Ponto final

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© Jorge Colombo (desenhado com um iPhone)

Eu gostava do Aventar, de que era uma leitora assídua antes de começar a colaborar. Gostava deste pluralismo, desta gente toda a escrever em bom Português nesta espécie de jornal onde podia ir seguindo a actualidade, gostava de uma dinâmica pouco habitual nos blogues, das iniciativas cívicas, das traduções feitas da noite para o dia por dezenas de mãos, dos textos do Francisco Miguel Valada, patriota da Língua no exílio, dos do António Fernando Nabais, um professor que podia ser um jornalista, dos da Carla Romualdo, escritora a fazer-se aqui, dos do Carlos Fonseca, e de alguns outros mais.

Gostava mesmo disto, apesar do excesso de opinião levando os estandartes dos interesses próprios (fenómeno que também assola a generalidade das publicações profissionais) e da falta de outras coisas, as que diferenciam um passatempo para solitários com queda para a escrita de um projecto profissional com gente capaz de narrar o Mundo, de pensá-lo e documentá-lo na sua diversidade, e não apenas de se chegar ao computador regularmente para alinhar palavras umas atrás das outras e mandar postas de pescada nr 2 (que são aquelas mais baratas e pequenas) com base naquilo que andou a ler noutros sites e jornais.

Gostava, também, dos tantos leitores que por aqui passam, das audiências estupendas do blogue, um jornalista sem um jornal gosta sempre de saber que é lido. Mesmo que por vezes discordasse de muito do que por aqui se escreve e faz, sentia-me parte disto, e menos sozinha por poder escrever num lugar que me parecia distinguir-se do chamado “jornalismo do cidadão”, designação que pretende fazer de todos jornalistas e/ou cronistas, como se isso fosse possível ou sequer desejável, num mundo em que a liberdade de expressão de cada um para seu lado serve essencialmente para ser uma ilusão mais no vasto leque de actividades de entretenimento e passatempo que a Internet favoreceu.

O que mudam numa sociedade todas essas palavras, muitas vezes nem tanto assim diferentes (na intenção) do que pode ser lido nas caixas de comentários odiosos de toda a parte? Os textos de Joaquim Carlos Santos, o Joshua Palavroso, espelham o pior de tudo isso e têm vindo a fazer do Aventar um lugar impossível de frequentar.

Comments

  1. Subscrevo inteiramente.
    Não é preciso dizer mais!

  2. Subscrevo inteiramente, sem dizer mais.

  3. É pena.

  4. Fortíssimo aplauso. Num blogue onde eu escrevesse nem os comentários desse verme seriam aceites. Já aqui, modestamente, o disse. Um cancro. E mais nada.

  5. joshua says:

    Lamento profundamente. E lamento porque, de facto, a Sarah aportava ao Aventar uma serenidade e uma ponderação suaves de que nem sempre sou capaz, um equilíbrio e uma boa-vontade fantásticas e raras e, talvez, uma extrema vaidade por isso e uma segregação superioral sobre quem não seja assim. Nunca me cansei de elogiar muito do que escreveu, post após post da Sarah.

    Para além de tudo o que a Sarah possa apontar como razões para sair do Aventar, imputando-mas todas, acho que lhe subjaz uma infeliz e infantil chantagem a qual, se não é admissível na cúpula do Regime Angolano sobre Portugal, também não deveria possível partir seja de quem for aqui seja sobre quem for.

    Afinal, por que motivo a Sarah aplaude ou passa em branco as concretizações de insulto, desprezo, perseguição, julgamentos apressados, formas com que eu e muitos dos meus colegas ex-seus colegas versamos aspectos e caracteres desta governação e já o mesmo não se pode, ai meu Deus, sobre quantos detêm e detiveram as subterrâneas armas de controlo do Regime?!

    Não se pode ser assertivo, vincado, insatisfeito sobre a Esquerda Portuguesa porquê?! Não se pode defender frontalmente este Governo porquê?!

    Vá, Sarah, voe para onde quiser. Impute-me a mim as causas do seu desprazeroso e desprezivo para comigo desertar. Eu vou ficar pelas exactas razões por que a Sarah estava aqui e sai daqui. Adoro-me. Gosto do que escrevo. Sou tão digno e tenho o mesmo direito a posts ferinos como o Cardoso, tenho o mesmo direito a tecer uma crítica certeiríssima e vernacular como o meu amigo Nabais ou a ser tão canino e insistente sobre os pecados do PS e da Esquerda quanto o Carlos Fonseca de me tratar abaixo de cão e insultar com plena liberdade este Governo de Direita e o seu Primeiro-Ministro.

