O relatório do FMI em poucas palavras

A palavra History surge apenas e somente fazendo referência ao historial contributivo. Democracy aparece uma única vez (!) e remetida para uma nota de rodapé relativa a uma tese norte-americana de 1962 sobre democracias constitucionais. Já politics e as suas derivações pode ser encontrada apenas 6 vezes no documento, enquanto que a palavra Constitution e familiares próximas surge quase sempre apensa ou muito próxima da palavra constrangimento.

Comments

  1. João Paz says:

    Sintomático!

  2. João Paz says:

    Denota bem quais as prioridades dos abutres e quais são os inimigos a abater.

  3. Luis F says:

    Tem piada. Vou fazer o mesmo, e procurar quantas vezes aparecem as palavras “bancarrota” e “falido”.

  4. FilipeBS says:

    E porque é que o relatório do FMI haveria de falar sobre História, Democracia e Constituição? O relatório é sobre como ajustar as despesas do Estado à realidade financeira do país. Enfim…

    • João Paz says:

      Está enganado Filipe BS!
      As “receitas” que ele contém já foram aplicadas noutros países com os resultados DESASTROSOS que são por demais conhecidos.
      Todas essas “receitas” AUMENTAM a despesa do Estado (educação e saúde p. ex.) em vez de as diminuirem.
      Sobre não falar sobre democracia e constituição isso só acontece porque os abutres sabem que os seus capatazes as tentarão contornar (se entretanto não forem derrubados claro está).
      E ademais que interesse têm essas “coizecas” para os abutres que nos querem sugar o sangue?
      Se já destruiram tantos países antes porque não hão-de arrasar também Portugal?
      Contam aqui, como contaram emtodos esses países, de uma camarilha que lhes esconde os intentos e quais foram os RESULTADOS HISTÓRICOS da aplicação destas medidas. Porque se hão-de preocupar . ou sequer falar, dessa coisa incómoda chamada HISTÓRIA?

    • Sarah Adamopoulos says:

      O problema é justamente esse: haver quem ache, por uma razão ideológica, que um estudo económico-financeiro de um Estado, ou seja, de um país (realidade que difere em muito da de uma empresa) pode com grande naturalidade dissociar-se da sua História social e política, desconsiderando (isto é, não levando em conta) a sua Lei Fundamental (pilar do Estado de Direito) nem a natureza do regime vigente nesse país, que sendo a Democracia decorre da escolha popular – perante a massiva abstenção popular nas eleições legislativas de 2011, que contabilizaram mais de 4 milhões de eleitores inscritos que não votaram, são necessárias eleições antes de reformar o Estado, tal como o estudo do FMI preconiza.

  5. Pedro Martins says:

    A palavra “Amor” não aparece em lado nenhum! hmmm…sintomático!

  6. “O problema é justamente esse: haver quem ache, por uma razão ideológica”
    Não será essa a sua razão? Uma vez que matemática não é de certeza!

  7. FilipeBS says:

    De facto o relatório do FMI devia ter falado de História, Democracia e Constituição. Devia estar lá bem escrito que, ao longo de toda a “história” da “democracia” portuguesa, que já vai em 38 anos, e em consonância com a sua “constituição”, o Estado tem gasto, repito, em todos os 38 anos, mais dinheiro do que aquele que recebe por via da receita. Foram 38 anos, de história, democracia e constituição em que os défices anuais foram financiados com crédito e não com produção. Chegamos agora ao ponto em que esse rumo não é mais sustentável financeiramente. Quem destruiu Portugal foi a história, a democracia e a constituição dos últimos 38 anos, que criam aparente desenvolvimento, assim como todos os partidos políticos associados à essa estratégia despesista, assim como toda a sociedade que não escrutinou suficientemente o caminho seguido.
    Estamos falidos – graças a nós! Não graças ao FMI!

  8. mmmm …a palavra “monetário” aparece uma vez em Fundo Monetário Internacional , eu vi logo , eles a mim nunca me enganaram.
    Infelizmente no meu estrato bancário nem uma só vez aparecem as palavras “democracia” e “história”. Continua-se a achar que o dinheiro se conjura do ar à menção de “valores” e “políticas”. Sarah Adamoupolos a ministra da Semiótica Financeira , enchia os documentos e folhas de excel com “solidariedade” , “compreensão” , “equidade” e “justiça” e assim aparecia o dinheiro para pagar as contas.

Trackbacks

  1. […] um grande fã deste tipo de análises […]

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