Acordo ortográfico: a propósito de uma carta aberta

NAO2cDuzentos cidadãos subscreveram uma Carta Aberta ao Ministro da Educação a propósito das incongruências detectadas em vários instrumentos (alguns oficiais) que, baseados no chamado acordo ortográfico (AO90), deveriam servir para auxiliar qualquer utente da língua a escrever sem erros. No entanto, a leviandade e a incompetência que têm presidido à aplicação do AO90 levaram a que diferentes dicionários baseados na mesma reforma ortográfica entrem em conflito, o que, do ponto de vista educativo, é gravíssimo. Num país em que a iliteracia já (des)governava, juntar ao caldo esta confusão corresponde a algo inclassificável, a não ser que se considere um luxo dispensável a existência de um sistema ortográfico o mais consistente possível.

A carta foi enviada, incluindo um quadro anexo. O autor deste esforço ingente, que seria desnecessário num país civilizado, foi o Rui Miguel Duarte, um dos mais prolíficos e rigorosos críticos do AO90. A republicação da carta no Aventar foi mal sucedida, porque houve alguns problemas com as notas de rodapé e com o quadro anexo. A fim de permitir uma consulta mais cómoda, aqui fica uma ligação para o texto da carta e outra para o quadro de lemas (a propósito, os menos familiarizados com o termo “lema” no âmbito da Linguística poderão consultar a definição constante do Priberam).

Entretanto, o documento tem merecido a divulgação de vários órgãos de comunicação social, como o Jornal de Notícias ou o Público.

Seria injusto, todavia, negar que a aplicação do AO90 revela apenas inconsistências: o mundo lusófono, em geral, e Portugal, em particular, continuam consistentes nas decisões apressadas, no deslumbramento acrítico perante a novidade, na prática de pequenas e grandes corrupções e na consequente vacuidade de declarações de pessoas que ocupam cargos de responsabilidade.

Comments

  1. João Lopes says:

    200 cidadãos subscreveram uma petição em defesa da nossa língua portuguesa.
    Em poucos dias (menos de 5) outros portuguesas subscreveram uma outra petição contra o abate de um cão assassino que matou um indefesa criança !!!
    Relevâncias… !!

    • Pois says:

      Que comparação tão disparatada! “Cão assassino”… Pelos vistos, para si, os cães – ou, pelo menos, alguns cães – podem ser a encarnação do mal moral. Deve julgá-los dotados de raciocínio. Embora, pelos vistos, não julgue seres racionais e responsabilizáveis os que deviam ser cuidadores da criança. Na sua cabeça de animal racional, um animal irracional deve ser punido com a morte por ter um acto instintivo que apenas executou porque os seres racionais que deviam garantir a segurança de um ser potencialmente racional (o bebé) não a garantiram. Nota: escreva com menos pontos de exclamação – assim será mais racional, e menos emocional.

    • 50 mil, ao que parece, João Lopes, e sem grande publicidade. Talvez na verdade não haja assim tanta gente contra o acordo ortográfico.
      Por mim, acho que se está a perder demasiado tempo com uma coisa tão pouco relevante. As mudanças são poucas, simples de aprender e depois de um período normal de adaptação a coisa vai ao sítio. Como em qualquer reforma. Já com o euro foi a mesma coisa, e duvido que com a metricação, que já não é obviamente do meu tempo, tenha sido melhor.
      O importante era que as pessoas dessem menos erros, seja qual for a norma gráfica que usam, e recorressem menos aos estrangeirismos. Mas isso não parece causar tanta preocupação, talvez por não envolver questões ideológicas – como chegar a acordo e partilhar, sem liderar, alguma coisa com o Brasil. Prioridades…

      • António Fernando Nabais says:

        Virtudes do AO, na sua opinião: faz poucas alterações (não interessa saber se são boas ou se afectam palavras mais ou menos usadas) e é simples de aprender (sendo inconsistente, não será simples de aprender e, mesmo que o fosse, isso não é defeito nem virtude).
        Questões ideológicas, pela minha parte, não existem: se um projecto tiver qualidade ou se uma ideia for boa, limito-me a adoptá-la e elogiarei os seus autores, independentemente da sua nacionalidade. A ideia de que temos de mudar a ortografia ou as técnicas de fabrico do queijo da Serra, só para que brasileiros, alemães ou outros reparem em nós é uma idiotice, como é uma idiotice usar estrangeirismos indiscriminadamente.
        Finalmente, há muito a fazer para diminuir a iliteracia em Portugal. O AO serviu e servirá para a aumentar.

        • António, o facto de o acordo trazer poucas mudanças não é uma virtude, mas deve dar que pensar quando vemos o alarido que se está a fazer à volta delas. E daí eu dizer que é sobretudo por razões ideológicas (e não por razões técnicas) há alguma oposição ao acordo. O acordo não foi feito para agradar a brasileiros, foram aliás os portugueses o motor da proposta e é por isso que ela segue de forma estapafúrdia o texto da norma de 1945, que estava pejado de excentricidades injustificadas. Bem mais do que os da proposta de 1990.
          Olhe para estas. Porque se manteve em 1945 o acento em pêlo e pêra, mas não nos outros milhares de palavras que antes de 1945 estavam na mesma situação? Porque se determinou em 1945 o hífen em cor-de-rosa mas não em cor de vinho? Porque escrevíamos actual mas não captivo? Segundo a grafia de 1945, uma palavra começada por nano- deve ter hífen ou não? Como sabíamos antes deste acordo como escrever uma palavra – e, caso seja essa a sua resposta, quantas pessoas tinham o vocabulário de Rebelo Gonçalves? Nunca se vê resposta a estas questões, tantas e tantas vezes postas.
          Não me parece, por tudo isto, que o acordo dificulte a literacia, embora não resolva tudo o que poderia resolver e seja no essencial uma oportunidade perdida de clarificar as regras de escrita do português. Como já disse muitas vezes, com este e outros nomes, não sou a favor do acordo (apesar de já o aplicar no trabalho) e gosto de ler a discussão, mas há argumentos que pura e simplesmente não colam e há muito de ideológico na crítica a esta reforma. Não serão decerto todos, e não o enfio nesse saco, mas parece-me óbvio que grande parte dos opositores são meramente contra a ideia de qualquer acordo entre os países, tanto cá como no Brasil.

  2. Uma questão para o António Fernando Nabais: após 65 anos em vigor, a anterior e tão-perfeita ortografia por que tanto pugna garantia homogeneidade nos dicionários de língua portuguesa?

    • António Fernando Nabais says:

      Não sei onde foi buscar a ideia de que a anterior reforma era perfeita. Talvez não tenha lido com a devida atenção: há instrumentos oficiais que se contradizem. São sintomas de leviandade e de irresponsabilidade.

      • Acho muito bem que se discuta o acordo e vou assistido à discussão com interesse, mas é de grande leviandade vir agora criticar e apontar qualquer erro que apareça como sendo resultado do acordo, quando a ortografia do português, inclusive nos dicionários, sempre teve problemas graves de sistematicidade entre obras e mesmo dentro de cada obra. Fui ler novamente a carta e não vejo onde é que os instrumentos oficiais se contradizem – assumo que esteja a falar dos do portal da língua. O Lince não é um verificador, é um conversor, o que são coisas completamente diferentes. O programa converte as palavras que mudam com o acordo e, ao contrário do que se diz na carta, permite escolher entre variantes possíveis.