    Sou tolerante com os excessos verbais da Esquerda, com os insultos que essa Esquerda me dirige e dirige àqueles que pontualmente defendo e pago com a mesma moeda. Não me fico.

    Por detrás das suas críticas e da extrema importância, importância vital para ficar ou sair, que a Sarah me atribui, está uma amizade entre nós por concretizar e levar à plenitude, está um queixume que as beatas da minha Igreja Paroquial por vezes têm entre si. Pois eu sinto-me mais perto de si que nunca, mais seu amigo que nunca, porque a Sarah sempre me pareceu um reduto higiénico dentro do PS e da demais Esquerda em que se revê. Estou ainda mais convencido da benignidade do seu António Costa que nunca, mais persuadido sobre as linhas de reforma da Política em Portugal que a Sarah subscreve e pelas quais milita.

    Lamento que não escreva mais. Lamento que não compreenda que o tom não é a pessoa e que o post não faz o monge e e decida ir por aí, pela vida, sem a capacidade de me filtrar e de me ver conforme mereço. Na minha paixão por Portugal e num sonho de rectidão mínima dos actores políticos em Portugal a bem de todos.

    A culpa é minha? Adeus, Sarah. Boa viagem. Ao seu ressentimento retribuo a minha pena por que vá e o meu reconhecimento por ter estado. Adeus.

    • A diarreia mental de um cancro perigoso – e ainda se dá ao luxo de quedar-se nesta página. Uma lapa sem eira nem beira. Nunca li um comentário deste pobre até ao fim, e raramente passo das duas linhas. Ele não percebe que apodrece um blogue onde nada está a fazer. Nem honra. nem dignidade, nem nenhum tipo de saber.

    • Hipócrita. És assim no facebook, eras assim na faculdade, és assim na rua e és assim no aventar. Sempre que és desarmado na argumentação passas ao insulto. Já só enganas quem quer ser enganado.

      • joshua says:

        Pedro Sousa? Não conheço. Nunca me relacionei nem me dei ao fastio de conhecer a tua espécie nem na faculdade, nem na rua, nem na Rua Sésamo nem na Disney Paris, nem no facebook, nem no twitter, nem no Google+.

        Podes enfiar o teu «hipócrita» onde te der mais jeito, deve haver espaço, e ir ficcionar para a casa da mãe Joana o que eu sou ou deixo de ser.

  6. Tenho pena.

    Como já tive oportunidade de dizer em privado, não concordo com quase nada que o Joaquim escreve. No entanto ele tem direito à sua opinião. Ele tem direito a expressa-la como quiser. Este seria um pequeno blog se expulsássemos pessoas apenas por terem opinião.

    • ” … ele tem direito a expressa-la como quiser.”
      O arco da governação do Aventar está cada vez mais hipócrita. Ou será cínico ?
      Consulte a gigantesca lista de comentadores bloqueados do Aventar.
      Pois é, mas, se, excepto, quando, nos casos de …

      • O arco da governação do Aventar está cada vez mais hipócrita. Ou será cínico ?

        Por exemplo eu considero isto um insulto de um comentador. Se o post fosse meu apagava o comentário. É um insulto porque me acusa de pertencer ao “arco da governação” sem motivo aparente – evidentemente nunca leu nada do que eu escrevi para além do comentário anterior – chama-me cínico e hipócrita. Pergunto-me se comentadores destes falam da mesma forma com pessoas que encontram na rua?

        Isto serve também para deixar claro outra coisa, aqui no Aventar cada autor faz a gestão dos comentários como muito bem entende. Há também um sistema anti-spam que pode apagar comentários. Leia por favor a nossa política sobre estes assuntos aqui.

        • Eu disse: “arco da governação DO AVENTAR” : Tem de ler tudo.
          “Falam da mesma forma com pessoas que encontram na rua ?” : Às vezes, pior. E chamar palhaço ao Presidente no Facebook, pode ser ? Você deve pertencer ao grupo do Joshua, que aqui há semanas era filho da puta para cima ao Sócrates e aos que o apoiavam, mas se lhe chamavam o mesmo reagia como madalena arrependida.
          Apage mais é a luz a vá-se deitar.

