O comunicado é extenso, contraditório e impudente. Define-se como análise da Zona Euro, como esta compreendesse um espaço monetário e social coeso, consistente e formado por Estados-membros a funcionar em condições homogéneas ou, pelo menos, semelhantes.
O Tratado de Maastricht, ingénua ou deliberadamente, criou a União Europeia e os fundamentos da União Monetária, de iniquidades e problemas económico-financeiros que submetem ao sofrimento os povos da agora designada ‘periferia desqualificada e empobrecida’.
Acima das controvérsias a nível nacional, reduzidas à visão de interesses partidários e de lobbies substancialmente alimentados por negócios de fundos comunitários e afins, prevalece a verdade de que, do grave impulso às PPP e obras públicas de tonitruante propaganda, iniciadas por Cavaco diga-se, Portugal e outros chegaram à funesta condição de perda do tecido económico tradicional – agricultura, pesca e indústria – e a um crescendo de endividamento insustentável (Grécia com 160,5% do PIB, Portugal 127,2%, Irlanda 125,1%, países assistidos, e Itália 130,3% são o paradigma, no 1.º T de 2013, que a mais indecorosa das verborreias não conseguirá negar).
As projecções integradas no final do documento do FMI, quebra de – 0,6% do PIB da Zona Euro em 2013, são bastante elucidativas dos topetes cantados na alvorada europeia.
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