Caro provedor,
Fui leitor e comprador do DN desde que o José Manuel Fernandes liquidou o “Público”. Até hoje. Um jornal que se permite publicar um retrato biográfico/perfil de Hugo Chávez sob o título, na versão on-line, de “Chávez: um caudillo dos tempos modernos” e, na versão impressa, de “o caudilho do pós-guerra fria que criou a nova Venezuela”, da autoria de Albano Matos, indicia uma falta de seriedade, rigor e isenção com a qual não posso, atento o estatuto editorial do jornal, conviver. Pois uma coisa é opinar acerca da figura de Hugo Chávez ou reportar o modo como alguma opinião pública e publicada o via ou vê, outra é, desrespeitando não só os valores jornalísticos acima referidos, como o povo que nele livremente votou e por isso a própria democracia, associá-lo a um ditador fascista que se perpetuou no poder pela subjugação violenta.
Sabendo que outros leitores do DN partilham esta opinião (atentos os comentários on-line recolhidos pela dita peça jornalística) e porque não deixarei de manter acesso a recortes de imprensa na área dos media, passando a ler o DN apenas por dever de ofício, gostaria de obter a sua opinião sobre o que entendo ser um atropelo deontológico significativo que põe em causa a integridade do jornal, visto que nos permite pensar que outros assuntos não serão por ele tratados com a equidistância que se exige.
Grato desde já
E com os melhores cumprimentos
João Pedro Figueiredo
Parece que alguém ficou chateado por não ouvir aquilo que queria ouvir, mesmo sendo verdade, e rejeita qualquer mensagem que se desvia um milimetro dos preconceitos que criou. E esse preconceito está tão entranhado que o leva ao extremo de rejeitar todo o mundo que poderá contrastar com essas ideias, por muito infundadas e mal-concebidas que sejam.
Uma coisa é sermos bombardeados por propaganda. Outra coisa é exigirmos sermos bombardeados por propaganda, e entrar em ressaca quando não recebemos a dose.
Como você recebeu a dose de propaganda que querias, já está mais calminho…
A tua dose de cogumelos? É dessa dose que falas,não é?Já agora tu sabes o que é propaganda? A sério?E preconceito?E mensagem?Leu uns livrinhos? Foi?Ai,ai….
não vivo nas favelas de Caracas, as maiores do mundo, apesar do ‘pitrol’
Podes sempre ir para lá ,cultivar as terras Indigenas,a sério pá.AGORA, ( na era da DITADURA CHAVISTA) , ao fim de 180 anos de Historia, mais 2 milhoes de hectares entregues e com pedidos de desculpa, por todo o sofrimento infligido aos povos Indigenas, foi unico, e foi o arranque …não lês?
És bem vindo.Vá, vai até lá….e já agora, se quiseres tambem tens AGORA , acesso ás Universidades, sem precisares de fazeres parte da ÉLITE DE CARACAS.Não sabias meu “democrata”?? O seu acesso era, antes de Chaves , COMO É ACTUALMENTE NO CHILE!!! Só jogas Playqualquermerda, e brincas nos blogues,por isso olhas para o dedo e julgas que é a Lua….a questão meu tótó, é esta, PORQUE É QUE HÁ BARRACAS, E HÁ QUANTAS DEZENAS DE ANOS?E ISTO APESAR DE SEMPRE TER HAVIDO PITRÓL???Hem?Tá lá?LOL, imbecil.
Desculpem qualquer coisinha… mas o que fazem os provedores?
http://www.eljueves.es/2013/03/07/una_preguntita_senor_chavez_tu_eras_revolucionario_dictador_ase.html
Armindo, só lhe tenho a agradecer de nos trazer esta genial peça!
Realmente, o El Jueves (que sai às Quartas), é dos meus “jornais” preferidos em Espanha!
O que o meu amigo acabou de fazer tem um nome: ser bufo. E o que pretende que o provedor faça também tem um nome: censura.Todos os que vivem na miséria das favelas em Caracas, com certeza, não partilham das suas ideias românticas sobre o novo “Ché”. Até parece que já todos se esqueceram das loucuras como o do cancro inoculado pelos EUA, inventadas apenas para os ignorantes deste lado do Atlântico, e os Venezuelanos que ele insistiu em manter na ignorância aplaudirem. Tenham dó!
Parece que acusar os lideres de outros países do mundo de estarem por detrás de uma conspiração provocadora de cancro é um comportamento muito racional e ponderado. Fechar o cadáver do defunto canceroso num caixote de cristal para os pobrezinhos irem ao beija-mão também é uma coisa de gente de bom senso. Tudo está bem com uma normalidade dessas.
Ao menos quem está por detrás dessas iniciativas normais, de encaixotar cadáveres para a populaça idolatrar, são aqueles que defendem a extrema igualdade entre pessoas. Imagine-se só se em vez disso essa gente defendesse que havia pessoas que valiam mais que as outras.
