Marinho Pinto será naturalmente parvo?

“Um homem a fazer de mãe ou uma mulher a fazer de pai” não são “uma família natural”.

Comments

  1. afonso says:

    marinho e pinto é parvo !

  2. Eu também sou!

    É verdade, Carla! 🙂

    Assumo, sem qualquer sentimento de ofensa, que concordo com Marinho Pinto!

    • Isabel, não estou de acordo consigo, mas a sua opinião só a vincula a si. Não é o caso do bastonário da OA.

      • Claro, Carla. Mas a verdade é que há muito mais pessoas da opinião do Marinho Pinto e da minha do que aquilo que se possa julgar. Simplesmente, porque é um tema muito polémico e a maior parte das pessoas não quer comprometer-se, a voz que mais se ouve é a contrária, ou seja, a favor da adopção por casais do mesmo sexo.

    • Isabel , sem ofensa, eu sou da opinião que gente preconceituosa, limitada e hipócrita como a cara, é que não lhes devia ser permitido ter, ou adoptar filhos. Gente que não se importa de ver crianças viverem numa instituição uma vida inteira, gente que é capaz de conhecer maus pais, más mães, que é capaz de ter na própria família e amigos péssimos pais e que nada faz, mas que acha que o fundamental para se ser bom pai, é ter uma vagina e um pénis. Gente burra, assim, não deveria ter direito a per pai, ou mãe.

      • Meu caro, se me permite, devolvo-lhe, incólumes, todos os insultos que pretendeu oferecer-me.

        Quando V. Exa. aprender a defender e argumentar as suas posições sem recorrer à baixeza do insulto, talvez, nessa altura, eu contra-argumente e ambos possamos sair daí mais enriquecidos. Até lá, não se dê ao trabalho de insultar pois ficará sem resposta.

        • MAGRIÇO says:

          Pronto, Isabel! Lá atraiu a ira da comunidade! E os burros são os outros…

          • 🙂 Pois foi! Mas, ó Magriço, responda-me lá: porque é que não há-de ser possível ter opiniões divergentes e ser respeitoso e cortês para com o opositor?

          • 🙂 Pois foi!

            Mas, ó caro Magriço, diga-me lá uma coisa: porque é que não havemos de ser respeitosos e corteses com aqueles que têm opiniões diferentes? Aprenderíamos todos muito mais se aprendessemos a argumentar educadamente…

          • MAGRIÇO says:

            Creio, Isabel, que não há uma só resposta: há profundos défices culturais, há hábitos adquiridos no seio familiar, há limitação intelectual que muitos julgam compensar com o insulto e o palavrão e, muitas vezes, uma amálgama de todos eles. Mas este tema da homossexualidade está hoje relacionado com um fenómeno social bem curioso, que é “a moda”. A homossexualidade é, possivelmente, tão velha como a existência humana, mas era rara e considerada como desvio comportamental inato. Hoje a sociedade, que sente necessidade de afirmação e de se mostrar evoluída, tem feito consideráveis esforços para que o fenómeno seja considerado “normal”. E, tal como no século XVI aderiu em massa ao hábito de fumar, porque era moda, e mais tarde às tatuagens e aos piercings, hoje cola-se ao movimento gay com o mesmo sentimento de cruzada. Não é a homossexualidade que me incomoda, porque cada um é livre de escolher o seu próprio caminho: é a “doença” social que estes comportamentos revelam e a que não escapam mesmo as mais insuspeitas personalidades. A propósito, não resisto a citar um texto de Miguel Esteves Cardoso:
            «Na Europa, cada manifestação “do orgulho Gay” contou, em média, com 100.000 pessoas. Cada manifestação contra a Corrupção teve, em média,
            cerca de 2.500 pessoas! Estatisticamente, fica provado que há mais
            gente a lutar pelo direito de levar no rabo, do que lutar para não ser enrabado.»

