Democracia sim, mas a minha

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Anda a blogo-direita histérica por ter encontrado uma frase, com meses, de um deputado do PCP, perfeitamente óbvia e natural, basta não acreditar no fim da história para a entender.  Ao mesmo tempo e nos mesmos espaço,  no meio dela encontro esta afriamção, fresquinha, de Luís Naves:

Uma democracia implica muitos outros elementos, tais como mercado livre, imprensa plural, diversidade de opiniões,

A ideia de que só há democracia com “mercado livre“, muito respeitável no séc. XIX, vale no séc. XXI a responsabilidade directa pela crise europeia e não só: foi a liberdade dada aos mercados financeiros que a produziu, no dominó da salvação dos bancos e outros fundos mais que tóxicos. O resto é propaganda de treta. Mesmo que assim não fosse temos de convir que é um sentido muito restritivo de democracia: e se o povo votar contra o livre mercado, optando por um pacato programa social-democrata? não é democracia? e se amanhã o PCP for o partido mais votado, não pode formar governo, chama-se a NATO?

Vindo de quem recentemente defendeu com unhas e dentes Viktor Órban, o proto-nazi húngaro não nego que eleito mas questiono em que condições de “imprensa plural” (habitual sinónimo de pluralmente na posse dos donos dos mercados, como entre nós), não será de espantar. Depois admirem-se de a história continuar no sentido de um dia levaram com um safanões na propriedade privada, essa deusa que só não se adora quando se trata de arcar com o prejuízo bancário dos que nos têm governado.

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A palavra legitimidade

Rajoy também não se demite.

Vivendo acima das nossas possibilidades

Portugal em 10º lugar no ranking europeu dos banqueiros que mais ganham. Em 2011 roubaram em média 1,6 milhões de euros cada um. Sim, esta propriedade é um roubo.

Olha a uniformização ortográfica fresquinha! (8)

Acônito (Bras.)/Acónito (Port.)

C’um Catroga! Portas volátil e Passos incapaz

O rubicundo Catroga sofre de incontinência verbal. Às vezes acerta: “Portas é volátil e Passos incapaz de controlar o parceiro da coligação”. Catroga salva-se a tempo dos descarrilamentos. Muda de combóio, na hora exacta.

Amorim, Isabel e Amaral sacam, a Albuquerque entra à grande

Amorim, Mira Amaral e a princesa Isabel exigem mais 100 M € do Estado Português. O BPN, vendido pela ridicularia de 40 M €, é um rio que corre célere e abundante montanha abaixo, afogando ainda mais na desgraça os nossos escassos dinheiros públicos.

Albuquerque, a genial financeira de ‘swaps’ e do contrato de venda do BPN, voltará a não resistir ao patológico vício de gastadora compulsiva de dinheiros dos contribuintes.

O corticeiro, o “fala e cospe” e a filha do “Zezé de Angola”, através do BIC, terão mais 100 M € de receita garantidos.

Posteriormente a Albuquerque, se chamada à AR, vai declarar que ela, alma de alva inocência, jamais desembolsou tal dinheiro. “O cheque foi emitido por um funcionário do Tesouro”, alegará.

A actual Ministra de Estado e das Finanças, é consabido, foi professora de Economia de Passos Coelho, na Lusíada. Para muitos já se tinha tornado notório que o PM sai à mestra, co-autora dos orçamentos falhados do Gaspar.

Diz que é preciso despedir funcionários públicos (5)

Contrato de venda do BPN leva BIC a exigir 100 milhões ao Estado

O presente envenenado

O apelo presidencial de um compromisso de salvação nacional, foi aceite pelo PS que já iniciou diligências com o PSD e o CDS. Esse apelo, ao contrário do que muitos poderão pensar, é um forte apoio ao Governo. É um modo de arrastar o PS para a lama, para o lodaçal criado por este Governo, que além de piorar o défice, conseguiu alastrar a pobreza, atrofiar a economia e esvaziar o sentido de vida de um povo. E só um PS sem carisma, titubeante e ideologicamente vazio, aliás à imagem e semelhança do seu líder, aceitaria semelhante engodo. Só um PS sem liderança ou carisma, amarrado a compromissos estranhos ao interesse nacional, sem qualquer independência ou ideologia. Para significar mudança, o PS teria de ser aquilo que não é. E este PS não é esse partido. Não é este PS, nem nenhum partido do chamado arco governativo – PS, PSD e CDS. Uma falência de independência que é a causa primeira da inoperância dos partidos políticos com responsabilidades governativas ao longo da democracia portuguesa, cuja factura andamos a pagar. E a razão primeira de aceitar negociar o inaceitável: pactuar na manutenção no poder de quem mentiu descaradamente para ganhar as eleições e assim tornou a mentir para se manter no poder; de quem não soube governar nem escutar; de quem não tem escrúpulos para conseguir mais poder ou nele se perpetuar. O apelo presidencial não é um apelo: é um presente envenenado, aceite pelo PS. Um presente e um futuro.

