As Pedradas Incendiárias do Desastre

«Passos, escuta, és um filho da puta!», ouvia-se ontem na rua. Muito bem, imbecis!
E Justiça contra as malfeitorias políticas passadas, não é cá servida?! Não!
E responsabilização justiciária de Mega-Ladrões?! Também não!

Sim, os direitos poderão ser, aqui e ali, atropelados e algumas ilegalidades poderão ser cometidas. Os homens falham. A tensão acumulada precipita actos impulsivos de consequências imprevisíveis e algumas aselhices policiais. É normal. Por cá, ninguém está habituado a explosões de sangue, gás, pedradas e balas de borracha. Quem, de dentro ou de fora, quiser incendiar Portugal poderá não ter nada mais a recolher senão cinzas. A CGTP está a pisar o risco, abrindo a porta a excessos contraproducentes num combate que deverá ser exemplar.

Muitos Portugueses ainda não olharam olhos nos olhos o problema crónico do País, os erros em que, sob governações socialistas, laborou por demasiados anos. Até há um ano e meio, vivíamos de crédito. Crédito ilimitado, infrene, acrescido, solicitado em escalada louca, migalhas para todos, comissões chorudas para políticos na mediação de negócios ruinosos para o Estado, isto é, contribuintes. Era o socialismo a cavar o nosso desastre. Nenhum alarme nas ruas. Nenhuma angústia. Nenhuma forma de censurar o rumo desastroso. Hoje, temos Victor Gaspar fazendo o contrário, segundo um paradigma correctivo novo: dívida equilibrada e controlada; défice definido nos Tratados respeitado; economia-PIB equivalente ou superior aos gastos públicos.

Meter isto na cabeça é duro porque, no ajustamento para esses desempenhos macro-económicos, sofremos na carne e no espírito. Sofremos nós. Nós. Não os que beneficiam sempre das governações, seja quem for o Partido habitual. Levaremos décadas para que a dívida pública atinja novamente os 60% do PIB, disse o Ministro das Finanças. Hoje, ultrapassa ligeiramente os 120%. A festa socialista de muitos anos errantes e errados obriga-nos agora a tremendos sacrifícios só para sairmos daqui: sabia-se que seria assim. Está a doer, mas era este o cenário anunciado. Os cortes previstos e o confisco fiscal servirão para pagar dívida pública e isso vai doer-nos e muito: impossível dar mais uma oportunidade aos que nos encalacraram e voltar a esse modelo.

Temos de explorar todas as vias de saída e aprender com outros países em pré-bancarrota ou em bancarrota. Porquê? Quem foi o responsável? Não podemos permitir que as contas públicas e as coisas públicas voltem à opacidade e fingimento dos anos socratistas.

Comments

  1. Eu ADORO ver ESCRAVOS OTÁRIOS a lutar contra ESCRAVOS IDIOTAS… É que me rio!

    • palavrossavrvs says:

      Leitor, vc não pode ter lido o meu post. É pena. Está muito bem escrito. Sereno. Calmo. Escrevo por bem. Por amor ao meu País. Pena ainda que se traia assim o pluralismo: o seu argumento foi insultar-me.

      • Insultei?!? Acho que não leu bem o que escrevi… Mas se quer desviar a conversa… Vamos nessa!

        • palavrossavrvs says:

          Tem razão, não insultou. Tenho um jeitaço para tirar nabos do púcaro e às vezes erro a pontaria. Só agora me dei conta que estava a falar dos polícias contra os manifestantes, portanto, de dois grupos de otários, citando-o, os otários da espécie «escravos» e os otários da espécie «idiotas». Espero que o pessoal da polícia de choque não o leve a mal. LOL

  2. Amadeu says:

    Já cá faltava uma imbecilidade retardada antisocratiana.
    E a crise económica mundial ? Foi o Sócrates.
    E a roubalheira de alguma Banca portuguesa ? Foi o Sócrates.
    E a zarolhiçe das previsões do Gaspar ? Foi o Sócrates.
    E a ganância capitalista imobiliária ? Foi o Sócrates.
    E a liberalização do comércio munial ? Foi o Sócrates.
    Foi o Sócrates. Já disse. Foi o Sócrates.

    • André Sousa says:

      Este comentário é idiota. Omite factos como Sócrates ter intencionalmente imposto uma política Keynesiana para contrariar a crise económica interna, a entrar com programas de incentivo da economia como o parque escolar, tunel do marão, TGV, autoestrada do litoral e quejandos, que duplicaram a dívida externa nacional. Omite factos como a longa lista de parcerias publico-privadas que penhorou o estado, metendo uns grupos privados a gastar hoje uma fracção daquilo que lhe pagariamos amanhã. Omite factos como as compras desregradas na defesa, como os aviões EADS Casa, negócio muito obscuro que resultou no pagamento do dobro do preço por decisão do governo de Sócrates e que o tribunal de contas chumbou.

      http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=29478

      Sócrates fez uams cosias boas, mas fez uma longa lista de negócios que não podem ser descritos de outra forma sem ser gestão profundamente danosa. Foi, no mínimo, uma aposta política, mas foi uma aposta perdida com uma factura insuportavelmente pesada que teremos de pagar.

      E estamos a começar a pagar agora. Vamos pagá-la durante longos anos da nossa vida.

      Gente ignorante e desligada da realidade, como o Amadeu, infelizmente há, que perdem tempo da sua vida a negar a realidade e a tentar branquear as políticas de Sócrates. Passos Coelho é péssimo, é mentiroso, e tem um método de gestão profudamente anti-democrático. Mas não é pior que Sócrates. Para mal de todos nós. Quanto mais rapidamente gente como o Amadeu olhar para a realidade e compreender esse facto, mais rapidamente podemos começar a compreender o real problema do país.

      • nightwishpt says:

        Um programa imposto pela UE, tal como este…

        • palavrossavrvs says:

          Pois, também me parece que não escaparíamos de um Programa Externo, viesse quem viesse, até porque, na hora de salvar o Euro, ele pode bem ser salvo à revelia, quer queiramos quer não, quer o suportemos, quer não, se me faço entender acerca do meu ponto, que é este: o Euro pode justificar tudo. Justificar que se judie a Grécia e depois se espezinhe salutarmente Portugal. Terá sido por amor da moeda. Se a moeda morresse, a hecatombe seria monumental mesmo e sobretudo para os actuais prescritores da austeridade como terapia central, não dos seus Países, mas dos outros.

      • palavrossavrvs says:

        Deixe-me congratulá-lo pelo magnífico comentário, meu caro André. Simplesmente cristalino. Um abraço.

    • palavrossavrvs says:

      Meu caro Amadeu, o meu amigo não leu o post. Não se pode branquear nem esquecer os últimos anos. É desonesto .

