A greve dos professores

Diz-se amiúde que os professores são uma classe muito organizada e com grande poder de bloqueio da acção governativa. No entanto, como noutras acções de spin, esta é uma ideia plantada, sem fundamento na realidade. Atente-se nas mudanças decorridas com o passar dos anos, que continuam um inexorável caminho independentemente dos ministros que momentaneamente dão a cara pelo Monstro Educativo, para se perceber que os professores fazem muito barulho, até conseguem fazer cair ministros, mas o rumo mantém-se. Muito poder têm, essas sim, ordens profissionais como as dos farmacêuticos, dos médicos e dos juízes, as quais conseguem impedir que eventuais mudanças cheguem sequer à ordem do dia. Os professores, esses reagem perante os factos (quase) consumados. 

O ME nunca sofrerá as consequências de greves, salvo quando estas se traduzirem em pressão por parte dos pais para resolução de um conflito. E os pais só reagirão se sentirem prejudicados. Portanto, pedir greves que não afectem os alunos (e os pais) equivale a pedir um pouco de indignação mas sem barulho que acorde que dorme. A tese de fazer greve depois das avaliações ou de fazer greve quando for mais conveniente ao serviço é, por isso, parva. Ou se proíbe a greve ou se aceita que terá consequências.

Nesta greve em particular, os professores assumem que lutam por razões pessoais, tais como a oposição à mobilidade especial, outro nome para antecâmara do despedimento. Acho muito bem que o façam, já que as greves é para isso que servem. No caso em apreço, há ainda este facto do despedimento estar a ser justificado com mentiras (ver o tal gráfico que Marques Mendes mostrou na SIC sobre o excesso de professores). E sabendo que a escolaridade obrigatória vai passar para 12 anos, em vez dos actuais 9, ainda menos se percebe esta obsessão com o despedimento de professores, quando é sabido que não os haverá em número suficiente para este aumento da escolaridade obrigatória. Despedir agora para contratar depois? Parece ser este o caso e sabendo que o próprio estado é um actor de contratação precária no sector da educação, bem se vê que o que se pretende é reduzir custos com o quadro docente.

Sobre a imaginativa forma como os professores estão a fazer greve, em que a falta de um professor impossibilita a realização da reunião de avaliação, é uma autêntica picada do escorpião. O Monstro Educativo é uma máquina geradora de burocracia, que obriga uma enorme produção de papelada e a um conjunto de reuniões que as ferramentas colaborativas da actualidade tornariam inúteis. O Monstro, que tudo quer controlar e definir, alimenta-se e morre de burocracia.

Já sobre Mário Nogueira e as afirmações de hoje, sobre os professores ficarem cansados com um horário de 40h semanais e isso contribuir para baixar a qualidade do ensino, só pode ser gozo e é um mau serviço que faz à classe docente. São as 4 horas que se somariam ao horário semanal de 36h que levam os professores à exaustão? Francamente! Em primeiro lugar, não sei como é que no privado não se cai para o lado de esgotamento e, em segundo lugar, com esta afirmação Mário Nogueira acabou por desvalorizar todo o trabalho não lectivo dos professores. Pior era difícil.

Nota: na eventualidade de a alguém interessar, esclareço que não sou professor.

Comments

  1. MJoão says:

    Engraçado, em geral os pais, quando têm festas dos aniversários dos filhos, ficam cansadíssimos . Agora imagine-se alguém que ao longo do seu dia de trabalho vai leccionando em média 120 jovens, podendo ter um total de 270 ou até mais mais, neste momento, e sem considerar aulas de apoio individualizadas.. Que considerações lhe ocorrem ?

    • jorge (fliscorno) says:

      Não estamos a falar de 4h lectivas, pois não? Ocorre-me que não são quatro horas por semana que fazem a diferença.

    • Judite says:

      Tenho 150 alunos. Corrigir testes é a única coisa que faço… Preparar aulas é uma raridade… Mais 4 horas letivas implicará mais duas turmas, ou seja ± 60 alunos… A qualidade do ensino não interessa…

      • jorge (fliscorno) says:

        Está a assumir que mais 4h terão que obrigar a mais carga lectiva. Eu sei que é isso que o MEC quer mas acho que as coisas deviam ser independentes.

