O puto explorador – de pequenino se torce o pepino

Quer lá saber que os operários ganhem o ordenado mínimo. Desde que venda as suas camisolas.

Comments

  1. margarida soares franco says:

    O que ele disse foi que é preferível ganhar o OM a ficar sem emprego. Por aqui prefere-se o contrário…tristeza !!!!!!

    • Maquiavel says:

      E é preferível comer merda do que näo comer merda nenhuma, näo é?

  2. Pedro Pinto Nunes says:

    Caros amigos.
    Sou de esquerda tal como vós. Tenho perfeita noção do que se passa neste mundo de capitalismo desenfreado e todas as consequências.
    Contudo, não me pareceu nada bem, porque vi o Prós e Contras a tal senhora (que gostei de ouvir durante todo o programa, excepto neste caso), que se dirigiu ao miudo e perguntou-se se ele tinha noção do que a atitude empreendedora que ele estava a ter violava algum príncipio do direito de trabalho, etc.
    Pelo amor de Deus. O miúdo tem 16 anos! É jovem, tem uma vida pela frente, tem que saber como é feito o mundo, mas pelo amor da Santa! Ele não tem 30, 40, 50 ou 60 anos para até ter noção daquilo!
    Há que ser menos fanático nas suas ideias… Ou será que quem pensa o contrário tem a obsessão de ver produto a produto a origem do que compra e se isso foi ou não elaborado com recurso a mão de obra barata?!
    Não queiramos ser mais papistas que o papa!

    • Zuruspa says:

      A Raquel só lhe fez perguntas, as mais óbvias e naturais, porque o Martinho tem tanta noçäo de como funciona o mundo como a minha cadela.
      Já vivi muitos anos em Portugal e no mundo, e sei que quem monta uma empresa com 15 anos… é porque tem os papás a enterrar lá o graveto, a untar mäos para meter o negócio a andar, e mais näo digo…
      A culpa näo é do Martinho? Pois näo. Mas a Raquel Varela tem de fazer as perguntas incómodas… e só no Tugal bacoco e javardo aquela de “ai ganham uma esmola mas é melhor que estarem desempregados” é aplaudida. Num país decente o puto seria apupado.

      O quê? Foram só as tias de Cascais (como o Martinho) que aplaudiram? AH, pronto, compreendo…

      • André F. says:

        Não, a raquel fez acusações. Primeiro acusou-o de andar a explorar chineses. Ao ser apontado que ela andou a inventar ela passou a acusar o puto de andar a explorar portugueses. E tudo porquê? Porque o puto disse que fornecedor era português.

        Haja mesquinhez.

  3. antonio joaquim says:

    Detesto o Martim porque estão-lhe a escaqueirar a porta, a leva-lo ao colinho, a fazer-lhe a papinha toda porque é um miudo mas que responde como um adult. Como ele há algumas dezenas de outros jovens a procurarem lançar-se por conta própria. Como o Martim temos milhares de ciganos nas feiras e mercados deste país que são perseguidos por venderem “imitações” de marcas, que é o que o Martim faz.

  4. Hugo says:

    Que tristeza de post e de comentários. O miúdo devia era ficar em casa a jogar playstation e a exigir aos pais “ténis” de marca, como os filhos da outra. Mas não, cometeu o crime de ter uma ideia de negócio e de tentar ganhar dinheiro por conta própria. É um porco capitalista. Ou neste caso, um leitão capitalista.

    Gostaria de perguntar às virgens ofendidas se sabem quanto ganha o operário que montou o computador, tablet, smartphone onde escrevem essas baboseiras; se fazem questão de não comprar nada que diga made in China (então mas a China não era o paraíso vermelho do proletariado?); se vão ao Pingo Doce comprar os abacaxis ou os melões mais baratos ou se vão à mercearia da esquina arriscar comprar mais caro e se calhar deixar o carro em segunda fila ou a meio quilómetro de distância; ou então se vão à Zara comprar aquela camisa tão gira e tão barata.

    Deixem-se de hipocrisias. O puto conseguiu montar um negócio viável – coisa que muita gente hoje em dia não quer ou não consegue – e que pelos vistos também exporta, ou seja, faz entrar dinheiro na economia nacional (do qual uma grande percentagem vai para o Estado e se calhar para sustentar os que agora criticam o Martim).

  5. Que post lamentável! O Aventar, hoje, a estatelar-se ao comprido.
    20 valores para o puto empreendedor e 0 valores para Ricardo Ferreira Pinto que, tal como a senhora professora de triste memória, mais lhe valia ter ficado calado.