    • para quando um comentador abertamente racista aqui no aventar?
      os leitores estão em pulgas pra saber!

      • A nossa política sobre comentários pode ser lida aqui.

        Parece-me que está a confundir o papel de comentador com o de autor de posts. Em todo o caso, onde acha que se deve traçar a linha? Só admitimos autores de um dado partido? Ou podem ser de vários partidos desde que se alinhem em determinadas políticas? Problema difícil de resolver.

        • tem toda a razão, confundi. apercebi-me depois, mas achei que o erro não valia um comentário a corrigi-lo pois percebia-se a ideia…
          pergunta-me onde se deve traçar a linha? olhe, sei lá, na seriedade intelectual, por exemplo…

          • pergunta-me onde se deve traçar a linha? olhe, sei lá, na seriedade intelectual, por exemplo…

            Eu considero isso problema do próprio autor. Se há um autor que eu considero não ser sério intelectualmente, não o leio, pura e simplesmente.

            Para ser sincero, só equacionaria colocar em cima da mesa a expulsão um autor se este fosse consistentemente contra as regras internas do blog (que se focam apenas em questões de estilo, nunca de conteúdo) ou que estivesse a cometer algum tipo de ilegalidade usando o blog.

          • helder, eu nunca pedi que o expulsassem, isso seria um erro!
            apenas peço que não o defendam nem e à sua vitimização hipócrita. e que estejam atentos á produção literária do escravo-escriba pois há momentos em que parece que o blogue é só dele. em todo o caso, já há muito que não escrevo nos posts dele e apenas sobre ele nos posts de outros aventadores.
            do que estamos a falar aqui é se a Sarah fez bem ou não em abandonar este espaço. e na minha opinião fez muito bem porque, apesar de gostar muito do aventar e de o visitar frequentemente(tendo inclusive participado em traduções e concursos de blogues e outras coisas giras que o aventar faz)… eu também não ficaria lado a lado com alguém como o jaquinzinho. é que ele é daquele tipo especial de pessoa que gosta de ver os outros sofrer…

      • aproveito também para pedir um aventador criacionista, se não for muito incómodo. estou certo que o próprio josujoha é bem capaz de o fazer, mas como anda tão ocupado com o negacionismo financeiro da direita…
        sabem, é que a teoria da evolução é “apenas uma teoria” (http://www.notjustatheory.com) e eu gostava de ser elucidado acerca das opiniões divergentes, mesmo que expressas por quem não tem qualquer tipo de informação ou formação na área.
        era um serviço publico inestimável…

  7. j. manuel cordeiro says:

    São as regras do jogo no Aventar, opiniões diferentes, mesmo que em confronto, num mesmo espaço. Choca sensibilidades? Paciência, há sempre espaços alternativos onde se possa ler apenas o que esteja alinhado com uma preconcebida opinião.

  8. os dois comentadores que me precedem não estão a ver bem a coisa. isto nada tem a ver com liberdade de opinião, ninguém quer que o palhaçosavrvs se cale. não se trata de expressar opiniões diferentes, mas sim da forma de as expressar: isto é uma questão higiénica. não consigo conceber que alguém que gosta de pensar as suas intervenções e de as justificar racionalmente, alguém que gosta de ser sério no que escreve e que tem respeito por quem o lê, possa partilhar um espaço de opinião com alguém cujo objectivo é única e simplesmente a manipulação e a desinformação.
    todos os argumentos, TODOS, que foram sendo lançados nos textos do josujoha ficaram ou sem resposta ou sem consideração nos seus posts posteriores. ou seja, apesar de desmentido o homem continuava a afirmar a mesma coisa, uma e outra vez, ignorando olimpicamente tudo e todos os que se davam ao trabalho de o ler e de lhe responder.
    reparem que, quando confrontado por um colega do blogue com mais uma mentira, o triste escriba até tem o desplante de afirmar que fez muito bem em espalhar essa mentira (era sobre o PCP e as subvenções vitalícias dos políticos creio, mas é apenas um exemplo e há centenas) pois assim as pessoas tinham ficado a saber a verdade através da resposta do colega de blogue. mas nunca escreveu um post a dizer que tinha errado!!!!
    se isto é o aventar, compreendo perfeitamente que muitos não queiram fazer parte dele. como já disse antes, é uma questão higiénica.
    bem haja, sarah. os mentirosos e os mete-nojo têm todo o direito a expressar a sua opinião mentirosa e mete-nojo, mas ninguém é obrigado a ficar parado ao lado deles enquanto o fazem.

