A resistência em construção

Quem pensa que podemos sair do buraco onde nos meteram sem os partidos de esquerda está muito enganado. Os partidos de esquerda que pensam chegar a algum lado sem a mobilização dos que estão fartos de partidos e se querem manter independentes não vão longe.

Como se conjuga uma e outra coisa tem sido o problema.

Começou por se fazer na rua, em manifestações que, melhor ou pior geridas, colocaram a mobilização noutro patamar. Estas eleições permitiram ensaiar outro degrau. Falo dos movimentos de cidadãos independentes com ou sem apoio de partidos, e em particular daquele onde estou, o dos Cidadãos por Coimbra.

Juntar organicamente as mais diversas e pessoais vivências de esquerda é complicado. Inclui paciência, tolerância, e naturalmente conflitos, mal-entendidos, chatices: faz parte do fazer política. Só os que se fazem com a política não sabem o que isso é. Procurar consensos, e eles não sendo obrigatórios ajudam ao caminho, dá trabalho.

A transparência, a participação, o combate aos negócios autárquicos de todos os dias, unem. Como o pensarmos os vizinhos como a medida da cidade, aquilo a que sempre se chamou e tem de voltar a ser orgulho, o sermos progressistas.

Falta muita gente, organizada ou não? falta. Lá chegaremos.

Aquilo que já foi feito, a uma semana dos resultados, é promissor. Vários percursos na esquerda, várias correntes, muitas já históricas, e sobretudo quem nunca teve nada que ver com isso, todos sabendo que acima está aquilo que nos une, muito mais forte do que os divididos. Nada como amar a cidade e concelho onde vivemos para nos facilitar a vida:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=ZMwuZaoDxWQ]
Vídeo do Tiago Cravidão, digamos que a produção foi minha.

Comments

  1. há um erro no link, devia ser http://cidadaosporcoimbra.com/

Trackbacks

  1. […] como o meu camarada de escrita, parece-me que a solução nas nossas terras ou no nosso país passa pela esquerda, enquanto […]

  2. […] agoniza na miséria do desemprego e da carência mais abjecta: o país real. Mas há mais mundo, cidadãos por Coimbra e outros por outros lugares, e haverá sobretudo mais País se não entregarem os pontos e forem […]

  3. […] minha opção e de como a vejo um princípio da resistência organizada que  à esquerda temos de construir, já aqui falei. Fazendo o balanço da campanha repito-me: muito […]

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