        De resto, o que eu digo aos professores que conheço é façam um horário de trabalho como todos os outros. Com o MEC sempre a acrescentar tretas burocráticas, alguma coisa terá que ficar para trás e é nessa altura que o outro lado, o MEC, terá que optar: trabalho educativo ou tretas burocráticas? Assim, sejam 36 ou 40 horas, haverá sempre noitadas para corrigir testes e preparar aulas.

      • jorge (fliscorno) says:

        A propósito, 150 alunos (6 turmas?) não me parece uma carga assim tão elevada. Pelo que sei, há muito quem tenha duzentos e picos alunos.

        • Judite says:

          No meu caso (Inglês) tem a ver com a pouca carga horária do 8º ano, o que faz com que tenha mais turmas, algumas com alunos com NEE (20 alunos no máximo), o que implica, depois, outro tipo de preparação de aulas, mais específicas para eles… Pode parecer pouco mas, na hora de corrigir um teste, por exemplo, há que multiplicar o nº de páginas do mesmo por aluno e são sempre umas centenas…
          Os duzentos alunos são em disciplinas tipo TIC, cuja correção é sempre mais rápida…

          • jorge (fliscorno) says:

            Conheço professores de inglês do 7º/8º/9º que este ano têm 210 alunos.

  2. eyelash says:

    Respondo, não respondo…
    Justificar o quê?
    Nunca quem critica os professores poderá saber o que é ser professor hoje sem passar por uma sala de aula, por uma turma PIEF (a maioria nem sabe o que isso é), por um CEF, por um CA.
    Não são precisos 150 alunos. Basta uma turma com dois ou três alunos problemáticos ( o normal na Escola Pública) para que 25 ou 30 alunos se transformem numa quotidiana dor de cabeça na preparação e desenvolvimento de uma aula. Mas… para quê tentar convencer quem o não quer ser!?

    • jorge (fliscorno) says:

      E não têm todas as profissões as suas maleitas?

      • nightwishpt says:

        Sim, mas quem sofre com atenção exagerada em alunos problemáticos são os colegas.

  3. MJoão says:

    Tem mesmo falta de argumentos , caramba !

    • jorge (fliscorno) says:

      Por outro lado, fico mudo com o argumentário de MJoão. Melhor será meter já a viola no saco.

  4. Estou plenamente de acordo com um horário de 40horas na escola, sem NUNCA trazer trabalho para casa…Mais alunos é menor qualidade de ensino- problema? dos encarregados de educação/pais?!?!?!

  5. Sou professora há 28 anos.
    Há uns anos, quando o horário docente passou para as 35 horas, disse e repeti inúmeras vezes que devíamos exigir que marcassem as 35 horas integralmente no horário “de expediente” e que determinassem o seu cumprimento nas escolas, o nosso local de trabalho.
    Na altura, não fui compreendida por muitos colegas próximos, malogradas as minhas explicações.
    Hoje volto à minha tese. Querem que nós, professores, tenhamos 40 horas de horário semanal como os demais trabalhadores da Administração Pública? Sim senhor, marquem-nas todas para cumprimento integral na escola. Todos os trabalhadores da Administração Pública cumprem os seus horários no local de trabalho, certo?!
    Eu (nós, professores) ficarei a ganhar. E muito!
    Passarei a deixar a pasta no meu cacifo e, saia a que horas sair, fá-lo-ei em liberdade, “não condicional” para fruir do pouco tempo que me restar diariamente com a minha família e com a minha pessoa. Poderei sentar-me num sofá para ver televisão todos os serões, poderei dedicar o meu tempo fora do horário “de expediente” a todas as actividades que me agradam, sem compromissos profissionais para o dia seguinte.
    E ainda pouparei muito papel, tinteiros de impressora, canetas e demais material de escrita, o meu equipamento informático…. até electricidade!
    O meu local de trabalho, a escola, terá de dar-me as condições necessárias para desenvolver todas as actividades inerentes à minha profissão, tais como preparar aulas (planificando, fazendo pesquisas e elaborando materiais didácticos), criar instrumentos de avaliação (testes, fichas…), corrigir trabalhos dos alunos (testes, fichas, trabalhos de casa) e tudo o mais que agora tenho de fazer nas poucas horas de trabalho individual, em casa, em detrimento da minha vida pessoal e familiar, e às minhas expensas.
    Talvez seja relevante referir que sou professora de Português e que até já fiz o cálculo médio do número de horas líquidas que levo a corrigir uma turma de 26/28 testes: 5 horas (no caso do 3º Ciclo e de um teste realizado em 90 minutos)..

