Do Decadente Socialismo Franco-Português

Houve um tempo, demasiado recente, em que gastar dinheiro em Portugal era todo o âmbito da política. O que importava fazer? Gastar. Em quê? Não importa. Importava gastar. Era o socialismo. Quinze anos dele.

Deu-nos estagnação do PIB, deu-nos facilidades amargas, dívidas à fartazana, facilitismo, falências, eleitoralismo absoluto, demagogia acima do interesse nacional, um inteiro cortejo guloso de políticos na gula gananciosa de rapar em pelo menos duas legislaturas. Mas agora temos Gaspar, o Marciano, alguém que não contemporiza com detalhes, não se apieda com choradinhos, não pensa eleitoralmente, nem se detém com impostores de Esquerda ou com as hesitações Moralistas Socialóides com demasiado boa consciência e as mãos vazias de economia, risco pessoal, em benefício dos pobres dos desempregados.

Graças a Gaspar, nunca a realidade deu tanta coça a um País mal-habituado, indústrio-desactivado, viciado em dinheiro tão natural como a nossa sede por anos e anos de socialismo optimista-comissionista. Deveríamos agradecer a Gaspar o dom da sova que levamos. Finalmente, há pancada em Portugal e levar porrada deixou de ser politicamente só garganta. Levar no focinho symbólica e moralmente era, há muito, uma necessidade nacional. Eça, por interposto Ega, advogava precisamente uma sova regeneradora, repleta de sangue e aprendizagem automática do orgulho português. Ora, aquilo que nos seria inoculado por uma brutal invasão espanhola, está a ser-nos ministrado finalmente por uma brutal tesourada social e uma abstenção solidária alemã.

Portanto, estamos à espera de um espancamento há pelo menos cento e trinta e três anos, tomando symbolicamente a data de publicação de Os Maias como ponto de partida. Por isso, nada de mariquices, pá. Controlem aí os paneleirismos sociais e a vontade de chorar. Agora é a sério. O socialismo decadente resultou no pior possível a um País só capaz do Ouro do Brasil ou dos Fundos Comunitários, de receber para não produzir, de negociar a perder a quota de produção e transformação do tomate, e incapaz de mais nada, especialmente agora que a Alemanha já não vai avalizar mais regabofe.

O que é o socialismo decadente? Não é só a falência das políticas e a ingenuidade negocial. É o padrão recorrente de demasiados dirigentes cujos actos e modo de vida falam por si, quer no refúgio parisiense, quer na treta comentadora que não faz acontecer, quer na covarde paralisia eleitoralesca e sondagística do Largo do Rato.

Mas os socialistas decadentes portugueses não estão sós. O decadente socialismo francês também está repleto de mentirosos em directo, contas em offshores escondidas, negadas e renegadas, lágrimas de crocodilo e sobretudo aquela paperasserie que bloqueia tudo aquilo que importa: a economia, mas não os swap, as PPP, a longa lista de merdas que nem o diabo vê.

Comments

  1. xico says:

    Ó homem, vossemecê não sabe que esta gente do Eça só lê as intrigas de alcova? E que o próprio Eça, que advogava sovas, aos outros vivia à custa de prebendas? Não sabe que a monarquia foi abaixo porque o país não conseguiu digerir a verdade de que não tinha os meios para gerir metade de África? (Questão colonial que depois iria ser desprezada e condenada ao opóbrio pela 3ª república) E não sabe que as verdades não podem ser ditas, assim, logo pela manhã, mas de madrugada quando ninguém está a ver ou a ouvir. Agora vai ver a sova que vai apanhar.

  2. Amadeu says:

    Gaspar no Planeta Marte … onde já se encontra o Palavroso.

    http://youtu.be/aGttsb6tBa8

  3. hugo.work.ferreira@gmail.com says:

    “Portanto, estamos à espera de um espancamento há pelo menos cento e trinta e três anos”. Vamos lá desmistificar estes “ismos”, que a lavagem cerebral anti Socialista está a ficar na “moda”, e felizmente, o único aspecto positivo resume-se a que os ressabiados made in Colónias ou visionários do “Estado Novo”, finalmente enchem o peito, saem dos armários e assumem-se em nome da PÁTRIA!