          • Caro Magriço, já tinha saudades de o ler e de aprender com os seus comentários sempre pertinentes! 🙂

            Acho que tem toda a razão. É realmente uma questão de moda. Tal como refere, e muito bem, a chamada “evolução” social tem acontecido por impulsos motivados por modas.
            O que, no entanto, me aflige, é que esses impulsos, essas modas que marcam épocas, têm vindo a afastar cada vez mais o ser humano do equilíbrio natural, do senso comum. A direcção que leva esta “evolução”, a meu ver, só pode redundar em degradação e decadência.

        • “Cara” Isabel, não são insultos, é mesmo a verdade. Quem defende o que a senhora defende, fá-lo por puro e simples preconceito. Não há nada que argumentar consigo, porque não tem um único “argumento” com que possa contrapor. A verdade é que temos instituições cheias de crianças que em vez de pais, têm funcionários, temos uma imensidão de casais heterossexuais que desprezam os filhos que têm, temos crianças ao abandono e no entanto, há “gente” como a “Cara” que por PURO E SIMPLES PRECONCEITO prefere isso a que uma criança seja bem tratada por duas pessoas, apenas por serem do mesmo sexo as duas. Eu acho muito bem que haja diferenças de opiniões entre as pessoas, o que eu não acho nada bem, é que haja muita gente, como é o seu caso, que acha que a sua opinião pode prevalecer sobre a vontade de outras pessoas quererem ser e querem fazer alguém feliz. Em relação a pessoas como a “cara”, não me consigo conter sem dizer aquilo que me vai cá dentro. E se para si é um insulto, azar. Antes mal educado, do que hipócrita. Para acabar tenho a dizer aos que estão para aqui a dizer, ou querer fazer crer que estes assuntos são provocados por serem “moda” (“estranhamente” é o mesmo argumento que ouço quando defendo o fim de touradas e mau tratos animais, ou da redução do consumo de carne), tenho-lhes a dizer, que se acham que “levar no rabo” ou decidir ser-se, ou ter-se, um comportamento homossexual, é algo que pode ser condicionado por ser “moda”, então deviam rever bem as vossas opções, porque se consideram que uma moda pode levar alguém a isso, é sinal que os próprios, estão muito longe de serem heterossexuais. Um homem 100% hetero não aceita “levar no rabo” (nem dar), por mais moda que seja… Imagino que para as mulheres se possa dizer o equivalente.

        • MAGRIÇO says:

          É muito gentil, Isabel, mas, tirando a Matemática e no universo limitado dos meus alunos, não tenho a pretensão de ensinar nada a ninguém. Limito-me a dar a minha opinião com toda a honestidade intelectual de que sou capaz, mas reconhecendo sempre as minhas limitações e sempre seguindo o princípio que ninguém é dono da verdade. Reconheço que reajo sempre mal a estereótipos sociais de pretensa modernidade, não como crítica a quem a eles adere – isso pouco me importa! – mas à tentativa patética de os impor como norma. Neste contexto, acho que todos aprendemos uns com os outros, e até com aqueles que lidam mal e desabridamente com as opiniões contrárias, quanto mais não seja como exemplo do que não se deve fazer quando se debatem ideias. Concordo consigo quanto ao perigo de uma decadência da sociedade, motivada por uma inversão de valores em que as ambições de quantidade se sobrepõem às de qualidade, e em que cada um se põe em bicos de pés para disfarçar a sua pequenez. Mas tenho esperança que a sociedade um dia amadureça e aprenda a encontrar o equilíbrio.

          • Caro Magriço, só pelos seus dois comentários neste post já valeu a pena aturar a mesquinhez e os insultos de alguns.

            Talvez, tal como espera, a maturidade chegue um dia ao ser humano e a nossa civilização comece a despertar para o que realmente importa. Entretanto, a minha esperança também se vai mantendo porque, aqui e acolá, vou encontrando pessoas com a sensatez que deveria caracterizar o ser humano. E o Magriço é uma delas! Obrigada!

      • Atenção que a opção nunca foi OU são adotados por casais homoxessuais OU ficam nas instituições…isso é uma falácia argumentativa…

    • Maquiavel says:

      Também eu concordo (mais uma vez) com Marinho Pinto.
      “Um homem a fazer de mãe ou uma mulher a fazer de pai” podem ser uma família normal, mas por mais voltas que lhe dêem, não são uma família natural.
      Como tantas coisas no Mundo que säo normais, mas que näo säo naturais…

  3. Francisco Santos says:

    Marinho Pinto faz-se de parvo. Naturalmente.

