Desemprego: mais de 200 vítimas na Cova da Beira

Quando me deparo com certos comentadores e escribas da propaganda governamental que por aí circulam nas TV’s, nos jornais e na blogosfera, não os ouço nem leio. Cuspo, cuspo forte e sonoro de espontânea reacção pela náusea perante a falsidade, o artificialismo e o ardil de quem anda a impingir gato por lebre.

Por efeitos de experiência vivencial directa, regular e na maioria dos casos durante mais de 20 dias por mês, conheço com suficiente pormenor diversas regiões do interior; em especial o Alto Alentejo e as Beiras Baixa e Alta. Terras em continuado despovoamento, habitadas em grande maioria por idosos e com estruturas produtivas, incluindo agrícolas, abandonadas e muitas delas degradadas e destruídas.

Já sabia do triste desfecho, porque o processo se iniciou há meses. Contudo, o ‘Expresso’ acaba de confirmar: a Carveste, empresa têxtil de Caria, Belmonte, em processo de encerramento desde há tempos, vai expulsar para o desemprego mais de 200 trabalhadores.

O débil comércio da zona, da Covilhã ao Fundão, sofrerá os efeitos de mais este despedimento colectivo. Na estrondosa maioria, feminino. Muitas são mães que, do  que davam aos filhos, têm de reduzir na quantidade e qualidade, já agora parcas, da alimentação dos garotos, como se diz na região. Parte significativa terão de recorrer à Caritas ou a uma IPSS para obter bens alimentares.

O Pires – adoro tratar assim o presunçoso Ministro da Economia – saltou de gestor dos negócios da ‘Super Bock’ e das Águas das Pedras e Vidago para ministro. Que solução trará a falada figura para as insolvências, o desemprego e, sobretudo, para a retoma económica? Que seja competente e não se fique pelas habituais regiões favorecidas pela força eleitoral, com Lisboa e Porto à cabeça – sou alfacinha de gema, diga-se.

Promover em tempo útil investimentos, que absorvam pelo menos 500.000 desempregados, dispersos pelo País, não é tarefa fácil. Mas como o homem é um génio, esperemos que, tal como outros, não nos saia  piroso e incapaz, o ministro Pires.

Comments

  1. Amadeu says:

    O Pires é um fdp

  2. Mais do que isso. Eu topo-o desde os tempos da Compal. Sai ao pai, outro FdP.

  3. adelinoferreira says:

    …..e a puta da forma não partiu!

  4. C.Fonseca,

    Fdp da putas á parte, porque eles são mais que muitos, queria reforçar o teu ponto de vista em relação aos comentadores encartados, já que os amadores são tão velhacos quanto estes.

    Dou-te um exemplo, oiço um bocado a antena 1 e andam por lá uns quantos, mas se me dar conta.reparo num, Acho cujo nome é Raul Vaz, que esteve de acordo com Cavaco na sua 1ª dposição e esteva ainda de acordo nesta sua ultima.
    Vamos imaginar que Cavaco dissolvia a Assembleia…aposto que ele continuaria a concordar…

    Este fazedores de opiniões tem muitaaaaaaaaaaaaaaaaaaas culpa no cartorio, no minimo baralham.

  5. Zero says:

    Ele ja falou em baixar impostos e em desburocratizar, vamos la ver se consegue

    • Carlos Fonseca says:

      Baixar receitas de impostos, através de despedimentos (IRS) e insolvências (IRC e IVA). Serão reduzidos não só os encaixes de impostos; também da Segurança Social. É um prognóstico.

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