    • j. manuel cordeiro says:

      “possa partilhar um espaço de opinião”
      Vai abandonar o twitter???

      • esse comentário seria engraçado se não fosse tão estúpido.
        não sei se sabe mas o twitter é uma plataforma onde o espaço de opinião é a conta do utilizador. isto tal como o blogspot ou o wordpress são plataformas para blogues.
        compreendeu ou precisa de um desenho?

        • j. manuel cordeiro says:

          Adoro, adoro quando entram pelo insulto. Fica tão fácil.

  9. Sou leitor regular do Aventar. Apenas conheço os escritos da Sara e do Joaquim. São escritas muito diferentes quer ideológicamente falando quer até por se prescrutar personalidades diferentes. Prefiro os textos da Sara, porque, paesar de não concordar ou compreender algumas das suas “perspectivas” não se nota animosidade ou “acidez” no que escreve.
    Relativamente ao Joaquim gosto de alguns textos dele. É acutilante na crítica embora às vezes sinta que vai longe de mais naquilo que parece alguma animosidade contra algo que às vezes não consigo compreender (custa-me perceber as suas perspectivas económicas e sociais). Às vezes dispara “algo” contra tudo e contra todos, aparentemente. Isso tem-lhe merecido o odioso de muitos leitores. Às vezes parece ressentido. Creio que ele confunde ressentimento com a legitimidade das suas posições ideológicas e sociais.
    Às vezes acho interessante porque descortina aquilo que está debaixo do nosso nariz e ninguém dá conta disso.
    Últimamente creio que se entusiasmou e desconsiderou muita gente, porque exagerou, porque essa gente também são portugueses anónimos como eu que trabalha para sobreviver e ele mete-nos no mesmo saco da “burrice” porque fazemos determinadas opções ou temos determinadas convições.
    Lamento que a Sara vá embora, mas não seria preciso tanto, porque o Joaquim é apenas um voluntarioso que escreve bem, mas com uma semânitica “ácida” acerca do Mundo que também é nosso.
    Ele apenas o vê com olhos diferentes e isso é bom, desde que não desconsidere ninguém.
    De qualquer forma irei, se puder, ler os dois.

  10. Venho, a talhe de foice, meter o bedelho nesta casa onde regresso cada vez menos regularmente (mas hoje é Domingo, apareço como o turista acidental que, volta e meia, repete um destino).
    Primeiro, para a Sarah: sim, eu também gostava do Aventar, agora gosto pouco e não apenas por causa do Joaquim. Em devido tempo, a nível interno, tentei chamar a atenção para uma coisa simples. Isto estava a descambar e o resultado só podia dar num pasquim. Houve quem preferisse desconversar, “desargumentar”, criar cortinas de fumo, confundir, fugir do essencial, insultar em vez de discutir aquilo para que eu procurava avisar, tomar por ofensa pessoal o que me parecia ser, apenas e tão só, defesa do blogue. Afastei-me (mas não saí porque, dadas as circunstâncias de propositada confusão argumentativa, só saio por expulsão democrática, ceder nesse ponto seria -será-, aí sim, capitular e ser conivente com formas anti-democráticas em que não me revejo. Veremos o que este comentário motivará…) Mas é pena ver o Aventar como hoje o vejo e tantos leitores denunciam.
    Para ti, Sarah, um abraço, respeito plenamente a tua decisão.
    Para a Mariana Costa: envergonham-me várias coisas que leio aqui no Aventar, e também aquilo a que chama ” a gigantesca lista de comentadores bloqueados do Aventar”. Envergonha-me. Envergonha-me muito, ainda por cima por, entre outras razões, ser motivada e gerada por putativos “insultos” a autores que nunca se coibiram, eles próprios, de insultar leitores, comentadores e tudo o que mexesse, usando a mesma linguagem e incapacidade argumentativa, a montante, que vieram posteriormente censurar a jusante.
    Não posso, no entanto, concordar consigo quando comenta “” … opiniões diferentes, mesmo que em confronto, num mesmo espaço.”
    Hipocrisia e cinismo a esta hora”
    Sim, essa, o pluralismo, era uma característica distintiva e fundamental do Aventar. Foi, em parte, mandada às urtigas como a minha própria experiência pessoal acima descrita demonstra. Mas quem acha que ” opiniões diferentes, mesmo que em confronto, num mesmo espaço.” são apenas “hipocrisia e cinismo”, não pode verdadeiramente dizer que alguma vez compreendeu o espírito fundamental e fundador do Aventar.

