Portos em Greve

ESTIVADORES – QUATRO MESES EM GREVE
Os portos Nacionais estão em greve. Paralisados na sua maioria.
Felizmente ainda há Leixões que não adere às ordens dos sindicatos do Centro e do Sul, muito embora tenha parado no passado dia 14. Mas esta greve nada teve a ver com a outra, embora os efeitos tenham sido os mesmos.
O porto esteve parado, e assim parece  continuar, não porque os trabalhadores estejam a faltar ao trabalho, mas porque não há barcos para carregar ou descarregar.
A fotografia que ilustra este “post” foi tirada por mim, hoje, em Leixões, às 9h00 da manhã.
No entanto, a carga movimentada em Leixões atinge os 14 milhões de toneladas.

As exportações por Leixões continuam a crescer a bom ritmo com um aumento até Outubro de 22%, à semelhança do que aconteceu em 2011 em que o crescimento do ano foi de 34%.
No que diz respeito às exportações por via marítima, coisa de que o País necessita como do pão para a boca e que representam cerca de 16% do total das nossas exportações, estas estão a ressentir-se imenso. O País e as empresas estão a perder dinheiro diariamente o que afecta a nossa economia. Os navios de transporte de mercadorias estão a deixar de fazer escala nos nossos portos, e as empresas, se quiserem exportar têm de o fazer por terra, em demanda de portos no estrangeiro, aumentando assim os seus custos. Outras, como por exemplo a Auto Europa, têm dez mil automóveis parados à espera de transporte (notícia dada hoje aos microfones da M80 pelo jornalista Camilo Lourenço).
Impõe-se uma solução radical da parte do governo. Um grupo e uma classe de trabalhadores não podem paralisar a nossa economia, já de si tão debilitada, só para continuarem a manter as benesses e os privilégios que têm (podem e querem continuar a poder ter cerca de 2500 horas extraordinárias por ano).
Há quem diga que sabe quanto pode ganhar um estivador, não se saberá ao certo quanto ganha, mas é muito acima, mesmo muito acima da média Nacional de vencimentos.
Fala-se em requisição civil, e também em colocar militares no lugar dos estivadores.
Faça-se! Já começa a ser tarde de mais. Ou chegue-se a acordo de imediato.
Os chamados serviços mínimos não levam a nada.
Os senhores governantes não podem continuar a ter medo das repercussões.
Basta de covardias.
Segundo o poeta, o caminho faz-se caminhando, caminhe-se pois.

Comments

  1. Os portos nacionais não estão em greve. Apenas estão em greve às horas extraordinárias os portos de Lisboa, Setubal e Aveiro. Nestes portos ocorrem cargas e descargas diarias e desde o início da greve com o reforço das equipas durante o horário normal de trabalho. 70% das exportações via marítima ocorrem por portos que não estes. Dos restantes 30%, o Porto de Lisboa foi o ano passado responsável por 18%. Sobram 12% distribuídos por Setubal e Aveiro. Era fácil que o problema das exportações se resolvesse com o fim desta greve.

    • Nascimento says:

      Sabe, dá muito trabalho ao zézito,em vez de emprenhar pelas orelhas, e andar a ler as merdas que lê, tipo(Camelo lourenço)….
      É mais fácil escrivanhar umas merdas,e fingir que é tudo igual.O rapaz, até confunde coitado, trabalho de 8 H, com horas suplementares, pagas a valores de merda.Dá-lhe jeito. Gréve, é para o rapaz, tudo igualzinho….
      Bastava ao rapazola,assistir á péça de ontem nos telejornais das 20h, em que os trabalhadores queriam descarregar animais, ( cavalos e éguas prenhas) e a puta da empresa ( direção), não queria permitir!!!! O que fod….tudo, foi o próprio dono dos animais. ter metido a boca no trombone, e afirmado que os trabalhadores da estiva, queriam proteger os animais!!!! Mas o que o rapaz se calhar queria, era OUTRO DESFECHO!!!Ele e os Camelos deste país!!! Tá -se mesmo a vêr o resultadão, e o geitinhoo que dava: animais mortos por culpa dos trabalhadores, maladros ,blá,blá, etc e t al!!! Saiu-lhes furados os intentos….. Assim ele fica com os “argumentos”,do CAMELO do CAMILO!!!Haja pachorra…

  2. Maquiavel says:

    Ai eu sou muita parvo… eu a pensar que os “tais” 10.000 automóveis parados podiam perfeitamente ir de comboio de carga para a Europa, que é o seu mercado de exportaçäo. Näo, o Camilo quer que sejam transportados de barco, porque de barco é que é bom. Como sempre, se näo fosse o Camilo iluminado nunca saberíamos a verdade!

    Entäo mas em que é que ficamos? Os portos estäo parados por causa das greves, ou por causa da conjuntura de crise internacional?
    Ah, já sei… foram os estivadores em greve que provocaram a crise internacional.

