? Parece-me que me lembro de ouvir o Sócras dizer que não queria cá o FMI e que o Teixeira dos Santos chamou o FMI à revelia (já estava a contar com as alcavalas)…

  2. João Paz says:

    E esquecer as inúmeras mentiras de PPC? E esquecer que não só obedece cegamente (pior majora por presunção de intenção) a FMI e quejandos? E esquecer o que o FMI fez na Suécia (entregaram os aneis para salvarem os dedos) ,no Equador ou na Argentina para só mencionar os casos mais emblemáticos? Fique pois por aí que nós seguiremos o nosso caminho.

  3. Amadeu says:

    Parafraseando-o : Eu quero lá saber do que você ainda acredita e de em quem você não acredita.
    Você mantém as suas questões de fé. Você mantem a desonestidade intelectual em relação ao que nos conduziu a esta desgraça. Você ainda tem a esperança no seu amigo porque é seu amigo
    .
    Não vê que é ele quem não tem qualquer experiência da vida. Não é uma questão de comunicação. É mesmo do conteúdo. A luminosa ideia de revisão das taxas da TSU são o exemplo acabado disso. O homem teve um sonho húmido de Robin dos Bosques ao contrário e gostou.

    Espero que haja a força para não deixar esse amigo FODER mais a nossa vida.

    Pela minhas filhas, uma das quais emigrou, pelos meus netos, que acabaram de entrar na escola, pelos meus sobrinhos que também têm filhos para criar ou trabalho para encontar, pela minha mãe que é reformada, pelo meu cunhado, que ficou desempregado. Pelo meu país.

  4. Caro Amadeu,

    Costumo responder com a chapa 5: felizmente a opinião é livre. Para mim e para si.
    Contudo, no caso em apreço, fico tentado a dois reparos: o primeiro é se não lhe interessa o que acredito ou deixo de acreditar, um direito que lhe assiste, por que raio leu e, pior, se deu ao trabalho de comentar?

    Segundo, ando aqui pelo Aventar quase desde o início, sempre dando a cara como os meus colegas, escrevendo com o meu nome próprio, devidamente identificado e sem medos ou receios. Ou seja, sem anonimato. No início, eram meia dúzia de carolas a escrever para outros tantos. hoje, os mesmos carolas escrevem para muitos mais. Sempre dando a cara e sempre com a caixa de comentários aberta, mesmo para anónimos, e sabe porquê?
    Por se acreditar na liberdade de expressão, mesmo quando essa expressão não o merece. E por isso mesmo, como me chama intelectualmente desonesto, só me resta tratar o Amadeu à moda da minha terra: Vá bardamerda.

    • Amadeu says:

      Deite tudo cá pra fora, homem. Desabafe. Se precisar, chore. Não se envergonhe.

      E já agora… bardamerda pró seu amigo.
      Viva a mixomatose.

    • Caro Fernando, somos conterrâneos e já nos cruzamos aqui e ali. Por isso, permita-me um conselho de coração: não deixe que nulidades como este pateta alegre pseudo-chamado Amadeu, de pensamento atrofiado e língua viperina, diminua de algum modo a sua boa disposição.

      Infelizmente existem seres tão abrutalhados que qualquer tentativa de os fazer ver a lógica e a razão é totalmente infrutífera.

      O Aventar tem a excepcional qualidade de aceitar, com respeito e dignidade, a pluralidade de ideias. Expô-las aqui, com sinceridade, é um direito que o Aventar concede, diariamente, incondicionalmente, a cada um de nós. Felizmente, há uns que dão o devido valor a esta dádiva e respeitam-na e contribuem e partilham. Por outro lado, lamentavelmente, há outros, que pelas suas limitações inatas ou por frustações que nos escapam à primeira vista mas que talvez se prendam com um baixa auto-estima e uma necessidade imperiosa de afirmação, não respeitam nada nem ninguém.

      Achei, dado o contexto sócio-político actual, muito corajoso da sua parte abrir assim o coração quanto às suas preferências políticas. Se concordo com elas? Não. Se tem o direito de as expor e de ser respeitado? Indubitavlemente, sim!