    Relembro que o Capitalismo (não este desregulado pelos mesmos Liberais, com o propósito que os mercados se autoregulariam, como se o ser o humano não fosse ganancioso quando meche com € / poder, sem ter organismos responsáveis e éticos a regularem), só conseguiu emergir de todas as outras alternativas porque permitiu a ascensão da classe média/média baixa, possibilitando a prosperidade á população. Assim, ao contrário do que apregoa, todas as crises sociais que emergiram desde o sec. XIX, devem-se a perspetivas como o Neoliberalismo.

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=574926792532688&set=a.471784452846923.109902.100000461163167&type=3&theater

    CONCEITOS e DISCURSO:

    “FALSO CONSENSO” (PARA PASSAR MENSAGEM PARA A OPINIÃO PÚBLICA DE UNIÃO E DISCUSSÃO ABERTA) Na CONSERTAÇÃO SOCIAL E RESTANTES PARTIDOS POLÍTICOS, QUANDO NA PENUMBRA JÁ ESTÁ TUDO DECIDIDO;

    “VIVEMOS ACIMA DAS NOSSAS POSSIBILIDADES”, VISÃO PUNITIVA DE CIMA PARA BAIXO PARA OS CIDADÃOS (OS OUTROS LÁ EM BAIXO);
    SACRIFÍCIOS EM NOME DA PÁTRIA;

    “MEDIDAS DE INCENTIVO AO CRESCIMENTO ECONÓMICO ILUSÓRIAS” (FICAM NA GAVETA, OU SÃO IRRELEVANTES), SEMPRE PARA JUSTIFICAR AS MEDIDAS DE CORTES/AUSTERIDADE;

    “POUPANÇAS” = CORTES CEGOS;

    “INEVITABILIDADE DE EMPOBRECIMENTO GENERALIZADO”; CARGA FISCAL ASSENTE NO MERCADO INTERNO/TAXAÇÃO DOS RENDIMENTOS DO TRABALHO (EX. CAIÚ A MÁSCARA COM A INFAME PROPOSTA DA TSU);

    “AUMENTO DESEQUELÍBRIOS SOCIAIS” E FALSA REDISTRIBUIÇÃO DAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE;

    “POLÍTICA DO MEDO” ASSENTE EM DISCURSOS DE PROPAGANDA/LAVAGEM CEREBRAL;

    “NÃO EXISTEM ALTERNATIVAS E AS ELEIÇÕES PARA NADA SERVEM”;

    “INCENTIVAR OS DEMAIS A DEIXAREM O PAÍS OBRIGADOS”, (SEM ALTERNATIVAS DE ARRANJAR EMPREGO), EM VEZ DE SER UMA OPÇÃO!

    OBJÉTIVOS PRINCIPAIS:

    REDUÇÃO DO CUSTO DO TRABALHO MANTENDO A TXA. DESEMPREGO NOS 20% FAZENDO PRESSÃO NO MERCADO TRABALHO = COMPETITIVIDADE MÃO DE OBRA BARATA, POUCO QUALIFICADA, IGNORANTE E RESIGNADA (BANGLADESH, CHINA, ÍNDIA). BORGES ASSUMIU LOGO EM 2011, PPC MAIS RECENTEMENTE, GASPAR NÃO PRECISA DE DIZER NADA E MERKEL JÁ ADMITIU QUE NÃO EXISTE OUTRA ALTERNATIVA.

