Saque electrizante

As razões mencionadas pela ERSE para explicar o aumento tarifário de 2014 incluem ainda os elevados custos do preço do petróleo no mercado internacional, que se reflectem no gás natural; a diminuição do consumo de energia eléctrica, que põe menos consumidores a pagarem os custos fixos do sistema; a quebra em 50% no preço do mercado das licenças de emissão de dióxido de carbono, o que baixou o valor das receitas geradas pela venda em leilão de licenças de emissão de gases com efeito de estufa; os custos com a produção em regime especial que incluem sobretudo os subsídios à eólica e hídrica e à co-geração a gás natural, sendo que as condições meteorológicas favoráveis do primeiro semestre de 2013 levaram à produção de mais energia renovável do que a prevista e, por isso, a um aumento dos custos. [PÚBLICO]

Recordemos-nos das razões que foram apontadas para agora termos geradores eólicos em cada quintal, num completo desordenamento, como é típico neste país que não planeia: baixar a dependência energética do exterior e baixar os custos da energia. E no entanto, o que vemos é maior produção de energia renovável ser justificação para aumentar a tarifa.

E o argumento de menos consumo levar  aos custos fixos serem pagos por menos consumidores? Não me digam que os portugueses estão a voltar ao tempo do candeeiro a petróleo!

Electricidade a aumentar 2.8% para uma taxa de inflação de inflação prevista de 1.3%. Grandes liberalizações de mercado estas.

Comments

  1. “Não me digam que os portugueses estão a voltar ao tempo do candeeiro a petróleo!”
    Muitas casas fecharam quer por emigração, quer por regresso à casa paterna; aquecimento passou a ser um luxo; refeições mais frugais; restaurantes e cafés fechados e os restantes com menos clientela; empresas idem….
    Cada vez mais será um luxo ter acesso à electricidade! Pobre humanidade que avança nas conquistas tecnológicas para ficar refém de meia dúzia de predadores!

  2. Acho que vou comprar um daqueles acumuladores carregáveis a partir da bicicleta…

  3. De acordo. Não basta cortar na despesa pública. É preciso acabar com os privilégios de algumas empresas que têm tanto de capitalista como o Jorge Jesus tem de linguista.

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