      P.S. – Desculpe ter usado a palavra conselho; não o fiz por arrogância mas por solidariedade!

  5. maria celeste ramos says:

    Não sei como responder, mas quero fazê-lo, ao seu texto claro bonito e sincero e semore lhe digo que me é indiferente que seja psd ou ps pois não é o passivel partido que resolve como não tem resilvido nada desda a década de 80 – Meto ambos os partidos do poder no mesmo patamar já que, ambos, tanto subiram na ESCADA que cairam, ambos, da escada abaixo e há anos que ambos são o verso e reverso da mesma assustadora ignorância e indiferença do que fizera ao país das PESSOAS reais e as que com suas mãos trabalham anham e dão a ganhar
    o problema agora é outro – imagine o seu corpo físico que tem cabela tronco e membros e, cada um com diferentes funções e se a cabeça pensa e decide e é o PC do computador, o tronco abriga os sistemas principais como o centro (coração) da circulação, o aparelho respiratório embora dele faça parte a boca que se fechar de nada vale ter coração a irrigar e limpar o sangue venoso e pertence ao 1º terço do Corpo a cabeça – e ainda acima do sitema respiratório e acima do diafragma temos o sistema que processa o que pela boca entra – depois o aperelho reprodutor além do baço e fígado e pancras e por fim os membros superioes e inferiores ++ etc com que nos movemos e mãos que DÃO e TIRAM – ternura ou sacam -comandados sempre lá de cima onde ficam os olhos e o olhar e os acos lacrimais – poi é – or aparelho é feito de orgãos e funcões , o orgão feito de tecidos os tecidos feitos de células e cada uma tem MEMBRAMA citoplasma e NÙCLEO e estem tem cromatídios e outras coisas e não vou falar de genes e de ADN
    mas falo de células de membrama citoplasma e núcleo e então sim direi que não me interresa nenhum partido grande ou pequena mas já agora o psd MATOU o núcleo de cada célula de todo o CORPO do que é (são) o país – o parvalhão Pdro do eixo do mal a dizer mal de MFLeite – é parvalhão e gordo e já grita alto demais – tem emprego assegurado e tornu-se colonável
    Ora ao matar o núcleo de uma célula seja a de um tecido do corpo, seja a célula familiar, seja o de uma região como a do Douro (e TUA) matou-se o bicho – Passou matou tudo – é o mais ignorante dos decisores, e faz bom par com Cavaco – e mais do que a Tv e a classe média e isto e aquilo precimaos do embiente onde caminhar – a terra o pais a casa – como um bicho não existe sem o seu habitat – por caso o habitat dos portugueses a CASA foram obrigados a comprar na década de 80 e agora devem-na – a agricultura para não importar dos 78% que se produzia para dar a Sroder e Chirac e não importar lixo de espanha de transgénicos e agroquìmico matou a agricultura e pecuária sendo que o 1º ministro da agricultura da CEE teve o máximo de dinheiro para a desenvolver aqui, EUCALIPTIZOU o país que agora arde pois nem tem água no solo não apenas porque não chove, mas porque é madeira apenas à custa de égua e o eucalipto não serve para nada a não ser a celulose de que esse ministro Barreto foi direitinho como gestor (e calou-se e parece desaparecido esse filho de professor meu o Barreto da topografia) + etc – rtesumindo para não xatiar mais e escrever o que os rbanos se estão nas tintas, sem terra não há tomates nem couves e a minha terra era o mair produtor mundial de tomate pelado (ribatejo) e hoje comem-se tomates dos filites e sem independência alimentar não há independância nacional queo os aventares e intelectauis percebam ou não porque cada um percebe o que pode e quer
