Nunca fiz greve e dizem que sou da direita

Quando aconteceu o 25 de Abril, eu era quase um puto. Ou melhor, tinha acabado de deixar de o ser, já que tinha quase 22 anos. Nos dia de hoje seria homem e com capacidade para votar e influenciar a vida das outras pessoas há já quase quatro anos, mas na altura não era assim. Naqueles dias deixei de ser um puto porreiro e amigo das pessoas, preocupado com o bem estar dos que eu conhecia e dos que, sem conhecer ouvia falar, e passei a ser, por via da minha simpatia confessa (naquela altura) pelo PPD acabado de criar, um gajo da direita, por vezes até um fascista. E vivi assim até aos dias de hoje, ouvindo pareceres sobre a minha pessoa, ora bons ora maus, apesar das minhas simpatias não mais terem tido nome. Mas as minhas antipatias sempre o tiveram, apesar da condescendência para com elas que sempre me prezei de ter!

Na minha meninice e na minha juventude (fazia parte dos meninos beneficiados pela sorte por pertencer a uma posição social média e com estudos), a educação que me deram os meus pais, os meus tios e os meus avós, baseou-se sempre no imenso respeito pela maneira de viver dos outros, em especial pelos que menos tinham, no imenso respeito pelas ideias alheias, mesmo que fossem completamente diversas das minhas, no cuidado extremo na forma de falar e no que dizer, por forma a não ofender fosse quem fosse, fosse de que maneira fosse, na solidariedade e na entreajuda. À minha custa, aprendi nos primeiros anos de adulto, que muitos outros não tinham sido educados da mesma forma. Ao longo destes já muitos anos que levo de vida fui batalhando contra essa minha ingenuidade intrínseca, confesso que sem muito proveito.

Trabalhei trinta e seis anos, tendo começado por servente até atingir a posição de sócio-gerente, sempre na mesma firma, sem nunca ter feito greve e felizmente sem nunca ter faltado por ter estado doente ou por qualquer outra razão. Ensinaram-me a ser o primeiro a chegar e o último a sair e procurei sê-lo durante a maior parte dos anos de trabalho.

Vem isto a propósito dos últimos acontecimentos na vida dos meus concidadãos e minha.

Não vou falar dos energúmenos que roubam a coberto ou à descarada o dinheiro de todos nós.

Não vou falar dos interesse políticos de toda uma classe que não sabe o que é solidariedade ou entreajuda.

Não vou falar de greves e do que as centrais sindicais fazem supostamente em prol dos seus sócios prejudicando tudo e todos à sua volta, sem o mínimo de capacidade e interesse pelos outros que não eles ou o seu poleiro.

Desta vez vou falar de educação. Não no seu aspecto lato, que incluiria alunos e professores, instituições, ministros e secretários de estado, e pessoas em geral, mas no seu sentido restrito, no das relações entre as pessoas bem ou mal educadas.

Não chega ser-se doutor médico ou engenheiro, arquitecto ou professor, para se ser uma pessoa inteligente e mais que isso, moralmente bem formada e bem educada. Eu sei que para alguns, o moralmente bem formado cheira a fascismo e a religião (coisa horrorosa, bafienta e decadente), mas que hei-de fazer, educaram-me assim e é assim que eu sou. Infelizmente, e como nas pessoas de um modo geral, cada vez há mais burros carregados de livros, e “dótores” mal educados e moralmente mal formados. Claro que os há em toda a nossa população, espalhados por todo o lado, mas aqui, o que me importa hoje, é falar dos que têm a obrigação de ensinar os nossos filhos e de ajudar na sua formação e educação. Os senhores professores!

Ora, os senhores professores, cuidando dos direitos que julgam pertencer-lhes, e julgarão muito bem (não me vou meter nessa guerra, que não sou professor e temo saber pouco das suas reivindicações), entenderam fazer greve. Por certo não todos, por certo que alguns levados pelos outros, mas a sua maioria assim o entendeu, e, mais uma vez muito bem. Apesar de não acreditar em greves, apesar de nunca as ter feito, aceito, como é evidente, que estejam no seu legítimo direito. É uma questão de liberdade e o povo Português julga-se livre.