      • Amadeu says:

        André e Joaquim
        Vamos lá a ver. Eu considero o fdp do Sócrates tão responsável como o Passos Coelho, como o são o Cavaco, o Guterres, o Durão Barroso, o Soares. Mas aqui a direitinha e os pajens da corte ficam-se sempre pelo Sócrates. Só responsabilizam os do partido socialista.
        Mas a principal responsabilidade da nossa situação não tem a ver com quem nos governa ou governou, mas sim com as políticas e com o sistema capitalista/financeiro MUNDIAL ao qual, sinceramente, não vislumbro uma alternativa credível ou viável.
        O Gaspar encontra-se à espera do mesmo que o Sócrates desejou. Que a crise internacional passe.
        Não há remédio nacional. Não há recuperação económica num só país.
        Ainda estou para saber se vocês os dois são só desonestos intelectualmente ou se são mesmo ignorantes. Venha o diabo e escolha.

        • palavrossavrvs says:

          Ainda que, como diz, não haja «remédio nacional […] recuperação económica num só país.» há qualquer coisa de muito significativo que teremos de fazer por nós mesmos: sanear as contas públicas; pagar a tempo e a horas a fornecedores; pagar a dívida.

          O caminho para aqui não é mole, pachorrento, sensível, como faz crer António José Seguro.

  3. palavrossavrvs, esse problema resolve-se com terapia…

    • palavrossavrvs says:

      Bruno, meu caro, para a próxima deverá esforçar-se por substanciar melhor [respondo-lhe à Gaspar!] os seus comentário-pio [twitter] aos meus posts. Não vale rebaixar o mensageiro quando a mensagem não agrada. Estou habituado aqui e em qualquer lado à tentativa de destruição do emissor.

      Todas as realidades têm antecedentes, causas, motivos, razões: a minha análise não insulta ninguém e foi a partir da minha liberdade que a fiz. Se eu efectivamente precisasse de terapia [na verdade todos precisam!], seria bom sinal. Sinal de que a realidade que descrevo não existiria, o que seria bom para todos. Na verdade, tudo é mais complexo do que uma Greve Restrita possa querer fazer passar.

      Não é, jamais será, honesto e patriótico partir tudo, apedrejar, incendiar, petardar as pernas dos nossos polícias. Prefiro um Sócrates na prisão que um polícia a arder.

  4. Não tenho muito tempo para comentar e tenho que me defender do vício que se está a tornar o Aventar, por isso deixo apenas umas breves notas:
    1. Sabe qual é a dívida pública do Japão? 239% do PIB. E dos EUA? Superior a 100% do PIB. No caso do Japão, a grande diferença em relação a países como Portugal é que a maior parte dos credores são internos. Nesse sentido, também o nosso país foi vítima de uma política servil face aos mercados internacionais, quando quase se aniquilou a compra de dívida por Certificados de Aforro e Obrigações do Tesouro. Acresce que, mais uma vez por servilismo face à grande finança, Portugal não se pode financiar directamente no Banco Central Europeu, que por sua vez empresta à Banca a taxas de juro a 1% para esta cobrar 4% e 5% ao Estado português. Por isso o problema está muito para além de ser um problema de dívida excessiva. É, sobretudo, um problema de política monetária, que tende a favorecer a grande finança internacional em detrimento do interesse dos Estados. Por último, as guerrilhas entre o dólar e o euro a necessidade de gerar entropia e assim obter mais-valias por parte dos yuppies de Wall-Street e outras praças não são estranhas às notações das famosas agências.
    2. Como poderá Victor Gaspar ou qualquer outro Ministro das finanças resolverem o problema da dívida português com uma diminuição do PIB, sabendo que a dívida pública se mede em percentagem do PIB? Apenas com um furacão em tudo quanto são despesas sociais, na saúde e na educação, que é o que se prepara. Este caminho seria suicida se esses senhores sofressem na pele as consequências dos seus actos. Assim, é antes criminoso.

    • João Esteves… E você ainda acha que vale a pena escrever isto tudo?!? Muitos poucos são os que sabem que o cerne do problema está nas regras do actual SISTEMA MONETÁRIO e de quem nele manda…
      Para começar é impossível para nós fazer algo de positivo para o futuro pois NÃO SOMOS SOBERANOS!

      Vivemos numa Civilização onde quem controla a emissão da moeda fiduciária tem hipóteses de fazer algo… Nós não controlamos a nossa moeda, nem sequer já controlamos a nossa legislação… Não sei como ainda “pensam” que há qualquer réstia de hipótese de “um futuro melhor”… Por isso enquanto a MAIORIA da MANADA continuar de cabeça baixa a pastar e não se der ao trabalho de a levantar para tomar consciência da Civilização onde vive, e das regras em vigor… Não vale de muito andarmos neste faz-de-conta…

      Por isto tudo é que me dá vontade de rir… 😆 😆 😆 😆

      • Sim, de facto acabou por ficar um lençol. 🙂

        • palavrossavrvs says:

          Não achei nada um lençol: trata-se o seu, meu caro João Esteves, de um comentário-telegrama muito bem fundamentado, pecando pela abusiva leitura moral das actuais decisões políticas, movidas afinal e apenas por imperativos técnicos elementares, apesar da extrema e inédita pressão social, num contexto de nula margem de manobra financeira.

          Criminoso não é agir em desespero pela salvaguarda de um bem maior: cortar dedos, língua, unhas, apenas para continuar vivo, solvente.

          Criminoso é roubar larga e faustosamente para si e ir a banhos, em Paris. Portanto, meu caro e brilhante João Esteves, não acho nada que Merkel, Hollande e Passos sejam criminosos, se se vêem compelidos a decepar o Estado Social e a decapitar o Estado Social 2, que são os lugares e interesses político-partidários instalados no Estado dos Contribuintes. Sinceramente não acho.

          Fazem todos quase quase o mesmo, tirando Merkel deste grupo: esbulham, deixando um cortejo de ressentidos naturais. Os ricos em França estão que não podem com os cornos de Hollande. Em Portugal, os socialistas colocados em posições confortáveis nas autarquias e nas chefias intermédias do Aparelho de Estado, se pudessem, matavam Passos apenas para manter os rendimentos que, no passado, políticos sem escrúpulos lhes garantiram e ampliaram muito para lá das necessidades efectivas autárquicas ou estatal-aparelhísticas. Compreende o João o meu ponto?

          Os que vivem do trabalho sabem que estão a pagar com agravamento anos de negligência cívica, são 80% inocentes e o resto culpados: parafraseando qualquer coisa que alguém disse mais ou menos assim, a política era demasiado importante para ter sido deixada exclusivamente a políticos.

      • André Sousa says:

        O sistema monetário pode ser um outro qualquer, mas se o estado continuar a ter uma despesa superior à receita fiscal, que é sistematicamente colmatada com aumentos da dívida pública, não melhoraria rigorosamente nada. Antes pelo contrário.

        • Sim, mas diminuir o défice num período de recessão é, antes de mais, estúpido. Basta fazer uma conta de dividir: se o denominador de uma fracção é menor (PIB), a percentagem aumenta para um mesmo valor do numerador (despesa do Estado). A chave está em aumentar a riqueza produzida, aumentando assim as receitas do Estado e aumentando o PIB para, juntamente com uma gestão rigorosa, diminuir o défice. Claro que isto só se consegue a longo prazo e não cegamente e à bruta como se está a tentar agora, com resultados muito pobres e um enorme sofrimento.

          • palavrossavrvs says:

            Muitíssimo mais estúpido, meu caro e brilhante João Esteves, foi agravar a dívida num período de estagnação prolongada, concordará.

