A mentira é uma arma, da burguesia

Mentir, intoxicar, envenenar, enganar.  Os aldrabões de serviço falam de uma taxa de IRC de 31,5%. Mas com os “descontos” é isto que as empresas em Portugal têm pago.
TAXA DE IRC PAGA PELAS EMPRESAS EM PORTUGAL

Objectivo: mandar, só para o ano, mais 220 milhões de impostos para cima da população, aumentando o lucro das empresas.
A ler a explicação e desmontagem do embuste neste texto do Eugénio Rosa (pdf)

Comments

  1. Dano colateral da mui nobre liberdade de expressão: liberdade de exprimir disparates.

    E a minha liberdade de contraditório:

    http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/2-29042013-CP/EN/2-29042013-CP-EN.PDF

  2. A taxa de 31.5% não é a de IRC, é o cômputo da taxação a que uma empresa está sujeita, incluindo IRC e encargos laborais (10% da SS). Enquadra-se nos impostos sobre capital, ainda assim, daí esse documento do Eugénio Rosa, à semelhança de muitos outros, ser completamente bogus.

    Bastava terem tido uma empresa, uma vez na vida, que percebiam a disparatada carga fiscal a que aquilo que produz riqueza no país – as empresas – estão sujeitas. Assim sendo, resta cantar de galo.

    • Ha’ sempre um mentiroso que insiste, ha’ sempre alguem que lambe, e os numeros dizem nao.

    • nightwishpt says:

      Quem produz riqueza são os trabalhadores, o resto são sanguessugas.

      • valdevino says:

        Eu vi logo que o teu crâneo estava carente de enchimento !

      • isso é como dizer que pouca diferença há entre um copo e um monte de cacos resultantes de um copo partido.
        mais valia dizer logo que é burro

  3. E também da OCDE, não vá duvidar da Eurostat…

    http://www.oecd.org/tax/tax-policy/Table%20II.1_May%202013.xlsx

    • E insiste: quero lá saber da taxa teórica, se quer desmentir refira-se ao que citei: aquilo que realmente é pago em impostos pelas empresas.
      É como a conversa dos funcionários públicos terem melhores salários que o privado, esquecendo que na FP não se escapa ao IRS.

      • A taxa implícita de imposto, a que é referida no documento da Eurostat, é calculada usando a receita fiscal obtida por sector para o ano anterior, em rácio de um qualquer agregado. Neste caso, do PIB. Logo, esta taxa mede o valor final, a receita fiscal obtida. Para a receita fiscal ter sido 31.5% sobre o capital, significa que as empresas pagaram, em média, 31.5%.

        Qual é a sua dúvida? Isto não são valores teóricos. Mas enfim, continue gritando. Eventualmente, tal como Mao, acreditará que a fome que resultou do seu grande passo atrás não existiu. Avante, camarada!

        • “Como mostram os dados do quadro 1 (e são dados do Ministério das Finanças, os últimos que disponibilizou) as taxas de imposto pagas efetivamente pelas empresas são muito
          inferiores aos 31,5% que a propaganda oficial fala, e que a comunicação social tem divulgado, enganando dessa forma os portugueses. A taxa média efetiva em Portugal é apenas 17%, e as grandes empresas, com um volume de negócios superior a 250 milhões €, pagaram, em 2011, uma taxa média de IRC de apenas 15%. Estas taxas médias efetivas de IRC de 17%, e de 15% paga pelas grandes empresas são conseguidas através de uma redução significativa do lucro sujeito a imposto deduzindo os inúmeros benefícios fiscais de que gozam as empresas e, fundamentalmente, os prejuízos tidos em anos anteriores ou por
          outras empresas do grupo que Lobo Xavier pretende prolongar ainda mais”
          Eu acredito nos dados do Ministério das Finanças, não vejo nenhuma razão para duvidar deles, tem alguma?
          Quanto ao Mao, quem vendeu a EDP aos seus herdeiros não fui eu. Juro.