  4. É muito mais natural as crianças serem criadas em instituições onde não há nem homens a fazer de mãe nem mulheres a fazer de pai, apenas funcionários, que são cada vez menos, e por isso encontram cada vez menos tempo para acarinhar as crianças. É muito mais natural que uma criança esteja desde os 18 meses de idade até aos 8 ou 10 anos sem ter uma família, seja ela hetero ou homo. É muitíssimo mais natural que as crianças cresçam sem saber o que é ter o seu próprio espaço, as suas próprias roupas, os seus próprios brinquedos. Ou, como aconteceu com o filho adoptado de uns amigos, chegar a casa e não saber o que é um fogão ou um frigorífico, porque simplesmente nunca tinha entrado na cozinha da instituição
    onde vivia desde bebé e de onde saiu com quase cinco anos.

  5. O meio envolvente mais próximo duma criança – pela positiva ou negativa -, condiciona de forma permanente o adulto que virá a ser. Cabe ao Estado, enquanto representante da comunidade, garantir que nos casos em tenha a responsabilidade directa de intervir, proteger a criança contra formas de vida, que embora toleradas e aceites como direito à diferença, não são regra, nem ordem natural… Aceitar a adopção por casais do mesmo sexo é antes de mais servir os interesses (talvez egoístas…) de alguns, relativamente a uma maternidade impossível, do que zelar pelos direitos das crianças, dessa forma sujeitas a uma socialização peculiar e até, sejamos realistas, eventual motivo de discriminação por parte dos seus pares.
    Infelizmente há pessoas que não distinguem o respeito da sociedade pelas opções sexuais de cada um, com a transformação dessa tolerância na obrigação compulsiva de aceitar que esse comportamento alternativo influa na vida de terceiros, neste caso as crianças…
    Conclusão: o Marinho Pinto é parvo, mas neste caso, teve um vislumbre de lucidez… 😉

    • Excelente exposição, Luís! Se me permite, faço minhas as suas sensatas palavras!

      • Obrigado 😀

      • Ricardo Santos Pinto says:

        Parafraseando alguns comentadores anteriores, é muito melhor e muito mais natural viverem para sempre numa instituição. Aliás, é muito melhor não terem família e nunca virem a ter. É do mais natural que há.

        • Eu poderia falar do equilíbrio intrínseco da natureza quanto aos seus aspectos masculino e feminino. Poderia falar dos arquétipos “anima” e “animus” de Jung e dos princípios “yin” e “yang” das tradições orientais. Poderia falar das partículas, em termos de Física, que, mesmo a milhares de anos-luz de distância, quando uma altera a sua polaridade, a outra imediatamente assume a polaridade oposta. No entanto digo, apenas, que sou a favor do equilíbrio. E acrescento, apenas, que evolução social não é aceitação de desequilíbrios nem suprimento de falhas com falhas.

  6. nightwishpt says:

    O homem diz umas coisas fantásticas a defender o estado de direito, mas tem disto.
    O que é uma família natural? É um casal de brancos? É uma família onde o homem é do Benfica e bate na mulher? Têm que ser católicos e ir à missa ao Domingo? Não são comunas e acreditam no regresso aos mercados?
    Não existem famílias normais, são todas disfuncionais.

    • Maquiavel says:

      O que é uma família natural? É uma que se rege pelas leis da Natureza. É uma em que o macho impregna a fêmea e gera descendência.
      Adopçöes (hetero ou homo) säo excepçöes a esta simples regra natural, i.e., da Natureza.

      • nightwishpt says:

        As famílias em si nem sequer são naturais. A monogamia nada tem de natural. etc.