            Agora isto é que é pacífico: sendo inevitável a recessão por todas as razões da crise incluindo a austeridade, importaria abrir a economia ao máximo possível de fluxos de capital externo, coisa que, infelizmente, também se faz por via das privatizações.

            O dinheiro chinês, com a aquisição da EDP, ou brasileiro nunca viria ou virá com alegria para um mercado irrisório como o nosso, a não ser ao cheiro de negócios irresistíveis e globais como o da ANA e o da TAP. Por aí, abrir-se-á forçosamente um fortíssimo canal de financiamento indirecto óbvio à economia, coisa poderá constituir um começo de conversa na maquilhagem ascendente do nosso PIB. Incomparavelmente mais estúpido é a crassa e hipócrita impaciência da bancada socialista: ganhariam imenso em evitar a recaída-receituário do desastre. Mais economia para pagar o que se deve e menos deslealdade com tratados, memorandos e outras coisas assinadas e negociadas. Quando a palavra dada é rasurada, a imagem, a fama, caem na lama.

          • Sobre a dívida, ver acima. O problema, ao contrário do que nos querem fazer crer, não é tanto a dívida em si, mas o que se fez com o dinheiro. Aí sim, Sócrates e outros antes dele fizeram asneira.
            Quanto ao dinheiro das privatizações, penso que está mal informado. As receitas dessas privatizações irão esfumar-se em abatimentos à dívida, por imposição da UE. Nem um cêntimo irá para a economia.

      • palavrossavrvs says:

        Meu caro voza0db, então você reduz o nosso problema, a parte que nos cabe do nosso problema, à impotente questão intangível e abrangente de um Sistema Monetário que não controlamos?

        E aquilo que controlamos? E o favoritismo político, não pode ser combatido e reduzido?! E a coutada representativa dos partidos pelos partidos no Parlamento, não pode ser aberta à sociedade civil? E a fluidez do capital internacional, não poderá ser mais bem captado como outros Países e outras paragens fazem, criando boas oportunidades e desratizando o ambiente de estufa cartelizado criado para depenar o cidadão? E o desfasamento entre as elites políticas e a vida real das pessoas, não poderá e deverá ser reatada, a fim de a decisão política reflectir o pulsar da sociedade?

        Os anos passados representaram demasiados actos políticos ruinosos, demasiada desonestidade contumaz em sede de governação, aliás arrastada desonestamente ao longo de mais de uma década e na parte final de modo indescritível e obsceno, apenas para que os últimos incumbentes em questão pudessem abocanhar e abraçar com as pernas o máximo de comissões por mil e um negócios lesivos dos interesses gerais e sobretudo da sanidade mental dos contribuintes. Terá isso perdão? Jamais.

        Portanto, vozaOdb, não há nada como zarolhos a passar atestados de cegueira aos que gritam: «Sócrates, sim, tu que levas uma vida flauteada que me insulta todos os dias, tens uma cela à tua espera!».

    • palavrossavrvs says:

      No seu comentário está a resposta e ela é certeiríssima, meu caro João Esteves: é de tal modo complexo, incerto e difícil estabilizar o País que não se pode esperar o ovo no cu do PIB, esperar instrumentos sistémicos que não existem, esperar que outros ajam, actuem em nosso benefício.

      Alguma coisa terá de ser feita. Arriscada? Sem dúvida. Socialmente dura? Inquestionável. Acontece que toda a retórica do Partido Socialista assenta justamente num edifício de areia: areia de negociar, areia de esperar, areia de federar os Países sob resgate ou pré-resgate. Tudo concertação com a sua morosidade e incerteza.

      Pelo que não existe outro caminho que o jogo pelo seguro, no qual todos comemos pela medida grande, ganhando menos, expelidos do trabalho, empobrecidos compulsivamente.

      Uma sociedade com suficiente massa crítica demitiria o Governo Sócrates ao primeiro sinal uma dívida pública em descontrolo, precisamente para evitar as agruras presentes. Pois bem, foram imensos os que pactuaram silenciosamente com a rapina. Hoje encarniçam-se contra Passos, mas para serem honestos deveriam considerar que Passos só foi possível graças à calamidade lenta, larvar, com que o socialismo de plástico engonhou os problemas, aprofundou-os, e tudo fez por ganhar eleições, ganhar negócios, arruinar depressa e bem Portugal. Olhem, contemplem!, a cara de Paulo Campos; olhem, contemplem a face e a voz impostora de drama inflado do Galamba. Falta que se faça verdadeira justiça para eu deixar de me repetir. A minha cassete é a cassete de um prejudicado.

      Não me calarei. Não me custa o insulto concertado de zarolhos passionais de um partido como se fosse uma tribo. Serei eu mesmo, custe o que custar. [Não me custa absolutamente nada escrever em defesa do que penso.]

  5. Ainda há imbecis a insistir na cantilena da culpa do Sócrates?
    Que o Sócrates era um bom FDP era, como outros PMs antes dele e claro o FDP que é PM agora.
    Agora de cada vez que mais um imbecil insiste em atribuir as culpas de tudo a Sócrates limita-se a fazer o jogo dos FDP que nos governam e é decerto tão FDP quanto estes.
    Ou se calhar é só mesmo imbecil.
    Desculpem a minha grosseria, mas já não há pachorra…
    Até aceito que deixem publicar merdas destas no vosso blog, mas depois não se queixem de ler o que não gostam nos comentários.

    • André Sousa says:

      O Neri Sousa está a revelar problemas de compreensão da escrita. Quando alguém aponta defeitos e as consequências da governação de Sócrates, não se está a declarar que todos os problemas do mundo foram causados por ele. Não é isso que se diz. O que gente como Neri Sousa tem de compreender é que Sócrates é um FDP, mas que o período de gestaõ dele deixou problemas profundos no estado que demorarão décadas a sanar. Da mesma maneira que Passos Coelho tem responsabilidades, Sócrates teve também. E teve-as, infelizmente, da maneira que mais nos custa: com a duplicação da dívida pública ao longo da sua legislatura.

      Se não há pachorra para estarmos em contacto com a realidade então convém que se ganhe. O actual estado das coisas não tem margem para imaginação e fantasias.

      • Sousa será V. Excia, com o devido respeito.
        Assim como decerto terá também V. Excia problemas de compreensão da escrita quando consegue ler no meu comentário que eu tenha de alguma forma negado que Sócrates fosse um FDP , ou que não fossem perniciosos os resultados da sua governação.
        O que nego é que Sócrates tenha sido mais culpado que a maioria dos PM que o antecederam e, sem qualquer dúvida, muito menos culpado que o criminoso que é agora PM ou o que já o foi e é agora PR.
        Quem insiste na cantilena anti Sócrates é, se não imbecil, então cúmplice destes criminosos.

        • palavrossavrvs says:

          Não é uma cantilena. É um assunto muito sério. Culmina em Sócrates, começa em Cavaco, passa por Guterres, Barroso e Santana. Inegável.