          • Volto a reiterar o que escrevi: o documento do Eugénio Rosa só cobre o IRC, enquanto que o documento da Eurostat, e seguramente outro documento que poderá ser encontrado no site das Finanças, no BdP ou no INE, inclui TODA a receita fiscal obtida via tributação do capital, o que inclui IRC e todos os outros impostos indirectos, isto é, a taxa implícita de imposto.

            Logo, a medida do Eurostat é mais abrangente, pois, infelizmente, o IRC não é o único imposto pago pelas empresas. Ponto. Tudo o resto, é cegueira ideológica.

          • Já visão ideológica passa por chamar a Segurança Social quando se discute a descida do IRC. Estamos entendidos.

          • O que é relevante não é o IRC, é a carga fiscal sobre as empresas. Seja IRC, seja SS, seja o que for.

            Mas o que é isso para alguém que nunca teve uma e que acha que a vida são só direitos? Nada.

          • A Segurança Social é carga fiscal? estamos sempre a aprender.

          • Não. Os 10% do salário dos trabalhadores que a empresa paga de TSU é sob a forma de beijinhos, pelo que não é carga fiscal. É amor.

          • Não, é um custo salarial. É uma chatice, mas o trabalho paga-se. Era tão bom ser de borla, não era?

          • E, presumo, que deva ser ignorado. Até porque aumentando os custos salariais, logo, reduzindo o lucro, logo, reduzindo a base tributável do IRC, é irrelevante.

            Aliás, diz bem. Porque se de facto esses 10% não fossem camuflados como custos salariais, a receita fiscal do IRC seria ainda maior dado que a base tributável aumentaria.

            A somar a isto, impostos de sêlo, IMT, derramas municipais e tantos outros impostos indirectos que alteram a base tributável do IRC. Tudo isso, irrelevante.

            Portugal é um paraíso para o empreendorismo, devo constatar das suas palavras.

          • Camuflado? mas é um custo salarial. Claro que num mundo ideal tal não existiria, quem quisesse reforma que engordasse as seguradoras. Mas o mundo não é perfeito, o raio dos trabalhadores conquistaram direitos e defendem-nos. E sem trabalhadores não há empresas. Uma chatice.

          • Essa sua consideração é puramente ideológica, e não acrescenta nada ao debate. O que queremos são empresas mais competitivas, porque são elas que geram riqueza e, olhe, salários. Portugal é um país muito pouco competitivo, em parte resultado do seu código fiscal punitivo para quem quer criar riqueza. E isso é o que importa resolver.

            Ultrapasse lá o trauma marxista do “grande capital” e perceba que taxar o capital é mau para toda a gente, não apenas para os seus donos, pois afeta o crescimento económico. E os impostos sobre o capital não compreendem só o IRC, como já referi vezes sem conta, mas sim todo o imposto sobre a atividade produtiva, o que inclui TSUs, IRC, IMTs, sêlos e todos os restantes impostos indiretos.

            Quer defender um imposto, defenda o IVA. Esse sim, até poderia ser de 25%.

          • A ideologia é minha, mas afirmações tão falsas como “as empresas é que criam riqueza”, nada têm de ideológico nem de propagandista.
            O marxismo é um trauma, para o capitalismo, eu sei. Os traumatizados pelos impostos progressivos e amantes do IVA que é igual para todos. Sempre o mesmo catecismo. Arranje lá uma k7 nova, experimente o mp3, essa já não engana ninguém.

          • O marxismo é um trauma, mas não é para o capitalismo. É para tudo e para todos por onde passou.

            E lamento, por muito que lhe custe, são as empresas que produzem, produção é riqueza, logo, são as empresas que criam riqueza. E sim, podem existir, e existem, empresas sem trabalhadores, só com empreendedores e detentores de capital. Nunca retirei os trabalhadores da equação, que ajudam à criação de riqueza, mas que só saem prejudicados por impostos sobre as empresas, especialmente aqueles que estão atualmente desempregados, pessoas nunca tidas em conta pelos sindicatos.

          • É o trabalho que produz riqueza, não a empresa, e muito menos o “empresário”. E não há empresas sem trabalhadores (não passam de “uma forma de oculta de trabalho assalariado”), existem sim empresas sem patronato, caso das cooperativas se as deixassem.
            Mas a realidade é uma chatice, como bem depressa descobriu o Vítor Gaspar.