        Mas não respondeu, afinal, à minha questão: a grafia de 1945, mesmo após mais de 60 anos em vigor, era garante de estabilidade nos dicionários de português? É que, enquando revisor, sempre me chocou a dificuldade que tínhamos em definir a aplicação de algumas regras, sobretudo as de hifenização, que eram um autêntico caos. Não sou a favor do acordo, mas pelo menos isso conseguiu, trazer alguma ordem (e mesmo assim não a suficiente…) à hifenização. E ter um vocabulário oficial acessível, pelo menos para profissionais, é uma coisa boa e que fazia falta. Não quero com isto dizer que o acordo seja desejável ou que não seja criticável (pelo contrário!), mas acho que é, neste momento, uma batalha perdida.

  3. De acordo, AFN. Toda esta matéria deve ser problematizada, ponderada…, como exemplifica o seguinte documento:

    http://www.youtube.com/watch?v=r7gn9T9ueGs

    F.

    • António Fernando Nabais says:

      É evidente que deve ser problematizada, ponderada e debatida. Desculpe-me, no entanto, que lhe diga que o vídeo foge, de certa maneira, ao debate. Em primeiro lugar, não me lembro de ouvir alguém dizer que a língua (deveria referir-se à ortografia) portuguesa terá tido início com a reforma de 1945. Depois, as diferenças ortográficas (e não só), ao longo dos tempos, são factos, o que dispensa, evidentemente, argumentos. Ou seja, o vídeo limita-se a confirmar o óbvio: na língua, sempre houve e haverá mudanças.
      Reconhecendo isso, o debate não se pode ficar por truísmos e deve ir mais além, procurando encontrar o centro e as fronteiras. Em primeiro lugar, qualquer modificação da ortografia deve ter como referência a reforma imediatamente anterior, demonstrando em que aspectos está errada ou ultrapassada (não chega dizer que podemos modificar a ortografia pela simples razão de que já houve modificações da ortografia). Para além disso, não podemos ignorar o contributo dos especialistas (repita-se, mais uma vez, que houve uma esmagadora maioria de pareceres contrários à aplicação do AO90). Finalmente, tudo o que estiver para além das questões linguísticas (saber que a ortografia não é a mesma coisa que transcrição fonética, por exemplo) e pedagógicas está a mais, nomeadamente questões económicas, políticas ou estratégicas (em nome das quais se criou um acordo que, para cúmulo, não criou uniformização ortográfica).
      As reformas anteriores não estão isentas de erros, mas aquela que estão a tentar aplicar é, ainda, mais perniciosa. Para pior, já basta assim: mais vale parar em 1945 e esquecer, definitivamente, a utopia da uniformização ortográfica (sobretudo, quando os brasileiros insistem em aprofundar a simplificação e a mirífica aproximação à pronúncia, em nome da integração social, numa atitude facilitista e, portanto, antipedagógica).
      Nestas áreas, que implicam a História, devemos ser conservadores, não por tique reaccionário, mas para que cada mudança mereça certidão de nascimento.

  4. Grato pelo post.
    Concordo plenamente com o conteúdo apresentado. Considero criminoso, ao nível do ensino básico, incutirmos um AO que tantas dúvidas suscita.

  5. O exemplo apresentado não passa, caro AFN, “ao lado da questão de fundo”. Se convoquei aquele pequeno vídeo [ aff-, bem como de ct > cç (que não escapou, por exemplo, a Duarte Nunes de Leão). De um ponto de vista educativo, há aqui duas preciosas informações que se perdem. Quem conhece, com alguma profundidade, a língua e a sua história, para além da densidade cultural de que sai beneficiado, resolve, de um ponto de vista prático, muitos problemas da ortografia. A verdade é que, ao ter-se fixado – como se fixou –, em 1945, a forma “aflição”, esse argumento foi, claramente, menorizado. Note, AFN, que me limitei a observar; mas não desconheço como é demasiado sério o que está em jogo. Cada palavra deveria ser estudada, caso a caso, no seu percurso diacrónico e nos seus usos de sincronia. Pessoalmente, tenho-o feito. (A propósito do A. O., eu próprio redigi, em 2009, um “parecer” francamente reticente quanto a algumas das bases [± 200 pp.]; a 20 (vinte) delas, mais concretamente.)