          O problema é quando se falha por dolo, malignidade ou por incapacidade e fraqueza. Agora repare, e isto é unânime, minha cara Neri Moreira: as escutas tardia e ingloriamente x-actadas por Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento demonstram a lucidez completa, em 2009, que movia Vara e Sócrates. Sabiam o estado calamitoso da dívida pública; sabiam que o tempo urgia até ao estouro inevitável; sabiam que a agenda para 2009 teria de passar por remover quaisquer obstáculos à reeleição e estar dispostos a tudo para forçá-la, de pequenos-almoços com Figo para cima, ajustes directos, PPP, negociatas à pressa a todo o transe, tudo o que permitisse vários generosos euromilhões, um de cada vez, tudo à pala da imunidade política e da garantia prostibular da não judicialização da política, do malogro de leis como a lei vetada por Cavaco contra o enriquecimento ilícito.

          Dolo, portanto. Ninguém, em face do abismo, se precipita alegremente para ele, correndo. Pelo contrário, trava a fundo. Sócrates não travou a fundo porque era com esse dinheiro fácil que se pagava tudo, a todos, a todos os que movem influências, energias mediáticas, opiniões desinteressadas, omnipresença nas TV e nos Jornais e nas Rádios todos, todos, todos, todos, todos os dias de todos esses anos de charlatanice risonha e centro-africana. Seis anos, 90 mil milhões de agravamento da dívida pública, o dobro da dívida relativamente ao PIB, em 2005. Quem faz isto conscientemente, merece a prisão e, se estivéssemos na China ou em Singapura, merecia a pena capital, pois os sofrimentos, as mortes, os desesperos, as angústias de milhares não merecem menos a quem tão gravemente as negligenciou. O grande pecado mediático português, hoje, é não se falar deste grosseiro contributo para os nossos males agravados.

          Era bom era, se se tratasse de cantilena, cara Neri Moreira. Trata-se, senão de um requiem, de um toque de finados, escamoteado à força toda pelos opinadores escrupulosos e regimentais que a praça dos mesmos vai parindo e apascentando há trinta e nove anos.

          • Pelos vistos tem tempo para continuar a “bater no ceguinho” e a repetir sem parar as mesmas imbecilidades até cansar os interlocutores.
            Sugiro que faça um bonequinho com o aspecto do Sócrates e se entretenha a espetar-lhe agulhas.
            Sempre será mais saudável e pode fazê-lo em privado.

          • palavrossavrvs says:

            Estou a usar o meu SAMSUNG, Neri Moreira. Não é obrigada a comentar este seu imbecil, imbecil preferido da Neri Moreira. Assim como não é verdade que só imbecis comentam imbecis ou inteligentes inteligentes, não é à força de me chamar imbecil que me imbeciliza. No máximo deveria eu merecer-lhe desprezo, não farpas que aliás me não molestam.

    • palavrossavrvs says:

      Minha cara Neri, o seu comentário é um dos melhores comentários possíveis nesta matéria do presente e do passado recente: retrata, em espelho, o meu ponto. Insisto que os actos conhecidos e desconhecidos da clique socratista são passíveis de julgamento, punição, prisão; insisto que os prejuízos morais, materiais do presente foram em grande medida cavados no passado recente. Não mereço ser insultado por dizer o que penso. Não mereço que me apodem de «imbecil» apenas porque não desligo o diagnóstico da Crise [as falhas neste Governo, os danos sobre pessoas concretas que a governação presentemente acarreta] de um passado absolutamente aventureiro, daninho, manipulador.

      Gosto que me subestimem e até que me rebaixem. Não há, não encontro para mim, estímulo mais poderoso, desde sempre. Só neste post, devo ter encaixado o equivalente a dez latas de espinafres ou chávena de café com a poção mágica gaulesa. Adoro que me atirem ao chão, não por masoquismo, mas por me acrescer daquela energia reagir-vulcão além-mosquito! LOL

      • patriotaeliberal says:

        ….mas tem cuidado, tanta vez que te atiram ao chão ainda partes o cântaro. Ainda ficas formoso mas não seguro e depois tens de andar na fisioterapia a gastar dinheiro ao estado social e assim…

        Lembrei-me desta. Grande Camões!

        Descalça vai para a fonte
        Lianor pela verdura;
        Vai fermosa, e não segura.

        Leva na cabeça o pote,
        O testo nas mãos de prata,
        Cinta de fina escarlata,
        Sainho de chamelote;
        Traz a vasquinha de cote,
        Mais branca que a neve pura.
        Vai fermosa e não segura.

        Descobre a touca a garganta,
        Cabelos de ouro entrançado
        Fita de cor de encarnado,
        Tão linda que o mundo espanta.
        Chove nela graça tanta,
        Que dá graça à fermosura.
        Vai fermosa e não segura.

        • palavrossavrvs says:

          Prodigioso! Quem me dera circulasse em mim uma molécula do corpo vivo, depois morto e apodrecido de Camões, do pó à água, da água ao vapor de água e um dia parte de uma célula dos meus ossos! Quem me dera!

      • Amadeu says:

        Quando insulta os outros seja do que for (… “muito bem imbecis” … ), merece ser insultado, sim senhor. Insulta primeiro e quando lhe retribuem o insulto arma-se em vítima ?!?! Não se encherga ?

        • palavrossavrvs says:

          Sim, Amadeu, estava a chamar imbecis aos que descem a esse lado monocular do nosso problema: «Passos, escuta,…» Sabe bem, mas irrita-me, porque penso na quantidade monstruosa de dinheiro ganho pelo Circulo de Sócates a criar todas as condições para levarmos com um Passos em cima. Mas, repare o meu amigo, que dou de barato a euforia incontrolável e grunha das massas embrutecidas, movidas quantas vezes pelo sentido mais egoísta e nefelibata do protesto. Perdoo-lhes a coragem colectiva que jamais se exerce criticamente a solo.

          Por cada estivador que descobre os pêlos tesos do peito a gritar coisas como estas, há mais de mil desempregados como eu a coçar os pentelhos do tédio, confinados ao uso indiscriminado do sarcasmo literário em posts e comentários como os que me lê. Se os estivadores percebessem que estão a foder e a comprometer o emprego de muito português pai de família, paravam de reivindicar como se o Estado estivesse a nadar em dinheiro. A nadar em dinheiro estão os políticos antes do ciclo do passismo e estão, diz-se, os estivadores. Bem nos fodemos com essa solidariedade. Não sei que vírus apanharam os estivadores do Porto de Leixões, que lá corre tudo às mil maravilhas. Mistérios.

          É irónico. Portanto, Amadeu, podemos e até devemos insultar moderadamente multidões atoleimadas e vociferantes que partem e incendeiam coisas e até polícias, gajos como o Galamba que espuma e chia e cega e enrouquece quando interpela o seu fetiche, o seu orgasmo retórico, o Ministro das Finanças no Parlamento. Não podemos e não devemos é insultar um mensageiro à conta do conteúdo da mensagem. Como vê, vale tudo, menos enforcar-me comigo a ver.

          • Amadeu says:

            Estamos todos num grandessíssimo buraco. A chover dívidas e juros e crise a cântaros. O buraco a encher e nós a afogarmo-nos.
            Deveríamos, PRIMEIRO, preocuparmo-nos em como sair do buraco, quem é que nos está a por a pata na cabeça.
            E DEPOIS sim preocuparmo-nos como é que fomos lá parar, para a coisas não se repetir.

