A explicação da dívida e de porque não a vamos pagar

A prova de uma evidência, passe a expressão: nunca pagaremos a dívida, e também por isso deve ser denunciada e renegociada, também porque esta política económica não a faz descer. Este gráfico foi publicado por Francisco Louçã, e fica aqui juntamente com a sua explicação: previsao divida publica fmi

No último “Tabu”, na SicN, usei este gráfico, que aqui fica para ser estudado por quem quiser. A vermelho está a previsão da evolução da dívida pública portuguesa, segundo a folha Excel que o FMI utiliza (e que foi descoberta e revelada pela Iniciativa para a Auditoria Cidadã), e a azul o efeito nos cálculos do FMI se introduzirmos as previsões do Banco de Portugal para 2013 e 2014 (e uma versão optimista de evolução posterior em estagnação se a mesma política se mantiver).

O resultado é impressionante: mesmo que se mantenha o actual nível de impostos, de corte de salários, de destruição de emprego e de austeridade autoritária, a dívida nunca baixa e o problema torna-se perpétuo. Ou seja, Portugal explode se não anular parte da dívida e recuperar uma economia para o emprego e os salários.

Comments

  1. margarida soares franco says:

    Se formos caloteiros, tudo se resolve…à moda da esquerda e vamos passar a ter tudo à borliú, ahahahahahahahhahaahhaahahhahahahahahahahahaahah

    • Que engraçado. Que giro. Que asno.

      • o menino JJC não suporta um comentário e nem se apercebe que quem comenta é femea… uma daisy!
        talvez fosse melhor o meu caro dizer o que pensa sobre o assunto da dívida e como se paga, para ficarmos esclarecidos a seu respeito e assim haver um entendimento prévio do que lá vem!
        O menino não vai pedir perdão, pois não?
        Da divida, claro!

        • Ó Person Amorim, eu respondo a comentários, não respondo a pessoas. Ok, errei no género. Você enganou-se redondamente se pensa que uma mentira, um disparate e uma gargalhada merecem mais que a minha resposta. E vá lá pagar a dívida se é sua.

    • Esta praga nazi, é como os cogumelos. Apre.

    • Nascimento says:

      Como é “a moda da direita LIBERAL, mamona da teta do Estado, quando está á rasca para cagar”? Explica lá Guidinha? Desde quando, é que os teus Gurus de merda, deixaram de mamar á pala dos trabalhadores portugueses?Desde quando, deixaram de andar de mao estendida???E já agora qual “esquerda”? Ah ja sei, aquela que sempre disse aos “camaradas”, Ricardo Salgado, Ulriche, Americo Amorin, tantos outros ,que não se preocupassem que a esta merda precisava de era de CIMENTO?Ah ja sei, aquela esquerda, que rebentou com os Titulos de Aforro, dos CTT, para obrigar o portuga a ir lançar as economias na BANCA??? É essa a esquerda que te referes Guidinha???Mas estás enganada, ou então és parvinha de todo.Eu suspeito que não, tu sabes a VERDADE, …não sabes Guidinha??Só que como tanta merda de gente preferes mandar a porcaria á parede para ver se pega…mas, não te esqueças Guidinha: LAVA AS MÃOS.

  2. AACM says:

    La Palisse nao diria melhor….. agora fazer algo ? faz calos.

  3. almaria says:

    Fazer algo…
    Comecemos então por ir buscar à família e amigos do Oliveira Costa o dinheiro que foi e continua a ser roubado aos portugueses. Esses não serão os verdadeiros caloteiros?
    A seguir, se nos repetem até à exaustão que vivemos um momento tão excepcional que até obrigaria, na boca de alguns, à suspensão da Constituição e que levou esta cambada a rasgar os contratos de trabalho e não só, com milhares de portugueses por que não fazem o mesmo aos contratos com as PPPs?
    Rasguem todos esses contratos tal e qual como fizeram com os nossos porque, como eles dizem, o momento é excepcional.
    Faria calos…muitos calos.
    Isso é que era trabalhar. Isso era governar.
    Assim, tirar dos bolsos de alguns para tapar os buracos que os velhos barões, amigalhaços e tubarões fizeram e continuam a fazer, é fazer contas de merceiro.

  4. Reblogged this on primeiro ciclo.

  5. Não há forma de pagar, é verdade, mas desde o início que se trata de refundar o Estado, o Governo ventilou 4 mil milhões, pela minhas contas teriam que ser 10 mil milhões, mas com a “evolução” da economia acho que vai chegar ao 20 mil. bfds

  6. José O. says:

    Assim se vê a coerência de gente como o João José Cardoso. Num fôlego chama todos os nomes à classe de economistas porque qualquer previsão que fazem é falsa, mentirosa e inviável, mas logo a seguir põe-se a apregoar a previsão de um economista como sendo verdadeira, completamente honesta e certíssima.

    Mas afinal? Todos os economistas são um fraude ou só aqueles cuja opinião o João José Cardoso acha politicamente conveniente é que são verdadeiros oráculos dignos de canonização?

    • ” à classe de economistas”? deve ser a classe dos economistas sem classe… há uma diferença entre escolas económicas, e suas ideologias, e classes, embora pudéssemos aprofundar o tema, e ir discutir a ideologia de classe dessa classe de economistas.
      E esta “previsão” não é de um economista, é de vários, utilizando a formula do FMI, será que esses não têm classe?

  7. Luís says:

    Para recuperar os 1.350 milhões de euros porque não começar pelas rendas que as empresas do regime recebem do contribuinte e que lhes permitem pornografias como a que se segue?

