Para a história do racismo na pintura europeia

Albrecht Durer-Alberto Durero 1504

Albrecht Dürer, Adoração dos Reis Magos, a discriminar desde o século XV.

Comments

  1. xico says:

    Também dizer que não é bom comer bifes todos os dias, até porque é mau para a saúde, é dizer uma verdade insofismável e no entanto houve um linchamento de quem o disse.
    Quanto a Durer não pintou um homem escurinho. Pintou um homem de raça negra, tal como pintou um homem já velho e careca e outro mais novo de farta cabeleira loira.
    Espero que ninguém se ofenda quando disserem que Oscar Wilde era paneleiro.
    E ainda me estou a rir do Berlusconi chamar rapaz bronzeado ao Obama.

    • António Duarte says:

      O “homem escurinho” pode ser de raça negra, ou não.
      Por exemplo, o nosso Grão Vasco pintou-o como um índio do Brasil recém-descoberto…
      http://www2.crb.ucp.pt/Historia/abced%C3%A1rio/Mar%C3%ADlia/Image8.gif

    • xico,

      Essa do Berlusconi chamar bronzeado ao Obama está com piada.

      Faz-me lembrar hoje, numa aula, ter dito a um aluno da Guiné para fechar as persianas porque assim não se via nada do que estava escrito no quadro.

      “Vou já fechar, professor! Estava só a bronzear-me um pouco porque estou um bocado branco!”

      Ou daquela cena de outro dia, na semana passada, com outro aluno africano que, após as queixas de uma colega caucasiana que estaria com muitas enxaquecas e dores de dentes e alguma febre e tosse, afirmou:

      “Brancos!!!”

      Numa situação e noutra, foi risada geral!!!!

      • Maquiavel says:

        O que é “caucasiana”? Essa mania de importar palhaçadas americanas de definiçäo racial… Ou ela é georgiana, arménia, ou azeri?
        O termo raça caucasiana (também chamado de caucasoide) tem sido usado para denotar o tipo físico geral de algumas ou todas as populações da Europa, Norte da África, Chifre da África, Ásia Ocidental (Oriente Médio), Ásia Central e Sul da Ásia.
        Historicamente, o termo tem sido usado para descrever toda a população dessas regiões, sem levar em conta, necessariamente, a tonalidade da pele.

        Para que conste, a expressäo “jovem, belo, bronzeado” é muito usual na Itália, normalmente aplicada a brancos!
        Como tal, o infame Berlusca ofendeu Obama, näo por lhe ter chamado “bronzeadinho”, mas sim por insinuar que ele seria… branco! :O

        • Nuno Castelo-Branco says:

          Maquiavel, nisto estamos de acordo. O termo caucasiano consiste num daqueles abusos yankees tão cretinos como definir África inteira como o “continente negro”ou a Europa como a terra da “gente loura e de olhos azuis”. A sociedade americana vive paranóica com todo o tipo de parvoíces catalogueiras e isso também é visível nas ruas das suas cidades, onde existem bairros little Italy, little Korea, little Portugal, etc, etc. . Há uns 18 anos estive em Los Angeles e desencadeei uma discussão durante um jantar, pois estava a ficar farto de ouvir excelsas burrices ditadas pela ignorância de alguns dos convivas. Claro que resolvi provocar e defini-me como afro-português. A assistência era maioritariamente “caucasiana” e foi o fim do mundo, havia de ter escutado a tempestade que trovejou todo o tipo de dislates sem nexo. A minha provocação foi calorosamente apoiada por … dois “hispânicos” bastante “bronzeados” que compreenderam perfeitamente o que estava a dizer. O mesmo não posso dizer a uma advogada “afro-americana” que ficou completamente fora de si e de lágrima fácil ao canto do olho. Simplesmente lhes perguntei então, como definiriam os negros nados e criados na Europa? Afro-europeus? Claro que sim, foi a resposta previsível. Isto é válido para os “afro”, mas não o é para os pataratas “brancos” – e aqui emos tantos matizes – que nasceram em África. Enfim, a coisa amainou e apenas lhes fiz ver a necessidade de compreenderem a complementaridade e interdependência das gentes. Expliquei-lhes que a minha família estava em Moçambique desde 1885 e isso fazia de mim, que jamais tinha colocado as minas duas patas nº 43 em território europeu, o quê, quem? Um intruso muito bem deportado para longe? Não souberam responder, ou melhor, desviaram o assunto.

  2. Como se a Tia Jonet tivesse dito só isso. Tal como o que chateia com o Arménio são as outras coisas que disse.

  3. O Arménio Carlos, se soubesse o problema que iria causar em gente subitamente tão sensível, poderia tê-lo chamado de “moreno tropical”.

    Eu continuo a chamá-lo ” o cabrão do etíope”, quando o oiço a dizer bacorada da grossa sobre a constituição Portuguesa e sobre o ganharmos muito e trabalharmos pouco.

    Os Etíopes deviam dar-lhe um enxerto de porrada quando lá fosse passar férias, o que não é de acreditar porque no FMI está-se melhor e fica-se tranquilo.

    • Mas, pensando bem, depois ficava com algumas nódoas negras, o que era mais um sinal de racismo semântico, que não sei bem o que é mas que li algures online e achei piada. Outros chamariam de racismo que vem de dentro, como também li online, por oposição a um racismo que vem de fora, mais eufemístico.

      O mais grave é que isto foi escrito online e maioritariamente por professores que não vão a qualquer manifestação e que são muito contra acordos ortográficos e TLEBES, mas dsados a muitas figuras de estalo, perdão, de estilo.

    • Maquiavel says:

      Ou poderia simplesmente tê-lo chamado de “caucasiano” (ver acima). Isso é que ia fundir os cérebros politicamente correctos e subitamente täo sensíveis! (ver acima)
      Para mim näo há preto nem branco. O Salassié é o “sacana do FMI”. E o outro é o “outro sacana do FMI”. Mai nada!

      • Nuno Castelo-Branco says:

        E os sacanas do FMI cá estão por causa de uma data de sacanas bem branquinhos que temos por cá. perdão, alguns deles estão ausentes lá nas “Europas”, alegadamente em filosóficos estudos…

  4. Bufarinheiro says:

    O gajo chama-se mesmo Sei-lá-se-é?
    Mesmo escrito daquela maneira, não será erro ortográfico?

    • Cara Alexandra, fizeste-me recuar no tempo quase quatro décadas: eu e a minha mãe (a minha família é espanhola) tantas vezes cantávamos esta canção. Era eu, nessa altura, uma adolescente, mas já então a frase “… que también se van al cielo todos los negritos buenos..” ecoava com uma força extraodrdinária no meu interior sedento de igualdade e justiça!

      • Olá, Isabel… entranhável lembrança a que comentas. A mim também surgiu-me de vivências passadas, pois este bolero era parte dum repertório que tocava na rua já lá vão anos. Um beijo.

  5. Bruna says:

    Baixar o Documentário – A História do Racismo [Racism – A History] – http://mcaf.ee/gblq8

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