      • “…Não mereço ser insultado por dizer o que penso. Não mereço que me apodem de «imbecil» apenas porque …”
        Quem diz ou escreve publicamente o que pensa, sujeita-se ao juízo dos que o ouvem ou leem.
        Quem pensa e escreve o que V. Excia escreve, tem, de acordo com a minha opinião, deficiência de informação, de capacidade de processar ou, muito simplesmente, de formação.
        A forma de resumir, de forma simplificada estes estados é:
        deficiência de informação=ignorância
        deficiência da capacidade de processar informação=imbecilidade
        deficiência de formação=”filhadaputice”
        Trata-se assim de classificar um autor de pensamentos e escritas, sem o conhecer, ou seja baseando-se apenas no que é aparente no escrito.
        O que quem classifica considera classificação, pode o classificado entender como insulto.
        É o risco que correr quem classifica, como é o risco que corre quem “escreve o que pensa”.
        (é, a meu ver, natural que quem pensa o que V. Excia pensa nem se dê conta das consequências)

  6. “cada vez que mais um imbecil insiste em atribuir as culpas de tudo a Sócrates limita-se a fazer o jogo dos FDP que nos governam e é decerto tão FDP quanto estes.
    Ou se calhar é só mesmo imbecil.”

    Na mouche!

    • palavrossavrvs says:

      Não me parece que eu seja um filho da puta por pensar segundo a minha liberdade de pensar livremente, meu caro Araújo-subscritor-da bojarda-simpática-anterior-da-autoria-de-Neri-Moreira. Repare que nós usamos e abusamos desses meigos apodos e às vezes é tudo a eito, desperdiçando a justeza desse título. E aqui no Norte usámo-lo para recobrir de afecto os nossos maiores amigos, é certo.

      Porém, e isto é de ciência certa, não precisamos de nos especializar em filhos da puta para reconhecer um. Se fosse preciso, o facto de o Araújo me considerar um relevaria de um doutoramento seu nessa matéria e quantas vezes o estudioso se converte na matéria que estuda!

      Nesse ponto seríamos dois: você e eu, dois filhos da puta. Eu, porque o Araújo acha. O Araújo, porque se especializou na matéria e está por isso mesmo à vontade para apontar. E com isto deixaríamos de fora os verdadeiros, aqueles cuja acção representou terra queimada, desemprego, emigração, desalento, desesperança.

      Sim, provavelmente Passos é um desses, mas então seriamos obrigados a graduá-lo com outros filhos da puta, segundo o dano e a sua durabilidade sobre um vasto conjunto de cidadãos que não têm o BES por guarda-chuva, nem a Mota-Engil nem os escritórios do sr. Proença de Carvalho.

      Nesse campeonato, qualquer burlão que burla, estraga, detona, arruína, e se põe a monte leva a palma. Burlão que é burlão, burla e foge. É por isso que ninguém supera o feito admirável do filho da puta de Paris. Ficará nos anais. O efeito mais belo é que nem se fale nisso. Não se escreva sobre isso e haja um manto de silêncio tão escrupuloso sobre duas legislaturas de rapina que faz supor justo todo o ónus que recai hoje sobre nós.

      Evidentemente que jamais me passaria pela cabeça insultar o Araújo. Pelo contrário. Elogio e agradeço o seu comentário, isto é, a sua subscrição de Neri Moreira. Ele-comentário e ela-subscrição foram feitos para me ajudar. E ajudaram. Sinto-me agora muitíssimo melhor.

      • Não pretendendo de qualquer forma defender Araújo que decerto se saberá defender devidamente, obriga-me a tal no entanto o facto de V. Excia o vir insultar pelo facto de não ter percebido que Araújo se tinha limitado a citar-me:
        “cada vez que mais um imbecil insiste em atribuir as culpas de tudo a Sócrates limita-se a fazer o jogo dos FDP que nos governam e é decerto tão FDP quanto estes.
        Ou se calhar é só mesmo imbecil.”
        Tendo acrescentado de sua autoria: “Na mouche!”, o que agradeço.
        E “na mouche”, ou próximo terá sido, pois terá V, Excia entendido que, com este parágrafo, Araújo (e assim também eu) o terá classificado de “filho da puta por pensar segundo a minha liberdade de pensar livremente”.
        Decerto que nem Araújo (muito menos eu) pretenderia, sem o conhecer de lado nenhum, classificá-lo de filho da puta, por pensar da forma que pensa.
        Por isso mesmo, foi ressalvada a alternativa.

        • palavrossavrvs says:

          Compreendo, Neri. Se quiser, poderá ver a minha rectificação rectificadíssima de esse minúsculo equívoco.

  7. patriotaeliberal says:

    “Temos de explorar todas as vias de saída…”, escreves tu, palavrossaurius!

    E estamos explorando. Já viste a quantidade de pessoal a emigrar?

    • palavrossavrvs says:

      Sim, fazem-no porque não há um Estado com dez milhões de empregos. Um dia, talvez faça algo de semelhante, assim Deus me ajude.

      • patriotaeliberal says:

        Esta do “não temos um Estado com dez milhões de empregos”, fez-me rir.

        Abençoado sejas, que o novo paradigma correctivo tem-me retirado toda a vontade de rir.

  8. patriotaeliberal says:

    “Hoje, temos Victor Gaspar fazendo o contrário, segundo um paradigma correctivo novo…”

    palavrossaurius, gosto da expressão “paradigma correctivo novo”

    Ainda não estou a ver é o resultado desse paradigma correctivo novo e já lá vai ano e meio.

    Referes-te, concretamente a quê?

    • palavrossavrvs says:

      Sim, temos dezasseis meses de gasparite. No entanto, a nossa pressa e impaciência é proporcional à contemporização com um endividamento hiperbólico.

      Não percebo a duplicidade do meu caríssimo leitor patriota e liberal! Havia um só caminho para arruinar. Para ‘desarruinar’ isto terá de andar por tentativa e erro. Se, da estranja, nos não comprarem tonescos, não poderemos vender-exportar caralhos frescos. LOL

      Um Abraço Caloroso!

      • patriotaeliberal says:

        Tu escreves-te “caralhos frescos” mesmo?

        LOL….

        Olha, hoje vou estragar-te com mimos. Em vez de te enviar um abraço caloroso de volta vou atirar-te ao chão porque parece que te faz mais feliz…..LOL….

        • patriotaeliberal says:

          Phosga-se, desculpa o mau funcionamento da língua , queria escrever :”tu escreveste caralhos frescos”, mesmo?

        • palavrossavrvs says:

          Calma, que estou a rebolar de riso no chão. Sentido de humor fantástico! eheeheeh

  9. maria celeste d'oliveira ramos says:

    Se ‘e que percebo alguma coisa estou mais do lado de Neri Moreira

    • palavrossavrvs says:

      Em assuntos assim, a minha Maria pode estar e ficar do lado que quiser.

      Adoro-a na mesma!

  10. patriotaeliberal says:

    “Levaremos décadas para que a dívida pública atinja novamente os 60% do PIB, disse o Ministro das Finanças. ”

    E disse mais – que em 2012 o paradigma correctivo novo iria surtir efeito.