          • Zero says:

            Se o trabalho por si só produz riqueza porque é que nao vamos todos cavar?? Ficariamos todos ricos segundo essa logica

          • Essa lógica não é uma batata, tem é a inteligência de uma batata.

          • Essa lógica parece da batata, mas é o suficiente para quebrar a ideia — errada — que trabalho é riqueza. Trabalho pode, ou não, criar riqueza. Cavar buracos não cria riqueza, mas é trabalho.

          • Trabalho não é riqueza, gera riqueza. A terra e uma enxada nãos servem para nada, não havendo um trabalhador que cave.

          • O trabalhador é uma das componentes da criação da riqueza. Uma, entre muitas. A criatividade, destreza e imaginação, são outras. Capital, outra. Inovação, outra. Visite a fábrica da Auto-Europa e irá ver linhas de produção sem intervenção de um único humano.

            Reduzir tudo ao trabalho, às “mais-valias do trabalho” e à “exploração capitalista” é fanatismo, apoiada numa análise errada, ultrapassada e estupidificante de Marx. Liberte-se. A esquerda moderna tem argumentos bem mais interessantes e relevantes para serem debatidos.

          • Arranje-me quem tenha feito fortuna industrial ou agrícola sem trabalhadores.
            Essa esquerda, pró-capitalista, é pouco moderna, tem mais de 200 anos. Sempre se chamou liberalismo, a direita é que lhe roubou o nome.

          • Trabalhar, por si só, não faz fortuna. Para fazer fortuna é preciso ter a ideia do que trabalhar, saber como e quando trabalhar. E ter os instrumentos para trabalhar. E a isso deve ao capitalista. Ou se não quiser dever ao capitalista, faz e acumula ele próprio os instrumentos, transformando-se o trabalhador num.. capitalista!

            Roubou o nome? O liberalismo data do séc 19 e, embora teorizado, foi pela primeira vez posto em prática pelo Thomas Jefferson, influenciado pelos escritos de John Locke. Depois surgiu o movimento económico, e dado que a esquerda americana se apropriou do termo, o liberalismo virou liberalismo clássico. Não desfaça a etimologia da palavra. O liberalismo pertence a todos os que lutam pela liberdade.

          • Tudo o que o capitalista faz é puro parasitismo: um bom gestor faz o mesmo, e uma boa gestão pode responder não perante a maximização do lucro mas perante o bem social.
            O liberalismo já se chamou muitas coisas, e não nasceu no séc XIX mas sim no XVIII. É como o comunismo, não caiu do céu com o Marx. Gosto muito das ficções históricas que retiram a França do mapa para enaltecimento dos EUA, que em muito devem a sua independência a franceses.

          • “Tudo o que o capitalista faz é puro parasitismo: um bom gestor faz o mesmo, e uma boa gestão pode responder não perante a maximização do lucro mas perante o bem social.”

            Claro, sendo o “Great Leap Forward” do Mao, ou a colectivização do Pol Pot ou a USSR um bom exemplo disso, correto? Funcionou lindamente. Só na China, entre 1959 e 63, estimativas conservadoras apontam para 45 milhões de mortos à fome.

            E ninguém tira a França do mapa. Devemos muito a Bastiát, Montesquieu ou Tocqueville. Até Voltaire, 100 anos antes, que tinha tendências liberais, embora não bem definidas, magistralmente gozou com Rousseau, esse anti-social do contrato. Agora, a primeira implementação política do liberalismo foi, de facto, nos EUA. E convém recordar que os ideais por detrás da Revolução Francesa eram os do liberalismo clássico, influenciados por Locke. Depois é que os jacobinos, Robespierre e a restante cambada veio ceifar umas quantas cabeças em nome do socialismo.

            Aliás, foi a Revolução Francesa foi uma sequência infeliz do que acontecera 10 anos antes nos EUA. Pena que aqui os ideais liberais não tivessem também. Portugal seria hoje um país bem mais próspero.