    Quanto à classe média não tenha penas pois que não é só Portugal já que é a classe média que produz mão de obra e saberes e produtos concretos até os Ferrari, semdo respnsáveis peloa criação de 80 % da riqueza mesmo que os donos as empresas sejam analfabetos pois que ler e escrever como se vê, dá para destruir melhor, como fazia e faz qualquer “mafia” já que a mafia sabe ler e escrever – assim o que é necessário (seria) é haver o mínimo de honestidade e hont«ra e saber para decidir da vida dos que não querem ser pol´+iticos nem nasceram para isso – os politicos são demasiado ignoranytes do país (até os altos funcion´+arios era sobre Portugal tal que a comissária da agricultura mosvisitor sabe lá o que é latifundo e minifúndio e clima mediterrânico e tradição e dunas a produzir hortícolas já que os tchernozem da alemanha estão infectados e os nossso 36% de terra agricola pem IP e bairros de batão da Quinda da Fonte – não não é uma questão de finanças – é uma questão um pouquinho mais prosaica – é problema de não destruir paisagens e água (PUA REFER E EDP + FreeeFort ingleses e ostras e peixes de ri) – é um problema de entendinemto da economia em termos holisticos para a terra e clima e hábitos que somos e não MEROs nºs de PIB e de subsídios e de classes médias já que, infeliamente a média ALTA dá como produtos gestores e banqueiros e governan tes e poltios = predadores = os que destruiram o pais que agora arde porqu nem água no solo tem, não chove e reza-se e os velhos do campo morrem e os novos vão para frança e alemanha trabalhar para os que lixaram isto e exauriram até poder e ter e haver – tínhamos tudo – mal governado porque nada se fez para alterar e agora até se vende 9 séculos de transformação de 89080 km2 – a humanização do pais que até no casario e fortes e património monumental civil e religioso é do mais antigo e rico do mundo e está a ruir pedra a pedra – quem não sabe gasta o dinheiro em totundas e por isso agora tem as IP vazias – mas há ainda Bentleys e porhes – que são mais per capita no pais que ne UE porque os governantes PS ´PSD são incapazes – incapazes com o pior dos handicapt – ignorªancia crasse e desonestidade e quem comparar portugal com o incmparável da europa que não é mediterrânica a que sses tipos d norte chamam europa periférica esquecendo que as CIVILIZAÇ^ªOS ocidentais nasceram aqui – não nasceram na Germãnia – na germânia destroi-se o que “os do sul e sol” fizeram e criaram e inventaram + etc matar a classe média é também matar o núcleo fa macro-célla produtiva aí dou-lhe razão e nunca os ricos serviram os pobres como o patrão não serve o criado – agora não há criadops (queridos) há patrões que nada são sem os empregados como não há caracol sem concha – pequenino ecossistema da compexa inserçao em ecossistemas maiores e o micro comtem o macro – memória genética biológica e social – também os parasitas precisam do “hospedeiro” actualmente os decisores a todos os níveis são os parasitas e os que trabalham e produzem são os hospedeiros QUE GRITAM e hão-de gritar at+e serem ouvidos ou os decisores serem eles a EMIGAR e não os que amam a terra e os homens daqui porque os governantes são PÁTRIDAS – Pssos Coelho não sabe o que faz – é obstinado e sem cultura nem sabe nada nem fazer contas e não venha falar no seu curso de economia na Independente – só um ignorante é obstinado e teimoso e mesmo com o erro à vista a arrogância da ignorância não dá para parar e pensar e está rodeado de “iguais” – a àgua que há nos rios e no subsolo não vem da terra – vem da chuva e chuva vem do alto e Passos é um predador – devia ser acusado de levar p país à miséria e nem precisava do que sócrate fez e não fez já que até só destruí o que sócrates fez bem e não destruíu o que fez mal (PPP e fundaçõe e cartões doirados para os servidores ajoelhados andarem coomo querem e até usam os tpos de gama de sócrates – porque não andam de trotinete ?’ e não se banqueteim na AR ?? Psd é como a H1N1 – é conagiosa e pode ser mortal – como se vê