    • jorge (fliscorno) says:

      É exactamente assim que também vejo as coisas, Ana. Acho até que todos ficariam a ganhar, alunos e professores.

      • Pindérico says:

        Deixa-te de tretas, ninguém ficava a ganhar! Não sabes o que dizes, não percebes daquilo que falas e o que falas é de tudo menos de educação, de ensinar e de aprender.

        • jorge (fliscorno) says:

          É isso. Rua com estes tipos que ousam entrar no meu quintal.

    • Maria Teresa says:

      Ora aí está, Ana! Concordo inteiramente! Não vejo mais ninguém pedir isto!

    • Dora says:

      ana,

      Oiço muitos colegas defenderem que se trabalhe na escola. Nada de trazer trabalho para casa. Tudo deveria ser feito na escola.

      Talvez isto dependa da personalidade e métodos de trabalho e de organização de cada professor.

      Eu não consigo fazer isso porque existe um trabalho (componente individual de trabalho) que só posso fazer em sossego, sem interrupções, sem conversa, sem alunos a chamarem por mim, enfim, algo que só consigo fazer em casa onde tenho todos os recursos que preciso e silêncio. Silêncio não só para fazer e corrigir testes, preparar aulas, estratégias e materiais. E também para leitura, informação e pesquisa.

      Na minha escola, tal como na maioria, há barulho, toques de campainhas, falta de espaço físico e falta de meios. Impossível esta coisa de fazer tudo na escola.

      Sinceramente, não consigo. Talvez porque esta seja uma profissão com esta especificidade: tem uma componente lectiva, uma não lectiva, reuniões e…uma componente individual de que não prescindo de realizar onde quiser, onde me é mais eficaz e onde me dá muito mais prazer.

      Mas isto sou eu que gosto de trabalhar em silêncio, depois de tantas horas na escola.

      • Judite says:

        Vinha dizer o mesmo. Adoraria não trazer trabalho para casa e ter sempre o escritório em ordem. Acontece que tal é impossível: nas escolas, não temos gabinetes de trabalho individuais e, o único espaço para tal, é uma enorme sala de estar, onde se faz de tudo: convive, almoça, tenta trabalhar… Só um exemplo: há lá 3 PC para mais de cem professores… Se não fosse o investimento que todos fazemos em portáteis, queria ver como era…

        • jorge (fliscorno) says:

          Dora, Judite: ter local de trabalho seria com gabinetes de trabalho (2 ou 3 pessoas por gabinete) e com material de trabalho. Sim, é irrealista no actual contexto mas demos tomar como meta um ideal e para ele caminhar.

          • Judite says:

            A maior parte das escolas, mesmo as do Parque escolar, não têm espaço para trabalho individual…
            Não esqueça que, depois, há as reuniões (intercalares, pedagógicos, departamento, DT, etc..) que são pontuais mas entram nas não letivas…

    • Totalmente de acordo, cara Ana! A sua proposta é da maior sensatez!

