Carta aberta a Pedro Passos Coelho

M. Conceição Batista

S.SOCIAL VERSUS PENSIONISTAS, REFORMADOS E APOSENTADOS (CARTA ABERTA A PEDRO PASSOS COELHO)

FALEMOS SÉRIO!!!!

Pedro é o trato que usarei para me dirigir a ti, naquilo que há para falarmos sério. Porque sou veterana, apesar de ter consciência de que não somos amigos.

Não és meu amigo, como me trataste, hipocritamente e de forma quase insultuosa, na tua mensagem de Natal. Eu não sou tua amiga, porque não tenho como amigos quem me insulta, quem procura humilhar-me, que mente e me tira o que a mim me pertence. Amigos respeitam-se. E eu não me sinto respeitada por ti, Pedro.

E não sou hipócrita ao dizer frontalmente o que sinto, na pele daquilo que é hoje o meu estatuto: pensionista, reformada APÓS 49 ANOS DE TRABALHO. Mais anos do que aqueles que tens de vida, Pedro.

Falemos sério, Pedro. Porquê essa obstinada perseguição àqueles que construíram riqueza nacional ao longo de muitos anos de trabalho, enquanto tu, Pedro, crescias junto de pais que, creio, trabalhavam para tudo te darem, e que hoje não valorizas como esforço enquanto cidadãos e enquanto pais?

Porquê essa perseguição obsessiva àqueles que construíram um país de verticalidade, de luta e resistência, enquanto caminhavas nas hostes dos boys de um partido disponível para compensar aqueles que gostam de “engrossar” a voz, mesmo que desrespeitando os que tudo fizeram pela conquista do espaço democrático, onde cresceste em liberdade? Uma liberdade conquistada, muito suada, e por isso ainda mais digna de ser respeitada?

Respeito, Pedro, é o que se exige por aqueles que hoje persegues, lesto e presto sem sentido, como que procurando um extermínio que não ousas confessar.

Falemos sério, Pedro. É tempo de falares sério, apesar do descrédito em que caíste. E falemos sério sobre reformas, sobre pensionistas e sobre Segurança Social.

Não fales sobre o que desconheces. Não te precipites no que dizes. Não sejas superficial, querendo parecer profundo apenas porque, autoritariamente, “engrossas” a voz. Não entregues temas tão complexos ao estudo de “garotos”, virgens no saber-fazer. Não entregues estudos a séniores que, vendendo a alma ao diabo, se prestam a criar cenários encomendados, para servirem os resultados que previamente lhes apresentaste, Pedro. E os resultados são, como podemos avaliar, desastrosos, Pedro. Económica e socialmente.

Vamos falar sério, Pedro. Não porque tu o queiras, mas porque eu não suporto mais a humilhação que sinto com as falsidades ardilosas lançadas para o ar, sobre matérias que preferes ignorar, porque nem sequer as estudas.

A raiva cresce dentro de mim, porque atinge a verticalidade e honestidade que sempre nortearam a minha vida, Pedro. Uma raiva que queima, se silenciada, E não me orgulho disso, podes crer Pedro.

Vamos por fases cronológicas que te aconselho a estudar:

a) Pedro, por acaso sabes que o sistema que hoje se designa por “Segurança Social” deriva da nacionalização – pós 25 de Abril – das “Caixas de Previdência” sectoriais, que antes existiam?

b) Por acaso sabes, Pedro, que o Estado português recebeu, sem qualquer custo ou contrapartida, os fundos criados nestas Caixas de Previdência, a partir das contribuições dos trabalhadores e dos seus empregadores?

c) Por acaso sabes que a Caixa Geral de Depósitos – Banco estatal de Valores e de credibilidade inquestionável – é, acrescidamente, património dos muitos reformados e pensionistas que hoje somos? É, Pedro, a CGD era o Banco obrigatório por onde passavam as contribuições destinadas às Caixas de Previdência, mas entregava a estas, as contribuições regulares, apenas 4, 5 e 6 meses depois. Financiando-se com estas contribuições e sem pagar juros às Caixas, Pedro?

Por isso sou contra qualquer alienação da C. Geral. Também está lá muito de mim. Um muito que deveria estar na Segurança Social nacionalizada…para ser bem gerida.

d) Sabes por acaso, Pedro, que o Estado Português nunca reembolsou a Segurança Social pela da capitalização que conseguiu com a “nacionalização” das Caixas, como o fez aos Banqueiros?

e) Saberás, Pedro, que a “nacionalização” das Caixas de Previdência” se deve à necessária construção de um verdadeiro Estado Social, para o qual, maioritariamente, é a Segurança Social que contribui, sem as devidas e indispensáveis contribuições do Estado? Um Estado Social criado de base a partir dos “dinheiros” pertença daqueles que hoje são reformados e pensionistas. E que por isso exigem respeito pelo seu contributo mas, igualmente, exigem sejam bem geridos, porque ao Estado foram confiados contratualmente. Para me serem reembolsados mais tarde.

