A população de portugal diminue, como também amar

 

Longe de mim alarmar a população de Portugal. Mas as estatísticas reveladas hoje pela imprensa dizem que a população de Portugal começa a diminuir. Há três motivos, no meu ver: o primeiro, a falta de futuro dentro do país: o segundo, não há dinheiro para comer, menos ainda para pagar um parto e alimentar mais uma boca, finalmente, essa falta de futuro leva o povo a emigrar, especialmente os profissionais mais novos que não têm colocação em sítio nenhum. A licença pela que tanto lutaram é

atropelada pelos cortes em investimento nas Universidades, onde se pode ensinar, nas escolas, com doze mil docentes sem ser colocados em salas de aula de estudantes com necessidade de aprender que não conseguem ver nem ouvir, pela imensidão de discentes apertados em carteiras que são para dois e sentam a cinco, sendo, conforme diz a pessoa responsável pela educação, a educação o segundo investimento mais importante do país. O primeiro, é a saúde, mas os hospitais não conseguem ter dois turnos e os pacientes devem esperar nas suas casas a possibilidade de ter vez. Hoje em dia, ninguém pode adoecer, a doença é penada pela falta de pagamento em licenças de mais de oito dias. Aliás, a desbastecidas farmácias e a falta de pagamento da Infarmed, fazem delas, como tenho comentado em outros textos, farmácias de luto.

Ter um bebé é um risco que família nenhuma quer percorrer. Essas pequenas caras sorridentes dos nossos descendentes não serão vistas ao longo de muito tempo, especialmente a seguir o discurso da Chanceler Merkel da Alemanha, que diz que devemos ter paciência e austeridade durante mais cinco anos. 50.000 Bebés não nascidos, vão criar uma diferença no estatuto da povoação em curto espaço de tempo. Tenho já comentado que temos passado a ser um país de velhos pela separação entre gerações, em que os mais novos vão embora em procura de destinos de sobrevivência.

Enquanto escrevo estas palavras e nos dias que faltam para a minha vida acabar por falta de cuidados medicamentosos – quem pode pagar um médico?- e a falta de remédios e medicinas que mantenham a minha saúde e a de muitos, esse vazio de povoação não parece ser importante, ainda há certos remédios em poucas farmácias, normalmente na que somos clientes e que substituem o remédio precisado por um que não faz o mesmo efeito. Entre bebés que não nascem, jovens profissionais que procuram seu destino em outros sítios, falta de atenção hospitalar, fazem do nosso país não só um país de velhos, mas sim um país que deve estar bem de saúde à força. Aliás, não ter filhos é um investimento para o desgoverno nacional: poupam subsídios de família, poupam maternidades que custa manter com prestações do Estado, e docentes que, em breves anos não terão crianças para ensinar. Apenas no mês de Junho deste ano, mais de seis mil crianças não nasceram, dizem as estatísticas e a realidade.

Será que devemos apertar-nos o cinto até nas formas de amar? Apenas há preservativos para doentes de HIV, para evitar contágios e prevenir num país que sabe amar e gosta da intimidade erótica, num país de castos e puros que devem lançar a sua semente geradora fora do corpo da mulher que ama. Tenho atendido várias senhoras condenadas à falta de orgasmo por causa de não receber esperma até o derradeiro segundo do suspiro que descansa das lides bancárias e de falta de emprego do tempo e da força de trabalho, que estimulam a libido que não é gasta nem nos beijos amorosos que os casais gostam de oferecer ao ser que amam. Ainda não vi marchas de recam casadas e os seus companheiros, manifestar-se pelo impedimento de amar em forma plena. Muitos que oiço no meu estudo de analista, confessam ter voltado as manipulações dos genitais sós, especialmente mulheres, habituadas desde o primeiro dia do amor, a intimidade sexual. Beber, nem pensar: quem paga o álcool e os resultados em incremento do desejo de amar e entrar na mulher – ou homem, hoje em dia é igual- que amamos que recebe a máxima expressão de amor no conúbio sexual?

Falta esse protesto contra a intimidade erótica para que o desgoverno venha cair como uma fruta podre da árvore que criou para nós, árvore em que querem enredar ao melhor rival que têm, o PS. Para ficar em paz das constantes seduções PSD, o líder PS teve que revelar a carta endereçada a ele pelo causante do dano à população lusitana.

Mulheres, jovens, toca marchar pela proibição implícita no verbo amar causada pela obrigatória austeridade, que a Merkel, de certeza, nem precisa, quem ia amar uma mulher de calças que afronta a população com pedidos de mais apenas cinco anos de abstenção….Marchar, marchar, o tempo passa e o prazer de amar sofre com essa medida implícita na austeridade!

Raúl Iturra

5 de Novembro de 2012

 

Comments

  1. Konigvs says:

    Acho que às vezes olham-se para as coisas e não se vê o que está à frente dos olhos. Hoje ou ontem também veio a lume uma estatística que diz que os divórcios estão a diminuir mas quererá isso dizer que os casamentos estão a ter mais sucesso? É claro que não, simplesmente as pessoas não se divorciam porque não têm dinheiro. Antes um saía de casa, agora nenhum dos dois tem para onde ir, e fica um no quarto e outro no sofá da sala.
    Quanto ao número de nascimentos, a crise tem as costas muito largas. Conheço muitas mulheres em período fértil de quem ouvi “nem pensar em ter filhos” e em que o dinheiro não seria problema. Vão falar com as mulheres de vinte anos e ouçam-nas acerca da maternidade e terão algumas surpresas. Há muito que o sonho de casar de véu e grinalda e ter filhos deixou de ser um objetivo de vida.
    Agora é lógico que quem quer ter filhos, agora com a crise limitar-se-à, com sorte, à regra chinesa do filho único. Depois muitos casais também têm o primeiro filho e se o casamento depois de passado o estado de graça já não estava bem, com o aparecimento da cria rui por completo.
    Por último existem neste momento 7 mil milhões de seres humanos no planeta. Nos últimos cinquenta anos a população mundial mais do que duplicou, daqui por meia dúzia de anos não vai haver água potável para todos, vir incentivar à natalidade e ao “crescei e multiplicai-vos” não me parece um incentivo ao amor, parece-me antes um incentivo à auto destruição. Este não é de todo o mundo onde eu gostaria de plantar um filho.

  2. 由沈積岩經變質作用 says:

    diminui? olha que não… Este não é de todo o mundo onde eu gostaria de plantar um filho…..babycidas
    prantam creanças na terra como pés de milhe—–

  3. em 57 quando abandonei a pocilga para pós-graduação havia mais hipóteses do que passados quase 40 anos de social-fascismo de variadas máfias.
    andei a trabalhar para ter uma reforma miserável e para o meu filho não ter futuro. levaremos décadas a tentar endireitar esta nojeira. dificilmente pagaremos a dívida. não temos nem tecnologia nem vontade de trabalhar.
    até a minha querida maçonaria (gol) já nada me diz. está entregue aos bichos

  4. leopardo says:

    a diminuição da natalidade, maior que a esperada, a emigração, também maior que a esperada, irão provocar uma diminuição da população escolar. Logo confirmam-se as previsões do ministério da educação sobre a diminuição do n.º de professores necessários.

  5. maria celeste d'oliveira ramos says:

    A vida não se deixa morrer

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