    SETORES INTOCÁVEIS (ORGANIZADOs e COM OS MELHORE ADVOGADOS DO DIABO): GRANDES GRUPOS ECONÓMICOS, BANCA, MERCADOS LOBYSTAS/LIBERALIZADOS, ENERGIAS E COMBUSTÍVEIS PROTEGIDOS, SEM MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS APLICADAS; IMUNIDADE AOS SACRIFÍCIOS EM NOME DA PÁTRIA!

    ESTADO SOCIAL MÍNIMO OU INESISTENTE MAS SÓ PARA A POP. (NOVO ESTADO NOVO) = PAGAR MAIS POR PIORES SERVIÇOS; EDUCAÇÃO E SAÚDE ACESSÍVEL A 10% POP. (ELITES), DE FORMA A QUE O PODER DO CONHECIMENTO, INFORMAÇÃO, ETC. SEJA MUITO INFERIOR, E AS LAVAGENS CEREBRAIS SEJAM MAIS FÁCEIS DE PASSAR EM NOME DA PÁTRIA;

    CONSTITUIÇÃO: ARGUMENTO DE ESTAR DESATUALIZADA EM RELAÇÃO AO ATUAL CONTEXTO, TRANSFORMANDO DIREITOS (MÍNIMOS E NÃO ADQUIRIDOS) EM OBRIGAÇÕES E DEVERES PARA COM A PÁTRIA!

    SUGESTÃO: O AUTOR DO TEXTO (palavrossavrvs), E TODOS ESTES NEOLIBERAIS, INCLUSIVÉ O SR. P.R, CAVACO SILVA, IRÃO VIVER DURANTE 30 DIAS COM 500€, NO FINAL VEREMOS SE NÃO EXISTEM ALTERNATIVAS Á PROPAGANDA DO NEOLIBERALISMO QUE QUEREM APREGOAR PARA OS OUTROS 90% DA POP.

  4. Dora says:

  5. Palavroso à rasca says:

    Swaps: Conselheiro de Gaspar foi quem comprou dívidas fiscais para o Citigroup
    30-04-2013, por SÁBADO
    Swaps: Conselheiro de Gaspar foi quem comprou dívidas fiscais para o Citigroup
    A Stormhouse, boutique financeira da City de Londres que o Governo contratou para ter apoio especializado na investigação aos contratos tóxicos de “swaps” financeiros contraídos por empresas públicas, é chefiada por portugueses especializados em derivados, que tiveram posições-chave no banco britânico Citigroup.
    Paulo Gray, responsável pelo escritório da Stormharbour em Lisboa, foi o administrador-delegado do Citigroup que, em 2003, assinou o polémico contrato com a ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite para a titularização das dívidas fiscais no valor de 1,7 mil milhões de euros.
    Tanto Paulo Gray, como António Caçorino, managing principal da Stormharbour, são especialistas em produtos derivados desde os anos 90. Segundo do currículo de Gray no site da empresa, fez carreira no Citibank em Portugal, focado em estruturar e vender “transacções complexas” para clientes portugueses e em apoiar empresas locais a aceder aos mercados internacionais de capitais. Paulo Gray não respondeu às perguntas enviadas pela SÁBADO.

  6. nightwishpt says:

    Não te trates não… Que sejas dos primeiros a morrer de fome.

  7. celesteramos.36@gmail.com, says:

    Isto que é dito é mais complicado do que uma meada de lâ apanhada por um gatinho que brinca brinca e fica sem ponta por onde se lhe pegue – não sei o que Bagão Feliz está a fazer no Canal Q e a falar de árvores e plantinhas e como é membro do conselho de Estado diz que o PR fala como as árvores e sentindo o “silêncio” porque as arvores não “falam” e que a sua morte – das árvores – são as suas “raízes” – e a despesa social não é a primeira prioridade mas é necessário – e não sabe o que pensa do aborto o ministro das finanças – mas tem de dar esperança que segundo ele é um empréstimo à felicidade – bem tanta elegoria é o mesmo que escrever um livro sobre árvores como ele fez – – conversa de mais ou menos malucos

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