E boa gestão, Pedro, é coisa que não vejo na Segurança Social, sujeita a políticas de bastidores duvidosas e para as quais nunca fui consultada. Acredita, Pedro, os reformados, pensionistas e aposentados, sabemos o que dizemos quando afirmamos tudo isto, porque ainda temos muita capacidade – suportada por uma grande e valiosa experiência – para sermos um verdadeiro governo de bastidores. Com mestria, com sabedoria, com isenção e sem subserviências.

f) Por acaso sabes, Pedro, que a dívida do Estado à Segurança Social é superior à dívida externa, hoje nas mãos da chamada “troika”?

Pois é, Pedro, a dívida sob o comando da troika é de 78 mil milhões de Euros, é? A dívida à Segurança Social, aos milhões de contribuintes, muitos deles hoje reformados, é de 80 mil milhões de dívida. Valor que cresce diariamente, porque o Estado é um mau pagador. Uma dívida que põe em causa não só os créditos/reembolsos aos reformados e pensionistas, na forma contratada, mas igualmente as obrigações/compromissos intergeracionais.

Porque estás tão preocupado em “honrar” os compromissos com o exterior e não te preocupas em honrar os compromissos para com os credores internos que são, entre muitos, os aposentados, os reformados e os pensionistas, antes preferindo torná-los no “bombo de festins” de um governo descontrolado?

Falemos sério, Pedro. Reabilita-te com alguma honra, perante um programa eleitoral que te levou, precocemente, ao lugar que ocupas. Um lugar de representatividade democrática, que te obriga a respeitar os representados. Também os reformados, aposentados e pensionistas votam.

E falando sério, mas com muita raiva incontida, Pedro, vou dar-te o meu exemplo, apenas como exemplo de muitas centenas de milhar de casos idênticos.

a) Trabalhei 49 anos. Fui trabalhadora-estudante. E sem Bolonhas e/ou créditos, licenciei-me com 16 valores, a pulso. Nunca fui trabalhadora e/ou estudante de segunda. E fui mãe, num pais em que, na época, só havia 1 mês de licença de maternidade e creches a partir dos dois anos de idade das crianças. Como foi duro, Pedro. E lutei, ontem como hoje, para a minha filha, a tua Laura, as tuas filhas e muitas mais jovens portuguesas, terem mais do que eu tive. A sociedade ganha com isso. O Estado Social também tem obrigações pela continuidade da sociedade, pela contínua renovação geracional. Lutei, Pedro, muito mesmo e sinto muita honra nisso como me sinto orgulhosa do que conquistou a minha geração.

b) Fiz uma carreira profissional, também ela dura, também ela de luta, numa sociedade que convencionou dar supremacia aos homens. Um poder dado, não conquistado por mérito reconhecido, Pedro. Por isso tão lenta a caminhada pela “Igualdade”.

c) Cheguei ao topo da carreira, mas comecei como praticante. Sem “ajudas”, sem “cunhas”, sem “padrinhos” e/ou ajuda de partidos. Apenas por mérito próprio, duplamente exigido por ser Mulher. Um caminho que muito me orgulha e me enformou de Valores, Honra e Verticalidade. Anonimamente, mas activa e participadamente.

d) No final da minha carreira profissional, eu e os meus empregadores, a valores capitalizados na data em que me reformei, (há dois anos) tínhamos depositado nas mãos da Segurança Social cerca de 1 milhão de Euros.

Ah! É bom que se lembre que os empregadores entregam as suas contribuições para a conta do/a seu/sua funcionário/a. Não é para qualquer abutre esperto se apropriar dele. O modelo que Churchil idealizou – e protagonizou – após a 2ª guerra mundial. Uma compensação no desequilíbrio entre os rendimentos do Capital e os do Trabalho, e que foi adoptado em Portugal ainda antes do 25 de Abril.

Quase um milhão de Euros, Pedro. Só nos últimos 13 anos de trabalho foram entregues 200 mil Euros à Segurança Social, entre mim e o empregador.

A minha pensão vem daí, Pedro. De tudo o que, confiadamente, entreguei à gestão da Segurança Social, num contrato assinado com o Estado Português. E já fui abrangida pelo sistema misto. E já participei no factor da sustentabilidade, beneficiando o Estado Social.

e)Mas há mais, Pedro. A esse cerca de 1 milhão de Euros, à cabeça dos cálculos da minha pensão, retiraram às minhas contribuições, à minha “conta”, 20%, ou seja 200 mil Euros. Como contributo para o Estado Social. Para a satisfação do compromisso que devo para com as gerações seguintes. Para o Serviço Nacional de Saúde, para um melhor bem estar da sociedade portuguesa.

E o dinheiro que se encontra – em depósito – nas mãos do Estado português através da Segurança Social, é de cerca de 800 mil Euros. Que eu exijo bem gerido e intocável.

f)Valor que, conforme os meus indicadores familiares (melhores que a média das estatísticas) da esperança de vida (85 anos em média), daria para uma pensão anual de 40.000€ actualizada anualmente pela capitalização dos meus fundos. É bom que saibas que, sobre este valor, eu pagaria cerca de 16.000€ de IRS, fora os demais impostos. Mas, por artes de uma qualquer “engenharia financeira” nunca recebi nada disto.