    Pessoalmente, nunca advoguei a primazia do argumento fonético sobre o etimológico. É, a meu ver, um absurdo. Surpreendeu-me, até, que tenham sido alguns dos mais distintos professores (e linguistas) brasileiros a fazê-lo. Nem ignoro o conteúdo do relatório da Comissão presidida por Abgar Renault, e de que faziam parte estudiosos como Antônio Houaiss, Celso Cunha, Celso Pedro Luft, Fábio Lucas, Magda Soares, etc. que, a dado passo daquele texto, afirmavam (em 1985!): “… é que não se “facilita” o aprendizado de uma língua de cultura pela mera simplificação ortográfica…” Não será surpreendente que os saudosos Antônio Houaiss ou Celso Cunha se contem, justamente, entre os maiores defensores do A. O. de 1986 (1.ª versão) e 1990 (versão actual)?

    O conhecimento da História da Língua (eu próprio fui professor de História da Língua!) é, sem dúvida, essencial para um adequado contacto com a espessura da mesma. Mas também não posso desconhecer que foi um grande estudioso, como o era, indiscutivelmente, o Professor Rebelo Gonçalves, quem consagrou aquela opção. Impressiona-me, aliás, ainda hoje, como foi possível a este investigador produzir trabalho tão denso, tão extenso, tão elaborado, com os débeis meios de que então podia socorrer-se e num tão breve espaço de tempo. “Da casinha de Mafra, do lugar do Pinheiro, aonde fora passar enganosas férias, chegava torturado e apreensivo…” Faço minhas as elogiosas palavras que lhe dirigiu Ribeiro Couto, quando falava do sofrimento que a R. G. causava a pressa e a pressão.

    Ora, quando falo em ponderar, é a isto que me refiro: não pode haver lugar nem a pressas nem a pressões. Na ortografia, sobretudo nesta altura de tão grande desenvolvimento dos Estudos Linguísticos, e com populações genericamente alfabetizadas, o voluntarismo tem de se rodear da maior prudência. Foi um grave erro esse de terem imposto, como impuseram, um Acordo “in fieri”, fazendo dos estudantes e dos cidadãos meras cobaias. E, para não ver reconvertidos na nova ortografia os livros que eu havia publicado, dei instruções no sentido de serem, todos, retirados do mercado.
    Uma saudação cordial.

    F.

    (No texto, desapareceram os itálicos. Ficou o essencial.]

    • Muito bom este seu texto, F. Apenas um reparo breve, que espero que não me leve a mal. A ortografia do português é, desde a proposta de Gonçalves Viana de 1885, de base fonético-fonológica. As consoantes mudas não serviam, nunca, para distinguir homógrafos ou para seguir a etimologia. Serviam, sim, para formar dígrafos com a vogal antecedente, indicando que devia ler-se aberta, estendendo-se depois o seu uso às palavras aparentadas de palavras em que o dígrafo era usado. Mas isto sempre foi feito assistematicamente e só tinha em conta as palavras em que essa consoante era etimologicamente justificável. Ou seja, em casos como meta, seca, veto, etc, nada nos indica que a vogal é aberta, ao contrário do que acontece em peta, letra, etc. Nisso o acordo trouxe um critério mais uniforme, no seguimento do espírito da proposta inicial de 1911 e das mudanças intermédias feitas em meados do século passado.
      Concordo, no entanto, no essencial, com o que diz: houve falta de oportunidade, precipitação e problemas técnicos nesta reforma. Tal como tinha já acontecido com a de 1945, que é em tudo menos clara e mais arbitrária do que a de 1911. Se Rebelo Gonçalves merece toda a nossa estima, mais ainda a merece Aniceto Golçalves Viana, que entre os seus afazeres na Alfândega de Lisboa conseguiu erigir a monumental obra da sua ortografia, vocabulários e estudos de fonética.