    “O presidente executivo da EDP, António Mexia, recebeu 1,2 milhões de euros em 2012, a que se soma o prémio plurianual relativo ao mandato dos três anos anteriores, num total de 3,1 milhões de euros, segundo a EDP.

    No relatório e contas anual da EDP enviado à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), a eléctrica dá conta de que a remuneração fixa de António Mexia foi de 714.572 euros em 2012: 99.571 euros até 20 de Fevereiro, ocasião em que mudou o conselho de administração, e cerca de 615 mil euros a partir dessa data.

    O presidente executivo da empresa recebeu ainda 480 mil euros no ano passado em remuneração variável anual, relativa a prémios em função do desempenho da empresa.

    A estes valores somam-se mais 1,9 milhões de euros que Mexia recebeu em 2012, não em remunerações relativas ao ano passado, mas resultantes da atribuição de um prémio plurianual inerente ao mandato de 2009/2011. Tudo somado, o valor atinge os 3,1 milhões de euros.”
    (Público de 6 do corrente)

    Depois deste podia-se aplicar uma taxa sobre os imóveis dos bancos que não pagam IMI, podia-se também aplicar uma taxa de solidariedade às empresas monopolistas e ainda reduzir as rentabilidades das PPP de 15% para 5%!
    Aplicava-se a TSU às empresas não por trabalhador mas sim por riqueza produzida e fundiam-se as Câmaras Municipais e as respectivas empresas.
    Seria dado um prazo para as Fundações e Institutos fazerem um relatório sobre as suas actividades e concretização das mesmas recebendo os subsidios conforme a utilidade das mesmas.
    Punham-se os bancos a pagar os juros pelos 7.000 milhões de euros que a Troika tem em pousio para servir os bancos e que os portugueses pagam.
    Emitia-se dívida pública para os cidadãos portugueses comprarem, tipo títulos do Tesouro, bem remunerados mas abaixo dos juros que pagamos ao FMI/Troika e pagos semestralmente.
    Estas medidas podem ser aplicadas resultando delas verbas que podem ultrapassar as verbas do chumbo do TC.
    O problema é que o Ricardo, o Ricciardi, o Mello, o Mexia, o Bava, e mais meia dúzia não deixam!!!!

  8. José António says:

    João, esta notícia é que tem de começar a passar, e depois, como diz o almaria, os primeiros ter de encostar a barriga ao balcão terão de ser logicamente os que estiveram na génese da actual situação … mas com um povo que perceba isto, que escorrace esta gente que nos vem destruindo e eleja pessoas que usem a linguagem da verdade não só para ganhar votos mas para dar continuidade à palavra com uma prática que a dignifique, porque de burlões temos nós andado de governo em governo, viciando a democracia.

  9. almaria says:

    Apoiado , Luís.
    Isso é que era governar e resolver os problemas a sério.
    Infelizmente, agora parece que já vamos ter um “governo” de iniciativa presidencial e mais nada.
    PQP – é só o que apetece dizer.

  10. almaria says:

    Ó Margarida, eu não me importo nada que a Margarida continue a pagar a dívida, desde que não me obrigue a pagar a mim as dívidas dos que desenvolveram as suas “actividades económicas”, à sombra do estado. Esses ficaram com os lucros e os prejuízos é que foram nacionalizados.
    É que eu não devo nada, a ninguém.
    Não vivo, nem nunca vivi acima das minhas possibilidades.
    Por muito, que muitos, digam o contrário.

  11. Reblogged this on Azipod.

  12. João Malheiro says:

    Se os tipos da alta finança e congéneres não se chegarem à frente para resolver o problema com os seus compadres credores??????, será que os teremos que teremos de os empurrar com aguilhoes?

  13. João says:

    É verdade que a dívida é impagável mas nem por isso vejo Louça e outros que tais defenderem claramente que não devemos pagar e como consequência abandonar a União Europeia. Sim porque essa será a consequência. Dizerem claramente que estão dispostos a que Portugal passe por situação idêntica à da Argentina. Depois, este Louça e outros nunca tiveram uma palavra para o despesismo. Alguém ouviu os partidos da oposição insurgirem-se contra o aumento dos funcionários e das pensões muito acima da inflação, contra o brutal aumento de dívida pública ao longo dos últimos anos? Claro que não, o que sempre quiseram foi que o estado gastasse mais e não importava se o endividamento não tinha efeitos reprodutivos. São todos iguais, querem é agradar ao seu eleitorado para ganhar votos e poucos lhes interessa se afundam o país ou não.

  14. Não foi esta esquerda populista e demagógica que assinou de cruz as opções populistas e demagógicas do PS do sócrates?! Ora bem…mas a solução é fácil: o estado tem de injectar dinheiro na economia, criar emprego com mais obras públicas, dar liquidez aos portugueses que devem à banca, obrigar os bancos a conceder empréstimos às empresas e particulares em dificuldades, retirar rentabilidades às PPP`s (indirectamente aos bancos que as financiaram, cortar nas fundações e institutos (mandar uns milhares para o desemprego), acabar com as empresas municipais de água e saneamento (mais uns quantos para o desemprego). Poupavam-se aqui uns 0,0 € e ali aumentava-se a dívidas uns 5 mil milhões de €.
    Cortavam-se os vencimentos dos deputados (e por vezes das mães de alguns deputados que fazem trabalho de secretariado para o BE) em 40% e poupavam-se mais umas dezenas de milhares de € e passavamos a ter um nível de vida nórdico.
    Capisce?!

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