Mas se aquele valor, que foi criado pelas contribuições de tantos anos de trabalho, estiver nas minhas mãos e sob a minha gestão, matéria em que fui profissional qualificada e com provas dadas, eu serei uma Mulher que poderá dormir descansada, porque serei independente para mim e para ajudar filhos e netos, sem ter que acordar de noite angustiada.

É, Pedro, falemos sério e honra os compromissos que o Estado tem para comigo. Dá instruções ao Ministério da Solidariedade Social(?) para que me entregue o “meu dinheiro”. O MEU, Pedro!

E vou refazer contas:

a) De modo frio, direi que o Estado tem que pôr à minha disposição os 100% de contribuições que lhe foram confiadas, ou seja, os cerca de 1 milhão de Euros.

b) Arredondando, e muito por excesso, descontando os valores de que já fui reembolsada, o Estado português deve-me 900.000€. É esta a verba que quero que o Estado português me pague, porque é este o valor de que sou credora.

c) Gerindo eu esta verba podes crer, Pedro, que só com os rendimentos que obtenho da sua aplicação, e já depois de impostos pagos, terei mais do que o valor que tenho hoje como pensão. É simples, Pedro, e deixo de ser uma “pedra no sapato” dos governantes. Deixo de ser “um impecilho” na boca de “garotos” que não sabem o que dizem. E, de uma Mulher anónima com honra e verticalidade, que sou hoje, passo a ser uma Mulher rica, provavelmente colunável, protegida por todos os governantes, mesmo que a ética perca a sua verticalidade e a moral passe a ser podre.

Mas porque é tempo de falares sério, Pedro, fala aos portugueses a verdade sobre assuntos que nos interessa:

– quanto é que o cidadão e político Pedro Passos Coelho já descontou para a Segurança Social e/ou ADSE?

– quanto receberias hoje de reforma se, conforme as excepções de privilégio na lei, te reformasses?

– quanto descontam os deputados e demais políticos para a Segurança Social ou ADSE?

– qual o montante de reforma a que têm acesso, privilegiadamente, e ao fim de quantos anos de exercício da política, independentemente da sua idade?

– Quem, e quanto recebem de reforma vitalícia, ex-governantes e outras figuras políticas, só pelo exercício de alguns anos em cargos públicos?

– qual o sistema de Segurança Social que suporta estas reformas e a quem pertence esse dinheiro? São os OE’S que o suportam, ou são os “dinheiros” daqueles que contribuíram e/ou contribuem para o Sistema?

– sendo o Estado uma entidade empregadora, qual o valor da sua contribuição (%) para a ADSE ou Segurança Social, por trabalhador? E as contas, estão regularizadas?

Falemos sério, Pedro! Os reformados exigem a verdade mas, igualmente, exigem respeito, por nós e pelo nosso dinheiro que, abusivamente, vai alimentando o despesismo de um Estado que vive de mordomias elitistas, acima das capacidades do país. Isso sim, Pedro!!!!!!!!

A reformada,

M.Conceição Batista

Lx. 19/01/2013

PS – Aguardo que me seja entregue o meu dinheiro, conforme mencionei atrás. Tenho vida a organizar.

Comments

  1. Ainda penso says:

    Excelente. Um orgulho de Senhora e de Portuguesa. Tudo dito. Obrigada

  2. Rui Santos says:

    Uma verdadeira neoliberal, coisa que os nossos governantes não são, nem nunca o serão. O verdadeiro neoliberal advoga que tem direito a receber o que efectivamente descontou, não como os ladrões dos nossos políticos que acham-se do direito de receber reformas para as quais nunca descontaram. Isto é tudo menos neoliberalismo.

    • Liberais para os outros porque para os próprios são bem socialistas, sempre agarradinhos à teta do estado.

  3. pois sim, e as verbas para as baixas e subsidios de desemprego?
    e se a Segurança social pagar a totalidade dos descontos aqueles que mais pagaram quem irá pagar às pessoas que por variados motivos (doença, desemprego, etc) não fizeram tantos descontos?
    E julgam que os que hoje têm 20, 30, 40 irão receber aquilo que estão a descontar?
    no fundo o que está senhora defende representa o fim da segurança social.
    Implicaria que as pensões dos professores aposentados fossem reduzidas a 30 a 40% daquilo que estão atualmente estão a receber (e eu até defendo que deviam ser substancialmente reduzidas, mas tanto também era um exagero).
    do ponto de vista economico este é um post de extrema direita liberal porque se está a borrifar para quem não tem as mesmas possibilidades, para quem não pode descontar porque era doente, analfabeto e só conseguia trabalhos em que o empregador não fazia descontos… é o egoismo em estado puro. Porque a solidariedade é isto mesmo, aqueles que mais podem ajudam os que menos podem.

