Abastecermos a viatura na GALP, além de ser um sinónimo de preços mais altos, também significa perdermos o nosso precioso tempinho e a correspondente paciência. Seja em que bomba for, Amoreiras, Oeiras Parque ou qualquer outra, o procedimento é sempre o mesmo: a muito natural bicha de espera para pagarmos ao operador(a) e num sorriso, a expectável explicação:
– O senhor vá abastecer a viatura e depois volte para “levar a factura” (ou recibo?)…
Ainda não percebi se tal estupidez se deve a uma inglória tentativa de desencorajar os clientes, evitando-se aquelas maçadas contabilísticas de comprovativos de compra, números de contribuinte, impostos a pagar, etc. A quem vivalma não escapa, é ao sacramental dever de ir, vir e voltar à dita bicha – que por vezes é mesmo uma bichona a perder de vista -, num daqueles processos burrocráticos que nos fazem lembrar a extinta RDA. Aliás, a GALP é mesmo a única gasolineira que em todo o Portugaliae – desta vez reduzido do Minho ao Algarbiorum – nos obriga a estes fretes. A única.
Por aquilo que o meu pai dizia, nos tempos da Sonap Moçambique as coisas funcionavam melhor, papelinhos entregues in loco e no momento. E o preço era outro, claro.
Como se estupidifica um país por uns tostões
O que mais podemos dizer? Se a GALP não entregar o comprovativo de venda, parece-me que isso poderá ter reflexos nos seus impostos, não? Uma factura/recibo é uma coisa, o papelote que sai da caixa e fica sem consequências, será outra. O mesmo se passa na ponte sobre o Tejo, pois apenas nos dão o papelinho SE o pedirmos. E podíamos ir por aí fora, desde os cafés a mercearias, etc.
Bicha é ordem.