Portugal é um casino

high_marialuisalbuquerque

Promover uma ajudante a ministra no momento em que se constata que falamos de:

  • alguém que mentiu na AR
  • uma jogadora no casino dos contratos swap (e mais grave do que isso: foi gestora financeira de uma administração da Refer com a missão de a desbaratar e privatizar).

é digno de um país entregue aos bichos, ou melhor, ao jogo do bicho, onde a sorte lhe pode ter sido favorável mas não deixou de andar a apostar na roleta russa das especulações financeiras.

Maria Luís Albuquerque foi professora de Passos Coelho na Lusíada, e fica agora explicado porque a manteve e tem suportado num cargo de Secretária de Estado de onde deveria ter saltado como os outros: neste governo premeia-se o crime económico. Valha-nos que por uns tempos não escutaremos o pior Ministro das Finanças de sempre, pódio que, fosse-lhe dado tempo e não estivéssemos perante mais um sinal do fim mais que anunciado, a sua substituta se encarregaria de ocupar. A má política faz maus políticos, a péssima piores ainda.

 

Comments

  1. Amadeu says:

    Ó amigo João: Jogadora de casino uma porra, que no casino cada um joga com o seu próprio dinheiro.

    Esta sonsa ou é parva ou recebeu uma boa comissão com os swaps da REN.

    Foda-se !!! Cada vez estamos pior !!!

    • Mas esta é mais esperta jogando com o dinheiro dos outros leia se contribuintes ela nao perde nunca ganha sempre

    • LUIS COELHO says:

      ESTA GAJA É MAIS UM COMPROVATIVO DO PROVÉRBIO QUE DIZ:- QUEM SABE FAZ E QUEM NÃO SABE ENSINA.
      ISTO É INFELIZMENTE A REGRA MAIS DO QUE COMPROVADA PELOS PROFS. QUE TÊM PASSADO PELO GOVERNO INCLUINO O QUE ESTÁ EM BELÉM!

  2. AACM says:

    Tu tens a certeza absoluta que ela mentiu ?

    • nightwishpt says:

      Ou mentiu ou é completamente incompetente.

    • Certezas absolutas é coisa que não tenho desde há muito tempo. Mas li o comunicado envenenado do Gaspar, um belo presente de despedida.

      • Gostei da resposta…….nao tens certeza de que mentiu……obrigado.

        • Afinal tenho a certeza absoluta. Ela e pelo menos mais dois secretários de estado sabiam dos contratos. Tinham estado na sua negociação…

          • AACM says:

            Para concordar contigo precisava de conhecer a pergunta que lhe fizeram e a resposta que ela deu…….tu deves ter estes dados, podes publicar ?

          • A substância é simples: sabia ou não sabia?
            O refúgio no disseram-ao-ministro-não-me-disseram-a-mim está ao nível do Borda d’Água, é completamente irrelevante (e absurdo, o pelouro é também dela).

    • Tanto que mentiu que é o própro governo a vir dizer que teve conhecimento, se faltava alguma coisa quando teve conhecimento só tinha que exijir mais esclarecimentos

  3. Pedro says:

    Que me desculpem muitos dos que aqui e noutros locais escrevem sobre “swaps” mas a verdade é que demonstram na maior parte dos casos uma grande ignorância do que falam. O problema não está no “swap” em que se estabelece um tecto máximo para a taxa de juro a pagar “abdicando” do eventual benefício de uma descida das mesmas – no fundo apenas se torna uma taxa de juro variável em taxa fixa, eliminando a incerteza asssociada às variações da taxa Euribor e dos “spreads” bancários – como muitos de nós fazemos ou fizemos nos empréstimos à habitação. O problema reside na natureza “obscena” dos “swaps” realizados em algumas das EP’s em que se assumiu que a empresa ficaria com todos os risco e a(s) entidade(s) bancária(s) todos os eventuais benefícios, “swaps” esses que nada têm a ver com os que todos os dias são feitos nas empresas de todo o mundo.