  7. Nem há famílias “naturais” nem há “homens a fazer de mãe e mulheres a fazer de pai”, nem a identidade sexual se transmite por contágio (se assim fosse, não haveria homossexuais).
    Nestas discussões tende-se a falar de um modelo familiar que tem pouco a ver com a realidade de hoje. Olhem à volta e digam-me quais são as famílias “naturais”.
    E quanto ao preconceito e à discriminação por parte das outras crianças, não podem ser combatidos evitando a diferença. Conheço quem tenha enfrentado esses problemas porque, tendo uma filha biológica, decidiu adoptar outra filha. Negra.
    As crianças precisam de pais que as amem e se comprometam com esse projecto de paternidade e de maternidade, e que, Luis FA, para mim não tem nada, mas rigorosamente nada, de egoísta.
    Se há amor e compromisso, coisas secundárias como cor de pele, idade, profissão, ou orientação sexual não fazem de nós maus pais.

    • A sociedade – no Ocidente… – já assimilou os direitos dos homossexuais. E fê-lo em nome das liberdades individuais. Em sentido simples: que “cada um que faça de si o que quiser desde que não afecte terceiros”… Neste caso pode afectar, condicionar, potenciar problemas. O Estado não deve adicionar às ameaças existentes nas famílias convencionais a possibilidade de novos desvios em “famílias experimentais”… Até porque – muito friamente -, há que reconhecer que o meio homossexual é muito específico, muito “concêntrico” em relação à vivência sexual e também muito instável (e em muitos casos, promíscuo…). Há excepções… Mas excepções não são regra… Acredite que por mais “coração” que se coloque no assunto, “doar” uma criança a um casal homossexual é um “tiro no escuro” que uma comunidade, em nome da criança e dos seus direitos, não deve permitir-se.
      Aceitar os direitos individuais é uma coisa, e um valor fundamental da nossa civilização, mas permitir que uma minoria venha impor os seus interesses e valores aos demais, é algo completamente diferente…
      (usei antes o termo egoísmo, por ser de facto o adequado…).

      • Magnífico, Luís! Se estivesse aqui dava-lhe um abraço!

        São estas opiniões, estas formas de encarar a vida, que me fazem manter uma réstia de esperança no futuro da humanidade…

        • antonioG says:

          Incrível o que se faz com a palavra “natural”. Querem natureza? Então abandonem as crianças à sua sorte / morte, quando lhes morre a mãe/pai. Isso é natureza. Querem natureza? Então a lei do mais forte é A lei. A Isabel G., que quer tanto abraçar o Luis, imagino que seja uma amazona capaz de se defender das hormonas masculinas do Luís, se ele resolver deixar a natureza levar a semente a bom porto. Pois é, meus amigos, o homem também é natureza, mas não é só natureza. E a cultura e a civilização constroem-se, pondo em causa a bestialidade que há dentro de nós. Há uns anos atrás, Isabel, as mulheres, naturalmente, não tinham direito a opinião pública. Podia agora fazer uma piadinha, mas fica nas entrelinhas.
          (Nota: o G no meu nome nada tem a ver com o G da Isabel. Ponto. G nem sempre é genético)

      • “Tiros no escuro” são todas as relações, todas as “famílias”. É muito mais “Tiro no escuro” um qualquer casal que tenha um filho biológico, podendo-o ter independentemente de tudo de mau que possam quer o pai, quer a mãe ser, do que um casal do mesmo sexo ESCOLHIDO DEPOIS DE UM PROCESSO AVALIADO por órgãos competentes. Já agora, vem falar em “minoria”, abra os olhos. Quem felizmente já está em minoria, é quem tem as suas ideias, e os seus des-valores. O simples facto de ter aí a Isabel a dar-lhe os parabéns, é uma mostra do quanto está errado. O futuro da humanidade… pelo menos livres das fogueiras da inquisição, parece que já estamos, mas não foi graças às falinhas mansas que tal acabou. Provavelmente na altura foi algum “mal-educado” que lhes pôs fim 🙂

      • Ricardo Ferreira Pinto says:

        O Luis é muito preconceituoso. Não é verdade muito do que diz sobre os homossexuais. Que são todos uns promíscuos e uns violentos, à excepção de uma pequena minoria. Claro, os homens hetero nunca têm amantes e nunca molham a sopa nas parceiras. Ah, mas aí a excepção é ao contrário.