Eia! Tanta conversa de favelas! E nenhuma conversa sobre, por exemplo, democracia directa e assembleias populares e universidades do povo. Pergunto-me porque será. e pergunto-me porque será que quem mais se afanou em ‘denunciar’ o ‘ditador Chavez’ foi a classe média, sobretudo a emigrada – e por ‘problemas’ como por exemplo certos exercícios de redistribuição vertical. Que iremos ver agora quem é que vai pagar a dívida – se a classe média, se os pobres: porque ninguém acredita que a comunidade internacional, feliz com a morte deste ‘ditador da esquerda’, resolva perdoar a dívida acumulada desde as décadas de 1970-80, e com a qual as instituicoes financeiras globais tinham a Venezuela de Chavez agarrada pelos ditos cujos… ou acreditam?
Tanta ignorância também. Por exemplo: ‘ser bufo’, ó caríssimo aí acima, não é apresentar uma queixa pela falta de isenção de um ‘jornal’. Chama-se a isso, penso, ainda, o livre exercício da liberdade de expressão democrática. Ao resultado da queixa chamar-se-ia, se ele acontecesse, um exercício de preservação da isenção jornalística. Será assim tão fora do alcance de certas pessoas? Mas enfim, a ignorância é um estado voluntário. E eu tenho um problemazinho, nada de maior, diga-se, com a ignorância, e muito sobretudo se aliada (como infelizmente parece sempre vir, e não será generalização fácil da minha parte) ao sectarismo de direita.
(E já agora um desabafo: arre, que já cansa! O que esta malta que fala assim gratuitamente em bufos precisava era de ter vivido uns aninhos debaixo de Salazar – curava-os a todos, logo, logo, loguinho! E ensinava-lhes o que é ‘um bufo’, e a que cheira a censura, por falta de dicionário que lhes valha.)
Atão nã vê que o rapazola sabe o que é viver nas favelas,ele inté faz montes de imquéritos lá praqueles situs porra.E o que o rapazola pecebe daquilo…atão nã se tá mesmo a ver, que as favelas foi OBRA do Chaves….tadido.Ele é só “preocupações”…é assim mais…pois
LFP: bufa é a sua tiazinha e censura é a sua cega arrogância, que o impede de ver para além do preconceito. Mas vou ser pedagógico, em vez de vazar os intestinos pelos dedos…
Não estou a defender o que as pessoas como você odeiam em chavéz mas sim a deontologia jornalística. Uma coisa é dar opinião, como você acaba de fazer (uma opinião desinformada, pois passa como cão por vinha vindimada pelos indicadores de desenvolvimento), outra é manipular, chamando caudilho a quem foi esmagadoramente eleito em processos democráticos validados por observadores independentes de diversas organizações internacionais.
Se o artiguelho do DN integrasse uma coluna de opinião, nada haveria a apontar. Como não integra, deveria pautar-se pela isenção, valor fundamental da profissão que aqui foi abalroado. O Público, cuja diretora fez um depoimento oral miserável sobre a figura (vejam o site), porque assente em historietas de propaganda anti-chavista (conheço bem uma das que ela invoca, a do fecho das televisões, e posso assegurar que é falsa), não se atreveu, na matéria publicada, a cometer a desinformação que no DN repudio.
Deixem o morto ser enterrado com dignidade, pois se fez algum mal fez muita coisa. boa. E é doenIiote começarem a malhar num ser humano que acabou de morrer depois de grande sofimento Chma-sa a isso per
iodo de Nojo. Como as eleições são dentro de 30 dias, nessa altura, já as nossas emoções estão mais calmas e nessa altura podem vociferar à vontade. Para mim tanto faz embora acha-se o homem muito divertido e cool sempre com a resposta na ponta da língua. O resto é porca da POLITICA
João Figueiredo,
Foi a palavra caudilho que o abespinhou? É porque se foi, tome uma dose de dicionário ao deitar que isso passa.
Caro xico, tá giro o seu comentário, mas avaliar pelo dicionário a história e os seus revisionismos tentados é um conselho fraquito, não acha? É que o artiguelho do DN em causa pauta-se do princípio ao fim por uma comparação entre Chávez e o fascista Franco que, não tendo ponta por onde se lhe pegue, é sintomática da ignorância e leviandade com que se escreve hoje nos jornais. A palavra usada apenas denota um acinte ideológico de pacotilha que neste caso é desmontado às escâncaras pela evolução das condições de vida dos mais desprotegidos na Venezuela de Chavéz. Mas ser malévolo a coberto de um estatuto que ainda merece respeito, o de jornalista, já é filhadaputice que não se tolera.
Não li o artigo. O seu protesto pareceu-me centrar-se exclusivamente na palavra caudilho, daí o comentário, falha minha. É que caudilho está londe de poder ser considerado insulto. Quanto ao resto, terá concerteza razão, mas teria de ler o artigo para poder opinar.