Seara, um ‘tachista’ derrotado mas obstinado

O ‘tachista’ Seara sofreu a 2.ª derrota. Agora no Tribunal da Relação de Lisboa, a ratificar a recusa da candidatura pelo Cível de Lisboa.

Para fundamentar pareceres com rigor, comecemos por ver a Lei n.º 46/2005, de 29 de Agosto que começa por estabelecer:

Art.º 1.º, n.º 1: O presidente de câmara municipal e de junta de freguesia só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos…

O PR alegou haver um erro na redacção desta lei, ao indicar presidente de câmara municipal e de junta, em vez da câmara e da junta.

Na interpretação de muitos cidadãos, a quem o PR chamaria cidadões, a proposição de reveste o texto legislativo de um carácter mais amplo, a função em qualquer ponto do país, em vez de parcela territorial. Considere-se a seguinte abordagem do Ciberdúvidas:

 Perguntas

De Caldas / das Caldas Dina Aleixo – jornalista – Torres Vedras,  

[Pergunta] Qual das duas é a construção correcta: «de Caldas da Rainha» ou «das Caldas da Rainha»?

[Resposta]

Em das Caldas da Rainha, empregamos o artigo definido as (das=de as); em de Caldas da Rainha, não empregamos esse artigo. Não há regra nenhuma para sabermos quando devemos ou não empregar o artigo definido antes de tal ou tal topónimo. Temos de seguir a fala da gente da respectiva terra. Por isso, devemos dizer a Figueira da Foz, o Porto, o Cacém, a Guarda, em Alvito, porque é assim mesmo que dizem os naturais de cada uma dessas terras. Se quisermos falar correctamente, temos de dizer:

Venho das Caldas da Rainha (ou somente venho das Caldas). Vou para as Caldas. Moro nas Caldas. É assim que dizem os naturais de lá.

José Neves Henriques – 02/07/2009

O artigo definido a assume, a meu ver, um carácter mais restritivo e preciso em relação local a que nos referimos. Seja empregue isoladamente, seja sob a forma da contracção com a proposição de (de+a = da).

Portanto, a candidatura de Seara a Lisboa, bem como de outras em concelhos sob situação análoga não cumprem a letra e o espírito da lei em causa. Do Porto a Tavira.

Sem conhecer com precisão o texto do acórdão da Relação de Lisboa, sabe-se, contudo, que esse tribunal ratificou a rejeição da candidatura da ‘Papoila Saltitante’, Fernando Seara.

Na Câmara Municipal de Sintra, a prestação se se distinguiu dos mandatos de Edite Estrela, pouco se nota. Sintra continua a ser dos concelhos, demograficamente densos, marcado por desastroso urbanismo, de amontoados de betão.

Seara, como a escandalosa acumulação de cargos há largos anos demonstra, não tem perfil para dirigir uma autarquia com as complexidades do município lisboeta. É obstinado na luta do poder, mas terá de resignar-se como derrotado.

O actual presidente da CML teve a virtude de reduzir em 300 M € a dívida e baixar de 11.000 para pouco acima de 9.000 o quadro de pessoal do município, somando ao desempenho a eliminação da dura herança de Pedro de Santana Lopes – curiosamente amigo do peito, e julgo mesmo que compadre, de Seara.

Por outro lado, e fazendo fé em diversas sondagens, os resultados dos partidos mais à esquerda, em especial do PCP, podem constituir em Lisboa uma surpresa para os distraídos e infundadamente crentes ‘laranjas’ e centristas.

Faça logo à tarde a festança que fizer no Padrão dos Descobrimentos na apresentação da candidatura, no seu estilo de fala babada e cuspida, o viseense Roboredo Seara, casado com a portuense de Massarelos, Judite de Sousa, ficará a saber que os lisboetas maioritariamente o recusarão, ainda que, por hipótese absurda, o Tribunal Constitucional venha a dar provimento ao recurso do candidato do PSD+CDS, a diabólica coligação governamental.

Comments

  1. R. M. says:

    Presidente de câmara = emprego

    Presidente da câmara = cargo público

    • Bufarinheiro says:

      Emprego?
      O que ele quer é tacho.

      • R. M. says:

        Isso sei eu…
        A profissão de presidente de câmara não existe mas muitos melros deste país teimam em fazer do cargos públicos umas boas carreiras profissionais saltando de poleiro em poleiro.

  2. coimbrão says:

    Só os tibios ou chupistas têm dúvidas acerca do impedimento absoluto de nova candidatura que gerou a Lei nº 46/2005, insistindo num direito que não existe. Na verdade e não obstante a intenção maléfica do legislador em “armar confusão”, o certo é que a lei é clara e perfeitamente intuível. A expressão “o presidente de câmara” é um conceito abstracto e genérico, aplicável a quem pretende ser candidato e extensível a todo o território nacional. Efefectivamente, a preposição “de” indicia isso mesmo, ou seja de que se refere a toda e qualquer câmara e não a certa e determinada, como remotamente se poderia aceitar se essa preposição tivesse sido substituída por “da”, ou seja, “o presidente da câmara”. Portanto, Menezes, Searas, Ribaus, etc., aconselho-vos a emigrar…

  3. LUIS COELHO says:

    AOS SEARAS TODOS EU, QUE SOFRO DE ELEVADO GRAU DE ILITRACIA, PERGUNTAVA SIMPLESMENTE SE QUERIAM IR Á MERDA OU PARA A MERDA?

  4. Na tua opinião o suposto socialista está a fazer um bom trabalho?

  5. xico says:

    Seara é um presidente de Câmara, e quer ser o presidente da (de a ) Câmara de Lisboa: Quer ser o presidente de Lisboa. O outro quer ser o presidente da Câmara do (de o) Porto.
    Coimbra sem cu é imbra, Coimbra sem imbra é cu. Tirai o cu a Coimbra, fica Coimbra sem cu.
    A cidade de Caldas da Rainha, é a cidade das cavacas e é também a cidade das caldas que lá há: É uma cidade de cavacas e de caldas. Estão as caldas de Caldas da Rainha paradas, logo a cidade em breve será só Rainha, o que significa que em tempo republicano, desaparecerá.

  6. Este presidente da repúplica é mais falso que judas .
    Sempre que ele abre a boca mete-me nojo e faz sem-
    pre ao contrário do que diz .Fala na inclusão social ,
    mas cada vez há mais exclusão , em grande parte
    graças a ele , porque só defende tipos como Américo
    Amorim , Dias Loureiro e tantos outros da linha dele ,
    sto e da quadrilha dele ,.
    Custa-me a crer que ainda esteja no cargo e que te-
    nha sido eleito depois de ter sido um péssimo primeiro-
    -ministro , o padrinho da corrupção bancária e não só.
    No fundo o povo português tem o que merece .
    Se fosse no Brasil já tinha havido uma revolta .

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