Fosga-se, o PS Outra Vez!

Seguro Perde para GasparAssessorado na mensagem pelos animais aldrabões que assessoraram Sócrates, Seguro falhou o tiro do assalto sôfrego e tresloucado ao Poder: fala-se do dia de ontem como o dia da dupla vitória de Vitor Gaspar, porque o País volta aos mercados sete meses antes do previsto no Memorando da Troyka e porque a execução orçamental de 2012 vai ficar abaixo dos 5%.

Perante isto, o Partido dos Caciques, dos Magalhães, das Esmolas Envenenadas, do Optimismo Tão Grande Para nos Comer Melhor, da Assertividade Risonha Diante da Parede, esse partido dos sacrifícios sem dor, quer, foda-se!, regressar em força ao Poder com Seguro ao leme. Quer mentir outra vez em doses descomunais e a um Povo que não há meio de ganhar juízo, nem sentido crítico, incapaz da recusa, pelo voto, de Trapaceiros e Corruptos, quase todos no PS que entorna Seguro.

A escolha do tempo de agir por parte de Gaspar foi fruto de uma estratégia paciente articulada com a da Irlanda, pé ante pé, na expectativa de que tudo corresse bem. O PS, partido de desastre, autor das condições que determinaram o pedido de ajuda externa, hoje vacila e perde argumentário para se impor. Ontem, hoje e amanhã. Se não caiu, já deveria ter caído há muito na lama da mais completa descredibilização.

Comments

  1. Amadeu says:

    Entre as mentiras do Sócrates e as mentiras do Coelho Gaspar, venha o diabo e escolha.
    Há quem prefira ser enrabado pelo PSD/PP, mas está no seu direito.
    Há quem prefira esquecer que o deficit abaixo do 5% recorre às mesmas artimanhas de sempre, as ditas receitas extraordinárias das privatizações, mas está no seu direito.
    Há quem goste de cheirar o cú aos mercados, está no seu direito.
    Há quem, quando lhe convem, ignore que há uma crise financeira mundial, mas está no seu direito.
    Há quem esteja cada vez pior, mas se elegre com o nacional cançonetismo do Relvas e Compª, mas está no seu direito.
    Coitados dos pobres de espírito, que se alegram com a casa dos segredos da política, porque deles não reza a História.

  2. Portugal continuará a estar dependente de financiamento oficial, desta feita de um dos elementos da troika, mas agora não haverá memorando nenhum a cumprir. Teremos financiamento sem austeridade? Não. As operações anunciadas pelo BCE estabelecem explicitamente condicionalidade aos países “ajudados”, no quadro do FEEF e do FMI. Trocado por miúdos, teremos novo financiamento associado a nova austeridade desenhada pela troika. Bem-vindos ao segundo resgate.”

    (ladrões de bicicletas)

  3. “O regresso aos mercados não assinala o fim da intervenção da troika em Portugal? Confuso? Não é para menos. É nesta confusão que o Governo joga as suas fichas. Portugal prepara-se para regressar ao financiamento dos mercados através de uma emissão de obrigações a cinco anos. O Estado recapitalizou a banca nacional com o empréstimo da troika, com o compromisso, explícito no caso do Banif, de a banca comprar dívida pública portuguesa. É portanto provável que seja a banca portuguesa a ficar com o grosso da emissão agora anunciada.

    Que importa que seja a banca portuguesa a comprar? O que interessa é livrar-nos do financiamento e da austeridade da troika. Aliás, é excelente para a nossa economia que se dê uma substituição dos credores estrangeiros por domésticos (o serviço da dívida deixa de ser uma sangria de rendimento para o exterior). Pois. No entanto, se a banca portuguesa pode substituir os agentes estrangeiros em algumas emissões, duvido que tenha arcaboiço para aguentar o exigente calendário de obrigações a refinanciar nos próximos três anos, mesmo com as facilidades de liquidez do BCE. Aparentemente, não sou o único a duvidar se tivermos em conta a extensão das maturidades do financiamento europeu também hoje anunciada.

    Mas então isto não passa de uma vã manobra de diversão para enganar os mercados financeiros? Também não. O que o governo português consegue com esta jogada é obedecer a uma das condições fixadas pelo BCE para as operações de compra de dívida comunicada em Setembro. O BCE só compra títulos de dívida pública de um determinado país se este tiver efectivo acesso aos mercados. Ora, é exactamente isso que Portugal poderá agora apresentar em Frankfurt. Posto de forma muito simples, com o apoio do BCE, a banca portuguesa poderá comprar dívida, vendê-la ao BCE e em seguida comprar mais dívida ao Estado.”

