Dizem que é um governo liberal

Digam-me por favor que é 1º de Abril ou brincadeira de Carnaval. Esta medida imbecil, a ser verdade os seus autores deveriam estar sob efeito de substâncias ilícitas no momento em que ponderaram avançar com a mesma, levanta desde já algumas questões. Caso alguém tenha em casa um casal de cães, terá forçosamente de castrar os animais? Se nascerem crias, os donos poderão optar por abater as mesmas ou serem despejados do apartamento? O governo há muito que perdeu o estado de graça, mas prepara-se para ganhar o estado de riso, enriquecendo o anedotário nacional. Quando se chega a este ponto…

Comments

  1. Isto é mesmo medida de quem não tem nada para fazer e resolve apresentar alguma coisa – seja o que for – para dizer que ainda está vivo(a). Já agora como se fará cumprir a lei? Algum tribunal permitirá uma busca às casas dos portugueses para contar o número de cães e gatos?

  2. Gostava que nos comentários a esta notícia se tivesse em consideração que o governo apenas está a propor a alteração de uma lei que já existe há muitos anos.
    (http://www.dre.pt/pdf1sdip/2003/12/290A00/84448449.PDF)
    Ou seja, por muito estúpida, nazi, anedótica que esta medida parecer (e eu até acho que é estúpida em muitos sentidos, regulando os animais que as pessoas têm em casa, mas não aquilo que devia regular, isto é, proibindo-as de os trazer para o espaço público), não é criação do atual governo.

    • Ricardo Ferreira Pinto says:

      Então isso quer dizer que os animais deviam estar confinados a um apartamento durante toda a sua vida e deviam estar proibidos de sair de lá? E posso saber por quê?

    • Bom, uma opção mais natural seria não ter animais em apartamentos, está a ver? Mas eu apenas queria chamar a atenção para dois pontos: (1) Não nos podemos atirar assim ao governo como se tivesse sido a ministra Cristas a inventar este tipo de legislação; ela já existe, mas parece que ninguém (nem a imprensa) sabia; e (2) o Estado, efetivamente, devia meter-se onde é chamado, o espaço público, e não no espaço privado. O meu gosto pessoal até nem seria para aqui chamado, aquela provocação que fiz acaba por desviar a atenção do essencial.

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