    Adiantou ainda que não haveria necessidade de mais austeridade porque as medidas correctivas estavam a resultar.

    Mais disse que em 2013 voltaríamos aos mercados.

    Para isso o paradigma correctivo novo aconselhava o empobrecer.

    Para mim, ficou-me o correctivo.

    Depreendo que para ti ficou o paradigma novo.

    Do mal, o menos. Alguém que fique feliz por isso.

    • palavrossavrvs says:

      Não há aqui ninguém feliz por isso ou por aquilo. Sei somente que as Contas de Portugal, hoje, tendem a ser incomparavelmente mais sérias que alguma vez. Sim, à custa do nosso lombo, sangue, suor, lágrimas.

      Espero sempre que não se governe nem decida no meu País em função de eleições. Gosto da extrema impopularidade deste Governo. Não estávamos habituados a tanto rigor [mortis]. Teremos de ter paciência e menos pedras na mão.

      • patriotaeliberal says:

        Eu sei, pá.

        Temos de ter mais paciência e confiar nas contas. Sabes, é que eu estou desempregado e, em breve, os meus filhos não terão trabalho.

        Esta coisa das contas e dos números é que me preocupa.

        Nem eu nem os meus filhos somos números.

        Mas vou tentar ser paciente e não chamar nomes feios á governança presente e passada.

        Assim Deus me ajude.

        (vou passar a chamar-lhes “caralhos flácidos”)

        LOL

        • palavrossavrvs says:

          Não é dessa paciência que estou a falar, sendo certo que os nomes feios não constroem alternativas, apenas descrevem aselhas, entretêm leitores e nos permitem a margem de catarse que nos resta. Não advogo a passividade e a aceitação asna de tudo o que nos façam, mas considero digno de louvor todo o esforço que se faça por viabilizar Portugal, por criar empregos, por obter resultados operacionais positivos nos diversos ramos de actividade onde o contribuinte tem entrado pela madeira: por exemplo, considero ilegítimas as greves em empresas públicas cujos resultados operacionais sejam sistematicamente negativos somados a passivos de grande monta. O porto de Leixões, mal ou bem, não dá prejuízo e já não pesa-canga ao pescoço dos pagadores de impostos, penso eu.

          Os «caralhos flácidos» do passado e do presente não devastaram Portugal sozinhos: como é que se compreende o grau de endividamento público acumulado ao longo dos anos com um PIB estagnado?! Quem não tem dinheiro não deveria ter veleidades. Não há eleição ganha que valha a carga de sofrimentos que milhões de nós estão a passar.

  11. nightwishpt says:

    Pois bem, não há dinheiro, logo é apoiar a solução de pagar mais, desta vez aos privados, pela mesma coisa enquanto se retira todo o dinheiro que alimenta a economia real.
    É uma reforma, sem dúvida. Não resulta é em nada a não ser num recuo de 30 ou 40 anos, que a dívida é sempre a subir porque não há dinheiro nem para os juros.

    E antes um polícia violento protector de colaboracionistas gatunos a arder que um euro para os novos colonizadores.

  12. José António says:

    Li tudo até aqui e achei de extremo valor as participações do André Sousa e do palavrossavrvs, considerando também as do João Esteves como pertinentes.
    Quer se queira quer não, objectivamente, a realidade em que vivemos é feita de causas e consequências que se desenvolveram na linha do tempo. Hoje é o produto do que se fez ontem e do que se faz no imediato, não se podendo esquecer que os efeitos do que se faz no imediato não deixam de estar condicionados pelos efeitos daquilo que foi feito ontem. Ignorar isto e chamar nomes a quem tenta fazer uma análise séria do problema, parece-me muito pouco científico e intelectualmente desonesto.
    Uma visão holística obriga-nos a reconhecer duas dimensões ao problema:
    – uma externa – que reflecte as consequências da globalização, da crise do crescimento do capitalismo e do crash da banca de 2008;
    – outra interna – que reflecte os trastes políticos que nos governaram nos últimos anos, que nunca tiveram a pretensão de servir a causa pública mas servir-se da causa pública, com a complacência, a demissão e/ou ignorância dos portugueses em geral.
    E aqui chegados somos obrigados a fazer o somatório de todos os comportamentos, de dirigentes e dirigidos … e não há dúvida, estamos em Portugal.
    Para alguns parece que a receita que deve pontificar, quer para o imediato quer para um futuro próximo, será a repetição do erro … de pec em pec até ao buraco final.
    “Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente.”
    Albert Einstein

    Parabéns ao palavrossavrvs pela sua análise crítica.

    • palavrossavrvs says:

      Obrigado, caríssimo José. Incutir bom senso às turbas convulsas, contra mim falo pois sou bastante apaixonado, é uma tarefa gigantesca: mesmo feridos e perseguidos por um Estado que recua, devemos olhar para o caminho que foi percorrido e de que transigência sistémica [cívica, institucional, política, justiciária] ele se teceu.

    • patriotaeliberal says:

      “Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente.”

      Creio que estaremos todos de acordo e sugiro que se envie esta frase ao Vitor Gaspar para que tenha umas noções de relatividades.

      • palavrossavrvs says:

        Sim, a mensagem também não chegou aquando da reeleição do II desGoverno socratesiano.

    • patriotaeliberal says:

      “Hoje é o produto do que se fez ontem e do que se faz no imediato, não se podendo esquecer que os efeitos do que se faz no imediato não deixam de estar condicionados pelos efeitos daquilo que foi feito ontem.”

      Está a esquecer-se do futuro.

      • palavrossavrvs says:

        Mas o futuro está comprometido pelo menos desde a adesão ao Euro, não vê?!

  13. Pum!
    Bom!

  14. Fernando says:

    Eu tinha ganas de lançar aqui um pergunta, mas o “eu” que existe nas minhas entranhas disse-me: tem juízo e não te metas onde não és chamado. Repara que existe por aqui comentários técnica e academicamente bem elaborados. Não tens pedalada para este circuito.
    O facto de acreditarmos que existe democracia em Portugal, já foste aqui insultado. Não queiras ser repetente.
    Deixa gastar o tempo que cada um quer a acusar e falar do Soares, do Guterres, do Durão, do garanhão Lopes,do Cavaco, do Sócrates ou do barítono Coelho.
    Quanto mais divididas as claques (tipo futebol) estiverem, melhor. A classe política agradece.
    Fica com tempo e espaço livres para se preocuparem com os seus próprios interesses ou de grupo.
    Ha 38 anos sucedeu o mesmo. Apenas com uma ligeira diferença.
    O culpado não estava altamente colocado num Organismo europeu, nem em Paris nem em Massama. Estava apenas enterrado há uns anos.

    • palavrossavrvs says:

      Pois, mas o diagnóstico tem de ser feito e como não se vê forma de chamar à pedra quem amolgou os nossos cêntimos e os empenhou por largas décadas, a escrever é que a gente se entende e toma partido. Eu tomo partido pelo caminho mais curto para sair deste poço. Desconfio da retórica pela retórica. Precisávamos de ver mecenas lá, onde só vemos sacanas. Não sou esquisito: tanto aperto o pescoço ao Sócrates como aperto a mão ao Passos.