    • E os que morrem sem chegar à idade da reforma, depois de descontarem durante muitos anos, para onde vai esse dinheiro?

      • eu sei que a matemática é uma ciência oculta para vocês, mas para cada um que morre antes de se reformar há 10 que se reformam por doença sem grandes descontos e outros tantos que vivem mais que a esperança média de vida.
        Mas se querem mesmo saber um bom buraco do sistema de segurança social ele está nas reformas dos professores do ensino básico e secundário.
        http://www.ionline.pt/dinheiro/55-dos-reformados-estado-2012-tem-menos-60-anos
        e a reforma média de um professor desses é de 2000 euros:
        http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=3031949

        façam as contas… descontado 11%, trabalhando uns 35 anos… 0,11*35~4… daria para pagar 4 anos de pensões, mas em média os professores reformavam-se antes dos 60 anos… na sua maioria são mulheres, naquelas idades têm uma esperança média de vida da ordem dos 30 anos… em muitos casos, se não a maioria, reformaram-se com uma pensão igual ao salário que tinham no final de carreira… feitas todas as contas os professores que estão hoje reformados descontaram apenas ~10% daquilo que acabarão por receber de pensões… e não são umas centenas de casos, como os politicos, são cerca de 100 mil. O custo anual das suas pensões é da ordem dos 2 a 3 mil milhões de euros… dos quais apenas descontaram ~10%.

        • Pois amigalhaço XYZ, se a matemática para nós é uma ciência oculta para si é uma ciência da batata.
          Vejamos – se os professores, “raça maldita” da qual eu felizmente não faço parte, desconta 11% é natural que os restantes 22%, tal como no privado, tenham de ser pagos pelo Estado.
          Ora se assim for, e segundo a sua matemática, a raça odiada até às entranhas pelos partidos do Arco e seus eleitores, ficam com um fundo de pensões que dá para lhes pagarem 13,5 anos de pensão de reforma.
          Ora não é como o meu amigalhaço referiu.
          Por outro lado, há professores que falecem antes de se reformarem e tal como eu disse essas verbas ficam muito quietinhas lá no fundo de pensões, menos uns trocados.
          Como esses dinheiros que os professores descontaram não estiveram debaixo do colchão, estiveram ou deviam estar prudencialmente investidos em produtos financeiros de razoável rendibilidade, é natural que a verba indicada que o amigalhaço apresenta seja ainda mais elevada.
          Grosso modo, digamos que cada professor, nas condições por si indicadas, teria à sua disposição, se isto fosse um país de políticos sérios, o suficiente para terem uma pensão de reforma por 15 anos.
          É evidente que há exageros, tal como o “pai do monstro cavaco” criou, como o de reformar professores do ensino primário com pouco mais de 50 anos de idade, o que coloca milhares de professores, que se reformaram nessas condiçoes, com as suas pensões “esgotadas” ao fim de 15 anos de pensionistas.
          Mas aí a culpa não é dos professores, é dos actuais políticos que faziam as contas como o xyz fazia.
          Eu até admito que as pensões de reformas e a sua forma de cáculo sejam alteradas, mas só depois das reformas dos políticos e administradores das empresas públicas e Banco de Portugal serem revistas.
          Enquanto isso não for feito, só dá para pensar que o farsola procura esconder o sol com a peneira tentando enfraquecer os fracos para continuar a manter os privilégios obscenos dos fortes.
          Para esse efeito o amigalhaço XYZ dá a sua modesta matemática contribuição.

          • 3 coisas:

            1 – O estado para “pagar” os tais 22% restantes tem de cobrar impostos aos restantes trabalhadores. Ah, pois é, o resto é assegurado pelos impostos da autora do post… ou pelos descontos dela e de outros privados. De modo que a reforma da autora do post inicial tem, só por isso de ser mais baixa porque é do dinheiro dela que o estado vai tirar para fazer de conta que paga a sua parte dos descontos da entidade empregadora.

            2 – As pensões não representam a totalidade das despesas sociais pagas com os descontos. Representam grosso modo 2/3 dessas despesas. Está muito preocupado com o dinheiro das poucas pessoas que morrem sem usufruir da reforma. Ó analfabruto, há muitos mais que a recebem sem terem feito descontos. Portugal tem ~10% da população com deficiência? Nem todos recebem uma pensão, mas representam mesmo assim muito mais do que os que morrem precocemente sem a receber? E muitos irão recebê-la por 50, 60 anos sem terem feito descontos nenhuns. Assim como quem trabalhava no campo, ou as mulheres que faziam / fazem limpezas domesticas sem que quem as emprega faça descontos.
            Não é daqui também que devia vir o dinheiro para as baixas, subsídios de desemprego, rendimentos de inserção social?
            E aqui há mais uma injustiça, a meu ver. Um trabalhador privado fica doente e recebe apenas uma percentagem do ordenado. Um funcionário publico recebe a totalidade do vencimento. Por lei não seria necessariamente assim, mas na realidade é assim.