    (ladrões de bicicletas)

  4. “fala-se do dia de ontem como o dia da dupla vitória de Vitor Gaspar, porque o País volta aos mercados sete meses antes do previsto no Memorando da Troyka e porque a execução orçamental de 2012 vai ficar abaixo dos 5%.”

    Deus é grande!

  5. nightwishpt says:

    Continua a haver idiotas que acreditam na propaganda sempre que o governo inventa um esquema novo. Agora, são os mercados que vão fazer alguma coisa, quando continua a queda acentuada de crescimento e segue em caminho inverso a dívida.
    Já nem com um par de estalos esta gente lá vai.

  6. Fernando says:

    palavrossavrvs tão sedento de vingança a um partido idiota como o PS, “compra” a propaganda básica do governo, e dos interesses especiais que o controlam.
    Sim, os “mercados” acreditam em nós, a crise acabou, Gaspar é o famoso e simpático fantasminha, Passos Coelho é o Pai Natal, e Portas a Mãe Natal.
    Tudo aponta para uma recessão global, mas isto não interessa ao palavrossavrvs, Gaspar, Passos, e restantes zealots. Parece que os planificadores centrais, revolucionários neoliberais da extrema direita estão com dificuldades em aceitar a realidade de que a Irlanda, Portugal fazem parte deste mundo, e como tal, são afectados por o que acontece por cá.

  7. João Paz says:

    Dupla vitória???!!!
    Mesmo esquecendo (o que é impossível) que são os “deuses” da especulação (mercados) quem empresta fica uma questão muito mais séria por responder ONDE SE IRÃO BUSCAR OS 13 MIL MILHÕES DE EUROS (SÓ PARA JUROS) ESTE ANO?
    Aos mesmos de sempre, como é óbvio, mesmo que isso signifique para a maioria de nós baixar do patamar da penúria para o da miséria.
    Mera acção de propaganda é o que é e bem reles por sinal.
    Quanto ao Seguro tem toda a razão porque é exactamente igual a Sócrates e a Passos Coelho.

  8. Augusto says:

    Um país com um grande aumento da pobreza , com taxas de desemprego ao niveis dos anos 50, fica contentinho porque o Gaspar foi ao mercado..

    Mas a Troika não continua a impôr a sua politica ?Então o que é que mudou?

  9. Balhelhas says:

    Dupla vitória do gaspar = dupla derrota da maioria do povo portugês (lo ESQUECIDO salgado mais uma vez vai ganhar).

    A terceira vitória de gaspar et al. foi o aumento do déficit: ultrapassámos os 120% do PIB (mais uma grande vitória)!

    • Balhelhas says:

      Deve ler-se: A terceira vitória de gaspar et al. foi o aumento da dívida…

      • Balhelhas says:

        Mais uma grande, mas mesmo grande vitória… de acordo com os últimos dados mensais do IEFP referentes a dezembro, o nº de desempregados registados nos Centros de Emprego atingiu 710.652, mais 105.518 (+17,4%) que no mesmo período de 2011 e mais 12.863 (1,8%) que no mês anterior. Face ao mês passado, há mais 415 desempregados por dia, ou 17 por hora.

        melhor, mas mesmo muito melhor que a ida aos mercados!

  10. Os donos do rectângulo já estavam a ficar um nada fartos de tanta austeridade.

    “Ó Passos, Ó Gaspar! pá, isto assim é aborrecido – o pessoal qualquer dia perde as públicas virtudes e começa à sarrafada e, pá, isto não é nada bom. Moreover, isto da austeridade já nos está a estragar um pouco a vida com informações sobre o nosso pocket money estar lá fora, no estrangeiro, é chato! E depois, ainda apanhamos com a austeridade também e não era suposto. Estão a ver? O aguenta era para os outros.

    E depois, o “lixem-se as eleições” soa bem, mas tenham lá mais cuidado com isso e comecem a organizar-se antes das eleições senão estamos lixados. Tanto trabalho para nada…..”

  11. Finalmente vou arranjar trabalho e deixar de estar desempregado.

    Vou arranjar-me para ir ao mercado e já volto.

    Porreiro, pá! Estava a ficar deprimido e em burnout.

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