Não Há PM Amigos do Povo

Não há Primeiros-Ministros amigos do Povo. Não há. Ontem, Clara Ferreira Alves, no Eixo do Mal, deu, como sempre, uma no cravo e outra na ferradura, expondo longamente com base nos interesses instalados as razões suficientes para a vigência e manutenção deste Governo e do seu incapaz Primeiro-Ministro. Depois, a Clara resolveu interromper compulsivamente o caudal expositório de Daniel Oliveira na sua olímpica análise, coisa em que se mostrou de uma inconveniência, de um disparate a toda a prova. Clara não quer eleições. Daniel quer eleições como quem quer jantar na sala de estar enquanto o incêndio consome a cozinha e os quartos. Tornou-se demasiado habitual a uma certa crítica política desconsiderar, caricaturar, a figura, liderança e acção de Pedro Passos Coelho. Chamaria a isso conveniente santanalização implacável de um PM. Enquanto actuação global que fode com vidas, Passos Coelho, a Troyka e o passado recente socialista estiveram muito ‘bem’ – todos foderam com vidas concretas. Mas nada há no PM Passos que o distinga de outros PM no que respeita a uma inovadora demarcação dos interesses económicos instalados, especialmente da Banca. Evidentemente, nada num País é viável com uma Banca moribunda ou com problemas graves. A Banca somos nós e ela é para nós, ideia que a Esquerda Onanista não encaixa.

E neste momento, os banqueiros estão contentíssimos com Passos. PM de gabinete, ultra-escondido e ultra-discreto nesse papel de magno protector dos banqueiros e dos respectivos interesses tentaculares, em parte ponto de partida para a defesa do interesse nacional geral, em parte velho egoísmo e velha injustiça, a clivagem entre este PM e a gente concreta emergiu com toda a naturalidade, dado que Pedro Passos Coelho mostra uma capacidade pedagógica e uma sensibilidade à nossa fome pouco mais ou menos equivalente à de um penedo. A Banca está radiante? Pois este Governo conservar-se-á no formol político em que a indefinição presidencial o colocou. Falta é meter o PS nisto, na mesma substância de conservação de organismos mortos, na grande salvação bancária nacional e europeia, minada apenas no médio prazo pelos pesadíssimos compromissos da dívida pública portuguesa, matéria urdida basicamente pelo seráfico socratismo. A Banca necessita de certezas. Certezas a três, Passos, Seguro, Portas. Primeiros-Ministros vêm e vão. Podem ser mais ou menos amigos da Banca, mas nunca serão amigos do Povo senão por portas e travessas. Paradoxalmente, um Povo pode encostar a sua cabeça numa pedra tranquila sempre que o seu sistema bancário não oferece angústias à escala do irlandês ou do cipriota. Esse é o caso português.

Comments

  1. Amadeu says:

    O que tu queres sei eu, meu monárquico envergonhado. No teu pensamento fossilizado, um rei e umas cortes resolviam-nos o problema. Há cada maluco …

    • palavrossavrvs says:

      Vai jogar xadrez na Constituição ou à sueca, ó xuxadeu.

  2. Finalmente desististe de nos torrar a paciência com as intermináveis lenga-lengas ininteligíveis, inenarráveis e chatas comó ca…neco!
    Ouviste Clara Ferreira Alves e, de repente, acordaste numa manhã de Verão, descobriste que aquilo que os teus amiguinhos da direita fizeram, fazem e sempre farão é ROUBAR!
    Mas, e como diz o povo, ” Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe” se esta MERDA, esta chafurdice, que é (de)composta pelos gajos que tu tão acerrimamente defendes, um dia se acabar, eu se fosse a ti tinha medo, muito medo.
    Já aqui te disse uma vez: “Toma MUITO CUIDADO com a fúria dos mansos”

    Tem um bom fim de semana e, como sempre nada de pessoal.

    • palavrossavrvs says:

      Não gostas de ler, não lês. Não te apetece comentar, não comentas. O resto são leituras.