            3 – Os professores são uma das classes aonde a diferença salarial entre o início e o fim da carreira é mais acentuada. O vencimento médio das professoras é significativamente menor que a pensão média auferida por elas.

            Juntando todas estas peças, mesmo contando que o estado vá buscar à D. Conceição Batista e outras pensionistas do regime privado aquilo que falta para pagar a sua parte dos 22% dos funcionários publicos (ah! pois é assim que funciona) atendendo que as pensões apenas representam 2/3 das despesas sociais, vemos então que os descontos dos professores dariam, na melhor das hipóteses, para pagar uns 10 anos de pensões… mas quanto tempo vivem, em média, a receber reformas? pois, em média vivem mais de 25 anitos. (reformam-se antes dos 60, em média, são na sua maioria professoras que têm uma esperança de sobrevida à idade da reforma de quase 30 anos)… e eu acho que estou a substimar o efeito do valor das pensões ser geralmente superior ao salário médio que aufere um professor.

            como irá isto ser equilibrado?
            eu apostaria que, seja qual for o partido que governe o país, a idade de reforma das professoras (na grande maioria são mulheres) irá aumentar significativamente e a pensão irá diminuir. Para quem tem hoje menos de 50 anos, que conte receber no futuro, uma pensão de apenas uns 30 a 50% do que recebe como salário. É que os descontos de hoje pagam os reformados de hoje, os reformados de amanhã serão pagos com os descontos de amanhã. E como o envelhecimento da população é muito grande é isto que nos espera e mais depressa do que pensam.
            Não é que eu goste, mas é a realidade e não adianta enviar a cabeça areia e berrar como um tolinho a dizer que é mentira.

        • Dá gosto ler os comentários do xyz.
          Vê-se que é uma pessoa educada e de fino trato!
          O termo analfabruto destoa neste discurso limpo e cheio de inteligência, mas já deve estar arrependido de o ter escrito, pois analfabruto era o pai dele, quando o desancava à cachaporrada por o amigalhaço fazer coisas anormais com os perús e ovelhas lá na parvónia onde nasceu!
          Daí o trauma!
          Quanto às contas das pensões de reforma pergunta-se ao amigalhaço que culpa tem a “raça odiada” dos professores que os governantes tivessem utilizado o seu dinheiro para fazerem filhos nas mulheres dos outros, ou seja, pagarem pensões a quem não descontou?
          Por outro lado, vou ajudar o amigalhaço no seu argumento quando diz que os descontos dos professores que o estado tem de fazer para a SS são pagos pelos impostos!!!
          São pagos sim senhor!
          E os salários também!!
          O ideal seria que os professores e funcionários públicos trabalhassem de borla, mas o que é que o amigalhaço quer, são modernices.
          Modernices que o farsola está a tentar rectificar.
          Quanto aos valores futuros das pensões, que o amigalhaço aponta para os 50%, vê-se que sabe a cartilha do governo de cor!
          Mas a verdade é que estas previsões, a 10, 20, ou 30 anos deixa-me um bocado céptico!
          A verdade é que o farsola e o outro não acertam em previsões a 3 meses quanto mais a 30 anos!
          A verdade xyz é que o problema não está no valor das pensões, o problema está que o farsola está a terraplanar o país de tal forma que a economia está em recessão vertiginosa, o desemprego torna-se brutal e não há dinheiro para mandar cantar um cego.
          Excepto para os bancos onde sempre se arranjam uns troquitos, aí sim, à custa dos nossos impostos.

          • pois, mas as pensões dos trabalhadores da economia privada em principio são pagas com os descontos que eles fazem.

            suponhamos 2 pessoas que ganharam o mesmo, em média mensal, durante a sua vida de trabalho, no publico e no privado, sei lá, 1.700 neuros.

            Se começaram a trabalhar no privado irá ganhar 1 milhão de euros ao fim de 41 anos. Se tiver começado a trabalhar com 22 anos (assumo que terá tirado uma licenciatura, para equiparar a um professor) vai reformar-se com 63.

            entre entidade empregadora e trabalhador foram feitos 330 mil euros de descontos.
            destes irá receber menos de metade durante os anos que ainda viver (uns 19).
            Ou seja, na realidade irá receber por cada mês de trabalho um valor muito próximo daquilo que a entidade empregadora lhe pagava.

            agora uma professora do ensino publico, em média ganhou mensalmente um valor próximo disto. Reformava-se por volta dos 57, com 35 anos de trabalho. Enquanto trabalhou recebeu ~800 mil. Descontou ~90 mil. Em média irá viver mais ~27 anos… a receber 2.000 por mês… irá receber 700 mil. Na realidade por cada mês que trabalhou irá receber não os 1.700 euros, mas sim um valor próximo dos 3.500.

            Pois o valor de que se queixa a autora do post inicial que descontou e não irá receber vai em grande parte para aqui. Os descontos dos trabalhadores do setor privado têm de pagar também os da CGA… e os subsidios de desemprego, baixas, maternidades, subsidios de aborto, RIS…
            Mas principalmente as pensões da CGA, na qual avulta o exércita de ~100 mil professores reformados com uma pensão média superior a 2000 €.