    • Pssos Coelho sabe o que faz. Como Mário Soares o soube fazer. Este ‘vacinou’ contra o Socialismo. Aquele está a procurar faze-lo contra a Democracia.

  6. Joaquim Zé Povinho says:

    Mas uma crise política é o fim do quê? E o que estamos a assistir, é a esperança do quê? Este rumo irá levar o País a uma situação pior, muito pior, irá destrui-lo. A única finalidade e objectivo neste momento é imagem só e apenas isso, para pedir mais do mesmo, a juros brutais. Só se pensa em dinheiro e dinheiro e dinheiro….e as pessoas, e a nossa identidade?? Se o objectivo é destruir e empobrecer para reinar, então o povo que parta tudo, foi com o seu suor que foi criado.

    • Não, o Povo não parte o que sabe pertencer-lhe e lhe faz falta. Os políticos que temos tido é que procuram destruir o que existe para conseguirem os seus fins e quando o .fazem ‘legitimamente’ atraiçoam quem lhes deu representatividade democrática. .

  7. Caro Fernando, eu também não fui mas não por ainda acreditar no primeiro. Não fui porque embora partilhando a indignação relativamente às medidas anunciadas e sobretudo à falta de todas as outras prometidas e ainda mais à aparente falta de trabalho e preparação que os anúncios aos bocadinhos dão a entender, embora partilhando tudo isso não me revejo em ser simplesmente do contra. Não me revejo em multidões que apenas estão juntas contra algo mas sem saberem muito bem o que pretendem ou melhor eventualmente sabendo mas tendo provavelmente caminhos tão diversos na cabeça que a sua união é mesmo apenas de circunstância. Importante sem dúvida, não quero diminuir esse valor, mas de circunstância na mesma. Sabe embora não concordando consigo e na esperança que tem no nosso primeiro é o facto de existirem pessoas capazes de se exprimir desta forma, sem subterfúgios que tenho esperança que seremos capazes de construir uma sociedade melhor. Discordando, mas apreciando a sua forma de expressão, espero ainda assim que tenha razão na sua fé.

  8. No fundo, Fernando Vasconcelos, também espero. Caso contrário, estamos todos tramados. Obrigado.

  9. MAGRIÇO says:

    Tenho de reconhecer que é preciso alguma coragem para se confessar militante do PSD e mais ainda para dizer acreditar, apesar da realidade, nas virtudes de PPC. Mas porque não, se há quem acredite na senhora de Fátima?

  10. Pronto, já sabia que isto ia descambar em “conselhos”, de gente que se considera “superior”,não reparando que diz a mesma coisa , só que, de forma diferente,do “alvo” que pretende atingir. Não? Então repare-se na “beleza” de expressão: “nulidades como este pateta alegre pseudo-chamado Amadeu, de pensamento atrofiado e língua viperina”, e mais á frente,; “abrutalhado”, considerações sobre”auto-estima”, etc ,etc….lindo.Não é?Se isto não é insultar uma pessoa,é o quê?Que beleza de “conselheira”….

  11. X-Pert says:

    A democracia abre a liberdade de opinião. A Democracia trouxe-nos o voto. O PSD nada fez para que houvesse democracia em Portugal. Hoje quer mudar a Constituição e acabar com os direitos adquiridos, tão bem defendidos por Sá- Carneiro ( um excelente social democrata). Hoje são um partido ultra liberal, que lidera experiências económicas e sociais. Nós somos as cobaias, incluindo os que não votaram nestes imbecis!!! Defender este desgoverno é uma tarefa hercúlea, admiro a coragem… É possível que haja pessoas satisfeitas com estes tipos… a maioria não está seguramente! Ainda bem que fui à manifestação!

    • MAGRIÇO says:

      Tem toda a razão! O “PSD” nada fez pela democracia, e muito poucos militantes têm passado de oposição a Salazar. Bem pelo contrário, o “PSD” foi o refúgio ideal para salazaristas e conservadores que quiseram passar despercebidos após 25 de Abril de 74. É por isso que o considero o partido mais perigoso para a democracia, sem um ideal de sociedade, navegando ao sabor das conveniências de momento. É preciso não esquecer que Sá Carneiro lhe deu o nome de Popular Democrático, uma designação quase descomprometida que os seus sucessores, num rasgo do oportunismo, mudaram para “Social Democrata”, e que votou favoravelmente a constituição vigente. Agora, que sentem o peso com que a sorte das urnas os têm equívocamente contemplado, não perdem uma oportunidade para a atacar. Enfim, um exemplo de coerência.

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