    • Hugo says:

      E depois quer que o “estudo” sobre o Estado Social seja levado a sério. Coloca a ideologia à frente de todo e qualquer tipo de racionalidade e está à espera que as pessoas acreditem que o que escreve resulta de uma investigação séria e isenta.

  6. Fernando M says:

    Se o rapaz é empreendedor muito bem, que tenha muito sucesso.

    Não creio que seja por apenas pagar o ordenado mínimo que se está a desvirtuar o empreendedorismo. Se se criarem condições num país para apenas haverem empregos do género é que parece muito limitador e depressivo. É que se apenas houverem “Martins” com boas ideias mas ninguém para as colocar em prática (aquela coisa chata de ter operários a trabalhar para produzir mais valias, e tal) os “Martins” vão arregaçar as mangas e trabalhar das 09:00 às 19:00 a coser baínhas durante 20 anos? Partamos do princípio que os “Martins” preferem gerir/organizar/dinamizar/publicitar o produto em vez de o manufacturarem com as próprias mãos. Afinal é aí que está o “fillet mignon” da empresa: trabalho intelectualmente estimulante e com um retorno maior por hora de trabalho. É legítimo que o criador da empresa possa escolher o que quer fazer dentro dela. Sem dúvida. Mas, não será legítimo pensar que os seus operários, se os tiver, são parte integrante do sucesso? E que são seres humanos? Não será importante deixar de pensar nos operários apenas como máquinas descartáveis?

    Quando os “Martins” recebem subsídios do estado ou publicidade gratuita numa televisão paga por todos nós não será legítimo esperar algo em troca que beneficie, nem que seja um bocadinho, este país que os apoia?

    Custa assim tanto pensar nos conterrâneos como pessoas de valor e nos quais vale a pena investir?

    Se assim for eu quero propor que deixemos de cobrar impostos aos empresários. Não pagam mais impostos, que tal? Deixemos de exigir qualquer contribuição colectiva ou responsabilidade social aos empresários. Afinal de contas eles criam riqueza ao atrair dinheiro para o país, quando conseguem exportar. E dão empregos com salários mínimos para quem está desesperado.
    Pagam, no entanto, aluguer pelo solo nacional que usam para as suas actividades diárias pessoais ou em negócios. E eu também não quero pagar para a reparação das estradas por onde os “Martins” transportam os seus produtos. Eu não passo por lá. Eles pagam do seu bolso.
    Não quero pagar pela infraestrutura de comunicações que providencia os negócios deles. Os fios de cobre que eram da PT e que passam nas suas ruas. Eram propriedade do estado. Eu não as utilizo. Eles que paguem.
    Não quero pagar a limpeza da rua à porta dos escritórios deles. Eles pagam.
    O policiamento à porta do escritório. Eles pagam.
    Que paguem a sua educação ou a dos seus filhos, na totalidade.
    Quero parar de pagar cuidados médicos aos “Martins” e suas famílias que tanta falta fazem em momentos de aflição.
    Em suma paguem todos os encargos pessoais e colectivos de que usufruem suportados pelo estado e pelos seus concidadãos. Actuais e antigos. Que paguem pelo privilégio de fazerem a sua vida neste nosso fantástico país que tanta gente boa tem.

    É um ponto de vista estranho? Por vezes não nos lembramos do que os outros fazem por nós.

    Boa sorte Martim. Que tenhas sucesso mas que sejas um homem bom, acima de tudo.

  7. doorstep says:

    Mas afinal qual foi a “boa ideia” do piqueno? Como é que se financiou? Grameen Bank?

    E que mal tem? Sim, que mal tem ser Pioneiro do PC – Partido Corporate, e acreditar nos amanhãs que cantam, quem sabe se em mp3?

  8. Acácio Pinheiro says:

    Nunca iremos a lado nenhum enquanto nos entretermos a exigir tudo ( a quem ? ). Já alguem se lembrou que é o Martim e os trabalhadores com o salário minimo a quem ele dá trabalho que pagam os impostos com que a Raquel coleccionou bolsas e filosofa a partir de um emprego publico? Afinal quem paga o Estado Social?

Trackbacks

  1. […] em conta o bem-estar social e tem de ter princípios, porque não pode valer tudo. Se não, é só mais um explorador. Tenha ele a idade que tiver. E, já agora, os palcos. Teve azar, fosse o Relvas ainda ministro e […]

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