Aprendi no entanto que a liberdade de uns termina no preciso ponto onde começa a liberdade dos outros, e aqui começa a minha discordância com quem faz (fez) greve em algumas circunstâncias. Não concordei com as greves nos portos marítimos já que quase só prejudicavam a economia Nacional, nossa, de todos nós, não concordei com a greve nos transportes públicos já que quase só prejudicavam os utentes, não concordo com a greve dos senhores professores nesta altura dos exames Nacionais já que só prejudica os alunos e os seus agregados familiares.

É muito bonito falar-se e exigir-se a solidariedade de todos para com a luta dos docentes contra o “malfadado governo”, que já dura à imensos governos (com cada novo ministro nova velha luta), mas onde está a dos senhores professores (neste caso concreto) pelos alunos que precisam das notas atempadamente para passarem ao ensino superior, ou que têm todo o direito a não terem de viver os problemas que não são directamente deles, para fazerem os seus exames com calma e sem qualquer stress acrescido, ou tão somente que precisam que tudo acabe rapidamente para partirem para as tão merecidas férias?

Serão danos colaterais, eu sei, estes prejuízos todos para os mais fracos, admissíveis em algumas guerras por parte de alguns beligerantes, mas a meu ver, os senhores é que ficam com a “ficha” suja. Se eu fosse aluno e estivesse nessas circunstâncias, não vos perdoaria, e se fosse pai de algum deles, também não.

O que os senhores professores estão a ensinar aos alunos é que não faz mal passar-se seja por cima de quem for desde que com isso obtenhamos os nossos intentos, e isso é formar mal as crianças e os adolescentes, futuros adultos e mandantes do nosso País.

Por fim vou falar das futuras reacções a este meu escrito. Se vos for possível, agradeço que não utilizem as palavras ofensivas que alguns de vós (felizmente poucos), comentadores de blogues, têm por hábito utilizar (vejo-os a cada passo nas caixas de comentários), atentadoras dos bons costumes (mais uma vez uma frase bafienta, horrorosa e decadente), das boas maneiras e dignas de pessoas mal formadas e/ou mal educadas. Os insultos, mesmo que brandos, só desmerecem quem os utiliza.

Comments

  1. João Paz says:

    José Magalhães sempre, sempre contra quem desafia o desgoverno de traidores à pátria que tomou como missão derstruir o que resta deste país e deste povo. Porque será que isso não me admira nem um pouco?

  2. Ultimate Bexigaman says:

    Bem dito! Gostava só de acrescentar uma coisa: igualdade de direitos é algo que é difícil de reconhecer por todos os (pelo menos meus) concidadãos, visto que, enquanto os professores que fizeram greve e prejudicaram centenas de alunos, os que, no seu perfeito direito, optaram por ir cumprir o seu dever e não fazer greve foram ofendidos e maltratados, pelo menos verbalmente.

    Democracia, para a maioria das pessoas, é bonita mas é na teoria, depois só é livre quem concorda.

    • Ricardo Santos Pinto says:

      Devemos andar a ler coisas em sítios diferentes. O que eu tenho visto é os professores a serem insultados a torto e a direito por terem feito greve. Como se a greve não fosse um direito.
      Não tenho lido insultos aos professores que decidiram não fazer greve. Nas escolas tudo decorre com uma tranquilidade aparente – quem quis fazer greve fez, quem não quis não fez.
      Aliás, quase me apetecia dizer que não era tão insultado desde os tempos de Maria de Lurdes Rodrigues. Não vou chegar a esse ponto, claro, porque mesmo no auge desta situação, não comparo de forma nenhuma Nuno Crato com Maria de Lurdes Rodrigues.

  3. Blá, blá, blá, blá. Que soneira…

  4. Amadeu says:

    Hãããã, haããã (bocejo, bocejos) …
    Ó Magalhães, diz lá uma greve com que concordaste ?