    Quanto aos outros comentários, cada um tem a opinião que tem e é livre de a expressar como quiser…

    • AACM says:

      Desculpe, mas os SWAP sao um produto de risco. Logo, nao deveria ser utilizado por quem gere dinheiro alheio sem o seu conhecimento.

      • Pedro says:

        Caro AACM, nem todos os swaps são produtos de risco. Trocar uma taxa de juro variável por taxa de juro fixa não é uma opção de risco, pelo contrário é uma opção financeiramente “conservadora” pois determina à partida qual o custo do financiamento, não o deixando flutuar ao sobor da Euribor e dos spreads bancários. Foi o que muitos de nós fizemos nos empréstmos à habitação, aproveitando a baixa histórica da Euribor.

        • AACM says:

          Sao de risco porque se a taxa baixar para níveis inferiores ao contratado eu vou ficar a perder, logo, eu posso decidir arriscar em causa própria mas nunca em causa alheia.

          • Pedro says:

            Caro AACM, não se pode querer sol na eira e chuva no nabal… Se contrata um financiamento a taxa variável vai estar sempre na incerteza de qual o seu efectivo custo (como quem tem um empréstimo à habitação a taxa variável sente de cada vez que chega ao fim do período em que está em vigor – 3 meses, 6 meses, etc). Pode de facto beneficiar de eventuais descidas das taxas de juro ou spreads mas também pode ser muito penalizado se estes subirem. Se optar por fixar a taxa de juro, elimina o factor incerteza / risco no custo de financiamento que é aquilo que as empresas, públicas ou privadas devem fazer. É evidente que a posteriori pode fazer as contas sobre o que teria ganho ou perdido se não fixasse a taxa de juro, mas como dizia o João Pinto “Prognósticos só no fim do jogo”…

      • nightwishpt says:

        E quem é que desorçamentou constantemente as EPs?

        • Pedro says:

          Caro nightwishpt, a essa pergunta tenho a certeza que todos nós sabemos responder: todos os governos desde o 25 de Abril. Só quando a Comissão Europeia mudou as regras e obrigou a que as contas das EPs passassem a contar para o cálculo do deficit do país é que tudo ficou obrigatoriamente considerado no orçamento.

    • adelinoferreira says:

      Até aqui Pedro, não tinha percebido,
      depois da tua explicação fiquei a perceber.
      Percebes Pedro?

      • Pedro says:

        Caro adelinoferreira, lamento não ter capacidade suficiente para perceber o alcance da sua fina ironia. Mas consigo perceber quando alguém não consegue aceitar opiniões diferentes das suas.

        • adelinoferreira says:

          Ó Pedro não se zangue, é que eu acho que toda a gente perce
          be, que o problema dos swap
          reside no caracter especulativo!
          Tenha um bom fim de tarde.

          • Pedro says:

            Caro adelinoferreira, permita-me discordar de si. O problema destes “swaps” – pelo menos do que se tem sabido sobre eles – não é serem especulativos. Num swap especulativo “normal” você tem pelo menos uma razoável probabilidade de ganhar (concorde-se ou não com a especulação). Nestes swaps a probabilidade de perder era incomparavelmente superior à de ganhar. Em alguns deles atrever-me-ia a dizer que era praticamente garantido que as EPs iam perder.

  4. Fusca says:

    MENTIU E FOI DESMENTIDA PELO PRÓPRIO VITOR GASPAR. ou não leram as noticias na semana passada?…

  5. Fusca says:

    http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=3298109 já agora, se os swap são tão bons porque é que nós é que perdemos o dinheiro e quem aposta (com o nosso dinheiro!) é que lucra?

    • Pedro says:

      Caro Fusca,

      Não sei se a pergunta me é dirigida, mas acho que a resposta está dada no meu primeiro comentário: tudo depende do tipo de contrato “swap” que é feito. Como é evidente não subscrevo a realização de contratos especulativos – que são até contrários à natureza dos contratos “swap” originais, que têm como objectivo reduzir a incerteza, fixando a taxa de juro a pagar, não correndo riscos desnecessários para a empresa (com a contrapartida óbvia de que esta também não vai beneficiar de eventuais descidas das taxas de juro)

      • Os contratos desta artista são, pelo menos em parte, conhecidos:

        http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO184806.html

        Falam por si.

