Acordei ainda feliz com a vitória do Porto em Braga, eu que há muito deixei de vibrar como dantes com o futebol.
O Porto entrou muito bem e podia ter marcado logo nos primeiros minutos, mas depois adormeceu. Não foi um grande jogo, o Porto não jogou especialmente bem, mas valeu a atitude de campeão. É nestes jogos que se ganham campeonatos. E sim, uma pontinha de sorte também é necessária.
O segredo está em acreditar até ao último minuto, mesmo quando tudo parece perdido. Aquele golo do James, que me fez levantar do sofá, é a prova disso mesmo. Hoje em dia, o Braga é o terceiro grande do futebol português – e ganhar em casa de um grande é derrotar um adversário directo na luta pelo título.
Mais uma vez, Vítor Pereira sai-se bem nos grandes jogos. E mais uma vez, tira um médio e mete um avançado quase no fim. É um sinal para o interior do campo, é a prova de que quer ganhar. Temos treinador. Só não vê quem não quer.
Ou então “A sorte de se ter sempre a melhor fruta da época”.
Se o ressabianço pagasse imposto, tinhamos 6 milhões de melões a aimentar o resto do país.
Mas tinhamos imposto ou melões? Ou os impostos eram pagos em melões, não percebi.
Vítor Pereira conquistou-me irremediavelmente. Tanto ele quanto os jogadores têm estado brilhantes, fortes psiquicamente, fortes e coesos. Ontem ocorreu um jogo mental em Braga.
Quando James marcou, eu exultei sonoramente, a minha mãe acordou alarmada no sofá onde dormitava; a minha mulher tropical, que se aquecia desesperadamente à pala do meu calor e também dormitava, estremeceu aflita com o meu festejo. Quase se zangava. Há uma só equipa em Portugal que consola e levanta o moral dos portugueses: o FC PORTO! As outras são e comportam-se como sombras.
Não houve ontem, quanto a mim, pontinha de sorte, apenas cabeças focadas e futebol de equipa, uma crença que jamais se esgota. Só na cabeça de Jesus a sorte tem aqui alguma coisa a ver.
O Vitor conquista é umas lagostas no Concha do Mar em Espinho. Ontem não houve sorte? O golo nem é do James. O remate bate no defesa do Braga e trai o guarda-redes. Se há coisa que me irrita nos portistas em geral (e em si em particular) é a falta de humildade e arrogância inata. Mas pronto, podia ser pior…
Um líder também se constrói! Quem viu Vítor Pereira a firmar-se, ao longo do tempo, vislumbrava que o sentido de liderança existia. O problema não era ele, eram os outros, os que continuavam a ver nele o adjunto. Por momentos, até parecia que ele dava razão a esses. Mas a forma como diz hoje que desconfia dos elogios, mostra também que, para o bem e para o mal, um líder também não esquece!
O que, na nossa casa azul-e-branca faz parte da cultura de sobrevivência sobre uma certa barbárie centralista. Que persiste! Ainda bem que neste cantinho continuamos a saber lidar com a realidade.
E biba a fruta. Nesta altura há promoções de Natal, é o costume. Era prenalty na 1ª parte loooooool Já agora sorte sim, de campeão veremos
Sobre o Matic, alguma palavra?
O Matic é o melhor jogador do Mundo, a seguir ao Jorge Costa (mas o Jorge Costa já não joga, por isso o Matic é o melhor do Mundo)
Caro nightwishpt, já há algum tempo que não levo o futebol muito a sério, apesar de gostar muito de futebol. Por isso, não leve a mal a minha resposta.
Viva o futebol – ao mesnoa algo que valha a penas e faça vibrar e dar pulos o sofá – os pulos que eu dou no sofé é para pontapear Cuelho mas o tipo foge-me
Mais dois bis, e vais-te arrepender.
Afinal nem sempre com a ajuda da melhor frutinha da época se consegue ganhar. Às vezes a sorte é coisa tramada.