    Sabes, eu, com um percurso algo idêntico ao teu só me admiro de isto ainda não ter dado para a violência nas ruas (e não só).

  5. eyelash says:

    O sr. José, só porque foi servente, acha que todos devemos ser subservientes?

  6. Tavares says:

    Simplesmente ridículo, senhor José Magalhães. Que tal fazerem greve num domingo? Assim não perturbavam ninguém, não era? Ou então em 29 de fevereiro… Está preocupado com os alunos? O que tem a dizer ao aumento de alunos por turma, ao aumento das propinas, ao desinvestimento na educação (na escola pública, que não nos colégios privados), ao roubo que tem sido feito aos pais dos alunos, ao roubo que é feito a quase todos os portugueses para pagar BPNs, PPPs, SWAPS, mordomias dos políticos e toda a cambada de lambe-botas que gira à sua volta, dívidas da Madeira, das autarquias….?????

    • Hugo says:

      E então nada melhor que responder a um ataque aos direitos com outro ataque a outros direitos. Ainda por cima ataque às pessoas que nada têm que ver com a primeira ofensiva.

      • nightwishpt says:

        Pois, deviam ter marcado greve para o próximo sábado… mas que não se esquecessem de corrigir os exames.

  7. Cper says:

    O Sr. não faz a mínima ideia do que é uma greve, pois não? Então porque escreve sobre isso?
    E a conversa sobre educação e bons costumes está, com todo o respeito, um bocado ridícula…

  8. R. M. says:

    O José Magalhães tem toda a razão em dizer:
    “É uma questão de liberdade e o povo Português julga-se livre.”

    Julgamos-nos livres mas não o somos! Tenho vergonha do meu país acorrentado, despartilhado, retalhado e vendido às postas e ao desbarato, tenho vergonha do meu país apático, sem soberania subjugado ao troikismo e à Europa Central, tenho vergonha de ver o meu país a rasgar na cara do povo os seus direitos, tenho vergonha de ver o meu país cego enquanto pisam a Constituição, tenho vergonha de ver no meu país FOME, mas é o meu país e por ele fico e por ele vou lutar.

    Continuem a culpar os grevistas, os manifestantes, os comunistas, os bloquistas, os sindicalistas, os professores, os funcionários públicos, os trabalhadores, todos já sabem que são eles os culpados pelo estado do país.

    “Quando o populacho se põe a reflectir, tudo está perdido.” – Voltaire

  9. José Afonso says:

    Com tanta forma de protestar não percebo qual é a necessidade de se recorrer constantemente à greve.. Sim demonstra o descontentamento do povo, mas a que custo?
    Piorar a situação do país?
    Será mesmo necessário prejudicar os alunos?
    Há alunos que precisam de saber as notas para saber onde vão entrar, para saber se vale a pena sequer fazer o exame até para escolher cursos…
    Como foi dito (e muito bem) a Liberdade de uns termina onde começa a dos outros, e se uma greve prejudica de forma tão óbvia e irresponsável terceiros não merece o apoio que teve…

    • José Afonso says:

      ps: Quanto a ser de direita, parece que é uma situação comum, quando se discorda da opinião de alguém por aqui o habitual é chamar logo fascista…
      E parabéns pelo texto!

    • nightwishpt says:

      Tem razão, noutros tempos nem queixar se podia e aí corria tudo às mil maravilhas.
      E se não fosse esse tempo de habituação à escravatura, à muito que a greve seria a menor das preocupações dos colaboracionistas.

