Pode alguém ser quem não é?

Artur Baptista da Silva pode ser quem não é. Isso não muda uma linha do que disse e não vejo desmentido em lado nenhum. É uma ironia suprema que para alguém ter tempo de antena  dizendo a verdade sobre a crise tem de se fazer passar por detentor de um cargo na ONU que não existe.

Ironia porque Marcelo Rebelo de Sousa passou a vida a perder eleições, mas avalia semanalmente os que as ganham.

Ironia porque Marques Mendes não fosse a política nunca passaria de um modesto advogado minhoto, mas tem todo o tempo de antena para soltar o pior da intriga palaciana.

Ironia porque Medina Carreira mente diariamente sobre as origens da crise, ocultando o papel dos bancos e especuladores financeiros, mas sem contraditório pode continuar a disparatar à vontade contra a classe política a que pertence.

Para furar o bloqueio de mentiras com que se vende em Portugal a ideologia da austeridade, pelos vistos é preciso inventar um cargo. Quem ocupa o lugar de ministro das Finanças engana-se em todas as previsões, burla todos os dias a realidade, e não é por isso que é demitido. Estão bem um para o outro.

Comments

  1. maria celeste ramos says:

    Gostei

  2. Sarah Adamopoulos says:

  3. Luís says:

    Ora vamos lá ver se nos entendemos amigo Cardoso … os únicos e exclusivos culpados próximos da perda da independência nacional e da fome e miséria que hoje assolam este país são os políticos – (não são os comentadores que se limitam a fazer um trabalho sujo para quem lhes paga)!
    Por definição os políticos procuram o poder, defendem esse poder e, naturalmente, procuram conseguir ainda mais poder (este aspecto, em democracia, é controlado pelas leis, mormente pela Constituição).
    Os políticos portugueses conseguem esse poder nas urnas mas, logo em seguida, vendem-no aos grandes grupos de interesses.

    Como deputados vendem-se ao fazerem ou não fazerem leis conforme os interesses da banca, das empresas do regime, dos caciques partidários e das mafias dos grandes escritórios de advogados.

    Como governantes a subserviência ao poder do dinheiro é tal que, hoje em dia, é difícil distinguir-se um amanuense bancário de um primeiro ministro.

    Como presidente da republica a venda desse poder consiste essencialmente em fechar os olhos a toda esta porcaria e, tentar acalmar os cidadãos, com uma falsa carga de respeitabilidade.

    Há outros vendidos quase tão importantes como os políticos, os jornalistas, que massacram o povo português com os recados dos patrões dos interesses e que conseguem facilmente transformar uma mentira numa verdade insofismável – (temos portanto que os grandes responsáveis pela perda da independência somos nós, porque “vivemos acima das nossas possibilidades” e não conseguimos sair da crise porque “os estivadores e os maquinistas estão em greve” – temos ainda que os roubos do BPN e do BPP são “simples casos de polícia” nos quais os políticos que elegemos não têm qualquer responsabilidade).
    O problema está nos partidos políticos que geram políticos já vendidos e, quando isto acontece só há uma forma de mudar as coisas: Mudar o regime e pôr a justiça a funcionar!
    Como fazer isso democraticamente não sei.
    Um Bom Natal para si e para todos os aventares!

    • Não sei o que seja isso de “os políticos”. Há uma certa diferença entre os que têm governado e os que os combatem.
      Para todos os efeitos não existe governação sem ideologia e propaganda. E essa fazem-na os comentadores, pagos ainda por cima a peso de ouro.

  4. Gostava de partilhar esse ponto de vista, mas não partilho. Para mim, se o homem é um embuste, como distinguir no discurso dele o que é verdadeiro do que é falso? Aliás, tudo isto me parece demasiado absurdo para ser apenas casual. Dá a ideia de ser uma jogada de bastidores para descredibilizar um certo discurso sobre um rumo alternativo e algumas pessoas que o têm defendido.

  5. Amadeu says:

    Artur Baptista da Silva é o meu heroi deste natal

  6. lidia drummond says:

    Tambem é o meu heroi. Quanto aos comentadores; comecemos pelo minusculo Marques Mendes que é um dos advisers do ALFORRECA/PASSOS/RELVAS, juntamente com o Borges, o Catroga, o Braga de Macedo além do PADRINHO. Quando deixou a presidencia do Partido tratou logo de pedir a pensão vitalicia e foi trabalhar como Administrador do JOAQUIM COIMBRA de Tondela. Dado este estar apanhado na rede dos caloteiros do BPN, saiu há um tempo e foi acoitar-se no ABREU ADVOGADOS e arranjou o taxo na TVI para explicar o inexplicável que são as trafulhices do ALFORRECA/PASSOS/GASPAR/RELVAS. Já lhe mandei um mail para press.abreuadvogados para ele desistir da pensão politica de quase 4.000 Euros, mas disso ningue,m fala. Quem me dera ter o Artur à mão para ele divulgar estas pensões vitalicias a começar pela do CAMPOS E CUNHA de 9.000 Euros x 14 por ter trabalhado 5 anos no Banco de Portugal e reformar-se aos 47 anos- Dou alvissaras a quem me der o contacto do Artur ou doutro semelhante que engane os testas de ferro do Balsemão

  7. nightwishpt says:

    E alguém arranja a tal entrevista, visto já não estar na tsf?

  8. Muita preocupação com a forma, pouca com o conteúdo. O que Baptista disse faz todo o sentido. Isso não vi criticado de forma consistente em lado nenhum.

  9. qualquer politico que diga a verdade perde as eleições, para as ganhar têm de dizer mentiras agradáveis, como o vigarista que agora aplaudem. A esses os burros, tipo JJP, aplaudem e votam. Depois admiram-se se que a coisa corre para o torto. O autor da posta é tão burrinho que até dá pena.

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