  6. Como os dois primeiros parágrafos do texto anterior saíram truncados, aqui os repito:

    O exemplo apresentado não passa, caro AFN, “ao lado da questão de fundo”. Se convoquei aquele pequeno vídeo [ aff-, bem como de ct > cç (que não escapou, por exemplo, a Duarte Nunes de Leão). De um ponto de vista educativo, há aqui duas preciosas informações que se perdem. Quem conhece, com alguma profundidade, a língua e a sua história, para além da densidade cultural de que sai beneficiado, resolve, de um ponto de vista prático, muitos problemas da ortografia. A verdade é que, ao ter-se fixado – como se fixou –, em 1945, a forma “aflição”, esse argumento foi, claramente, menorizado. Note, AFN, que me limitei a observar; mas não desconheço como é demasiado sério o que está em jogo. Cada palavra deveria ser estudada, caso a caso, no seu percurso diacrónico e nos seus usos de sincronia. Pessoalmente, tenho-o feito. (A propósito do A. O., eu próprio redigi, em 2009, um “parecer” francamente reticente quanto a algumas das bases [± 200 pp.]; a 20 (vinte) delas, mais concretamente.)

    Pessoalmente… (etc.)

    F.

  7. Voltou a suceder o mesmo. De novo aparece amalgamado o 1.º parágrafo com o segundo. Tento nova repetição:

    1.º parágrafo

    O exemplo apresentado não passa, caro AFN, “ao lado da questão de fundo”. Se convoquei aquele pequeno vídeo [ < lat. video – “eu vejo”], é porque ele se situa, justamente, no “epicentro” do problema que refere. A “história” é importante, claro. Também ela está relacionada com o acto de “ver”; tem a sua origem, como sabe, no grego ἵστωϱ (hístōr), com remota origem no indo-europeu *wid- (ideia de “ver”). Isto é: “sabe-se, porque se viu”. É um mero exemplo aquele, mas sintomático (em meu modesto entender), pois é bem conhecida a celeuma que essa (e tantas outras palavras) geraram no período entre a grande Reforma e o texto de 1945.

  8. 2.º parágrafo:

    Partilho – creia – da substância da sua inquietação. Repare, no entanto, na palavra “aflição” (na sua forma actual). Quantos jovens estudantes se darão conta de que, nela, se perderam, pelo menos, duas pregnantes marcas históricas? Se pensarmos no verbo latino fligo, -ixi, -ictum… (cuja semântica de base é a de “bater”, “golpear” – e daí aflito, aflição, conflito, conflituoso, infligir…), deparamos com realizações como afflictu-, afflictione-, etc. Notamos que se perdeu, irremediavelmente, a percepção da assimilação adf- > aff-, bem como de ct > cç (que não escapou, por exemplo, a Duarte Nunes de Leão). De um ponto de vista educativo, há aqui duas preciosas informações que se perdem. Quem conhece, com alguma profundidade, a língua e a sua história, para além da densidade cultural de que sai beneficiado, resolve, de um ponto de vista prático, muitos problemas da ortografia. A verdade é que, ao ter-se fixado – como se fixou –, em 1945, a forma “aflição”, esse argumento foi, claramente, menorizado. Note, AFN, que me limitei a observar; mas não desconheço como é demasiado sério o que está em jogo. Cada palavra deveria ser estudada, caso a caso, no seu percurso diacrónico e nos seus usos de sincronia. Pessoalmente, tenho-o feito. (A propósito do A. O., eu próprio redigi, em 2009, um “parecer” francamente reticente quanto a algumas das bases [± 200 pp.]; a 20 (vinte) delas, mais concretamente.)

  9. Como lembra Descartes, logo no início do seu “Discours”, “o bom senso é a coisa mais bem distribuída no mundo”.
    Talvez certas personalidades pudessem convencer das suas teses o governo indiano (por causa dos ex-falantes do português em Goa, Damão e Diu…). Foi. Foi uma decisão política que arrasou a língua. É sempre uma decisão política.

    F.

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