  6. Jorge, concordo consigo: Mário Nogueira, enfatizando o horário dos professores só quebra a dignidade desta greve.
    Não concordo consigo com a questão das horas a mais e da sua não interferência na qualidade do ensino: eu sou uma privilegiada, n tenho CEFs, n tenho PIEFs, n tenho Cursos profissionais, tenho a “nata” da escola (ver testemunhos e dinâmica na net para se informar).
    A mim, com a maior franqueza não me faz, neste momento, qualquer diferença (no próximo ano e como desagradei ao meu Diretor entrando nesta greve… poderei já não dizer o mesmo). Mas esta greve não se prende com o meu comodismo/privilégio egotista…
    Acho sinceramente que o seu argumento “tem 150? E ainda se queixa? e os que têm 200?” está “beyond any comment”…
    Eu faço greve: sou professora por vocação (não por missão!), os meus filhos frequentaram, com muito orgulho e por opção, a escola pública; o meu filho vai fazer exame 12º; expliquei aos meus alunos do 12º, os únicos que, nesta “luta”, me merecem o respeito de 3 anos de labuta em comum, as minhas razões de fazer greve: travar o aumento de alunos por turma e defender até às últimas consequências a escola pública de qualidade e VERDADEIRA EXIGÊNCIA, promotora da igualdade de oportunidades.
    25% da classificação de Português no Secundário vai para a avaliação da oralidade. Com 28 alunos e o programa eu, a privilegiada com as turmas certinhas, não consigo fazer um trabalho sério de desenvolvimento da competência oral dos alunos: pelo menos 2 apresentações, com comentários individuais para que os alunos percebam o que corre mal e onde melhoraram na 2ª; uma 3ª para FINALMENTE avaliar a progressão. Agora some a isto a “oficina de escrita”: planificação, textualização, revisão de 28 textos, individualmente lidos na aula, para que todos percebam o que corre mal na escrita e poderem melhorar (ou acha que é pondo os risquinhos vermelhos que os alunos, como nós quando éramos da idade deles, nem sequer lêem?)… Mesmo procedimento que na oralidade: avaliar com justiça e correção em vez de penalizar os alunos que não nascem ensinados a falar e/ou a escrever…E não falei sequer em testes! Esses não me assustam! Afinal: a sociedade não se queixa de que os alunos não sabem falar nem escrever? Como é que na sua opinião essas competências se desenvolvem? Ou são inatas?
    Deve ser por isso que o ministro BANIU do programa/metas(?) e de todos os documentos a palavra COMPETÊNCIA. Essa desenvolve-se, lenta e pacientemente. Avaliar/penalizar? Isso é fácil! Os que já estão “no ponto” têm boa nota; os outros vão ficando “diminuídos” sem qualquer hipótese de perceber onde, quando, como erraram, como podem melhorar….
    Uma curiosidade a que responde se quiser: os seus filhos frequentam(aram) a escola pública?

    • jorge (fliscorno) says:

      Mas claro que mais horas lectivas interferem na qualidade do ensino. O que referi mais acima é que mais 4h semanais não tem que, obrigatoriamente, corresponder a mais carga lectiva. Apesar de ser isso que o MEC quer.

      Sobre os 150 ou 200 e tal alunos, o que pretendo é colocar em perspectiva as coisas. Se com 150 alunos nada mais se faz além de corrigir testes, como se safa então quem tenha 200 e tal alunos, situação nada invulgar? Vejamos, suponhamos que se tem 6 turmas (os 150 alunos) e que são todas de português, assim se demorando 5 horas de correcção por teste. Sei que esta é uma boa métrica para o caso do português (para outras disciplinas será menos). Se se realizar um teste por mês e por turma, só correcção de testes serão 30h. Mais 88h de actividade lectiva mensal. Sobram 26h de actividade laboral no mês. Deviam servir para preparar aulas mas a burocracia educativa é monumental. Depois existem pausas lectivas para reuniões. Isto para dizer que 150 alunos não seria nada do outro mundo não se desse o caso do excesso de reuniões e papelada que assola a classe docente. Mas reconheço que foi uma comparação despropositada.

      Se tivesse filhos frequentariam uma escola boa, não interessa se fosse pública ou privada.

      • Judite says:

        Já para não referir que 150 alunos x 3 páginas de testes, são 450 páginas para corrigir, em pouco tempo… Se já se demora a corrigir 450 páginas, 600 ainda é bem pior…

      • resposta diplomárica. Mas já agora como garantiria o cúmulo de “pública+ qualidade”?

