Só para manter a agenda actualizada, será importante recordar, caro leitor, que a Greve na área da Educação, ao serviço de avaliações continua em cima da mesa.
Quer isto dizer que, no período de 7 a 14 de Junho, não se realizarão as reuniões de avaliações onde se decide quem são os alunos que têm notas para ir a exame – 6º, 9º, 11º e 12º.
As dúvidas são muitas, mas das escolas chega uma força já antes vista e que torna mais possível o futuro. Há gente a mexer-se, a organizar, a fazer contas, tabelas e esquemas e, pela primeira vez, em muitos anos de serviço vai ser possível ver a classe a lutar de forma séria e inteligente.
Há escolas onde no primeiro dia se pensa que poderão fazer greve os colegas de línguas, no segundo os das expressões, no terceiro… Outras há, serão os Directores de Turma a avançar. Em todas, uma situação comum: o movimento está lançado e com mais de uma semana para o dia 7, a certeza é uma: as reuniões de Avaliação não se vão realizar.
Para esta realidade concorre, e muito, a unidade sindical criada em torno da luta contra o despedimento de professores. É claro que há Dirigentes Sindicais com responsabilidades, mas militantes do PSD, no terreno – por exemplo na área de Paredes – a desmobilizar para estas lutas.
Mas, como diz um companheiro de escrita no Aventar, em tempo de Guerra, não se limpam armas e é muito bom ver que as escolas e os professores começam a tomar posições públicas sobre o que se está a passar.
Façam greve nesses 7 dias, ou dois ou mais dias seguidos. Eles aí sentirão mais a força da vossa greve.
É um facto que, numa escola com fraca militância de classe, hoje de manhã, o pdf dos sindicatos – a tua versão ou a do JJC – já estava sobre todas as mesas da sala de professores.
E, segundo me disseram, nunca houve tanta conversa á volta de um prospecto do sindicato.
E não, nunca se viu tanto professor de acordo.
E a querer saber ao certo como funcionava essa de se poder fazer greve ao dia e não por pacote.
É um facto que a vossa classe parece estar a dar os primeiros passos no crescimento desse sentido de classe que é bem necessário.
Em casa, eu já tinha feito a minha parte, a partir do post do JJC; e, como disse, ao almoço, soube-me bem ouvir: “Sabes que aquele documento que me deste a ler de manhã, estava hoje em todas as mesas da sala de professores e…”.
Há que começar por algum lado. O que importa é que todos os caminhos vão dar ao mesmo caudal.
Os professores (alguns) tem que entender quatro coisas :
1º As escolas existem para ensinar e educar os alunos,os professores são meros intermediarios.
2º A Escola publica não é uma coutada dos professores
mas sim do Ministerio Publico,do Estado e dos alunos.
3º é de pulhas fazerem greve na altura dos exames,não vão beneficiar ninguem ,só vão prejudicar os alunos e as familias.
4º se quiserem fazer reenvindicações façam no lugar proprio e não no lugar que não lhes pertençe,não são os donos das escolas, as escolas são do povo,dos alunos e das familias.
“se quiserem fazer reenvindicações façam no lugar proprio e não no lugar que não lhes pertençe”
Pode definir “lugar próprio”?!
Já agora: os “pulhas” não lhe ensinaram que um C ao lado de um E ou de um I nunca tem cedilha (“pertence”), que existem “reivindicações” mais do que legítimas no seio da classe docente e que os acentos gráficos são muito importantes para, por exemplo, distinguir um cágado de um cagado???