          • Contar mortos pela fome num capitalismo de estado (como esses) ou num capitalismo mais liberal (quantos quer?) não me parece um exercício particularmente elevado. Em ambos os regimes sucederam. Podemos começar pela Irlanda?
            Quanto ao pobre Robespierre virar socialista, esquecendo o essencial; a revolução francesa extinguiu o absolutismo e abriu as portas ao capitalismo na Europa continental, é um bocadinho forçado. Mas cada um arruma a História como lhe convém, e há sempre uma nuvem a tomar por Juno.

  4. João Santos says:

    O QUE É CERTO É QUE A DESCIDA DAS TAXAS DE IRC NÃO TRAZEM QUALQUER INVESTIMENTO. QUEM QUER INVESTIR FAZ UM CONTRATO COM O ESTADO PARA NÃO PAGAR IMPOSTOS, COMO É, POR EXEMPLO, O CASO DA AUTO-EUROPA.
    ISTO SÓ SERVE PARA QUE A PT, EDP, GALP, ETC. NÃO PAGUEM QUAISQUER IMPOSTOS.

    • Zero says:

      Sozinha talvez deixe a desejar, mas tem de ser aliada a outras medidas.

  5. JgMenos says:

    Do anexo:
    «deduzindo os inúmeros benefícios fiscais de que gozam as empresas e, fundamentalmente, os prejuízos tidos em anos anteriores ou por outras empresas do grupo»
    Tanto basta para ver da seriedade do anúncio…

  6. João Santos says:

    O GOVERNO PORTUGUÊS OFERECEU À AUTOEUROPA, EM 1991, 89,1 MILHÕES DE CONTOS EM CONTRAPARTIDAS FINANCEIRAS, 8,34 MILHÕES DE CONTOS EM ISENÇÕES FISCAIS E 32,56 MILHÕES DE CONTOS EM FORMAÇÃO PROFISSIONAL. EM TROCA FOI INSERIDA NO CONTRATO UMA CLÁUSULA QUE PREVÊ A OBRIGATORIEDADE DA MANUTENÇÃO DA FÁBRICA DE PALMELA ATÉ 2014.
    ESTES SÃO OS IMPOSTOS QUE NÓS PAGAMOS E NÃO OS QUE AS EMPRESAS PAGAM.
    NÃO NEGO O IMPACTO QUE UMA EMPRESA DESTAS TEM NA ECONOMIA, NOMEADAMENTE NA REGIÃO DE SETÚBAL, MAS ESTES DADOS DEVIAM SER MAIS DIVULGADOS PARA QUE O POVO PORTUGUÊS ENTENDA QUEM PAGA O QUÊ.

  7. J.Pinto says:

    Está é a opinião que se tenta transmitir. É sempre assim; alguns tentam, com números escondidos, mentir às pessoas.

    Querem que comparemos taxas efetivas? Querem mesmo?

    O Eugénio Rosa diz isto: “Numa altura em que a carga fiscal sobre as
    famílias atingiu um valor insuportável e imoral, estes “senhores” apenas estão preocupados
    em reduzir o IRC o que, ainda por cima, beneficiaria principalmente as grandes empresas,
    mas mostra bem que interesses de classe defendem..”

    Como é que isto é possível? Eu sempre defendi impostos baixos, para as empresas e para os singulares, mas não se pode brincar com os números.

    Vamos láentão saber qual é taxa efetiva que as famílias pagas de IRS. No mesmo sítio onde o Eugénio Rosa foi buscar estes números (http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/E47BAFA0-6B51-4820-8FF9-237A0D756A88/0/Mapa13TaxaEfectivadeTributa%C3%A7%C3%A3oBrutaporTitularidade.pdf), eu fui buscar a taxa efetiva de IRS das famílias e, surpresa, a taxa é de 9,93%.

    • Não se desgaste J. Pinto. A esquerda, especialmente a marxista, convive muito mal com a realidade.

    • Claro, o trabalho que pague mais impostos que o capital. Isto já para não falar do detalhe do o IRS ser um imposto progressivo, e de esses dados demonstrarem uma subida efectiva da cobrança do IRS.
      Nada como baralhar para disfarçar a mentira. Azar, não resulta.