        • Mais uma vez se comprova! A culpa “disto tudo” é dessa classe privilegiada: OS PROFESSORES! E que tal propor o seu extermínio?? Afinal, são muitos, pouco ou nada fazem, ganham bem, reformam-se cedo e morrem tarde. Raça maldita!!! E na verdade, quem é que precisa deles????

      • lidia drummond says:

        A estratégia do ALFORRECA e seu Gang, é cortar reformas aumentar as taxas moderadores e exames, as pessoas não tomarem medicamentos, porque o dinheiro não chega para a renda ou prestação da casa, electicidade a aumentar de 3 em 3 meses, água, custos da alimentação, sem passe para as pessoas cada vez mais se isolarem en casa. ETC. ESTA É UMA FORMA DE EUTANÃSIA, como o Ministro Japonês teve a coragem de apelar aos japoneses velhos e doentes para admitirem que devem morrer para aliviar a despesa do Estado. Privatizaram a EDP e a REN, vendendo ao ESTADO CHINÊS, sem reduzir as rendas, com a distribuição dos dividendos à cabeça, para o BORGES receber uns milhares de ordenado e 1 milhão de luvas para distribuir pelo manos METRALHA e outros, um TAXO ao CATROGA, à CARDONA E A OUTROS “BOIS” No tempo do outro era um crime negociar coma China que era uma ditadura e não respeitava os direitos hiumanos. Agora a China é óptima e uma democracia plena. Podem mandar mails para a secretária do CATROGA o principal negociador com a TROYCA de que se gabou na televisão – sara.netto@edp.pt

  4. Excelente post que desmascara a cambada de burlões que nos desgoverna.
    Eu e a M.ª da Conceição só divergimos num ponto – ela chama-lhe Pedro e eu chamo-lhe Trafulha ou, parafraseando o falecido Miguel Portas, Farsola.

  5. Rui Santos says:

    Para o xyz
    Você quer fazer acreditar alguém que o estado social está preocupado com sem abrigos, pessoas desprotegidas, ou pessoas que ganha menos?? Não, ele neste momento existe não para esses mas para manter uma estrutura que é tudo menos social. A ladainha que o estado social existe para os menos afortunados( deficientes e outros=) e desprotegidos é falso, existe e existirá como forma de enriquecimento de alguns. Não sou neoliberal, contudo, seria um sistema mais justo que este. Pelo menos evitaria que alguns se apropriassem do que nunca tiveram direito, já para não falar do nojo da cunha em Portugal que desvirtua qualquer possibilidade de neoliberalismo.
    Era possível haver um fundo de solidariedade sem haver estado social. O estado social vai continuar a alimentar as parcerias público privadas, vamos ver acordos de todo o tipo, pagos por todos e lá vão os velhinhos fazer a operação às cataratasetcetc Não é que não mereçam é o que está por detrás desse estado social. Acabar com o estado social era rigorosamente acabar com tudo isto.

    • sabe quanto se gasta em cada uma dessas coisas?
      duvido, se soubesse não dizia o que diz.
      pelo que li este ano vai pagar-se um valor da ordem dos 800 milhões em PPP. Se a memoria não me falha com pensões a despesa é 15 x maior.

      entre despesas de saude, segurança social e educação já temos todo o dinheiro de impostos gasto. E nestas 3 rubricas avulta uma, as pensões. E se formos a ver as pensões sobressai logo uma coisa, as da CGA são quase 4 x maiores, em média, que as do regime geral. E não é por causa de algumas centenas de politicos, são classes inteiras que representam centenas de milhares de pessoas.

  6. xpto says:

    Toda esta tentativa de alguns comentadores (principalmente o xyz) procurar aplicar cálculos actuariais a pensões já constituídas é um puro disparate! Se o Estado contratualizou com os seus funcionários um determinado sistema de reforma não pode em cicunstância alguma alterá-lo à posteriori, com efeitos rectroactivos. A meu ver isso representaria uma violação grosseira e violenta de um dos princípios mais elementares em que assenta um Estado de direito: a confiança no próprio Estado.
    Pode um determinado governo introduzir um qualquer factor de sustentabilidade nas reformas já constituídas. Dependente, como o factor de sustentabilidade das novas reformas, da variação da esperança média de vida (positiva ou negativa), ou do crescimento da economia (como o fez a Suécia), mas respeitando o valor da pensão constituída. A pensão tanto poderá sofrer um corte, como um aumento, em função do sinal de variação dos factores envolvidos.
    E já agora acalmem-se os actuais activos quanto à sua pensão futura. Todos estes estudos publicados – que anunciam um aumento signifivativo do factor de sustentabilidade ao longo dos próximos anos – são encomendados pelo poder dominante. Este factor tenderá a estabelizar-se, com a estabelização da esperança média de vida que não mais crescerá ao mesmo ritmo da última década. Foi um período excepcional de convergência com os valores atingidos pelos países desenvolvidos, mas que se tivermos em atenção o desinvestimento que está a ser feito na saúde, até poderá baixar. Assim as projecções que têm sido feitas a 40 anos, são uma mentira. Por outro lado, passado este período conturbado poruqe passa a Europa, por força da transferência de riqueza para o oriente, as economias ressurgirão pujantes, e assente em desenvolvimentos tecnológicos excepcionais a produtividade de cada trabalhador activo crescerá exponencialmente. A ponto de um trabalhador produzir o suficiente para alimentar e vestir 3 reformados.