    • piet says:

      de comboio para China… porque nao

      • Maquiavel says:

        Porque näo há um único carro da Auto-Europa que vá para a China. Só isso.

        • Maquiavel says:

          E se houvesse e näo pudesse sair de Lisboa, podia ir de comboio entäo até Leixöes, e sair aí de barco. Mas pelo que se vê na foto…

  3. Ainda penso says:

    Em resposta a este pos’t só tenho uma coisa. Veja o estudo abaixo, se quiser estar em posse de toda a informação, claro.

    http://5dias.net/2012/10/30/vale-tudo-no-amor-e-na-guerra-de-classes/

    • E, nesse estudo, publicado no 5Dias, fica-se a saber tudo? A verdade toda? Mesmo toda?
      Fique descansada que o farei.
      Obrigado pela informação

  4. Luis says:

    Alguém pode explicar-me como é que um tipo pode considerar-se democrata se põe em causa o direito à greve?

  5. Joao says:

    Já para não falar ao direito ao trabalho

  6. Joao says:

    …no direito ao trabalho

    O ideal é acabar com o direito à greve e ao trabalho, tudo ao mesmo tempo.

    Acabam-se os problemas criados pela democracia.

    Só falta dizerem que o problema é dos cidadãos. Sem eles, a governança seria muito mais confortável, sem constrangimentos, sem stress.

    Isto de se reunir e debater com classes profissionais para se conseguir um acordo dá muito trabalho!

  7. luis says:

    Cuidado com o que desejam. Se desejam medidas radicais pode ser que as tenham. O que é importante é o diálogo. Não se ponham a deitar achas para a fogueira. Depois dizem que são “profissionais da desordem”. E já agora fica aqui mais algumas informações
    http://www.mas.org.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=486:estivadores-estao-em-luta-contra-demissoes-e-precariedade-nos-portos&catid=103:trabalhadores&Itemid=543

  8. nightwishpt says:

    Pois, é uma pena não se poder continuar a obrigar trabalhadores a trabalhar 12h por dia por um ordenado média enquanto as suas condições de trabalho estão cada vez piores, incluindo a desactivação da segurança das máquinas.
    Olhe, vá você para esse emprego de sonho, os sindicatos são a favor de mais gente.

  9. maria celeste d'oliveira ramos says:

    Direito à greve e direito a deir o que falta abaixo – mas que raio de direito – e eu não tenho direito senão alimentar os que não sabem que não têm os direitos que querem qando querem ?? Que anarquia de direitos ?? Quem se lixa com tanto direito – até parecem os pilotos da TAP que só têm direitos

    • nightwishpt says:

      Que eu saiba, é um direito só trabalhar 8h por dia. Desse prisma, nem greve é.

      • Pois, mas o principal direito que estes senhores pretendem é o de serem os únicos, classe A, a terem o de poderem efectuar até 2500h extraordinárias por ano.

  10. fernando says:

    o sr. josé magalhães tem todo o direito de escrever sobre o que quiser, é normal alguns letrados acharem-se habilitados e no direito de falar e ou escrever sobre tudo, como se a verdade e o conhecimento lhes fosse inato, achando que podem pôr e dispôr da vida dos outros como se de pipocas tratasse.

    neste caso, o sr. j. magalhães tem todo o direito para o fazer, mas que o faça de forma coerente, fundamentada e não de forma parcial e intoxicada., a não ser que afinal de contas não seja só ignorância mas sim uma finalidade, tal como temos visto.

    ignorância sim, como se de um momento para o outro os militares pegassem em máquinas e fizessem o trabalho dos “estivadores”, mesmo o simples engatar, acredito que já tivessem dificuldades, enfim,

    claro, se há greve é lógico que todos ficam prejudicados, desde trabalhadores a empresas.

    agora pergunto, se o sector portuário é lucrativo, todos estavam a ganhar dinheiro, empresas, estado, trabalhadores, as exportações estavam em alta, o PORQUÊ DE NESTA ALTURA QUEREREM MEXER NO SECTOR?

    não será para aproveitar a onda instalada e liberalizar o sector, como sendo uma imposição da troika?

    se os resultados estão à vista, prejudicando a economia do país, porque não se sentam à mesa os responsáveis e tentam um acordo, porque não há interesse, o interesse é acabar com sectores organizados sindicalmente.

    ao menos sr. j. magalhães seja honesto na sua apreciação, para quem está tão preocupado com o país, não se deve esperar outra coisa, dignidade, honestidade.

    • Nascimento says:

      NA MOUCHE FERNANDO!!!!
      “PORQUÊ DE NESTA ALTURA QUEREREM MEXER NO SECTOR”???ELE SABE, TADITO!!!
      OLÁ SE SAB!!!
      SÓ QUE É MAIS FÁCIL, CITAR O CAMELO!!! FICA MAIS “PROTEGIDO” …TÓPA???

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