Posicionem-se

Abrir os olhos é não imputar a uma putativa e ficcional Direita Portuguesa as culpas que se partem e repartem sobre todo o espectro decadente e moribundo do sistema político-partidário português. Por exemplo, depois de anos ao serviço dos interesses instalados, financeiros e económicos, apeada da governação, a Ala Socratista do PS aparece agora umas vezes a masturbar o PCP e o Bloco, outras a diminuir e a vexar a utilidade pragmática de tais partidos. Mesmo Seguro não resistiu a convidar e a incluir PCP, PEV e BE nesta coisa criada pelo Presidente, uma Troyka Negocial do Arco da Governabilidade. Seguro quis incluir esses partidos na proposta presidencial, dando por garantido o voto inútil a favor na próxima moção de censura. Qual foi a resposta dessa Esquerda Anti-Troyka? Rejeição liminar. Dir-se-ia que tal Esquerda se está a cagar para a condescendência segurista ou para o namoro pegado que lhe move a Ala Socratista, ainda incrustada na Bancada Parlamentar Xuxa. A sugestão socratista-socialista-segurista de o convite à salvação de Cavaco ser extensivo àqueles partidos foi portanto mandada àquele lugar. Percebe-se que o socratismo forceja fabricar o seu regresso ao Poder não apenas pelo malogro do Ajustamento, mas também pelo Cavalo de Tróia de alianças e compromissos impostores com a Esquerda Protestatória.

Embora Seguro formulasse o convite, os pretorianos do socratismo apodam-no de pura retórica – talvez desejassem em andamento um projecto de coligação escrito e assinado onde se consagrasse a ruptura com a Toyka e a exigência por um regresso formal aos moldes do PEC IV. Como esse entendimento parece comprometido, a Esquerda bloco-comunista passa a ser tratada à bruta pelo paleio pretoriano dos adeptos e amantes do Grande PlayBoy: comunas e bloquistas não participam em coisa nenhuma que não seja derrubar governos, especialmente se forem socialistas. São partidos de bota-abaixo. Pois, um bota-abaixo selectivo e eficaz se xuxas se confinam à impotência minoritária. A dor de corno política dá nisto. [Read more…]

Da violência

O José Maria Barcia, que conheço destas andanças da internet e por quem tenho apreço, inflamou-se com o Miguel Tiago por algo que escreveu no facebook. Ora, sendo certo que o meu camarada não precisa de advogado de defesa, uma vez que já deu mostras da sua capacidade de enfrentar seja quem for, apetece-me deixar aqui duas ou três postas de pescada.

mt [Read more…]

Governo

governo morto

Olha a uniformização ortográfica fresquinha! (7)

Acetômetro (Bras.)/Acetómetro (Port.)

A crise portuguesa da actualidade

O seu a seu dono: a autoria da actual crise é da direita

Bem se empenham os arautos tendenciosos, desonestos e vesgos por conveniência para engrupir a opinião pública com a desresponsabilização da direita pela crise política em que atolou o país nos últimos 15 dias.

A defesa inconsistente e estrambólica da inocência do governo de Passos e Portas, e até do presidente Cavaco, emporcalha-se por ímprobos ataques desferidos sobre quem, de área política divergente ou neutralmente, dignifica a verdade e tece legítimas críticas às ridículas peripécias da vil tríade do presidente, da maioria e do governo a que estamos submetidos.

Para reposição da verdade – e já agora para memória futura – grave-se com letras de indestrutível relevo, por ordem cronológica, quem, quando e como a crise se despoletou e desenvolveu:

A 1 de Julho de 2013

Vítor Gaspar demite-se. Insinua falta de perfil de Passos Coelho para liderar a actividade governativa, confessando responsabilidades próprias na falha dos défices de 2012 e 2013, na expansão da dívida pública, na depressão na procura interna e desvios desfavoráveis nas receitas fiscais; e, em acto de comovente penitência, Gaspar rematou: “a repetição destes desvios minou a minha credibilidade enquanto Ministro das Finanças.”

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