    • Os meus calculos o que mostram é a situação atualmente existente e o que quero dizer é que esta situação não é sustentável e é injusta. Vai ter de ser alterada, as reformas futuras da CGA serão mais baixas e a idade da reforma irá aumentar, no caso dos professores não poderão continuar a reformar-se com 50 e poucos anos como o faziam até há pouco.
      A baixa previsível da esperança média de vida terá mais a ver com maus hábitos alimentares, ao aumento do tabagismo entre as mulheres que propriamente com um menores gastos publicos em saude. Um bom exemplo disto é a diferença de esperança média de vida entre os homens e as mulheres… 7 anos… destes 7 anos cinco são devidos não a causas naturais mas sim a mortalidade evitável, tabaco, acidentes, sida, alcoolismo, etc.
      sobre a sustentabilidade da segurança social
      Eu não preciso que outros façam estudos sobre isto, sei fazê-los eu e é-me fácil fazê-lo. Basta ver a estrutura etária da população portuguesa, a sua taxa de natalidade. A não ser que venham para cá milhões de imigrantes o valor das pensões vai cair e a idade da reforma vai aumentar… eu por mim estou mentalizado que se tiver saúde terei de trabalhar até aos 70 ou mais.
      Acertaste numa coisa e não é pequena, é importante. A crise não tem a sua origem profunda num pontual problema financeiro provocado por um banco, é provocada pela transferência de riqueza para oriente. Mas a tua razão acaba aqui. Esta transferência ainda está longe de acabar e no final dela, por razões que têm a ver com a finitude dos recursos naturais, todos teremos de consumir menos. Tomemos o exemplo dos carros. Simplesmente não é possível que em todo o mundo se mulplique o mesmo nº de carros, a gastarem a mesma quantidade de combustível que se existem na europa ocidental. Quanto aos desenvolvimentos cientificos e tecnologicos acho que a prudencia não nos deviam fazer contar com o ovo no cu da galinha…

  7. Se o Passos e o Gaspar souberem da existência do xyz, ainda o contratam para o ministério das finanças!! Afinal, esta personagem é um às das “contas”!!!