      • Eu sei que lhe custa, que vai contra a sua religião e a sua bíblia de 1867, mas é verdade: o imposto sobre o capital é o mais ineficiente dos impostos, tendo efeitos em termos de bem estar e de crescimento económico no longo prazo. Tem um efeito bem mais nefasto que imposto sobre o trabalho e, especialmente, sobre o consumo.

        http://www.jstor.org/discover/10.2307/1911310?uid=3738880&uid=2129&uid=2&uid=70&uid=4&sid=21102501232551

        Mas se o seu problema é IRC > IRS, deixe-me dar-lhe a boa nova. Por mim, o IRC seria igual ao IRS. Que seria igual a zero.

        • Sou ateu, que aborrecimento.
          Quanto à econometria, é uma religião como outra qualquer. E agora vá a pé para casa, por montes e vales, quem não quer pagar impostos que não use as estradas. Sempre diminui a probabilidade de ter um acidente e ir parar a um hospital, pago com os impostos dos outros, é claro.

          • Ateu? Ora essa. Um marxista é bem religioso, os dogmas é que são diferentes.

            Quanto às estradas, fiquei a perceber que se não existissem impostos e Estado, não poderiam existir estradas. O que seria de nós sem Estado… Como diria Mao, o que seria das pessoas sem o Estado para lhes dar comida?

      • J.Pinto says:

        Se há alguém que quer baralhar o povo são vocês com esses “estudos”, escondendo a outra parte. Então as empresas pagam de taxa efetiva quase o dobro da taxa de IRS cobrada às famílias, e vocês ainda dizem que as empresas é que pagam pouco…

        Relativamente à distribuição do IRS pelos diversos escalões, há muito que eu aqui, no aventar, tinha escrito um artigo sobre o assunto (http://aventar.eu/2011/12/08/os-ricos-que-paguem-a-crise-e-os-numeros-das-receitas-fiscais/).

        Se quiserem comparar as taxas efetivas cobradas em Portugal nos vários tipos de impostos podem fazê-lo no meu blogue(http://fiscalidadenoblog.wordpress.com/2013/04/29/eurostat-divulga-carga-fiscal-na-uniao-europeia/).

        Os impostos sobre o capital são os únicos em que a taxa efetiva em Portugal é superior à média da União Europeia.

        • Se calhar a leitura dos comentários a esse artigo também será proveitosa…

          • J.Pinto says:

            São mesmo muito proveitosos. O mesmo João José Cardoso naqueles comentários não se mostra indignado por os ricos que declaram suportarem quase a totalidade das receitas de irs, mas está indgnado porque as grandes empresas suportam uma taxa efetiva de 15%, dois pontos percentuais a menos da média e seis a mais da taa efetiva de irs. Ainda por cima,não quer saber porque é que as taxas naquelas empresas são menores – muito simples, o lucro daquelas empresas inclui dividendos que já foram tributados noutras empresas.

            Este meu comentário apenas pretende mostrar que, tal como o título do seu artigo indica, a mentira é uma arma. Toda a gente sabe (são os dados oficiais que o dizem, não sou eu) que os impostos sobre o capital e as empresas são muito superiores aos impostos sobre o trabalho.

          • Você é mesmo compulsivo, na mentira. Não foi nada disso que escrevi, mas muito simplesmente que os valores das declarações de IRS não batem certo com as fortunas conhecidas, caso do Américo Amorim, por exemplo, quase um pobrezinho no que toca ao declarado.
            Ficou portanto demonstrado que:
            a) não sabe ler ou
            b) sabe mas toma os outros por parvos
            Pessoalmente inclino-me para a acumulação das duas alternativas, há bipolaridades assim.

  8. nascimento says:

    Ó meu liberal á pala do Estado,Quanto paga EFETIVAMENTE o Sr Soares dos Santos?O Amorim? Belmiro?Coitados….
    Uns sacrificados….mas porque é que vivem nesta choldra?Porque não vão para o paraíso liberal dos States???Está MERDA deve ser um sufoco prós cavalheiros….não é ó Amorim?
    Quanto ao Rousseau….lê e aprende.Meu Vitoriano de unhas sujas….