    • Pedro Correia: Sou 100% a favor de “opiniões diferentes, mesmo que em confronto, num mesmo espaço”.
      Mas quando se censuram comentários que respondem na mesma moeda dos autores dos posts, deixa de haver opiniões diferentes. É a isto que me referia.
      Considero-me de esquerda. Adoro discutir com pessoas de direita inteligentes. Há alguns aqui no Aventar. Não com provocadores vomitadores Joshuassáuricos.

      • j. manuel cordeiro says:

        Nunca tive nada contra uma pessoa, uma opinião. Falam aí de comentário censurados mas falam porquê? porque tiveram algum comentário censurado? É muito giro mandar bocas para o ar mas o facto é que tivemos aqui um punhado de comentadores que assinavam repetidamente com nomes diferentes. Os IP estão cá para o mostrar. Quando activámos a necessidade de login para comentar, deram-se até ao trabalho de criar contas diferentes no Facebook e no Twitter para continuarem com o mesmo esquema.

        Patetas. Pensam que não são topados. Pois isto não é censura, é higiene. Para que conste, um desses que comentava com múltiplos nomes no mesmo post dá-se pelo nome de Amadeu.

  11. Concordo. Assino.

  12. Dado o espaço democrático em quase todos os comentários a este post de despedida, permitam-me e por conhecimento de causa, avançar com duas ou três ideias sobre o Joshua:
    – Sou e serei sempre um grande amigo do Joshua. Encontrei em 2007 na Bloga e criámos ali uma amizade.
    – Dado o nosso espírito de confronto ao sistema instalado, atenção que não falo de regime e afins, falo do estado em que colocaram este país, eu mais modesto e o Joshua carregando nos assentos, virgulas e pontos, como só ele sabe, sempre quisemos questionar tudo e todos.
    – Desde 2007 a amizade, mesmo estando ali, oscilou derivado a divergências que tivemos em outras blogas.
    – Hoje, apesar de discordar de muito que ele escreve, respeito o que ele escreve e sei perfeitamente porque o faz.

    Uma questão: haviam de ver o que acontece num blogue que eu conheço onde escrevem sobre futebol benfiquistas e portistas, todos ao molho.

    Um pedido: escrevam, defendam o que acreditam e deixem os outros fazerem igual. Se puder ser no mesmo sitio, sem unanimidades aborrecidas.era porreiro.

  13. Não percebo, eu também não concordo nem aprecio o estilo do tal Joshua, mas ninguém é obrigado a lê-lo e sobretudo tem a oportunidade de o contestar se o incómodo for muito grande. Ou voltamos ao lápis azul?

  14. motta says:

    Fui aprendendo, de forma muito natural, a gostar do Aventar. Parece-me que estou aprendendo, de forma muito natural, a não gostar.
    Um abutre, mesmo escrevendo bem, não deixa de ser um abutre.
    Tolerância? Diversidade? Pluralismo? Áh… tá bem!
    Um abraço à Sarah.

  15. penso que ninguém pretende calar quem que que seja, pelo menos a maior parte não.

    passei a gostar do aventar e a ler os posts quase diáriamente porque as opiniões eram divergentes, opostas algumas, posts diversificados, tudo num espaço que me pareceu bem interessante.

    efectivamente e sobretudo os posts do palavross, joshua, joaquim, foram aqueles que me afastaram do blog que passei a abrir apenas de vez em quando, tal como a sarah.

    não foi pela ideologia defendida, pela falta de imaginação na sua escrita, pela falta de ideias, pela falta de seriedade na análise que muitas vezes faz, pelo massacre deste ou daquele, etc., foi essencialmente pela falta de respeito pelos leitores, pela adjectivação desenfreada, por se colocar num pedestal e ver os outros lá em baixo e dizer eu sou o maior e vocês têm que comer desta palha.

    há outra perspectiva, que é o propósito da escrita criar no leitor uma reacção, um não ficar indiferente ao que se escreve e nesse aspecto conseguiu-o.

    a sua resposta à sarah, espelha bem o que menciono no comentário, o que julga ser critica, não passa de acidez e essa acidez nas palavras fere a mais pacata das almas.

    essa raiva e acidez tolda-lhe o discernimento.