  15. Maquiavel says:

    “Levaremos décadas para que a dívida pública atinja novamente os 60% do PIB, disse o Ministro das Finanças.”
    Homem de pouca fé! O Ceausescu levou só 10 anos a limpar totalmente a dívida pública romena.
    É esse o modelo gaspariano?

    No início dos anos oitenta, Ceauşescu decidiu reforçar a credibilidade internacional do seu país através da liquidação da enorme dívida externa da Roménia. As agências do capitalismo internacional – começando pelo Fundo Monetário Internacional – ficaram encantadas, não poderiam elogiar o ditador romeno o suficiente.
    Para pagamento dos seus credores ocidentais, Ceauşescu aplicou uma pressão implacável e sem precedentes sobre o consumo interno.

    (…) O Conducător romeno começou a exportar cada mercadoria disponível produzida internamente. Os romenos foram forçados a usar lâmpadas de 40 watts em casa (quando a electricidade estava disponível), de modo que a energia pudesse ser exportado para Itália e Alemanha. Carnes, açúcar, farinha, manteiga, ovos, e muito mais foram estritamente racionado. Para aumentar a produtividade quotas fixas foram introduzidos para trabalho público obrigatório aos domingos e feriados (a corvéia, como era conhecido na França do ancien régime).

    O uso de gasolina foi reduzido para o mínimo: em 1986 um programa de criação de cavalos para substituir veículos motorizados foi introduzido. Carroças puxadas a cavalo tornaram-se o principal meio de transporte (…). As políticas de Ceausescu tinham uma certa lógica macabra. Roménia conseguiu de facto pagar aos seus credores internacionais, embora ao custo de reduzir a sua população à penúria.

    – Tony Judt, “Postwar: A History of Europe Since 1945”

    O custo disso? Pessoalmente, foi agraciado com uma rajada de balas; socialmente, a Roménia recuou umas décadas.

    • Amadeu says:

      Ótima comparação.
      Hehehe estamos no modelo Gasparescu !!!

      • Maquiavel says:

        Só tenho pena de näo meter o meu 2.o parágrafo *depois* do texto… ficaria bem melhor, mas já näo o posso editar. O autor do artigo conseguirá fazê-lo?

        • palavrossavrvs says:

          Claro que sim.

        • palavrossavrvs says:

          Ainda não me apercebi de, sei lá, um «obrigado», por exemplo.

          • Maquiavel says:

            Obrigado, por exemplo.

            Só agora voltei aqui. Veja lá se näo posso ter vida para além do Aventar…

          • palavrossavrvs says:

            Estava a brincar, Maquiavel. Não precisa de rebolar de escândalo por uma frasesinha de nada.

      • palavrossavrvs says:

        Caríssimo Amadeu, como é que pode felicitar uma hipérbole sem um mínimo de aderência e verosimilhança?! Ficaria contentíssimo se o meu caro amigo me dissesse, preto no byte, advogar uma sindicância escrupulosa aos antecedentes da nossa pré-insolvência; sindicância aos beneficiários directos da nossa miséria. Não vai dizer que esse levantamento não seria esclarecedor e um verdadeiro separador de águas. Do meu leitor e amigo Amadeu aguardo sempre surpresas e bom senso. Sempre.

        Um Abraço.

        • Amadeu says:

          Claro que apoiaria uma sindicância, como lhe chama, a todos os governos dos últimos 20 anos. Mas receio que cairíamos em algo do tipo “revolução cultural” chinesa. Mesmo assim apoiaria, DEPOIS de termos resolvido o nosso atual problema.
          De momento, seja por que razão passada for, o problema continua a agravar-se.

          • palavrossavrvs says:

            Não creio que caíssemos nessa aventura revolucionária cultural porque não temos perfil para um modo canino de inquirir. Saber, destapar, ‘desopacizar’ as governações tumulares do passado seria extremamente útil como lição colectiva e como profilaxia. Quanto ao resto, precisamos do braço europeu funcional e da perna mundial dinâmica para que nos compre acrescidamente o que produzimos.

    • palavrossavrvs says:

      Meu caro Maquiavel, essa imagem parece-me bastante forçada e caricatural. A Roménia comunista fazia parte de um Bloco tão miserável, opressivo, sanguinário, como a História jamais viu e as balas que Ceauşescu levou pareceram-me das mais santas que já testemunhei.

      A menos que imagine Gasparducător a gizar palácios para si, com saboneteiras de ouro, torneiras de ouro, sanitas recolectoras da sagrada merda ceauşescuniana também elas de porcelana com acabamentos em diamante, ouro e cristal, a sua gulosa estratégia metafórica falha.

      Trata-se de pagar a dívida, sim, mas também de criar bases sólidas de confiança para que um País solvente prossiga o seu caminho no concerto internacional. Um País insolvente, desistente dos seus compromissos repele investimento, repele actividade económica, recai na suspeita dos mercados, não tem um futuro senão negro e funesto.

      Daí que, sim, há uma lógica entre usurários e devedores que se repete e não falha. Imaginemos este cenário: se o meu pai estivesse profundamente endividado comprometendo o equilíbrio e o bem-estar da nossa família, mas conservasse o emprego, aceitaríamos de bom grado sofrer por um período bem quantificado, comendo merda e abdicando algumas vezes de um módico de dignidade para honrar uma palavra dada e um compromisso assumido. Com paciência e boa vontade, já ficaria contente se ao meu pai assistisse a sageza suficiente de negociar melhores condições de pagamento, sob o pressuposto do escrupuloso cumprimento do acordado. Só quem cumpre, obtém vantagens, acertos e compensações, quem estrebucha e ameaça não cumprir, seca a confiança à sua volta. Quem põe em questão cumprir à partida verá agravadas as condições de pagamento e degradada a própria imagem negocial porque o vínculo de confiança foi partido e danificado. Tal foi o caso Grego, onde a perda de tempo e a desobediência perante credores não representou qualquer ganho, apenas uma oportunidade para o canto de sereia dos syrizas, sendo embora certo que a Alemanha e a Zona Euro têm sido uma calamidade de egoísmo e ineficácia na resolução sistémica deste problema.

      É vital que o caso Grego não seja, jamais, o nosso. E, se quisermos, não será.

      • Maquiavel says:

        Já entendi que para si tudo o que näo seja culpar o Socras é caricatural e o raio que parta.
        E fiquei a saber consigo que o Chonésescu fazia parte do bloco nazi-fascista. Sempre a aprender.
        E pronto, já näo dou mais para este peditório.

        • palavrossavrvs says:

          Não reduza, Maquiavel, o âmbito das minhas considerações. Para mim não chega o julgamento político em eleições. Há muito mais a fazer para crivar anos de enriquecimento ilícito perfeitamente impune.

    • palavrossavrvs says:

      Feito!

  16. carlos rolo says:

    palavrossavrvs, és mesmos um filho da puta como eu!

    • palavrossavrvs says:

      E o que é que ganha o Carlos Rolo em vir trazer-me novidades? Vá, vá lá atirar pedrinhas ao Parlamento. Se o deixa contente, admito que a culpa do Estado geral do País é toda minha. Sou um caralho sem pescoço.