  9. J.Pinto says:

    A mentira é mesmo uma arma.

    Não percebo em que é que essa afirmação vai contra o meu artigo. Os ricos QUE DECLARAM suportam quase a totalidade do IRS. Atenção, que eu ganho apenas algumas (poucas) centenas de euros, por isso não estou a falar em proveito próprio, mas tenho olhos na cara e os números não mentem, mas pessoas é que por vezes querem mostrar o que eles não dizem.

    Mas não se afaste do tema do seu artigo, isso é que é importante debate agoara. Quem é que paga uma taxa efetiva maior, as empresas (mesmo as grandes) ou as famílias? veja lá se consegue encontrar números oficiais que atestem o contrário. Pode ser que consiga justificar o título do seu artigo…

    Eu é que sou compulsivo….. Há ditado na minha terra que diz isto: chama pu…. à outra antes que ela te chame a ti.

    • Como já lhe explicaram, e pacientemente, repito: os impostos devem ser pagos na proporção dos rendimentos. Descer o IRC e mandar para o IRS ou o IVA o que vai ser descido desproporciona.
      Porque as coisas até são simples para quem as queira entender: se num país há uma grande e cada vez mais abissal diferença entre ricos e pobres, é óbvio que os ricos devem pagar proporcionalmente mais. E claro que pagam, mesmo fugindo como fogem ao fisco.
      De actualizar, entretanto, o curioso facto de as maiores fortunas portugueses terem aumentado em plena crise, segundo os últimos dados disponíveis.

      • J.Pinto says:

        Proporcionalmente? Você defende isso? Então, devem ser os escalões mais baixos de IRS a subir para 50% ou os mais altos a descer para os 14,5%?

        Relativamente ao facto de mandar para o IRS e o IVA a descida do IRC, há uma solução melhor: reduzir despesa…

        • Proporcional aos rendimentos, Chama-se progressividade dos impostos, razão pela qual o IVA deve ser o primeiro a baixar.
          Irra, que não sabe mesmo ler.
          Acho muito bem que se reduza a despesa: fim do ensino e saúde privatizados, renacionalização dos monopólios naturais, empresas encostadas ao estado (a principal causa do nosso atraso económico), fundações tipo PSD/Madeira, etc. etc.
          As que você quer reduzir, o chamado estado social, devem é aumentar, tanto mais que são perfeitamente sustentáveis.

          • J.Pinto says:

            Eu vou-lhe indicar uma hiperligação relativa à palavra proporcional: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=proporcional

            Na matemática, ainda no primeiro ciclo e no segundo, é costume aprender o significado de proporcional. Tem sempre de haver uma razão ou uma constante.

            O que você defende é a progressividade, não é a proporcionalidade. São coisas completamente diferentes: sempre que há progressividade não há proporcionalidade.

            Pelo menos, ainda que implicitamente, o João Cardoso assumiu que o título do seu artigo é verdadeira: a mentira é uma arma, uma vez que não apresentou nos comentários posteriores qualquer dado oficial que permitisse demonstrar como a carga fiscal das famílias e os impostos sobre o trabalho são superiores aos impostos sobre o capital.

            Sabe que sou e sempre fui a favor do fecho da fundação da madeira, das PPP no PS e do PSD, nas PPP do PSD e do PSD, etc. No entanto, mais uma vez para tristeza sua, e porque a mentira nem sempre pode ser uma arma de arremesso, os números dizem que é necessário mexer nas despesas sociais…

          • Chama-lhe matemática. Proporcional aos rendimentos ou progressivo, é a mesma coisa.
            E tem mesmo de invocar a matemática, já que a língua ainda anda pior: “s aldrabões de serviço falam de uma taxa de IRC de 31,5%. Mas com os “descontos” é isto que as empresas em Portugal têm pago.”
            Demonstre lá o contrário, sff.