  16. Infelizmente a Sarah tem razão. Mas, por favor, não deixe que aquela forma baixa e retrógrada de ver o mundo a afecte. Não desça ao mesmo nível.

  17. Gomes Nuno says:

    ^^y^^…excelente exemplo de democracia ou de blogue democrático, aberto a todos os quadrantes da opinião!!! que grande confusão aqui vai! respeitem para serem respeitados e saibam impor os vossos próprios limites, pois parece que há aqui escribas que não fazem a mínima ideia do que é liberdade de expressão!!! é por isso que há jornalistas – sim ainda há muitos e bons jornalistas – e os outros, os escribas, que há falta de ‘melhor’ escrevem em blogues – sem menosprezar estes – e escrevem o que lhes apetece, sem limites e sem deontologia!!! enfim, é a minha opinião e, independentemente, de tudo vou continuar a ler o aventar, da mesma forma que leio outros órgãos de informação, só que fazendo a devida triagem. Ou seja, a ler aqueles que realmente têm algo para dizer – escrever – evitando os outros, que por muito acutilantes que sejam, não me cativam ao ponto de dispender tempo com os seus textos!!! a bem do aventar e, fundamentalmente, de quem o lê, seria conveniente reflectirem um pouco sobre o ‘vosso’ pluralismo editorial!!!^^y^^

    • joshua says:

      Escrever em blogues é usar um registo de blogues, mais livre, mais corrosivo, mais politicamente incorrecto, mais liberto de lealdades precisamente institucionais ou subvencionadas. Não fui eu que inventei o registo acutilante, nem fui o primeiro a ousar liberdades mordazes de expressão. Como parte deste Povo é estúpido porque quer, desconhece a enorme e revolucionária liberdade dos Poetas, os quais, se o foram de facto, ofenderam e trituraram as nossas certezas e a nossa sacrossanta pasmaceira e autocomplacência.

      Este post de despedida de que tanta gente gostou e aplaudiu não passa de um acto de linchamento moral e um gesto de puro e duro ostracismo. Porquê? Porque hostilizo o PS, o BE e o PCP bem como as Vacas Sagradas do Regime.

      E por que não?! Vale mais partir montras com palavras que partir os cornos nos bastões da Polícia. Pensa nisto, ó Gomes Nuno. E não sejas beato.

  18. O problema do sr. Joaquim Santos não é o das ideias que defende, mas sim meramente psiquiátrico. Megalómano (imagina-se a reencarnação de Camões e Pessoa juntos e ao vivo) é incapaz de conviver com regras mínimas de funcionamento de um espaço plural. Demente e escrevinhando por mera fé na pior direita portuguesa, nunca se lhe escutou um argumento, limita-se a repetir barroquices sem sentido.
    E sim, é um problema, porque psiquiátrico, não percebe que dois autores já se afastaram por não terem paciência para o seu imperialismo (fazem mal, mas cada vez mais os compreendo), ou antes, percebe e faz uma festa, menos dois que se lhe atravessam no caminho.
    É grave? é, mas passa. É deixá-lo pousar.

    Já agora, e quanto a comentários, ninguém está bloqueado. Houve uma exigência de identificação, porque há uma diferença entre comentar e trolar, nomeadamente quando 2 ou 3 pessoas se fazem passar por 20. Mas já não há. Só se for eu, que vi um comentário meu agora mesmo apagado pelo doente. Fica-lhe bem.

    • Com o Joaquim só dá mesmo trolá-lo e bem trolado. No fundo, o gajo é ele mesmo um grandessíssimo troll que só merece resposta na mesma moeda.

      • Ou entäo, näo… ignorem-no!
        Se näo alimentarmos os duendes eles definham. Dêem-lhe desprezo, näo lhe comentem a verborreia, e ele perderá a tesäo do mijo…

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