Abdica. Parte à aventura de não carecer de nada senão de ar, água e luz, música, para sobretudo desistir da ideia, da posse, da necessidade, do sonho, chamado dinheiro. Cumpre o teu Ganges, mergulhando nu no teu Nada, dia após dia. Contempla o sol crepuscular equatorial que se vê em África de nunca mais pesares no teu orçamento familiar. Todas as necessidades do teu agregado familiar são legítimas e supridas na medida em que não tenhas necessidades e não existas para a sociedade de consumo. Anula-te.
Parte para o País interior em que nenhum Relvas tenha o poder de te fazer franzir o sobrolho, muito menos Oli Rehn ou Draghi ou António Costa, na sua fidelidade omertàlhística ao áureo exilado. Não precisas de dinheiro. Nem de cartões de espécie nenhuma. Não para ter Alegria. Temos de morrer e temos, abdiquemos portanto do exercício falhado da argúcia que por exemplo transborda arrogante e mimada de Henrique Raposo, e aceitemos que nos ajustem segundo o irracional ultrapassar de limites com que nos ajustam, múmias sob cruciantes dúvidas que jamais serão saciadas, pois na pátria do cada qual por si, nenhum Nós interessa realmente. Se não és Mulher, não Sejas! Não anseies. Não busques.
No fim, não nos faltará um naco de pão apoteótico quotidiano antes de passarmos desta miserável contenda por trocos ao campo das realidades e das certezas finais. Jejua. Abstém-te de Querer. Morre todos os dias com uma saúde de ferro e um sorriso de vitória na face.
Muito socrático! Só assim entrarás na ilha dos bem-aventurados…
Ao Palavroso, em fase de negação, fim do subsídio, antes de se fazer à vida : E se fosses mulher, qual era a diferença ?
Ó caro Palavrossavrvs, este post juro que não entendi! 🙁
Caríssima, foi deliberadamente escrito para ser enigma. Beijos.
Hummm, acho que esse enigma traz água no bico! 😉
Mas, pronto, dou-lhe o benefício da dúvida!
Deve ser porque a mulher é que sustenta os filhos …
E pronto, para completar o quadro já só faltava a misógenia…
Mais um escrito sobre o exilado em Paris, hem?
O homem, quando perante o Criador pode expressar a sua livre vontade, a primeira coisa que pediu foi; “Dai-nos Senhor o pão-nosso de cada dia”.
E qual foi a resposta do Senhor? “Ganharás o pão com o suor do teu rosto”.
Esta sentença tem consequências! Os efeitos estão à vista. No limite, irá esgotar os recursos da Terra.
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Felizmente que tanto faz utilizar o substantivo feminino ‘Mulher’ como o masculino ‘Homem’…
O final será sempre igual!
Precisamente. Aliás, brilhante.
Uso Mulher não no sentido sexual e de género, mas no sentido do apelo e propensão materialistas, imediatistas, consumistas.