  10. celesteramos.36@gmail.com, says:

    Nada tem mudado sobretudo agora até com as greves que, já perderam o fim para que foram inventadas – em tempo “tatcherianista” parece-me apesar da minha ignorância, que perdem os que menos têm e até os mais conscientes
    não sei assim se a participação cívica e a reivindicação de direito pode continuar com os processos até aqui existentes e que aceitei, mas tenho dúvidas – já há tantos contra a greve assim, exactamente o que têm menos se trabalham para quem lhes dá trabalho público ou privada mas já sabem que só eles perdem mesmo até ao despedimento e ficam assinalados para sempre pois o avanço de cariz nazista é também isso mesmo – e também creio que as sindicais já fizeram o trabalho que tinham a fazer de formas anteriores mas agora são, também, ineficazes – não sei alternativas mas para já a criação de grupos de cidadãos ao nível de bairros seja uma tentativa nova de nos fazermos ouvir e mesmo actuar e com mais eficácia pois que em grupos pequenos nos connhecermos melhor e o que falta de eficácia ao nível do geral e dos grupos socias e mais realista portanto – a história dos “partidos que ainda por cima usam dinheiros do cidadão já deram o que tinham a dar – e como toda a ente gosta do termo sustentável e estou farta de os SUSTENTAR e que tenham o dinheiro dos sócios para brincar e fazer os seus blá
    blá blá e pagar a renda das sedes e as viagens de campanha e as bandeirolas e os chapelinhos para oferecer – já basta de circo – e não pedir dinheiro do OE – mas que “mama” – Então sejam sustentáveis e não poluam o sentido da palavra e não aceitem e muito menos peçam, dinheiro do OE 8a que se julgam com direito) para politaquizar a passear por aí pelas feiras e pais e coltar tudo à mesma – são todos INÚTEIS – vivam do seu dinheiro e não do MEU – o parasitismo institui-se até aos sindicatos – é tudo velho – já não pega e aprecem querer eternizar os mesmos processos como os autarcas quem ser vitalícios – basta – o país está arruinado financeira e economicamente e culturalmente e civicamente – as formulas caíram em desuso e o Brasil que o diga que estão fartos e não são meigos – destroem porque foram destruídos e já não podem calar – este falso “civismo” é muito lindo e não faço apologia à violência, mas tão educado não basta – é já catecismo decorado – e já o sei e os resultados que não são nenhuns – gostava que Churchill estivesse vivo – tão inteligentes e tão universitários mas como quem escreveu hoje, de facto isto não dá para nada – as universidades degradaram e os saberes e como obter mais civilização que chegou à maior decadência no país e europa e é de pensar porquê – a politica e partidos e sindicatos já não pode ser o lugar de ter emprego e voz – acabou – para onde se vai não sei mas por aí o caminho está esgotado
    Não se renovam nem as cidades que caem de pôdres, nem os caminhos nem a cultura nem o emprego nem a indústria – nada presta e envelheceu até a população que não quer pôr no mundo mais desgraçados a serem vítimas da incapacidade da população encontrar solução – Faz 51 anos que fiz a 1ª greve em 1961 – foi muito sério e bonito e ía perdendo o emprego mas fui solidária – mas os intelectuais só falam no maio 68 porque afinal esquecem, também eles, que somos um país – qual 62 e 68 qual carapuça – o movimento de setembro 2012 mostrou que ACABOU o “passado” e formas de mudar as decisões dos governantes – repetir erros é fatal – e não sou brasileira para partir vidros – até os politólogos se repetem há 2 anos nas TV – nada é NOVO e o novo é urgente

    • nightwishpt says:

      ” Então sejam sustentáveis e não poluam o sentido da palavra e não aceitem e muito menos peçam, dinheiro do OE 8a que se julgam com direito) para politaquizar a passear por aí pelas feiras e pais e coltar tudo à mesma – são todos INÚTEIS – vivam do seu dinheiro e não do MEU –”

      Pois claro, o que falta é passarem a ser financeiramente dependentes de grandes empresas para deixarmos de ter qualquer controlo e deixar de haver qualquer réstia de obrigação de responder a outros que não aos donos.