  8. Estou atraso para o debate mas acho que devo dizer qualquer coisinha…
    O que me parece é que o xyz está com um problema de identidade política, diz que não é neoliberal mas é defensor acérrimo dessa ideologia. O que xyz pretende, é acabar com a escola pública, pois acha que os impostos não deviam pagar os ordenados do professores, nem as contribuições da sua entidade patronal a segurança social e para as reformas vindouras. No meu caso, que não sou professor e sempre trabalhei no privado, e AINDA tenho os meus filhos a estudar no privado, seria óptimo que me não me cobrarem essa parte dos impostos que diz respeito ao ensino, contudo, entendo que a grande maioria dos portugueses não tem a possibilidade de escolher e, como tal, a opção é minha, e devo suportar esse custo.
    Mais uma vez, temos o assunto impregnado pela ganância financeira e não pelo retorno de valores. Os vencimentos do professores e as suas pensões não devem ser olhadas como um custo, mas sim como a retribuição de um valor acrescentado ao país. Quanto vale um país bem formado, com jovens bem preparados com um futuro alicerçado em conhecimento e conteúdo académico relevante?
    O que o Pedro e os seus contabilistas ( não digo TOCS) não conseguem perceber é que a nossa sociedade é HUMANA, e que não progride, não sobrevive apenas porque existem números, máquinas de calcular ou computadores. Um dia Henry Ford terá dito “Podem tirar-me as minhas fábricas, queimar os meus prédios, mas se me derem o meu pessoal, eu construirei tudo de novo”, este empresário de grande visão, percebeu, já lá vão 100 anos, aquilo que os senhores dos números e ainda não perceberam, o valor está nas pessoas e é gerado pelas pessoas. Mais uma frase de Henry Ford “O capital que não melhora, constantemente as condições e remuneração do trabalho, foge à sua mais alta missão”.
    O Pedro e os seus contabilistas devem ter um bloqueio, se todos os cálculos da nossa desgraça são feitos com base no PIB, a melhor forma de diminuir a despesa é AUMENTAR O PIB, o que o país devia ter era um SUPER MINISTRO da ECONOMIA e um mediano MINISTRO DAS FINANÇAS. Um pequeno exemplo básico:
    Se alguém repentinamente fica com um rendimento de 500 € e para pagar a sua hipoteca não procurar aumentar o seu rendimento rapidamente, mas sim cortar nas despesas da Electricidade, da água, na comida, na educação e na roupa dos filhos, etc, irá com certeza transformar-se num miserável, cumpridor para com os credores, mas nunca terá oportunidade de sair dessa condição, porque os credores não irão reconhecer-lhe qualquer capacidade de reabilitação. O segredo é tentar a todo o custo aumentar o seu PIB enquanto tem ainda condições mínimas para mostrar o seu valor em condições mínimas de dignidade.
    O Pedro e os seus contabilistas apenas ignoram esta realidade porque o seu único objectivo é criar uma sociedade desigual, insensível e injusta, típico de quem é narcisista, sectarista, xenófobo, uma sociedade onde quem não é capaz deve ser “eliminado”, sendo que, ser capaz inclui todos os apadrinhados, subornados, vendidos, bem nascidos, concordantes, agiotas, criminosos de colarinho branco, usurpadores, exploradores da sua própria raça.
    Essa sociedade da iniciativa própria, deixa de fora anos de estudos sociológicos, de estudos de comportamento, mas, acima de tudo, deixa de fora a nossa de HUMANIDADE, do respeito pela igualdade conquistado no pós escravatura, da dignidade dos menos favorecidos, do respeito pelos que filhos não desejados ou desafortunados.
    O Pedro e os seus contabilistas defendem os heróis que durante anos falsificaram dinheiro, ao prometer rentabilidades forjadas aos ventos, fomentaram o investimento público com esse dinheiro falso virtual que nunca existiu, e agora quem recuperar aquilo que nunca lhes pertenceu, que nunca tiveram e que nada fizeram para ter.
    Esta crise que hoje pagamos não tem nada a ver com a sustentabilidade da segurança social, com os gastos do estado, esta crise é APENAS E SÓ UMA GRANDE FRAUDE, nem o famoso Alves dos Reis teria feito melhor mesmo que tenha servido de inspiração a todos estes vampiros. Nos USA, símbolo do capitalismo e liberalismo, alguém foi simbolicamente condenado, aqui, neste cantinho de paraíso, quem alimentou estes crimes, quem desenhou os planos, está hoje comandar a recolha do roubo com toda a classe e desfaçatez. A luta de classe, patrões versus empregados é hoje outra, Patrões e empregados unidos contra a corrupção financeira.
    Continuamos a falar do acessório, por mais que refundemos o estado os assaltantes não vão parar enquanto não branquearem os seus crimes, tornando verdadeiro o dinheiro que falsificaram, apagando assim as provas destes crime hediondo contra a dignidade e a justiça humana.
    Prendam os bandidos e a crise será apenas uma má recordação da fraqueza e da ganância humana.

  9. João Carlos Soares says:

    Palavras bonitas, registo literário a puxar ao sentimento, mensagem consensual no actual estado de coisas. E no entanto, como em tantos e tantos momentos na vida nem tudo o que parece é. E para quem como eu conhece a autora destas palavras fica aqui e ali inevitavelmente o riso pelo caricatural e patético de que muitas das afirmações e pretensas constatações se revestem, mas sobretudo o lamento pelo engano a que o leitor é convidado. Estamos a falar de uma pensionista quase portadora de bilhete de acesso ao clube das reformas douradas, ligada há décadas a um partido político em torno do qual orbitou e que lhe permitiu uma escalada significativa ao andaime da manjedoura do erário público. E foi assim que nos últimos 12 anos da sua carreira ocupou um cargo de direcção do qual usou e abusou e se serviu, sobretudo em benefício próprio, atropelando os valores de verticalidade e integridade de que se diz portadora e arauto.

    Haja vergonha e sobretudo respeito pelos que pouco ou nada têm, pelos que efectivamente sofrem na pele uma austeridade e uma política que nada mais pretende que voltar a encher a manjedoura onde as M. Conceição Batistas e outros que tais adoram banquetear-se.

    Muito mais haveria para dizer, mas por aqui me fico.

  10. Tobias Lacerda says:

    De facto torna-se difícil, para quem conhece a autora desta carta aberta, não deixar de sentir um misto de vontade de rir e vontade de limpar o estômago. Assinando como “a reformada”, uma reformada que nenhuma relação tem com a esmagadora maioria dos depauperados reformados deste país, coloca-se no mesmo registo do outro reformado, o de Belém, que tanto se queixa da falta de recursos – seus e da esposa – para fazer face às despesas…

  11. Sei o que fizeste nos verões passados says:

    900.000€ que lhe devem, é para rir… Perguntem-lhe pelo cerca de 1 milhão de euros desbaratados em Angola num projecto absurdo montado para a servir pessoalmente. Perguntem-lhe pela reforma que chegou antes de tempo ou melhor a tempo, de a safar depois de ter sido corrida do cargo de direcção de uma entidade para-estatal por abuso e (não) gestão ruinosa. Eu que sou republicano, já estou como o outro: porque não te calas?

  12. Vitor Manuel Lourenco Antunes says:

    Uma picadinha na trazeira da orelha resolvia o problema!,,,,

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