      • não haja dúvidas, luís, que a homofobia é a melhor defesa do seu argumento. tanta insegurança, deus meu!… tanta ignorância.
        avance estudos, homem! não se fique pela saliva. ou acha que alguém com dois dedos de testa, à excepção da isabel g (coitada), vai no que diz? acha que todos nós saímos agora da caverna e estamos contentes com as sombras, ofuscados pela luz da sua imensa sabedoria?
        sabe o que lhe digo? eu não gostaria mesmo nada de ser adoptado por si.

        • Coitada será a sua mãe que tão apalermado ser gerou! Ou você pensa que a inteligência e o bom senso se aprendem com “estudos pré-formatados”, com o pensamento bem domado e limitado a uma caixa do tamanho do cérebro de uma galinha?

          Sabe que mais? Nem citando Platão você será alguma vez capaz de atingir alguma maturidade como ser humano! Você é dos tais para quem os estudos só servem para se exibir à custa de citações; à parte disso não tem cérebro para digeri-los e chegar a conclusões próprias. Enfim, você é apenas mais um membro da manada global.

          • ô crida! mas você ataranta-se!
            a minha mãe, que você não faz a mínima ideia de quem seja, não é um simples ponto g no universo das caixas de comentários – é uma senhora nos provectos 75, infectada pelo alzheimer e que, ainda assim, a bate aos pontos na lucidez.

            será que, de tudo o que escrevi, apenas conseguiu fixar uma palavrinha, coitada? e quanto ao resto? ficamo-nos por aqui?

            se não, diga-me lá quais os estudos pré-formatados a que se refere, e quais as citações que profiro, para que eu, com este cérebro parido naturalmente, possa então chegar a conclusões que, sem si, nunca conseguiria ter. se sim, confirmam-se as minhas suspeitas.

            é verdade. sou mais um membro da manada global. insisto: manada global. isso deve valer alguma coisa.
            você, querida, é apenas mais um peixe no aquário perguntando “mas que raio é isso de água?”.
            repito: coitada.

          • 🙂 Quanto mais se abespinha, mais se amesquinha! Muita casca e pouco miolo.

      • nightwishpt says:

        O Luís não conhece heterossexuais suficientes se acha que isso é um problema dos homossexuais.

  8. Konigvs says:

    De parvo ele tem muito pouco, agora essa argumentação é digna de um idiota chapado, mas também depois que vi um advogado ao ver fotografias de uma mulher espancada, dizer que aquilo não servia de prova pois trata-se de um ficheiro e não de uma fotografia já nada que um advogado diga me surpreende.
    E nada disto aconteceria se o PS tivesse aprovado a lei completa aquando da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, em vez de ter andado a aprovar leis aos bochechos, para ir satisfazendo a coutada bloquista. Já na questão do aborto, por exemplo, em que também foram precisos dois referendos e 20 milhões de euros deitados ao lixo para se aprovar uma merda de uma lei que hoje ninguém contesta.
    Fazer as coisas pela metade depois dá nestas aberrações.

  9. Hugo says:

    Do ponto de vista legal, a Constituição diz que ninguém deverá ser discriminado pela sua orientação sexual. Dizerem, portanto, a um casal homossexual que não pode adoptar, porque é homossexual é uma clara violação daquele princípio. Não se trata de uma minoria querer impor a sua vontade a uma maioria, tratar-se sim da aplicação de um princípio geral consagrado na lei fundamental (já agora tenho a certeza que a maioria aprovaria uma diminuição de impostos e não é por isso que ela se verifica). Evocou-se o facto de o casamento não afectar terceiros. Não é verdade. O casamento afecta terceiros, por exemplo, no que respeita a heranças ou direitos sobre património.

    Do ponto de vista social, igualar é a melhor maneira de combater a discriminação.

    Do ponto de vista biológico, equacionar sequer que o filho adoptivo de um casal homossexual vai ser homossexual é simplesmente imbecil. Isso seria tão idiota como dizer que casais heterossexuais são garantia de filhos heterossexuais. Se assim fosse, de certeza que não estávamos aqui a comentar este post.