        • jorge (fliscorno) says:

          Porquê resposta diplomática? A Ana consideraria, por exemplo, colocar os seus filhos numa má escola pública? Ou numa má escola privada?

  7. nightwishpt says:

    “Despedir agora para contratar depois? ”
    Contratar, fliscorno? Só se for o grupo GPS.

    • jorge (fliscorno) says:

      Não havendo professores suficientes para a escolaridade obrigatória de 12 anos, eles terão que vir de algures.

  8. Sofia says:

    Pois… Precisamente por achar que mais três horas não fazem qualquer diferença é que não tive qualquer dúvida que não se tratava de um professor… 45 m a mais num dia faz grande diferença. Acredite, porque é verdade. Dar uma aula é diferente de estar a trabalhar numa secretaria. Não leve a mal o meu reparo, até porque me pareceu uma pessoa inteligente, mas não pode ajuizar sobre algo que desconhece.
    Eu, por outro lado já fiz outro tipo de trabalho e posso, com justiça, afirmar que dar uma só aula é mais extenuante do que um dia no escritório.

    • jorge (fliscorno) says:

      Como referi mais acima, está a assumir que mais 4h terão que obrigar a mais carga lectiva. Eu sei que é isso que o MEC quer mas acho que as coisas deviam ser independentes.

      • Dora says:

        Jorge,

        1- Pela simples razão de que o tempo para a direção de turma é retirada da componente lectiva, vai aumentar a componente lectiva. Concorda?

        2- Lembro-lhe que, no passado, os apoios aos alunos eram consideradas horas lectivas. Desde o tempo de Lurdes Rodrigues, deixaram de o ser. No entanto, dar aulas de apoio consecutivas a grupos de alunos que podem chegar aos 15, parece-me ser componente lectiva porque envolve ensino e aprendizagem, com toda a preparação que tais aulas requerem.E isto passa-se mais com certos grupos disciplinares como Português, Matemática e Inglês. Mas não só. Concorda com esta perspectiva que lhe estou a dar?

        3- Volto à questão do trabalho poder ser todo feito na escola. Impossível, nestas condições. Deixemos o potencialmente e o no limite de lado e concentremo-nos no presente – mega-agrupamentos de escolas cada vez mais despersonalizadas, a abarrotar de alunos do 5º ao 12º ano, sem salas suficientes, quanto mais gabinetes para 2 professores! Biblioteca a abarrotar com alunos, professores, aulas, tutorias, projectos, etc. Problemas de ligação à internet, problemas com falta de portáteis, de projectores, de cabos de ligação e de colunas de som. Ao fim de um dia cheio com componente lectiva, não lectiva e reuniões, quem é que aguenta continuar a trabalhar na escola? Vou ser politicamente incorrecta, mas acrescento o seguinte- duvido da qualidade de trabalho que possa ser feito assim. Poderá até chegar para a leccionação de 5º e 6º anos; tenho sérias dúvidas que o mesmo seja possível para o 3º ciclo e, muito menos, para o ensino secundário.

        Só uma pequena nota: o atraso nas obras de requalificação, os problemas financeiros e toda a gestão das obras fazem com que não possa caber à escola uma simples substituição de material nas salas de aula.

        Só uma 2ª nota final: os alunos começaram a comprar a folha de resposta dos testes. Aos professores está a ser dito que fotocópias, só para testes. É a crise.

        A anedota de se levar papel higiénico para o local de trabalho, em breve tornar-se-à uma realidade. Caso deixemos a coisa andar………

        • jorge (fliscorno) says:

          Claro que retirar o tempo das direcções de turma equivale a aumentar o número de horas lectivas. Se não há redução, há mais horas de aulas. Não disse nada em oposição a isto…

          Eu sei que as escolas não têm actualmente condições para que se realize o trabalho individual nas próprias escolas. Mas a diferença entre a realidade e um ideal é que a primeira é o que se tem e o segundo é para onde se quer ir.

  9. maria sousa says:

    os chineses agradecem e batem palminhas…

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