        • AACM says:

          Eu sou totalmente contra estes contratos no estado,mas, estar a responsabilizar unicamente directores e administradores e esquecer o responsável máximo nao me parece serio.

        • Pedro says:

          Caro João José Cardoso, os meus comentários foram sobre os contratos “swap” em geral não sobre qualquer contrato em particular. E o artigo não é suficientemente esclarecedor sobre a natureza dos contratos – apenas dá para perceber que devem ser contratos nos quais as partes estabeleceram o que se chama valor máximo (“cap”) e mínimo (“floor”) a pagar.

          • O problema destes contratos começa aí: foram resguardados, conhecem-se mal, e parece que um já existiu nas depois não se sabe dele.
            Ora fossem eles limpos, e na necessidade de defender quem os fez e não saiu do governo, manda a lógica que estivessem muito bem esclarecidos.
            É verdade que por outro lado não se promove quem se teme possa ser ainda mais envolvida num escândalo, mas basta recordar quanto tempo Relvas ainda foi ministro depois de conhecida a sua vida académica para se entender que Passos Coelho coloca as suas relações pessoais acima de tudo.
            Já vimos este filme.

  6. Pedro says:

    Caro João José Cardoso, bem ou mal a “famosa” comissão parlamentar de inquérito sobre os “swaps” deverá fazer alguma luz sobre os mesmos. Totalmente de acordo com o que diz: já deveriam ter sido totalmente esclarecidos há muito tempo – sem falar do facto que nunca deveriam ter sido celebrados nos termos em que o foram, tendo em conta os resultados. Mas isso provavelmente teve a ver com o facto de Portugal já não se conseguir financiar a taxas adequadas quando eles foram celebrados, o que se reflectiu no absurdo poder negocial das entidades bancárias. Porque razão o governo da altura dos contratos mais gravosos não pôs travão nisso, são contas de outro rosário…

  7. Isso é o que tenho andado a dizer há mais de 30 anos , que Portugal é um gigantesco casino , em todos os sentidos , com todos os tipos de jogos legais , ilegais , inventados e sei lá que
    mais , pois espírito imaginativo corrupto não lhes falta . .

    Quando legalizaram os Bingos , no tempo do Balsemão , dizem que a primeira pessoa a abrir um foi a mulher dele , que não
    precisa de mercedes , ela mesma tem o mesmo nome .

    A partir daí , para além da Lotaria e Totobola , foi só legalizar ,
    mais jogos , inclusivé de acções , jogos com os fundos da Segurança Social e muitos outros dinheiros públicos dos contribuintes –

    Isto é um País de batoteiros e mentirosos = Corrupção

  8. Reblogged this on Paranóias.

  9. É só gente séria , no mínimo batoteiros e mentirosos .São só jo-
    gadas . A mim ninguém me tira da cabeça que o gasparzinho ,
    saíu depois de mais umas argoladas bem feitas para o seu lado
    e dos outros compagnos de route , conhecidos e desconhecidos

    Isto tem sido tudo combinado , para eles se amanharem até onde puderem e conseguirem , o resto é tudo conversa , inven-tem as desculpas que quiserem ..

    Podem vir com os raciocínios e conclusões que quisrem , com as palavras ,mais eloquentes , que ninguém me tira da cabeça que isto é tudo jogo combinado entre todos os políticos nacio-nais e internacionais , sobretudo europeus , fora os tipos e ti-
    pas cá de fora . São todos uns anjinhos e santinhas .

    Eles até se desmentem uns aos outros .Será que as pessoas
    ainda não notaram isso.

  10. Não é só um gang . São gangues em todos os partidos . fazem o
    pael teatral de estarem uns contra os osutros , quando na rea-lidade estão todos feitos uns com os outros .ii

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