      • António Fernando Nabais says:

        Um caralho sem pescoço é uma imagem maravilhosa: é só tomates e cabeça? Parto-me a rir contigo, homem!

        • palavrossavrvs says:

          E eu contigo, Fernando. ehehe Nem imaginas como se desopila por aqui.

    • carlos rolo says:

      O tédio vai passar! sabemos bem onde te encontrar!

      • palavrossavrvs says:

        Ui, que medo. Já estou a tremer transido de terror.

  17. palavrossavrvs says:

    Estou aqui, sozinho, à espera de comentários… E nada. Rebenta-se de tédio, pá.

    • patriotaeliberal says:

      Explica lá melhor o que escreveste sobre a ilegitimidade de algumas greves “em empresas públicas cujos resultados operacionais sejam sistematicamente negativos “

      • palavrossavrvs says:

        Não falo no plano legal, falo no plano moral. Se eu atentasse contra a viabilidade da minha empresa, ela falia e eu perdia o meu emprego. É neste sentido e não noutro qualquer.

        • patriotaeliberal says:

          Do plano legal, passamos agora ao plano moral da greve, coisa perigosa, especialmente se pensarmos quantas morais há por este mundo fora.

          “Se eu atentasse contra a viabilidade da minha empresa, ela falia e eu perdia o meu emprego.”

          Os trabalhadores são os primeiros a não quererem atentar contra a viabilidade das empresas onde trabalham porque precisam de trabalho, de dignidade.

          Assim sendo, retirando os trabalhadores desta equação, quem é que atenta contra a viabilidade das empresas? Quem é que as gere? Quem é que planeia? Quem decide?

          Quem, palavrossaurius? E não me venhas com a conversa da moral nem da responsabilidade dos trabalhadores pela má gestão das empresas.

          O direito à greve é um direito fundamental que está legislado e enquadrado.

          Trazer para o debate a ideia que os trabalhadores devem respeitar a “moral” não é sério.

          • palavrossavrvs says:

            O direito à greve, o direito à greve: e o caralho do direito ao trabalho, a contas sérias, a uma economia sustentável, onde fica? Até prova em contrário, neste contexto, a greve da estiva não está a ver bem o problema do País, das demais empresas, das necessidades de escoar produção, de permitir que o País respire. O direito à greve, ninguém mexa no direito à greve desde que a estiva não esteja a comprometer e a sabotar boa parte da nossa economia de guerra, de sobrevivência.

          • palavrossavrvs says:

            Subscrevo na íntegra este artigo http://economico.sapo.pt/noticias/um-pais-doente_156360.html: «Num momento de maior entusiasmo, Jerónimo de Sousa congratulou os participantes na greve de dia 14 pela “dimensão histórica” do evento. Segundo o líder do PCP, tal dimensão “exige que dela sejam retiradas todas as ilações políticas”. Para Arménio Carlos e a CGTP, a ilação a tirar é necessidade de outra política, e portanto, de outro Governo. “Só assim se pode mudar”, ouviu-se no discurso do “camarada Arménio”.

            Quem tenha seguido as festividades pela televisão facilmente percebeu a mensagem que se quis passar. Entrevistada por uma repórter, uma manifestante dizia ser preciso “fazer-se uma revolução para mudar isto”. Mas, na realidade, a greve e o seu programa político são profundamente reaccionários: a última coisa que querem é “mudar”. A “perda de direitos” contra a qual se protesta não é mais do que o desfazer de uma ilusão, a de que poderíamos ter padrões de vida semelhantes aos dos mais desenvolvidos países europeus sem produzirmos a riqueza correspondente. O endividamento estatal não nos trouxe só auto-estradas, estádios de futebol vazios e aeroportos sem voos. Trouxe abundantes empregos na função pública, e fez com que se pudesse “oferecer” serviços “tendencialmente gratuitos” aos portugueses, permitindo-lhes utilizar uma parte do rendimento – que de outra forma não estaria disponível – para a aquisição de bens que alimentaram a fantasia de que Portugal era um “país como os outros”. Agora que falta dinheiro ao Estado, deixou de ser possível esconder que ele falta também a grande parte das pessoas. A política governamental é criticável, e poderia ser diferente. Mas, tivessem as opções concretas sido outras, uma perda significativa dos rendimentos e qualidade de vida dos portugueses não teria sido evitada, pela simples razão de que estes não eram sustentáveis.

            No fundo, chegou a hora de acordar para a realidade. Com ela, serão notórias as dificuldades. O descontentamento manifestado na greve e nos protestos de dia 14 não é uma cura para a doença do país. É um sintoma.»

      • Maquiavel says:

        Os resultados operacionais da CP até têm sido POSITIVOS.

        • palavrossavrvs says:

          Sem dúvida. Graças a Deus e a todos os que lá trabalham. Foi um feito só possível nesta legislatura, Maquiavel. Para sermos sérios e eficientes necessitamos da ponta de um corno troykiano espetado na ilharga. Infelizmente.

          • Maquiavel says:

            Esta legislatura entrou em funçöes, portanto, em 2009, ou até antes. Sempre a aprender com vocês iluminados…

          • palavrossavrvs says:

            Não sou só eu que o digo, Maquiavel, mas muitos socialistas independentes de espírito «Nada desculpa, claro, a irresponsabilidade política de quem não percebeu as consequências de quase dobrar a divida pública entre 2005 e 2011, como aconteceu em Portugal. Mas o ponto, agora, não é tanto o de saber como se chegou aqui, mas sobretudo o de saber como sair daqui.» MMC

        • palavrossavrvs says:

          Não há dúvida de que nos falta dar passos de gigante na economia e nas instituições democráticas: «O grande problema de Portugal é que a classe política não está sujeita a um verdadeiro escrutínio. Em democracia, quando um político é apanhado a mentir, nas eleições seguintes os eleitores não votam nele e o político sai de cena. Mas em Portugal, o sistema eleitoral não lhes permite fazer isso. É por isso (e muito mais) que o sistema eleitoral tem de ser democratizado. No mínimo, a ordem pela qual os lugares do parlamento são atribuídos tem de passar a ser a quem teve mais votos, em vez de ser numa ordem imposta pelo partido. Desta maneira, os portugueses adquirem um mínimo de escrutínio sobre a classe política – e é isso o normal nos países europeus da dimensão de Portugal.»

  18. Amadeu says:

    A propósito de Sócrates, de cicuta e de Voodoo Dolls

    http://youtu.be/CY8OTCg7gUc

    • palavrossavrvs says:

      Fantástico, caríssimo Amadeu. Mais um vídeo para a minha infinita lista de prazeres.

  19. palavrossavrvs says:

    É chamado Carlos Rolo à recepção: ainda não me vieram fazer uma esperinha. Estão à espera de quê para me reeducarem?

  20. Amadeu says:

    Porra que muito escreve o Palavrossavrvs Rex.
    É para ver se ganha por exaustão ?

    • palavrossavrvs says:

      É por amor, Amadeu. Por amor. O amor também passa, no meu caso, por escrever até que se me rompa a polpa dos dedos.

  21. palavrossavrvs says:

    E pronto, aqui chegados, abraço a todos os leitores e comentadores. Até mais logo. Até ao próximo post de esta noite.

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