  11. Antero Valerio says:

    Caro José Magalhães,
    Todos podemos expressar a nossa opinião, demonstrar as nossas simpatias e antipatias nos jogos entre governos e sindicalistas. Mas devemos sempre analisar em profundidade as questões. Neste caso concreto, devemos perceber uma coisa evidente. Foi o governo que escolheu, e de forma calculista, esta altura para implementar medidas que prejudicam milhares de professores e suas famílias. Digo calculista porque contavam, exactamente, com a fragilidade e divisão dos professores no que toca à possibilidade de prejudicar a vida dos alunos. Os professores viram-se sem outra saída. Tinham que reagir agora, não havia alternativa. E, a grande maioria não o fez de ânimo leve. Posso assegurar-lhe que vi pessoas que nunca tinham feito greves na vida, que se assumem de direita e que não simpatizam com sindicatos, a fazer greve. Se há oportunismo político por parte de sindicatos ou outros, não culpe os professores pelas habilidades dos mesmos e do governo. Os professores agem em legítima defesa. E, como o seu texto foi ofensivo para com muitos dos bons profissionais que trabalham nas escolas, termino com a sua frase: os insultos, mesmo que brandos, só desmerecem quem os utiliza.

  12. adelinoferreira says:

    José Magalhães, vou tratá-lo conforme a sua vontade,
    sem palavrões e usando a poesia que você bem merece.
    “O poema do homem bom” de Bertolt Bresct é dedicado
    a pessoas como você: Algumas perguntas a um “homem bom”
    Bom, mas para que?
    Sim, não és venal, mas o ralo
    que sobre a casa sai também
    Não é venal.
    Nunca renegas o que disseste.
    Mas, o que disseste?
    És de boa fé, dás a tua opinião.
    Que opinião?
    Toma coragem
    contra quem?
    És cheio de sabedoria
    Pra quem?
    Não olhas aos teus interesses.
    Aos de quem olhas?
    És um bom amigo.
    Sê-lo-ás do bom povo?
    Escuta pois: nós sabemos
    que és nosso inimigo. Por isso vamos
    Encostar-te a paredão. Mas em consideração
    dos teus méritos e das tuas boas qualidades
    Escolhemos um bom paredão e vamos fuzilar-te com
    Boas balas atiradas por bons fuzis e enterrar-te com
    Uma boa pá debaixo de terra boa.

  13. almaria says:

    Rogo-lhe encarecidamente que faça um esforço para se informar e documentar antes de escrever sobre assuntos dos quais assumidamente se distancia. Como se as greves caíssem do céu…
    Por favor.

  14. Cláudia says:

    Na década de 60 havia estudantes que, a partir dos 17 já levavam porrada e da valente, porque nem podiam falar.
    Hoje não levam no sentido literal mas parece que também demoram mais, muito mais, a abrir os olhos e a perceber o que se passa à sua volta e, pior, a perceber quando estão a ser usados.
    Esta e outras greves relacionadas com o ensino, por todo o respeito que uma grande maioria dos professores têm pelos alunos, pela cultura, pela educação e ensino acontecem por eles, pelos alunos.
    As “sansões” que os Governos aplicam hoje serão piores quando os alunos de hoje forem crescidos, incautos e desatentos. Aí sofrerão aquilo que nem sequer chegarão a compreender. Porque não SABEM.

  15. nightwishpt says:

    “A greve geral é inaceitável porque quer fazer cair um governo eleito. A greve dos estivadores era inaceitável porque prejudicava a economia. As greves da função pública são inaceitáveis porque prejudicam os utentes e resultam de privilégios. A greve dos transportes é inaceitável porque impede os outros de trabalhar. A greve é, no fundo, sempre inaceitável. Mas note-se que, quem o diz, deixa sempre claro que defende o direito à greve, instituído em todas as democracias. Desde que nunca seja realmente exercido. ”

    – Daniel Oliveira

    • nightwishpt says:

      Aliás, estão tão preocupadinhos com os alunos que nada dizem sobre o frio que passam nas aulas, a falta de alimentos que têm nas mesmas, de terem que se deslocar 40 kms para fazerem exames, de quererem um modelo para a educação onde nada se aprende e tudo se decora, de tudo se fazer por não haver emprego para eles,etc, etc, etc.

      É como as pessoas anti-aborto, defendem o feto até nascer, depois que faça pela vida que tudo o que de mal lhe aconteça é culpa dele.

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