  3. Oscar Alho says:

    este gajo está comple tamente chanfrado. ora reparem:

    “Perdi o que tinha a perder, anos acossado injustamente pelo fisco e pela Banca”
    palavrocoiso, ontem em O Reptil de Cavaco

    “A Banca somos nós e ela é para nós,”
    palavrozero, hoje neste mesmo post

    Decida-se homem (uso como recurso estilistico, porque sei que a palavra é um bocado forte para o designar). Ou bem que foi acossado injustamente, ou bem que a Banca é você e todos nos e isto é tudo por culpa própria.
    reformulo: o palavronojo acha que o seu desemprego é justo e necessário para reduzir as imparidades do “seu” sistema bancário?

    • palavrossavrvs says:

      Cromo, sem um sistema bancário saudável não há economia. Pessoalmente, as minhas queixas contra o BES são legítimas e justíssimas: não as vou desenvolver aqui. Não é segredo que no grande jogo indivíduo/Banca, se não tiver cautela, o indivíduo sai esmagado. Não deveria ser assim.

      • Oscar Alho says:

        portanto, diz-nos o excelso antropólogo económico palavronabo que nos milhares de anos da história do Homem antes de existir um “sistema bancário”, não existia economia…
        e ler umas coisas, não?

        • palavrossavrvs says:

          Vivemos no presente, onde os sistemas bancários nacionais ou do bloco europeu estão em perigo e esse perigo compromete e atinge as nossas vidas. Argumente. Não insulte.

      • nightwishpt says:

        Este sistema financeirobancário não é saudável nem é sustentável porque cada vez mais criam dinheiro que não existe.

        • palavrossavrvs says:

          Mas é com a ilusão e a aparência que temos de viver: a guerra é global. Vale a pena ouvir Dominique Strauss-Kahn sobre as dificuldades bancárias europeias e as debilidades europeias no concerto da grande competitividade global. Não poderia estar mais de acordo com esse socialista francês. O socialismo português, porém, é uma merda e só fez merda. Não me venham dizer que é de Esquerda.

          • este gajo é um idiota says:

            ai sim?
            então podes ir trabalhar pra a ilusão, s.a. e passar a comer aparencia ao jantar todos os dias.
            ele há cada um!

  4. DEUS says:

    O que estavas a fazer no Parque da Cidade meu canalha?

  5. fernando van-dunem says:

    é inútil ler este palavraporca, valha-nos que não tira o trabalho a ninguém.
    o que é isso de andar a certas horas pela Parque da Cidade!

    • palavrossavrvs says:

      Insulto e desrespeito não são argumentos. Argumente.

  6. funcionario publico says:

    amanhã 09h30 no centro de emprego para teres a formação sobre empreendedorismo. essa tua noção de que a Banca não deve esmagar o individuo tem que ser revista.
    vais bater um bocado de punho e já ficas a saber o que a banca pode ou não pode fazer.
    próximo!

    • palavrossavrvs says:

      Pateta. O insulto e a insolência não são argumento.

  7. Creio que desta vez stou de acordo com o seu comentário , porque creio que você tomou consciência de que este governo não presta par nada a não ser dar golpadas
    e fazer as jogadas da Banca , isto é , da corrupção .
    A banca não faz falta nenhuma , ela só existe para nos explorar .
    Ora se você se queixa da Banca , em particular do BES , como é possível dizer que
    ela faz falta para desenvolver economia .
    Uma pessoa pode ser de direita , mas isso não a impede reconhecer que este governo
    não presta , que quer acbar com o Estado Social como esse lavadinho e enjoadinho
    do Ministro da Segurança Social , muito amiguinho do dos Estangeiros , querem fazer
    Ai os homens . Ai os Homens . Isto prece o Socratismo e seus seguidores .
    Ninguém me tira da cabeça que estamos a ser domindaos por um lobby gay (alegre)
    a todos os níveis .

    • nightwishpt says:

      Vai meter a homofobia no cú a ver se gostas.

      • palavrossavrvs says:

        Vamos lá manter a calma, aqui. Respeitem-se. Não se insultem. Não assassinem o mensageiro.

  8. sinaizdefumo says:

    Ufa! Até que enfim um post que não se limita a despejar a bílis e até contém coisas com que concordo. A frase «A Banca somos nós e ela é para nós…» não faz sentido.

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