Alterações nos quadros dos professores

O Ministério da Educação apresentou aos sindicatos uma proposta de alteração da composição dos quadros de zona mapa1pedagógica.  E, se calhar, é capaz de ser melhor o que isto quer dizer. Vejamos, os professores que trabalham nas escolas públicas podem ser contratados ou dos quadros.

Destes, os efetivos, há uns que pertencem aos quadros de agrupamento ou de escola, isto é, são docentes que, tendo horário, lecionam apenas na sua escola ou no seu agrupamento. E há também um outro conjunto de professores que pertencem aos Quadros de Zona Pedagógica que são, geograficamente mais amplos. Neste caso, por exemplo, um docente do QZP do Porto poderá dar aulas em qualquer escola do Porto, de Gaia, de Gondomar, de Valongo…

Ora, o que o MEC pretende alterar é a dimensão destes QZP. Hoje temos 23 QZP e querem reduzir esse número para 7. A consequência imediata desta proposta, como não poderia deixar de ser nos dias que correm, é o despedimento de milhares de professores. Como?

Simples – um docente do QZP do Porto, sem horário numa escola, está obrigado a concorrer aos concelhos do Grande Porto. Com a proposta do MEC terá que concorrer também para Viana, Braga, Vila Real e Bragança…

Está bom de ver que um docente que fique sem horário em Espinho poderá ter que concorrer para a Guarda e temos assim, a mobilidade geográfica um bocadinho, quase nada, aumentada…

Quem vai sobrar com esta mobilidade forçada?

Os docentes contratados, cerca de dez mil, que resistiram aos cortes do último ano.

Comments

  1. Observador says:

    Esta estratégia faz parte do plano para destruir o país começando pela destruição da escola como têm vindo a fazer e que sofre grandes avanços com mais esta pouca vergonha, destruição da saúde a começar pelo encerramento de serviços em muitos hospitais, tudo para criarem mais desemprego e assim atingirem os objectivos com vista à conquista dos prémios que o sistema lhes prometeu. E será que não há por aí alguém que lhes ofereça outra prenda qualquer?

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