    Do ponto de vista prático, será obviamente melhor para uma criança crescer no seio duma família homossexual do que numa instituição de acolhimento, obviamente, se as entidades responsáveis entenderem que o casal homossexual tem condições para receber a criança. Ao contrário do que muita gente pensa, adoptar não é a mesma coisa que ir ao canil escolher um cão ou satisfazer um capricho momentâneo de maternidade.

  10. antonioG says:

    Incrível o que se faz com a palavra “natural”. Querem natureza? Então abandonem as crianças à sua sorte / morte, quando lhes morre a mãe/pai. Isso é natureza. Querem natureza? Então a lei do mais forte é A lei. A Isabel G., que quer tanto abraçar o Luis, imagino que seja uma amazona capaz de se defender das hormonas masculinas do Luís, se ele resolver deixar a natureza levar a semente a bom porto. Pois é, meus amigos, o homem também é natureza, mas não é só natureza. E a cultura e a civilização constroem-se, pondo em causa a bestialidade que há dentro de nós. Há uns anos atrás, Isabel, as mulheres, naturalmente, não tinham direito a opinião pública. Podia agora fazer uma piadinha, mas fica nas entrelinhas.
    (Nota: o G no meu nome nada tem a ver com o G da Isabel. Ponto. G nem sempre é genético)

  11. esta caixa de comentários revela, na sua grande parte, o “pensamento Marinho Pinto” – começa pela defesa da tal “família natural” como argumento máximo, sabe-se lá como, para a preservação dos interesses da criança; e acaba com a “teoria da evolução civilizacional”, dizendo que “é cedo demais”, que “não estamos preparados”, que as crianças “sofrerão sevícias preconceituosas”.
    é triste e lamentável. nenhuma das objecções é suportada por qualquer estudo, excepto a última: o preconceito começa em casa e, se estão realmente preocupados com ele, é por aí que devem começar a proteger as crianças que têm dois pais ou duas mães. (para quem não saiba, não há homem que faça de mãe ou mulher que faça de pai – essa é, para todos os efeitos, uma “gralha linguística” do português. os anglófonos há muito que resolveram a situação usando o termo ‘parent’)
    é pena ver tanta pacovice junta a contestar um assunto de tal gravidade.

    • Maquiavel says:

      Eu até sou a favor da adopçäo por casais homo, assim como por adopçäo por casais hetero. Desde que haja amor, é indiferente. E também sou a favor da remoçäo de crianças maltratadas pelos pais, sejam homo ou hetero.
      Agora näo me lixem é ao tentar deturpar o sentido das palavras. “Natural” é isso mesmo, provindo da Natureza. E na espécie humana a reproduçäo ainda näo é assexuada, por mais que haja quem o queira. Mas näo é isso que está em causa. Por isso eu näo defendo “famílias naturais” nem “famílias artificiais”, defendo “famílias com amor“!

      • estamos a confundir funções reprodutivas com família, não? a pergunta é: em que medida os órgãos reprodutivos de dois seres humanos limitam a sua função parental? e, se não limitam, porque é que, tratando-se de um casal com dois testículos ou dois ovários, essa limitação poderá existir fora da nossa bolha preconceituosa?

        e depois, a “natureza”… qual a relação do homem com a natureza? adaptá-la a si, como tem vindo a fazer com os resultados que conhecemos; ou adaptar-se a ela, construindo novas vivências? parece o contrário, não é? mas não… é isso mesmo.

  12. Konigvs says:

    Interessante refletir como discutir os direitos dos homossexuais é dos poucos assuntos aqui no blogue, pelo menos que me tenha apercebido, em que as pessoas que aqui comentam abandonam logo os argumentos e partem logo para os ataques pessoais. Agora imagine-se se os homossexuais e lésbicas não estivessem na “moda” como alguém disse!

    • nightwishpt says:

      Eram eles a receber os insultos e até agressões físicas e assassinatos.
      Ah, espere, isso ainda acontece.

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