O exame de matemática da 4ª classe

Está feito o segundo exame do 4º ano – depois de terem realizado o de Português hoje foi a vez dos pequenitos se sentarem perante o exame de matemática.

E, tal como a Associação de Professores de Matemática, também eu considero que os exames são um mal desnecessário – são um instrumento de regulação que não acrescenta qualidade, antes pelo contrário.

Algures ali pelo Freixo, além da ponte e da Marina, desaguam dois cursos de água – o Torto e o Tinto. Há quem lhes chame rios e um até dá nome à terra dos melhores habitantes desta casa, o Aventar.

Não é preciso fazer o cruzeiro das três pontes para perceber que ao Douro chega, também, mais do que a água vinda lá dos Picos da Serra de Urbião, nomeadamente, os esgotos do Porto e de Gaia e muitas outras realidades, deslocadas do conteúdo deste post que começou por ser de matemática.

Não me parece honesto exigir que algures na Afurada se possa exigir um Douro fantástico e limpinho (sim, limpinho, limpinho, limpinho).

Pois, Crato imagina o exame da 4ª classe como um processo que na foz do curso vem resolver todos os problemas. Infelizmente, como não sabe mais, não percebe que está completamente enganado.

Não só não resolve, como consegue gerar novas dificuldades e nem estou a pensar na estúpida medida de andar a transportar crianças de nove anos de um lado para o outro.

Mas, além de criar dificuldades na foz, Crato está também a sujar e a poluir todo o curso anterior – quando exige mais horas aos professores, está a tirar horas aos alunos que ficarão, por isso, com menos horas para se prepararem para o exame: é que em educação dar mais do mesmo costuma significar subtrair. Mas, contas não é a especialidade deste governo.

Quando junta trinta meninos na mesma sala está a contribuir para piores exames e quando corta no apoio aos meninos que dele necessitam está a criar mais dificuldades.

Diria, para concluir o post, que já vai longo, que Crato está a fazer tudo, mas mesmo tudo para estragar o Douro para, na Afurada, poder atravessar o rio e do outro lado, da “FOZ” dos ricos poder dizer – estão a ver? É assim que está a Escola Pública: suja, estragada e sem qualidade. Se calhar é melhor ir para outras paisagens mais “privadas”!

 

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