Desemprego entre os professores sobe 69,5%

Os números oficiais do IEFP não deixam qualquer margem para dúvidas: o desemprego entre os Professores subiu, entre setembro de 2011 e setembro de 2012 69,5% e quando se compara Setembro com Agosto então a subida é de 42,4%.

Há um ano os docentes desempregados inscritos eram 11874 e agora são 20130. Os números são isso mesmo – números! Mas são também o espelho de uma política de Nuno Crato para a Escola Pública – este acréscimo de mais de 8 mil docentes nos centros de emprego é só a consequência natural do MEGA-despedimento que o PSD e Nuno Crato provocaram nas Escolas.

Tinha escrito ontem que Nuno Crato tinha contratado, até ao momento, menos 8958  docentes, tendo por base o maior despedimento colectivo alguma vez feito no nosso país! Basta lembrar que a Auto-Europa tem menos de 3 mil trabalhadores e a EDP no mundo inteiro tem 12 mil. Ou seja, o que fez Nuno Crato corresponde quase ao despedimento de 3 Auto-Europas ou a uma EDP.

Temos agora a prova do que aconteceu – eles saíram das escolas e estão a receber subsídio de desemprego. Do ponto de vista da despesa acaba por ser um opção completamente  sem sentido porque a poupança entre os salários e o subsídio de desemprego é comida pela diminuição da receita fiscal que estas medidas provocam.

E, para além das questões financeiras, há ainda as pedagógicas: nas escolas os alunos precisam destes Professores!

Sim, são os seus filhos que, em última análise, ficam a perder com isto!

Comments

  1. Não vamos recuar ao tempo de antes de 25 abril em que só os ricos podiam estudar ?? e as meninas nem pensar ??

  2. Sérgio André says:

    Porque existiam professores a mais?

    • Professores a mais não existem, existem é idiotas e energúmenos a mais que acreditam nessas justificações de merceeiro de bairro

  3. De uma coisa há a certeza, subirá ainda mais, Portugal faliu, não tem dinheiro para sustentar ensino público (bem poupadinho talvez dê para pagar até à 4ª classe).

Trackbacks

  1. […] últimos anos têm sido marcados mais pelo desemprego do que pelo emprego e este, escasso, quando acontece, é sempre no meio de uma grande […]

  2. […] bem visível do que está a acontecer em quase todos os serviços do Estado – sai gente, fundamentalmente contratados (entre os professores o desemprego subiu quase 70%) e para a reforma e não entra ninguém para os […]

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