  10. J.Pinto says:

    Mostra-me lá onde é que está escrito que proporcional é igual a progressivo. Em termos de impostos, um imposto é proporcional sempre que o valor pago varia (para cima ou para baixo) conforme varia o rendimento. Se os rendimentos do sujeito passivo A são o dobro dos rendimentos do sujeito passivo B, o sujeito passivo A irá pagar exatamente o dobro dos impostos. Na progressividade, o sujeito passivo A pagará mais do dobro de impostos do que o sujeito passivo B, visto que a taxa de imposto aumenta à medida que aumenta os rendimentos (rendimentos superiores implicam taxas de imsposto superiores). Terá de rever essa 4.ª classe. Matemática pura. Pode ser que haja por aqui algum professor de matemática que o ajude a perceber o que significa proporcional, já que não acredita no significado do dicionário da Priberam. Veja lá que eu é que sou o compulsivo…

    A taxa efetiva é sempre muito inferior à taxa bruta ou nominal, sempre, seja no IRS ou no IRC. Por isso, como lhe disse atrás, vocês encarnam muito bem a mentira. Usam uma parte dos números para transmitir uma mensagem que não corresponde à verdade. Digá lá então que a diferença entre a taxa nominal e taxa efetiva é MUITO superior na taxa de IRS do que na taxa de IRC. É aqui que vocês mentem…

    • “Proporcional aos rendimentos” escrevi eu. Em português significa isto: se um imposto for de 5% sobre o rendimento de A e B, A que ganha 100 paga 5 e B que ganha 1000 paga 50. Progressiva é a taxa, o B deve ter uma maior que o A, e não ambos de 5%.
      Em português é assim, não escrevo em impostês. Essa língua é mais a tua, que tentas com esforço e valentia fingir que és mesmo parvo, ao ponto de adulterares nas minhas barbas aquilo que escrevo.
      Ora nem há necessidade, quem discorda do que penso não tem necessariamente de ser um imbecil. A inteligência foi distribuída à esquerda e à direita na mesma proporção.

      • J.Pinto says:

        Não vou entrar nesse jogo. Não lhe vou chamar parvo nem qualquer outro nomo insultuoso. As palavras ficam com quem as profere. Eu sei que vocês convivem muito mal com os números, mas por isso mesmo não os deveriam utilizar. Discutiam as vossas opiniões sem utilizar números (não seriam tão facilmente desmascarados e as pessoas até podiam acreditar; utilizando números, ainda por cima oficiais, são facilmente desmascarados).

        Relativamente ao português ou impostês, como lhe chama, vou voltar a deixar-lhe a hiperligação para a definição de proporcional em português: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=proporcional

        Não existem múltipas definições de proporciona; existe apenas uma. Proporcional nunca será sinónimo de progressivo. O que Vossa Excelência defende é a progressividade.

        No próprio exemplo que deu: “Proporcional aos rendimentos” escrevi eu. Em português significa isto: se um imposto for de 5% sobre o rendimento de A e B, A que ganha 100 paga 5 e B que ganha 1000 paga 50″, está a referir-se a uma proporção (a taxa é de 5%) e não uma progressão, como afirma depois: “Progressiva é a taxa, o B deve ter uma maior que o A, e não ambos de 5%.” Defina-se: se a taxa é sempre 5%, trata-se de uma proporção; se a taxa não é sempre 5%, trata-se de uma progressão.

  11. Nascimento says:

    Vê lá, não cortes muito mais no SOCIAL(o que se faz com os numerozinhos ,não é?)…. pois era aí que pretendias chegar!!! A inevitabilidade,, de ter que ser sempre os mesmos a pagar!!!
    Sabichão, não é? Pois…” É aqui que vocês mentem” ,diz o engraçadinho, ele não, ele até “detesta” as PPPS etc. e tal. Mas, e há sempre um mas, vai-se a ver e tropeça, pimba ,salta-lhe o dedinho pra a “sua” verdade…

    ps. tadito do Belmiro ,paga tantos impostos pá,….mais do que eu pá.,..NÃO É JUSTO!!!Vou já escrever á mentirosa …quero pagar muito mais IRS ,OU IVA ou…. o raio que parta o pintinho!

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